sábado, 31 de julho de 2010

Chuva sem cheiro de terra molhada.

Chove em Porto Alegre neste sábado.
Abro a janela, vejo os pingos e, para meu desgosto, não sinto cheiro de terra molhada.
Quem mandou morar rodeado de asfalto.

Mulheres filósofas?

Estou lendo "O que os filósofos pensam sobre as mulheres", coletânea organizada por Maria Luísa Ribeiro Ferreira. Muito interessante para ambos os sexos. É polêmico porque inclui, entre outros pensamentos, a seguinte pergunta: "Por que não há mulheres filósofas". Meu questionamento: será que eles - homens filósofos - deixariam? 
Vale a pena ler a obra...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Celso Schröder é o primeiro gaúcho a presidir a FENAJ


O gaúcho Celso Schröder foi eleito presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Em votação realizada em todo o Brasil, junto a 29 sindicatos, a Chapa 1 – Virar o Jogo – Em Defesa do Jornalismo e do Jornalista recebeu 2.944 votos, obtendo um percentual de 68,25% dos votos válidos (4.313). A Chapa 2 – Luta Fenaj recebeu 1.369 votos, com 31,75%. Os números do pleito, realizado de 27 a 29 de julho, são extra-oficiais e serão divulgados assim que a Comissão Eleitoral receber as atas de todos os Estados.
Schröder é o primeiro jornalista nascido no Rio Grande do Sul a presidir a FENAJ. Entre 1966 e 1969, o paiuiense Lucídio Castello Branco, que construiu carreira profissional e sindical no Rio Grande do Sul, comandou a entidade. Schröder teve um apoio sólido dos gaúchos, tendo recebido 296 votos, com um percentual expressivo de 90,24% sobre os votos válidos. “Nossa votação confirma que a opção da Federação em defesa dos jornalistas e do Jornalismo é a mais acertada”, destaca o presidente eleito, lembrando que sua escolha é uma distinção a todos os profissionais gaúchos. “Isso evidencia a qualidade da militância dos jornalistas do Rio Grande do Sul. O Estado sempre produziu grandes quadros”, ressalta.
Os projetos de Schröder já estão delineados e não fogem do que já vinha sendo adotado, como a luta pela aprovação das PECs dos Jornalistas no Congresso Nacional, permitindo a retomada da exigência do diploma para o exercício da profissão. “Mas não basta apenas a aprovação. Queremos que a opinião pública assimile a idéia de que a formação é imprescindível para um bom Jornalismo”, diz.
O novo presidente, que assumirá durante o 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, de 18 a 22 de agosto, em Porto Alegre, aponta que outra meta será o encaminhamento de um projeto para criação do Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ). A criação de um piso nacional de seis salários mínimos também é prioridade. 

Além de Schröder, outros gaúchos integram a composição da chapa vencedora. O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Nunes, foi eleito vice-presidente Regional Sul. José Carlos Torves é o segundo suplente da Executiva e Luiz Armando Vaz integra a Comissão de Mobilização dos Jornalistas de Produção e Imagem. 

Foto: Arfio Mazzei
Obs: texto originalmemte publicado no site do Sindicato - http://www.jornalistas-rs.org.br/

Chapa Orgulho de ser Jornalista recebe mais de 90% dos votos na eleição do Sindicato dos Jornalistas/RS

O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, José Nunes, foi reeleito na eleição encerrada na noite de ontem (29 de julho) com 306 votos, representando 92,44% dos eleitores votantes (331). Vitoriosa, a Chapa Orgulho de ser Jornalista elegeu ainda 29 diretores e os membros da Comissão de Ética do Sindicato. O primeiro colocado foi Antônio Hohlfeldt, com 227 votos, seguido de Erci Torma (214), Cristiane Finger (167), Carlos Bastos (138) e Flávio Porcello (132). São suplentes José Antônio Vieira da Cunha, Sandra de Deus, Marcos Santuário, Edelberto Behs e Celestino Meneghini.
Para Nunes, a votação evidenciou o papel desempenhado pela direção do Sindicato na gestão iniciada em 2007, junto à categoria, aos professores de Jornalismo e aos estudantes. “Estivemos na linha de frente em defesa do diploma e isso valorizou a entidade como instituição. É compromisso de todos os eleitos dar continuidade a esta luta”, destaca.
O dirigente ressalta que, no novo triênio, serão priorizados projetos que fortaleçam o sindicato junto aos jornalistas e à sociedade. “No âmbito da categoria, vamos promover uma campanha de sindicalização e trazer de volta quem já foi associado. Durante a eleição, percebemos esta disposição de muitos colegas”, explica Nunes.
“Estamos bastante satisfeitos, pois cumprimos com 70% das metas propostas em 2007. Nosso desafio é ampliar este percentual na próxima gestão”, diz o dirigente, sabendo que o índice de aprovação mostrado na eleição transforma-se em compromisso. A posse da nova diretoria será realizada durante o 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, que se realiza em Porto Alegre, de 18 a 22 de agosto. “É uma satisfação ser reconduzido à presidência durante um evento que bancamos no início da gestão e vamos realizar com sucesso”, afirma.
Nunes também destaca a eleição de Celso Schröder na presidência da FENAJ como uma demonstração da força da militância dos gaúchos. Também eleito vice-presidente da Regional Sul da Federação, diz que pretende resgatar o espírito de unidade entre os sindicatos dos três Estados do Sul, além do de Londrina.

Confira os diretores eleitos:

Executiva
Presidente - José Nunes
Primeiro vice-presidente - Milton Simas
Segundo vice-presidente - José Carlos Torves
Primeiro secretário - Salvador Tadeo
Segundo secretário - Jorge Correa
Primeiro tesoureiro - Antônio Barcellos
Segundo tesoureiro - Marco Antônio Chagas

Suplentes da Executiva
- Cláudio Fachel - Vera Daisy Barcellos

Diretoria geral
- Celso Sgorla
- Ludwig Larré
- César Augusto
- Renato Bohusch
- Mauro Saraiva Jr
- Léo Nuñes
- João Silvestre
- Robinson Estrasulas
- Cláudio Garcia
- Luiz Armando Vaz
- Márcia Carvalho
- Márcia Martins
- Pedro Luiz Osório
- Elisa Pereira
- Alan Bastos

Conselho Fiscal
- Celso Schröder
- Neusa Nunes
- Arfio Mazzei
- Jeanice Ramos
- Cleber Moreira
- Thaís D´Ávila 

Obs: texto originalmente publicado no site do Sindicato - http://www.jornalistas-rs.org.br/

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vamos votar, companheiros jornalistas!

Vamos às urnas, companheiros. 
Hoje é o último dia para votação nas eleições da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Sindicato dos Jornalistas/RS. 
O voto de todos é importante!

