quinta-feira, 1 de maio de 2008

Barbaridade: Roberto Civita quer imprensa acima da lei

http://blogdomello.blogspot.com/2008/04/roberto-civita-quer-imprensa-acima-da.html

Ainda a respeito da Conferência sobre Liberdade de Imprensa, que está acontecendo na Câmara dos Deputados, em Brasília, destaco outro trecho da reportagem de O Globo, hoje:
O presidente da Editora Abril, Roberto Civita, afirmou que nenhuma lei deve restringir a atividade dos meios de comunicação. Ele disse que a auto-regulação e a livre concorrência são as melhores formas de evitar eventuais abusos ou distorções na circulação das notícias.

- Na imprensa, quanto menos legislação, melhor. Todas as vezes em que se tenta legislar ou enquadrar atividades que deveriam ser livres, a democracia corre riscos - alertou.

Essas, segundo O Globo, são palavras do homem que já afirmou que a revista Veja, publicada pelo grupo presidido por ele, tem que se curvar ao desejo de seus leitores por uma revista indignada, que pegue pesado. Da revista especialista em assassinatos de reputação, como tem mostrado o dossiê Veja. Da revista que tem um blog infame, que usa de todos os artifícios para ofender, difamar e desqualificar os que pensam de forma diferente.
Quer dizer, então, senhor Civita, que se deve liberar geral, pois a livre concorrência entre vocês (Abril, Estadão, Folha, Organizações Globo) e a auto-regulação também exercida por vocês (Abril, Estadão, Folha, Organizações Globo) seriam suficientes para garantir a liberdade e a democracia no Brasil?
Mas, como assim, liberdade, se as Organizações Globo detêm 70% dos investimentos em publicidade e propaganda, e são praticamente monopolistas no Rio de Janeiro, por exemplo, com a concentração de rádios, TV, jornais e internet? Como assim, liberdade, se a Abril detém hoje o monopólio da distribuição de revistas em bancas, com uma concentração de absurdos 100%?
A liberdade de imprensa deve ser total, assim como a liberdade de expressão de todo cidadão brasileiro. Sem censura prévia. Mas dentro dos limites estabelecidos em lei. Portanto, todos devem responder pelo que afirmam, informam, fazem.
Sem Lei há o império do mais forte. É isso o que vocês pretendem. Agir sem limites. Mas, por quê? Quem lhes concedeu esse direito?
Na democracia representativa, só quem tem opinião absolutamente livre, sem restrição alguma, são os eleitos pelo povo, em votação direta. Estes não podem ser condenados por delitos de opinião.
Candidatem-se, elejam-se e falem à vontade. Como jornalistas, são cidadãos comuns, como qualquer de nós.

Tema da vitória



Versão do Sport Club Internacional

Oh dalê, dalê, dalê oh
dalê, dalê, dalê oh
Pra sempre Inter

Eu nunca me esquecerei
Dos dias que passei
Contigo Inter

Colorado é coração
trago amor e paixão
Pra sempre Inter

Oh dalê, dalê, dalê oh
dalê, dalê, dalê oh
Pra sempre Inter

Dia do trabalhador, dia de luta

Neste 1º de maio tem muita gente fazendo festa em praça pública. Entidades comemoram o Dia do Trabalhador com shows, como se tudo fosse um mar de rosas. Não é! Este é um dia para refletir e para garantir a luta diária por dignidade no local de trabalho. É preciso manter e ampliar as conquistas, sem as quais seremos meros robôs. Ou escravos. Em homenagem a nós, trabalhadores, deixo registrado o seguinte poema:

MEU MAIO

(Vladimir Maiakovski)

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua -
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário - Este é o meu maio.
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro - Eis o maio que eu quero.
Sou terra - O maio é minha era.

NÃO SE PODE ESCREVER A HISTÓRIA DO BRASIL SEM MOLHAR A PENA NO SANGUE DO RIO GRANDE

O COMEÇO DA BRIGA

- O senhor foi intimado para depor sobre a violenta briga acontecida ontem no seu armazém no Iguariaçá. Três mortos, oito feridos, um horror...

- No meu bolicho, seu delegado? Quem sou eu para ter armazém? Armazém é do turco Salim, que foi mascate. Por sinal que...
- Não desvie do assunto. Como e por que começou a briga?

