terça-feira, 12 de maio de 2009

Grande mídia assume papel de situação no Escândalo Yeda

Ao ler os jornais, ver e escutar programas de televisão e rádio nos últimos dias, não é difícil concluir que parte da mídia gaúcha assumiu o papel de situação no escândalo envolvendo a governadora Yeda Crusius e seus assessores. O objetivo é diminuir o papel dos denunciantes e oferecer espaço generoso para a turma que está no poder. O caso do "marido" da governadora é um exemplo. Quem pautou e continua informando com mais isenção o caso é a grande imprensa do Centro do País. O escândalo virou assunto nacional, mas parte da mídia local o trata como "denuncismo da oposição". Não foi assim que agiu no Governo Olívio Dutra, quando comentaristas vociferavam nas rádios e televisões contra o petista. Alguns canais chegaram a transmitir ao vivo, por longas horas, da Assembléia Legislativa. Agora, os interesses são outros...

Finalmente a chuva "deu o ar da graça"



Da janela de meu apartamento, em Porto Alegre, vislumbrei um grande espetáculo hoje pela manhã. Depois de uma estiagem que fez secar pastos e provocou estragos significativos na agricultura, ocorreram precipitações em todo o Estado. Nada que possa ajudar o campo, mas já é um sinal de que a seca pode estar indo embora. Fala-se que amanhã choverá novamente. Tomara que aconteça isso, para o bem dos agricultores e para nós, consumidores. Falta de água prejudica lavouras e pastagens, provocando escassez em série de alimentos (arroz, feijão, milho, carne, frango, leite, queijo, etc) e, consequentemente, aumento nos preços.




Entidades pedem retratação de deputado

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul e a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) manifestaram, em nota oficial conjunta, a exigência de uma retratação imediata do deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS). Na semana passada, o parlamentar classificou o trabalho dos jornalistas como de "pouca vergonha" e insinuou que muitos profissionais fazem “falsas afirmações” em suas reportagens. As duas entidades exigem também que, se for o caso, o parlamentar gaúcho que aponte quais são os profissionais que falseiam a verdade no exercício da profissão.
O artigo 11º do Código de Ética do Jornalista aponta que o profissional não pode divulgar informações obtidas de maneira inadequada que visam interesse pessoal ou vantagem econômica. Isto é, reproduzir reportagens com o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração. O sindicato e a ARI afirmam ser contra o uso desta prática e esclarecem que, no caso do deputado, ele fez questão de fazer todas as ofensas sem qualquer resguardo público e decoro parlamentar.
A nota oficial ainda aponta que “por ser uma profissão de caráter social, os jornalistas brasileiros têm obrigação de mostrar a toda população o trabalho de seus representantes, mesmo que estes tenham atitudes como a do parlamentar, que faz questão de dizer que ‘se lixa para a opinião pública’”. As entidades defendem que o deputado terá que ser responsabilizado pelos seus atos, sendo prioritária a sua saída da relatoria do processo de cassação do deputado Edmar Moreira e consequentemente do Conselho de Ética da Câmara.