Inter faz um gol e tem vantagem na Libertadores


O Internacional dominou o São Paulo e mal foi ameaçado pelo time tricolor no confronto desta quarta-feira, no Estádio do Beira-Rio, pelo jogo de ida das semifinais da Copa Libertadores. Porém, o massacre colorado só representou em vantagem mínima - foi 1 a 0 . Com isso, o colorado levou para a partida de volta, no Morumbi um boa vantagem, graças a um gol de Giuliano na segunda etapa (foto).
Com o resultado, o Inter joga pelo empate na capital paulista e pode até perder por um gol, desde que balance as redes do São Paulo no Morumbi. A partida de volta acontece no dia 5 de agosto, quinta-feira da próxima semana. Quem passar enfrenta Chivas Guadalajara ou Universidad de Chile na decisão da competição continental. 
Vamos, Inter.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ser jornalista é...

Eles são meus amigos, são jornalistas e defendem as causas da categoria. Têm o meu voto pelas razões expostas abaixo:


terça-feira, 27 de julho de 2010

A lua cheia....

Sozinho, olho a lua cheia. Sozinha, olhas a lua cheia. Será que ela não merece a nossa companhia?

Em busca de votos e de reencontros...

Hoje, estou feliz por reencontar amigos (as) queridos (as) nas redações durante as eleições da Fenaj e do Sindicato dos Jornalistas. A democracia também promove isso. 
O dia foi longo e cansativo, em busca de votos, mas o abraço e o carinho de colegas que não eu via faz tempo me deixou mais leve. E com a certeza de que, unidos, somos mais fortes. 
Ouvi críticas à atuação do movimento sindical. Algumas justas, outras improcedentes. Mas respeitei-as todas. Em nome de uma categoria que precisa, mais do que nunca, se fortalecer.
Amanhã e na quinta-feira-feira tem mais eleição. Com satisfação, estarei na luta. Em busca da vitória de nosso grupo político no Sindicato e na Fenaj...

Hoje é dia de democracia entre os jornalistas. Vote nas eleições!

De hoje a quinta-feira, os jornalistas brasileiros darão um exemplo de democracia direta. As urnas circularão em redações, assessorias e nas sedes das entidades de todo o Brasil para a escolha dos novos dirigentes da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Alguns sindicatos, como o gaúcho, realizam eleição paralela.

No pleito da FENAJ, concorrem dois grupos.
A Chapa 1 – Virar o jogo: em defesa do Jornalismo e do Jornalista, é liderada pelo gaúcho Celso Schröder, atual vice-presidente da entidade. É a chapa que tem o meu apoio.

A Chapa 2 – Luta Fenaj tem como candidato à presidência o paulista Pedro Pomar.

A eleição no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul tem chapa única e é liderada pelo atual presidente, José Nunes. Integro a nominata como segundo secretário. As urnas estarão na sede da entidade e circularão em Porto Alegre e nas delegacias do Sindicato em Pelotas, Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo e Vale do Sinos.

Não deixe de votar, mostrando a força dos profissionais em todo o Brasil no momento em que a Câmara dos Deputados aprovou em comissão especial a PEC dos Jornalistas, que torna o diploma universitário uma exigência para o exercício da profissão. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) cassou esta obrigatoriedade, depois de 40 anos de regulamentação do Jornalismo no Brasil.

domingo, 25 de julho de 2010

Inter continua 100% depois da Copa

 O Internacional chegou hoje à quarta vitória consecutiva pós-Copa do Mundo. Venceu o Flamengo com um time misto (praticamente reserva). O Taison (foto) continua em alta, tendo marcado um belo gol de fora da área e levado perigo constante à zaga flamenguista.  Agora, o colorado pega o São Paulo, pela Libertadores. Que as vitórias do time de Celso Roth continuem, especialmente porque o adversário está em baixa. Vamos, Inter!!!! 
Foto: Jefferson Bernardes/Vipcomm/Divulgação

Vergonha na Fórmula 1



 Foto: AFP

Mais uma vez, um piloto brasileiro precisou ceder a liderença por ordem de sua equipe. Felipe Massa era líder do GP da Alemanha de Fórmula 1 desde a largada, mas na volta 49 precisou deixar sua posição para o companheiro de Ferrari, Fernando Alonso, a mando da escuderia. A alegação era de que Alonso estava mais rápido. Trata-se do mesmo jogo de equipe protagonizado por Rubens Barrichello e Michael Schumacher na mesma Ferrari há oito anos na GP da Áustria. Este tipo de atitude é proibida, mas onde estão os fiscais para coibi-la?

sábado, 24 de julho de 2010

Fenaj: chapa 1, para virar o jogo

Dilma amplia vantagem


A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, ampliou a vantagem sobre o rival do PSDB, José Serra, na pesquisa Vox Populi, divulgada ontem pela rede Bandeirantes. Agora, tem 41%, contra 33% do segundo colocado e 8% da terceira, a candidata Marina Silva, do PV. Surge a tendência de que a eleição possa ser decidida no primeiro turno, se for mantida a atual tendência. 
Este é o primeiro cenário depois que a campanha iniciou oficialmente. Cresce também a possibilidade de ampliação dos ataques de Serra e de seus companheiros à candidata apoiada pelo presidente Lula. Ninguém duvide disso... A ligação do PT às Farcs e ao narcotráfico foi o ponta-pé inicial da baixaria que está sendo orquestrada. Mas também pode representar um tiro no pé dos tucanos e de seus aliados.

Jornalistas acreditam no fim da comunicação convencional

Pesquisa feita com mais de 750 jornalistas de 21 países revelou que cerca de 50% deles acreditam no fim do veículo em que atua em algum ponto do futuro, seja publicação impressa, canal de rádio ou TV. Em outras palavras, acreditam que os veículos offline serão extintos. O levantamento do instituto Oriella PR Network revelou também que 25% dos entrevistados acredita que a mídia - seja ela digital ou não - irá diminuir drasticamente.
Em relação às novas mídias, a opinião dos participantes do estudo se divide. No geral, creem que elas devem oferecer novas oportunidades, o que não significa necessariamente que o Jornalismo será beneficiado. Segundo informa o site Blue Bus citando o Social Times, a pesquisa mostra que os jornalistas apostam nos novos meios digitais. Apenas 15% dos entrevistados não estão presentes em redes sociais; melhora substancial se comparado ao ano passado, quando 25% deles não faziam.