- Bueno, pos então, historemo a coisa. Domingo, como o senhor sabe, o meu bolicho fica de gente que nem corvo em carniça de vaca atolada. O doutor entende: Peonada no más, locos por um trago, por uma charla sobre china. A minha canha é da pura, não batizo com água de poço como o turco Salim. Que por sinal...

- Continue, continue, deixe o turco em paz.

- Pois então bamo reto que nem goela de joão-grande. Tavam uns quinze home tomando umas que outras, uns mascando salame pra enganar o bucho, quando chegou o Faca Feia. O senhor sabe, o índio é mais metido que dedo em nariz de piá, deu um planchaço de adaga no balcão e perguntou se havia home no bolicho. Todo mundo coçou as bolas. Home tem bola, o senhor sabe.

O Lautério - que não é flor de cheirar com pouca venta - disse que era com ele mesmo, deu de mão numa tranca e rachou a cabeça do Faca Feia. Um contraparente do Faca Feia não gostou do brinquedo e sentou a argola do mango no Lautério. Pegou no olho - lá nele - e o Lautério saiu ganiçando como cusco que levou água fervendo no lombo, um amigo do Lautério se botou no contraparente do Faca - que já tava batendo a perninha - e enfiou palmo e meio de ferro branco no sovaco do cujo, que lhe chamam Pé de Sarna.
Um irmão do Sarna acho que chateado com aquilo pegou um peso de cinco quilos da balança e achatou a cabeça do homem que faqueou o Sarna. Os óio saltaram, seu doutor. E eu só olhando, achando tudo aquilo um tempo perdido.
Um primo do homem do ferro branco rebuscou um machado no galpão e golpeou o irmão do Sarna. Errou a cabeça, só conseguiu atorar o braço do vivente. Aí eu fui ficando nervoso, puxei meu berro pro mole da barriga, pronto pra um quero, meu bolicho é casa de respeito, seu delegado, e a brincadeira já tava ficando pesada.
Mas bueno, foi entonces que o Miguelão se alevantou do banco, palmeou uma carneadeira, chegou por trás do homem do machado, pé que te pé, grudou ele pelas melena e degolou o vivente num talho, a coisa mais linda. O sangue jorrou longe como mijada de cuiúdo. Aí eu e mais uns outros - tudo home de respeito -se arrevoltemo com aquilo. Brinquedo tem hora, o senhor não acha?

- Acho, sim. Mas e aí?

- Pois, como lhe disse, nós se arrevoltemo. Saquemo os talher. E foi aí que começou a briga...

(*) o dicionário com as palavras não entendidas é o gaúcho mais perto.

Palpites

Foi uma tarde/noite cheia para os amantes do futebol. Dei o palpite para sete jogos que estavam sendo transmitidos ontem por canais abertos e fechados. Acertei quatro, errei um e fiquei no meio do caminho em dois. Vamos a eles:

1. Embora estivesse torcendo para o Liverpool, o vermelho inglês, deu Chelsea, como eu previra.
2. Finquei no Boca Junior contra o Cruzeiro e acertei. Os argentinos poderiam ter feito mais, o Cruzeiro teve um pênalti não marcado e fez um gol de muita sorte.
3. Pensei que o América passaria pelo Flamengo. Mas é um time muito ruim e levou 4 a 2 dos cariocas.
4. Como eu previra - e torcia - o Juventude ganhou, mas não levou. Fez 3 a 1 no Cortinthians alagoano, mas perdeu pelo gol qualificado. Virá mais murcho enfrentar o meu Inter no domingo pelo Gauchão.
5. Aqui tem meio acerto. Escrevi ontem que o Sport empataria com o Palmeiras, se classificando para enfretar o Inter na próxima etapa da Copa do Brasil. Realmente, o time pernambuco passou, mas com um goleada de 4 a 1. Páreo duro para o Inter.
6. Outro acerto pela metade. O Corinthians realmente ganhou do Goiás, mas passou para as semifinais da Copa do Brasil. Eu tinha fincado na vitória dos paulistas, mas não esperava que os goianos fossem goleados por 4 a 0. Estão fora.
7. Cravei no empate entre o Nacional (URU) e o São Paulo e acertei.