quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mundo condena Israel pelo ataque vergonhoso. Mas falta ação mais enérgica das grandes potências

O ataque militar de Israel a uma frota que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza - que deixou dez mortos e dezenas de feridos e presos - está sendo condenado pelo Mundo todo, inclusive por parceiros israelenses. Não adianta nada: os judeus ficam o pé e, apesar dos apelos da comunidade internacional, manterá o bloqueio imposto desde 2007 à Faixa de Gaza.
Isso é um absurdo porque a Organização das Nações para Alimentação e Agricultura (FAO) diz que 61% dos moradores palestinos da região vivem em uma situação de insegurança alimentar. Metade dos 1,5 milhão de moradores de Gaza depende da agência da ONU de ajudas aos refugiados palestinos (UNRWA). Esta é a realidade, que só ganha notícia por causa da matança no navio de ajuda humanitária.
Pergunta que não quer calar: os EUA e seus parceiros não tomarão atitude mais drástica, como fazem com potências ditas inimigas e mais fracas? Não adianta a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, dizer que a Faixa de Gaza está em uma situação "inaceitável". Tem que agir!

“Vergonha, três vezes vergonha”, diz Sílvio Tendler ao governo israelense

Senhores que me envergonham:

Judeu identificado com as melhores tradições humanistas de nossa cultura, sinto-me profundamente envergonhado com o que sucessivos governos israelenses vêm fazendo com a paz no Oriente Médio.
As iniciativas contra a paz tomadas pelo governo de Israel vêm tornando cotidianamente a sobrevivência em Israel e na Palestina, cada vez mais insuportável.
Já faz tempo que sinto vergonha das ocupações indecentes praticadas por colonos judeus em território palestino. Que dizer agora do bombardeio do navio com bandeira Turca que leva alimentos para nossos irmãos.

Vergonha, três vezes vergonha!

Proponho que Simon Peres devolva seu prêmio Nobel da Paz, e peça desculpas por tê-lo aceito mesmo depois de ter armado a África do Sul do Apartheid.
Considero o atual governo de Israel e todos seus membros, sem exceção, merecedores por consenso universal do Prêmio Jim Jones por estarem conduzindo todo um país para o suicídio coletivo.
A continuar com essa política genocida nem os bons sobreviverão; e Israel perecerá sob o desprezo de todo o mundo..
O Sr. Lieberman [Avigdor Lieberman, ministro das Relações Exteriores de Israel] que trouxe da sua Moldávia natal vasta experiência com pogroms, está firmemente empenhado em aplicá-la contra nossos irmãos palestinos. Este merece só para ele um tribunal de Nuremberg.
Digo tudo isso porque um judeu humanista não pode assistir calado e indiferente ao que está acontecendo no Oriente Médio. Precisamos de força e coragem para, unidos aos bons, lutar pela convivência fraterna entre dois povos irmãos.
Abaixo o fascismo!
Paz já!

Silvio Tendler
Cineasta

PEC dos Jornalistas avança

Os membros da Comissão Especial, que vai elaborar parecer à Proposta de Emenda à Constituição 386/09, a chamada PEC dos Jornalistas, se reuniram nesta terça-feira (1º) e apresentaram o roteiro de trabalhos. A PEC é de autoria do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e restabelece a necessidade de formação superior em jornalismo para exercício da atividade profissional.
Na sessão ordinária de hoje, o relator da Comissão, deputado Hugo Leal (PSC), propôs a realização de duas audiências públicas e mais duas visitas institucionais, para subsidiar a elaboração do seu relatório, que deverá ser concluído até o final do mês de junho.
O primeiro debate será sob a ótica da constitucionalidade da matéria. Para tanto, foram aprovadas as convocações do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, do Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Filgueireas Cavalcante Júnior. Se a Comissão tiver êxito na convocação dos nomes, essa audiência será realizada já na próxima quarta-feira (9).
A outra audiência pública, proposta para o dia 22 desse mês, será, segundo proposta do relator, para debater a situação a partir do ponto de vista dos profissionais com diploma e os que exercem a profissão de jornalista sem diploma. A Comissão aprovou as presenças do Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo, dos jornalistas Alberto Dines, Lúcio Flávio Pinto e Audálio Dantas, e da Presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito.
Também foram aprovadas duas visitas institucionais, uma à Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entidade que é a favor da formação em curso superior de jornalismo, e outra à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) ou à Associação Nacional de Jornais, entidades patronais contra a obrigatoriedade do diploma.

Fonte: Assessoria de Imprensa deputado Paulo Pimenta.