Fonte: portal IMPRENSA

Criei gosto pela História

No semestre passado, resolvei estudar História na PUCRS. Era um curso sonhado pela sua proximidade com a minha profissão, o Jornalismo. Sabia das dificuldades, pois tinha saído do meio acadêmico em 1983, quando me colei grau na Unisinos. Vinte e sete anos é uma distância grande. Mas consegui aproximar o tempo... 
A experiência foi gratificante, pois exercitei duas coisas que amo: a leitura e a escrita. E mergulhei no passado, frequentando disciplinas como Pré-História e a Antiguidade Clássica. Também potencializei meu gosto pela argumentação teórica, como nas aulas de Filosofia e Ética. Ontem, me matriculei para o segundo semestre, que começa em 2 de agosto, com uma vontade de guri. Ou seja, louco para começar. 
Novamente, o passado estará ao meu alcance, por meio de matérias como História da Antiguidade Oriental, História Medieval e Prática da Pesquisa Histórica. Ao mesmo tempo, tendo que cursar matérias eletivas e fora do currículo do curso, vou exercitar meu espanhol. Será mais uma semestre de muito conhecimento e vivência com professores e alunos de diversas faixas etárias. Este é o outro ponto positivo de muita volta à academia. Que cheguem logo as aulas!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vamos votar nas eleições da FENAJ e dos sindicatos

De 27 a 29 de julho os jornalistas brasileiros estão convocados a fortalecer o movimento sindical nacional da categoria. Única Federação a realizar eleição direta, a FENAJ terá processo eleitoral para renovação de sua direção e da Comissão Nacional de Ética nos dias 27, 28 e 29 de julho. O processo conta com a participação de duas chapas.

O envolvimento da categoria no fortalecimento de suas entidades é fundamental neste momento em que tramitam no Congresso Nacional duas Propostas de Emenda Constitucional prevendo o retorno da exigência do diploma de curso superior em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. Considerado um dos pilares da regulamentação profissional dos jornalistas, após vigir por 40 anos no Brasil este requisito foi derrubado pelo STF que, no ano passado, acatou recurso impetrado por entidades patronais.

Urnas fixas e volantes estarão presentes nas capitais e principais cidades dos 26 estados e do Distrito Federal para coletar votos da categoria. Poderão votar os jornalistas em dia com seus sindicatos até o mês de junho, como também jornalistas aposentados.

Em reunião realizada no dia 14 de julho, a Comissão Eleitoral Nacional definiu que o quorum mínimo para validação da eleição em primeira convocação é de 30% dos jornalistas sindicalizados e em dia com suas obrigações sindicais. Disputam o pleito para a FENAJ a chapa 1, “Virar o jogo: em defesa do Jornalismo e do Jornalista”, liderada por Celso Schröder, e a chapa 2, “Luta Fenaj”, liderada por Pedro Pomar. Cinco candidaturas estão inscritas para as cinco vagas da Comissão Nacional de Ética dos Jornalistas.

Os Sindicatos dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe, Ceará, Londrina e Goiás realizarão eleição para renovação de suas direções simultaneamente à eleição para a FENAJ.

Jornal do Brasil: sugestões para sobreviver e críticas ao monopólio

Na manifestação desta quarta-feira (21) em protesto contra o fechamento do JB, políticos, sindicalistas e jornalistas falaram sobre alternativas para que o jornal impresso continue a circular. Além do deputado federal Fernando Gabeira e de Suzana Blass, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio, outras lideranças expressaram suas opiniões, como Chico Alencar, Alessandro Molon, Aspásia Camargo, Beth Costa, Mario Augusto Jakobskind e Darby Igayara.

Crítico e criativo
Professor de História, o deputado federal Chico Alencar (Psol) contou que o livro de sua autoria, Brasil Vivo, fala de primeiras páginas históricas do Jornal do Brasil, como ao noticiar a edição do AI-5 no Brasil em 1968 e no dia seguinte ao golpe no Chile em 1973, quando estampou um texto corrido e único sobre o assunto, sem foto.
Com o livro nas mãos, falou sobre a reação do jornal. “No período mais obscurantista da ditadura, o jornal driblava a censura com textos sobre a previsão do tempo: ‘a temperatura está sufocante ou o ar está irrespirável’. O JB era sempre muito crítico e criativo”, disse.
As queixas dos manifestantes se referem ao fato de os jornais da chamada grande imprensa serem muito semelhantes em suas linhas editoriais e excessivamente opinativos nas páginas do noticiário. “O pensamento único vigora nas bancas, os jornalões estão iguais”, segundo Alencar.

Alternativa ao monopólio
Para atestar que o JB ainda é uma alternativa à pluralidade de opiniões, o deputado do Psol lembrou que o jornal realizou um debate entre os candidatos a prefeito no período que antecedeu as últimas eleições para prefeito no Rio.

“Até o Eduardo Paes (eleito e atual prefeito), que já avançava nas pesquisas, compareceu, e a edição do dia seguinte foi muito boa. Foi outra edição histórica. É lamentável o monopólio no Rio de Janeiro. Quanto menos jornais no País, mais obscurantista ele fica”, explicou.

O deputado estadual Alessandro Molon (PT) concorda que o fim do JB representa um golpe contra a pluralidade de opiniões e está preocupado com o risco das demissões e os empregados não serem indenizados corretamente.

Ajuda a um patrimônio
A intervenção do governo seria uma solução para evitar o fechamento da versão impressa do Jornal do Brasil, segundo a vereadora Aspásia Camargo (PV). A nova lei de falência, na sua opinião, abre muitas alternativas para preservar o jornal. Citou o exemplo do auxílio financeiro que o governo dá a bancos, financeiras e grandes indústrias em situação de insolvência.

“Até frigorífico quebra e o governo ajuda. Mas a gente nunca sabe por que eles foram ajudados. Agora, se houver intervenção no caso do JB aí saberemos que ela está sendo feita em nome da cultura e da preservação de capítulos importantes de nossa história. O JB está vivo e pela sua importância precisa até ser tombado. Esta é uma luta política e não devemos deixar que seja jogado fora”, completou a vereadora.

Exemplo do Le Monde
Segundo pesquisas do Dieese, os empresários mais retrógrados e menos transparentes com relação aos seus negócios são os donos dos veículos de comunicação, garantiu a jornalista Beth, diretora da Fenaj.

“A exemplo dos demais empresários, o Tanure (Nelson Tanure, dono do JB) se recusa a abrir suas contas, a chegar a um acordo com os trabalhadores. Claro que existem saídas. O Le Monde na França é um exemplo de que os jornalistas podem administrar um veículo com linha editorial independente. Mas falta transparência e eles preferem acabar com tudo, como se fosse impossível negociar”, disse Beth Costa, lembrando o fechamento recente da Gazeta Mercantil, também ligado ao grupo liderado por Tanure.

Claudia Duarte, em nome da chapa 2, Luta Fenaj!, também defendeu a possibilidade de criação de uma cooperativa formada pelos empregados do JB. “Não podemos deixar morrer esta idéia”, alertou.

Jornalismo de mercado
Nos últimos 10 anos, vários jornais faliram por inoperância administrativa, entre os quais o Monitor Campista, com 175 anos de fundação e circulação no Norte Fluminense, lembrou o jornalista Mario Augusto Jakobskind, diretor do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro.

“Os empresários decidem que é hora de acabar e não tem jeito. Essa postura é produto do jornalismo de mercado em que prevalece a ótica do pensamento único”, queixou-se.

O “clima de unidade política” da manifestação, que reuniu pessoas de variadas correntes ideológicas do pensamento, foi ressaltado por Chico Alencar e pelo presidente da CUT do Rio de Janeiro, Darby Igayara, que também criticou o risco de monopólio e de demissões e referiu-se ao caso da falência da Manchete e de Bloch Editores em 2001.

“Mais de 3 mil ex-empregados só foram indenizados 10 anos depois e muitos ainda nem receberam”, criticou Igayara.

“A parte mais trágica dessa história é o risco de haver demissões, dezenas de trabalhadores ficarem sem emprego”, observou a jornalista Paula Máiran, representante do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj.

“O que não se pode é defender o negócio do Tanure”, sugeriu.

Fonte: site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro
Foto: Alberto Jacob Filho

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Jornalistas vão às urnas. Mostremos a nossa força!

Nos dias 27, 28 e 29 de julho - na próxima semana - os jornalistas brasileiros vão escolher os novos dirigentes da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Duas chapas disputam a eleição em todo o Brasil. A chapa 1, de situação, é liderada pelo companheiro gaúcho Celso Schröder, e tem o meu apoio como dirigente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Em nome da democracia, entretanto, é importante divulgar que a chapa de oposição é liderada pelo jornalista Pedro Pomar, de São Paulo.
Também o Sindicato gaúcho fará sua eleição nos mesmos dias, com chapa única, liderada por José Nunes, atual presidente. Integro a chapa como segundo secretário.
É importante a participação dos colegas no pleito, especialmente no período em que lutamos pela retomada do diploma para o exercício da profissão, via Legislativo. Vamos mostrar a nossa força.

Jornal do Brasil: adeus ao papel

Não se trata da morte de um jornal, mas sim, do prenúncio de um novo tempo para a imprensa brasileira e para a sociedade. É impossível esconder a tristeza ou encontrar meios de disfarçá-la. Porém, depois de algumas cacetadas da vida, já aprendi que devemos achar sempre os aspectos positivos dos acontecimentos – embora, convenhamos, pareça piada achar algo de positivo numa crise financeira com mais de 100 milhões acumulados em passivos e que leva ao fim a versão impressa daquele que é, sem dúvida, um patrimônio da sociedade, este JB, como é carinhosamente conhecido o nosso Jornal do Brasil.
Depois de 119 anos (começou a circular em 1891) registrando em tinta e papel a nossa história, através das penas dos mais importantes nomes da imprensa brasileira, teremos que, de uma hora para outra, nos acostumar a ir às bancas de jornal e não mais ver ali, entre os principais diários, as páginas sempre pioneiras do JB. Isto significa que os cafés da manhã não serão mais o mesmo, sem o papel do JB sobre nossas mesas, ali entre o leite e o açucareiro. Não mais teremos as colunas do Villas-Bôas durante a travessia da barca entre Rio e Niterói e vice-versa. Não mais as análises políticas de Mauro Santayana, lidas em mesa de escritórios; não mais, também, o refino cultural dos textos do Caderno B, sempre devorado em preguiçoso sofá, numa biblioteca ou cafeteria. JB, a partir do dia 1º de setembro, só mesmo nas telas pixadas do computador, do notebook, do iPod e dos leitores digitais.
É, será uma virada abrupta de página. Mas engana-se, contudo, quem pensa que o JB virará uma página de história para uma página em branco. Não se trata da morte de um jornal, mas sim, do prenúncio de um novo tempo para a imprensa brasileira e para a sociedade. Está aí o tal aspecto positivo de que falava lá em cima.
Um parâmetro, um modeloO fim da versão impressa do JB, por mais doloroso que nos possa parecer, já era uma mudança pré-anunciada, tanto pela crise do mercado jornalístico em todo o mundo – o francês Le Monde também foi posto à venda recentemente –, quanto pelas mudanças provocadas pela comunicação social pós-internet. Esta – ainda que os jornalões resistam por cinco ou mais décadas, como nos querem fazer crer as associações do setor – vem forçando um ajoelhar desses que outrora eram sócios majoritários da notícia (e da publicidade).
O que acontece com o JB hoje é um exemplo do que virá para muitos outros periódicos e um reflexo da transformação do produto notícia, cada vez mais abundante, cada vez mais veloz, cada vez mais democrático e gratuito – devo dizer, graças à internet. A diferença é que muitos só enxergam isso diante do extremo de uma crise financeira já em estado avançado.
O JB foi pioneiro em muitas coisas. Contadas as suas histórias, faltaria papel para tanta tinta a ser escrita. Fez grandes coberturas, nacionais e internacionais, formou opiniões e comportamentos na sociedade, escreveu e reescreveu a história deste país e, especialmente, a do Rio de Janeiro. Isso fez dele um parâmetro, uma escola, um modelo, pois, afinal, que jornalista em sã consciência um dia não desejou trabalhar no Jornal do Brasil? Eu sempre quis, e continuo querendo, mesmo que este venha a ser só eletrônico.
Uma reticência, sim, mas nunca ponto finalO JB, é bom lembrar, foi o primeiro jornal brasileiro a incluir seu conteúdo no mundo virtual. Essa é outra mostra de seu pioneirismo. Agora, mesmo que visto por grande parte da imprensa como um gigante que joga a toalha, ele mais uma vez tenta transformar adversidade em inovação. Dá adeus ao papel, mas não à sua missão. Será o primeiro grande jornal a manter-se apenas de seu conteúdo em campo virtual. Rende-se a um novo tempo, mas moderno, rende-se à nova realidade que, com algum tempo (dez anos, quem sabe), será vista por outro ângulo e melhor aceita, querendo ou não. Ser um órgão de imprensa apenas na web não é algo ruim, tendo em vista um catálogo de exemplos de sites de notícia que já surgiram desta forma e esbanjam fôlego financeiro – o meio ambiente agradece.
Ao longo se sua história, junto de leitores, colaboradores, jornalistas e demais funcionários, o JB já enfrentou todo tipo de adversidade. E as superou. Esta é apenas mais uma. E desejamos que não seja a última, uma vez que se trata de um patrimônio vivo, imaterial e, portanto, livre daquilo que chamamos de morte. O JB será sempre o JB. E as páginas de sua história podem conter até uma reticência, mas nunca um ponto final.

Fonte: Thiago Mercier, Observatório da Imprensa

terça-feira, 20 de julho de 2010

Canção da América

 Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.


Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sobis, Tinga e Renan na Libertadores

A FIFA antecipou a janela de transferência de jogadores repatriados do exterior. Com isso, Sobis, Tinga e Renan serão inscritos pelo Internacional para jogar a semifinal da Libertadores contra o São Paulo. Acredito ainda mais no colorado. Acima, bela montagem do blog Beco do Sapulha.

A chuva e o amor

Já que chove em Porto Alegre desde sexta-feira, lembrei de uma frase, cujo autor desconheço:
"Ame como a chuva fina, que cai silenciosa, mas faz transbordar rios."

domingo, 18 de julho de 2010

Encanto

Tu sabes o que é o encanto? 
É ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada.

Um pouco de Galeano

Casualidade. Ontem, ganhei de presente o livro "Dias e Noites de Amor e de Guerra", do escritor uruguaio Eduardo Galeano e um dos maiores do mundo. Hoje, a companheira Raquel Aguirre recomendou o blog Bolívariana, de Alex Dancini, que trata da obra de Galeano. É um texto tão bom quando o do escritor em suas obras. Vale a pena acessar o blog:
http://alexdancini.blogspot.com/


Ler Eduardo Galeano é viajar pelo continente americano sem sair do lugar. Seja uma obra com característica mais teórica como é o caso de “As veias abertas da América Latina”, ou uma obra que reúne contos, poemas em prosa e relatos de sua vida, percorrendo a América Latina, escondendo-se das torturas da ditadura como é o caso de “Dias e Noites de Amor e de Guerra”.
 A primeira obra acima citada mostra-nos a história de uma América assaltada, escravizada. Tomada do povo que tão bem cuidou destas terras e que não tinha outro objetivo senão cultivá-la numa relação de divinização. A história de colonização e exploração da América Latina pelos europeus num primeiro momento, e depois pelos Estados Unidos, perde-se no eco das perfurações em busca de prata na Ilha de Potosí, na Bolívia. E está presa também no silêncio dos oito milhões de cadáveres de índios da sociedade potosiana, que morreram para sustentar o desenvolvimento econômico europeu e estadunidense. Apenas para citar um minúsculo exemplo da devastação natural e humana aqui deixada pelos invasores.
A herança deixada pelos nobres colonizadores, como assim os tratam inúmeros nobres professores de história, foi o esgotamento de riquezas naturais como o ouro, a prata e o diamante; o atraso econômico; a subserviência à hegemonia capitalista; e a miséria, na qual vivem milhões de latinos americanos que pouco se diferem dos índios domesticados, quando da colonização, que segundo Galeano, “comiam as sobras da comida do cachorro, com quem dormiam lado a lado”. Pouco mudou. Ainda segundo Galeano, “até hoje, podem ver-se, por todo altiplano, carregadores aimarás e quéchuas, levando fardos até os dentes em troca de um pão duro”.
A pobreza latina americana ao menos encanta os turistas, em sua maioria latinos também, que “adoram fotografar os indígenas no altiplano vestidos com suas roupas típicas”, ou mesmo fechar os olhos à pobreza paraguaia, se o que mais importante é que nesse país podemos nos sentir sujeitos tipicamente pós-modernos com “poder de compra”. Após tirar fotos e comprar mercadorias, jamais podemos deixar de saudar a Virgem de Guadalupe. Afinal, estamos no continente que reúne o maior número de cristãos do mundo, e a pobreza do povo paraguaio alivia-nos a alma.
“Dias e Noites de Amor e de Guerra” é uma viagem pelos países latinos a bordo da imaginação e da memória de Eduardo Galeano, que resolveu reunir num livro, as histórias por ele vividas nos anos de chumbo deste continente. As ditaduras militares, nos países em que tal regime foi instalado, forraram o fundo do mar com cadáveres de homens e mulheres inconformados com a injustiça social e com a nossa dependência econômica e política dos Estados Unidos.  Elas faziam brotar das águas dos rios o perfume de uma vida rebelde ceifada da pior maneira possível. Levaram-nos operários, jornalistas e artistas. Sempre nos tomaram o que de melhor existiu por essas bandas. Ainda continuam tomando, roubando, expropriando quem não tem mais o que oferecer a não ser a liberdade, a sua humanidade.
 
 

sábado, 17 de julho de 2010

Memória de 1989

A foto mostra uma cena da campanha presidencial de 1989. Uma passeata pelas ruas de Porto Alegre é liderada pelo prefeito de Porto Alegre, Olívio Dutra, pelo candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva e pelo vice-prefeito da capital, Tarso Genro. Depois desta cena, Olívio ainda foi governador dos gaúchos, Lula foi eleito duas vezes presidente da República e Tarso foi prefeito de Porto Alegre em duas ocasiões e agora é candidato ao governo gaúcho.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Assassinarem o meu ipê amarelo


 Este ipê amarelo era meu vizinho. Ficava em frente da janela de meu apartamento e suas flores amarelas brotavam ainda no inverno. Veja a foto abaixo e acompanhe a minha tristeza... 
  Assassinaram o meu ipê. Nesta semana, um caminhão de mudança chegou imponente e avançou sobre o árvore que estava aí, neste buraco. Ela ficou torta, com as raízes de fora. Ontem à noite, cheguei e o pé de ipê não estava mais ali. Uma equipe da Secretaria Muncipal do Meio Ambiente acabou com o que restava dele. Não verei mais as suas flores amarelas na primavera. Este é um exemplo típíco de total desprezo pela natureza.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Jornal do Brasil: vamos dizer não ao fechamento

Na quarta-feira, dia 21, ao meio-dia, o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio vai fazer uma manifestação em frente à atual sede do Jornal do Brasil - Avenida Paulo de Frontin 568 -, no Rio Comprido, para tentar evitar o fechamento daquele que já foi um dos mais importantes jornais da imprensa brasileira. A FENAJ vai participar da manifestação.
Sabemos que o Jornal do Brasil de hoje nada tem a ver com aquele jornal que durante mais de um século escreveu boa parte da história do nosso país. Um jornal que ousou, que foi cantado pelos tropicalistas e acima de tudo não seguiu à risca a cartilha da ditadura militar, como outros jornais fizeram.
Mesmo assim, a notícia de que o Jornal do Brasil vai deixar de circular é um golpe para toda uma geração de jornalistas que lá trabalharam ou simplesmente foram seus leitores. O dono da marca, Nelson Tanure, que arrendou o jornal em 2001, anunciou esta semana que o JB passará a ter apenas uma versão na internet. Ele alega que tentou vender o jornal, mas não encontrou compradores. Mas e o direito dos funcionários, como fica?
A manifestação do Sindicato pretende também alertar as autoridades da área do Trabalho para que não deixem acontecer com os empregados da empresa o mesmo que aconteceu com os ex-funcionários da TV Manchete e Bloch Editores. Muitos morreram sem receber seus direitos trabalhistas. O JB tem hoje 180 empregados, entre os quais 60 jornalistas. Qual será o futuro deles? Quantos serão reaproveitados na versão online? E o passivo trabalhista? É bom lembrar que muitos ex-funcionários estão na Justiça lutando por direitos que não foram respeitados.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas, Suzana Blass, está tentando marcar um encontro com Tanure. O objetivo, diz Suzana, é garantir uma empregabilidade mínima e os pagamentos da rescisão. Portanto, não se esqueça: quarta-feira dia 21 ao meio-dia, em frente ao Jornal do Brasil, na Avenida Paulo de Frontin 568, no Rio Comprido.
Ao ser informado da confirmação do fechamento da versão impressa do JB, o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, reagiu. "Fred Ghedini e Aziz Filho, ex-presidentes dos Sindicatos de São Paulo e do Município do Rio, foram processados pelo Tanure há alguns anos porque disseram que o empresário era um predador de empregos e salários. O tempo provou que ambos estavam absolutamente certos. Além de empregos e salários, Tanure é um predador de veículos jornalísticos. Já matou a Gazeta Mercantil e agora assassina o JB", disse.
Fonte: site do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, com informações da FENAJ

Anunciada a morte do tradicional Jornal do Brasil


A morte do tradicional Jornal do Brasil - anunciada para 31 de agosto, quando circulará apenas a versão online - é um golpe no Jornalismo brasileiro. O diário carioca já agonizava fazem duas décadas, mas a esperança na sua recuperação continuava. A reprodução acima, do anúncio do JB em página dupla nesta quarte-feira (14 de julho), deixa tristes os jornalistas brasileiros.

PEC dos Jornalistas é aprovada na Comissão Especial da Câmara





Os jornalistas brasileiros com formação alcançaram mais uma vitória. A proposta que restabelece a necessidade do diploma de jornalismo no Brasil, de autoria do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), foi aprovada por unanimidade nesta quarta-feira (14), pela Comissão Especial da Camara dos Deputados. A PEC dos Jornalistas, como é conhecida, segue agora para votação no plenário da Câmara.

De acordo com Pimenta, a intenção é votá-la após o recesso parlamentar, que termina no final do mês de julho. "Todos aqui nesta Casa estão tendo a mesma compreensão que tive quando apresentei a PEC dos Jornalistas, ou seja, que houve uma confusão de conceitos por parte do Supremo Tribunal Federal, entre liberdade de expressão e informação jornalística. O jornalismo não é uma atividade intelectual como afirmou de forma equivocada o Ministro Gilmar Mendes, pois um jornalista não deve, e por dever ético não pode, exercer a sua liberdade de expressão ao reconstruir a realidade", disse Pimenta.

Para evitar novas interpretações semelhantes à do Supremo, o relator da PEC dos Jornalistas na Comissão Especial, deputado Hugo Leal (PSC-RS), incluiu no texto uma referência expressa ao inciso XIII do artigo 5° da Constituição Federal. Esse dispositivo determina que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. "Queremos deixar claro que o jornalismo é uma profissão que exige qualificação e isso não impede a liberdade de informação e de imprensa", ressaltou.

Fenaj aprova medida 


Presente à votação desta quarta-feira, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo, afirmou que a entidade também vai procurar os líderes para garantir a continuidade da proposta. Ele destacou a importância da volta da exigência do diploma: "Nossa profissão não pode ficar do jeito que está. Vivemos uma situação absurda. Hoje não há critério nenhum para ser jornalista. No Distrito Federal, para ser flanelinha é necessário um registro no Ministério do Trabalho. No caso dos jornalistas, nem isso é preciso".

Histórico da PEC dos Jornalistas
 

A PEC dos Jornalistas foi apresentada pelo deputado federal Paulo Pimenta no dia 8 de julho de 2009, 20 dias após a decisão do STF. Em novembro de 2009, ela já havia sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisou se o teor da matéria proposta feria algum princípio constitucional. Agora, recebeu também voto favorável na Comissão Especial. A PEC dos Jornalistas será submetida a votação em dois turnos na Câmara e após seguirá para o Senado Federal.

Fonte: Assessoria do Deputado Pimenta com a colaboração da Agência Câmara

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não desista...

Não desista nunca de seus sonhos.
Não desista da verdade, por mais dura que seja!
Não desista das conquistas.

Não desista de ir, mesmo que um dia você volte!
Não desista de enfrentar as ondas.

As ondas são fortes, mas quebram...
Não desista de enfrentar seus medos.
Seus medos são fracos perto da tua coragem.

Não desista de suas escolhas, de suas vontades.
Não desista do difícil, do diferente.
Não desista do novo.
Não desista de consertar um erro!
Não desista de amar!
Não desista de viver!
Não desista sempre de ser você.

domingo, 11 de julho de 2010

Forlán, com justiça


O uruguaio Diego Forlán foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo. Trata-se de justiça porque os demais concorrentes não foram bem em determinados momentos e especialmente nas decisões de sábado e domingo. Ele foi demais. Parabéns aos hermanos pelo quarto lugar e por esta escolha.

Arriba, Espanha!


Parabéns, Espanha. Fazia tempo que a "fúria" merecia este título. Agora, integra o seleto grupo dos oito campeões mundiais. Com merecimento, porque mostrou um grande futebol, com ressalvas. 
A equipe perdeu a primeira partida da competição para a inexpressiva Suiça e hoje fez parte de um dos jogos mais violentos de uma final de Copa do Mundo. Para um time técnico, isso é ruim. 
Mas mereceu pelo conjunto da obra.

sábado, 10 de julho de 2010

Liberdade em debate

 Esta deve ser uma importante obra. O autor, Venício A. de Lima, é uma garantia de debate profundo. Pena que eu não estivesse em São Paulo para o lançamento. Mas vou adquiri-lo na primeira livraria que o encontrar...

Censura e truculência contra jornalistas. Onde estão a ANJ e a ABERT?


Editorial - Carta Maior 

As demissões de jornalistas na TV Cultura de São Paulo e o silêncio dos grandes meios de comunicação sobre as causas destas demissões evidenciam mais uma vez um preocupante comportamento cínico, submisso e hipócrita. Mais uma vez, são blogs e sites de jornalistas independentes que cumprem o dever de informar ao público o que é de interesse público. Entidades como a Associação Nacional de Jornais, supostamente comprometidas com a defesa da liberdade de expressão, exibem um silêncio ensurdecedor.
O comportamento cínico e hipócrita da maioria das grandes empresas de comunicação do Brasil ficou mais uma vez evidenciado esta semana, e de um modo extremamente preocupante. Não se trata apenas de valores ou sentimentos, mas sim de fatos objetivos e de silêncios não menos objetivos. O relato sobre demissões na TV Cultura de São Paulo, causadas pelo interesse de jornalistas no tema dos pedágios, justifica plenamente essa preocupação. Um desses relatos, feito nesta sexta-feira pelo jornalista Luis Nassif, chega a ser assustador. Em apenas uma semana, dois jornalistas perderam o emprego, escreve Nassif, em função de uma matéria sobre pedágios. Ele relata:

Há uma semana, Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV Cultura. Ontem (7), planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram ouvidos Geraldo Alckmin e Aloízio Mercadante, candidatos ao governo do estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se pronunciando.

Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.

Hoje (8) , Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana.

Semana passada foi Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra (ver vídeo abaixo). Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado.

Não é o primeiro relato sobre a truculência do ex-governador de São Paulo com jornalistas. Nos últimos meses, há pelo menos dois outros episódios, um deles envolvendo a jornalista Miriam Leitão, na Globonews, e outros envolvendo jornalistas da RBS TV, em Porto Alegre. A passagem da truculência à ameaça ao trabalho dos jornalistas é algo que deveria receber veemente manifestação da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), sempre prontas a denunciar tais ameaças. No entanto, ao invés disso, o que se houve é um silêncio ensurdecedor.

Mais uma vez, são blogs e sites de jornalistas independentes que cumprem o dever de informar ao público o que é de interesse público. E, mais uma vez também, os chamados jornalões e seus braços no rádio e na TV, calam-se, aliando submissão e cumplicidade com a truculência e o desrespeito ao trabalho de experientes profissionais. O mesmo silêncio, a mesma submissão e a mesma cumplicidade manifestadas nos recentes casos de assassinatos de jornalistas em Honduras, em função de sua posição crítica ao golpe de Estado ocorrido naquele país.

Esse triângulo perverso que une cinismo, hipocrisia e silêncio não é um privilégio da imprensa brasileira. Um outro caso, esta semana, envolveu uma das maiores cadeias de televisão do mundo. A CNN demitiu a jornalista Octavia Nasr, editora de noticiário do Oriente Médio, por causa de uma mensagem publicada por ela em sua página no Twitter onde manifestou “respeito” pelo ex-dirigente do Hezbollah, Sayyed Mohammed, que morreu no final de semana passado. Octavia tinha 20 anos de trabalho CNN. O que ela escreveu no twitter e causou sua demissão foi: “(Fiquei) triste por saber do falecimento do Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah…Um dos gigantes do Hezzbollah que eu respeito muito”. Parisa Khosravi, vice-presidente-sênior da CNN International Newsgathering, afirmou em um memorando interno que “teve uma conversa” com a editora e “decidimos que ela irá deixar a companhia”.

Essa mesma CNN não hesita em denunciar agressões à liberdade de imprensa em outros países quando isso é do interesse de sua linha editorial e dos interesses geopolíticos da empresa. Crime de opinião? Segundo as versões oficiais, isso só existe em países do chamado eixo do mal.

Esse mesmo triângulo perverso ajuda a entender por que essas grandes corporações midiáticas não querem debater com a sociedade a sua própria atuação. Colocam-se acima do bem e do mal como se fossem portadores de legitimidade pública. Não são. Ao cultivarem esse tipo de comportamento e prática, o que estão fazendo, na verdade, é auto-atribuir-se, de modo fraudulento, uma suposta representação pública. Representam, na verdade, os interesses dos donos das empresas e, cada vez menos, o interesse público.

Neste exato momento, o planeta vive aquele que pode vir a se confirmar como o maior desastre ecológico de sua história. O acidente com a plataforma da British Petroleum no Golfo do México e o vazamento diário de milhões de litros de óleo no mar tem proporções ainda incalculáveis. No entanto, a cobertura midiática sobre o caso nem de longe é proporcional, em quantidade e qualidade, à gravidade e importância do caso. Organizações ambientalistas já denunciaram que a BP vem operando pesadamente nos bastidores para bloquear e filtrar informações.

É preciso ter clareza que são os dirigentes e porta-vozes dessas corporações midiáticas e seus braços políticos e empresariais que não hesitam em denunciar qualquer proposta de tornar transparente à sociedade o seu trabalho, supostamente de interesse público. O bloqueio e seleção de informações, a demissão de jornalistas incômodos e a truculência com aqueles que ousam fazer alguma pergunta fora do script são diferentes faces de um mesmo cenário: o cenário da privatização da informação, da deformação da verdade e da destruição do espaço público.

Editorial Carta Maior

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Votação da PEC dos Jornalistas no Senado fica para depois do recesso

Cresce a expectativa em torno das Propostas de Emenda Constitucional que tramitam no Congresso Nacional reinstituindo a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalistas. No entanto, mesmo incluída na pauta de votações do esforço concentrado do Senado realizado no dia 7 de julho, a PEC 33/09 não foi à votação em plenário. A matéria deverá ser apreciada após o recesso parlamentar. Já na Câmara dos Deputados, o relatório sobre a PEC 386/09 deverá ser apresentado à Comissão Especial na próxima semana.
De autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), a PEC 33/09 foi incluída, por acordo entre as lideranças partidárias, na longa lista de matérias prioritárias que seriam apreciadas em plenário na sessão desta quarta-feira (07/07). José Carlos Torves, diretor da FENAJ que acompanhou toda a sessão, conversou com o autor e com o relator da PEC, o senador Inácio Arruda (PCdoB/CE). “A expectativa era positiva e grande parte dos jornalistas que cobrem o Congresso Nacional, inclusive os profissionais da Câmara e do Senado foram acompanhar a votação”, conta.
A mesa diretora do Senado, no entanto, retirou a matéria da pauta. Mas acabou recolocando-a como uma das últimas na longa lista após manifestações do autor e do relator da PEC, além dos senadores Arthur Virgílio (PSDB/AM), Agripino Maia (DEM/RN), Ideli Salvatti (PT/SC) e Romero Jucá (PMDB/RR). Como a sessão se prolongou pelo período noturno, o plenário foi esvaziando e, após não haver mais quorum, a sessão foi encerrada sem que a PEC 33/09 fosse apreciada. “Todos os jornalistas que acompanharam a votação saíram frustrados”, registra Torves. “Agora temos que concentrar forças e ampliar a mobilização para que seja votada na próxima sessão no início de agosto”, apontou.
Comissão Especial
Também aguardado com grande expectativa para esta quarta-feira (07) o relatório do deputado federal Hugo Leal (PSC/RJ) sobre a PEC 386/09 só deverá ser apresentado na próxima semana. O parlamentar revelou a assessores parlamentares que adiou a entrega do relatório para ter mais tempo de consultar a assessoria técnica da Comissão Especial.

Os sinais do afeto

O brilho dos teus olhos e o sorriso nos teus lábios são mais significantes do que qualquer palavra. 
Mantenha-os!

Agricultura familiar pode produzir biodiesel necessário para o Brasil


Cerca de duzentas pessoas, entre representantes de cooperativas da agricultura familiar, comunidades de bairros e estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), participaram de debate sobre agroenergia realizado em Fortaleza (CE), no dia 30 de junho. Com o tema “Matriz energética brasileira: suas potencialidades e desafios”, este foi o primeiro de uma série de cinco eventos promovidos pelo Brasil de Fato, em parceria com a Petrobras, para discutir a diversificação da matriz energética brasileira a partir de fontes limpas e sustentáveis, e organizar a agricultura familiar para a produção de agrocombustíveis no Brasil.

“É muito importante para um país não depender só de petróleo”, destacou o gerente de gestão tecnológica da Petrobras Biocombustíveis, João Noberto Noschang Neto, um dos palestrantes do seminário. “Nós estamos desenvolvendo tecnologia agrícola, melhorando as condições de cultivo e de sementes para macaúba, pinhão-manso... A fixação do agricultor no campo, com a geração de emprego e renda, não é um problema só nosso, mas do mundo todo, e os biocombustíveis têm essa função social”, afirmou.

O biodiesel é alternativa para substituir os derivados do petróleo na produção de energia e pode ser refinado a partir da soja, mamona, girassol, macaúba, dendê, entre outras espécies. No Ceará, o programa de biodiesel tem incentivo do governo estadual, que dá ao agricultor R$ 200 por hectare plantado com oleaginosa consorciada com alimentos. Três mil e duzentos agricultores destinam parte do trabalho para esse tipo de produção depois de uma parceira entre a Petrobras Biocombustíveis e cooperativas da agricultura familiar.

“Estamos neste projeto por duas questões: primeiro porque estamos evitando a monocultura. A outra questão é que a produção de oleaginosa é uma forma de agregar renda ao produtor.”, explicou a representante dos movimentos sociais do campo e também palestrante do seminário, Antônia Ivoneide da Silva, da Via Campesina. “Mas não iremos substituir a produção de comida pela de oleaginosa para atender a demanda. Todos os pés de mamona, girassol ou algodão que nós plantamos foram consorciados com alimentos. Se não for assim, não serve para a agricultura familiar”.


Cadeia produtiva
Priorizar a plantação de alimentos não significa descartar a agricultura familiar da cadeia produtiva de agrocombustíveis. Dados da Petrobras Biocombustíveis confirmar que 75% do agrocombustível produzido no país tem origem no esmagamento da soja. Como são poucos os pequenos agricultores que conseguem trabalhar com esse grão no país, a principal fonte de óleo para o biodiesel não cria nenhum emprego a mais no campo.

Também não há garantias de que a renda oriunda da plantação de qualquer oleaginosa seja suficiente para a manutenção da família do pequeno produtor no campo. Isso porque 80% do custo do biodiesel está no processamento do óleo. Como cabe à agricultura familiar somente vender a semente para esmagamento, resta ao produtor rural uma mísera parte da renda gerada.

Segundo Norberto, a Petrobras Biocombustíveis estuda formas de esmagar a semente e retirar o óleo a partir das próprias cooperativas, o que agregaria mais valor ao produto e garantiria maior renda para quem trabalhou duro na plantação. “Estamos percebendo que existe muito que melhorar. Nunca se investiu na cadeia das oleaginosas como investimos atualmente, porque nunca houve tanta necessidade. Eu estive com o presidente Lula e ele pediu para que fizéssemos um balanço do Programa Nacional do Biodiesel pois confia que o biodiesel é a grande esperança para a geração de emprego e renda para o pequeno produtor no semi-árido”.

O desafio que se coloca é como diversificar as culturas de oleaginosas no país e, ao mesmo tempo, garantir que a produção de agrocombustível não fique sob controle das grandes empresas. Representantes da agricultura familiar, presentes no evento, reivindicaram o controle da cadeia produtiva, e disseram que estão dispostos a plantar, esmagar e produzir o óleo. “Quero saber como é possível aplicar essas técnicas na minha região que ainda não tem nada.”, indagou Neuber Josélio Amador, assentado no estado de Goiás.

Aline Scarso/Brasil de Fato
enviada a Fortaleza (CE)

Covarde...


Este cara é um assassino covarde, sem cabeça e fiel representante de milhares de homens que se acham donos das mulheres. 
Inclusive, com poder de matá-las quando contrariados.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

E aí está o logotipo da Copa de 2014, no Brasil



Gostei do logotipo apresentado hoje para a Copa do Mundo 2014, no Brasil. 
Faltam os estádios, a infraestrutura e um time...
Mas o importante é que uma das sedes será no Beira-Rio, do meu Sport Club Internacional.

Dez mulheres são mortas por dia no Brasil, aponta estudo

Homens e mulheres devem unir-se para acabar com esta estatística: em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Trata-se de uma covardia praticada em nome de um pretenso machismo.
 

Observemos os demais números. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio - índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional. O índice se mantém em patamares quase constantes nos últimos anos, apesar de registrar ligeira queda - era 4.022 em 2006 e baixou para 3.772 em 2007.
 

Os resultados são um apêndice, ainda inédito, do estudo Mapa da Violência no Brasil 2010, do Instituto Zangari, com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus). Os números mostram que as taxas de assassinatos femininos no Brasil são mais altas do que as da maioria dos países europeus, cujos índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil habitantes, mas ficam abaixo de nações que lideram a lista, como África do Sul (25 por 100 mil habitantes) e Colômbia (7,8 por 100 mil).

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Amar

Se todo alguém que ama, ama pra ser correspondido...
Se todo alguém que amo..
É como amar a lua inacessível...
É que eu não amo ninguém, não amo ninguém!
Eu não amo ninguém, parece incrível
E é só amor que eu respiro...

Cazuza

A força de minha raiz

Podem podar meu caule, minhas folhas, frutos e flores, mas não conseguem arrancar minha raiz.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O sonho acabou

Correto e oportuno o artigo do colega Mário Augusto Jakobskind, no site Direto de Redação. Reproduzo abaixo por concordar totalmente e saber que grande parcela dos leitores deste blog também. Temos que mexer na ferida para debelá-la completamente. Caso contrário, as negociatas do ditator Ricardo Teixeira continuarão na CBF.


No futebol, o sonho do hexa acabou. Mas quase alguns minutos depois, o mercado, leia-se a Brahma, patrocinadora da seleção brasileira, determinou que não deu desta vez, o negócio agora é 2014. Podem imaginar o que vem por aí em matéria de negócios futebolísticos?
Como não poderia deixar de ser, a “agredida” TV Globo, via Galvão, não perdoou Dunga pela derrota mortal para a Holanda. O treinador volta para casa e antes de qualquer coisa já avisou que o seu contrato era de quatro anos. Mesmo se o Brasil ganhasse o seu destino na CBF estava selado, porque quem “atrapalha” os negócios, ainda mais envolvendo a Globo, não tem vez na seleção do Teixeira (Ricardo), ou melhor, brasileira.
A imprensa saudou o fim da Era Dunga, mas não se atreveu a pedir o fim da Era Ricardo Teixeira, na prática o proprietário da CBF, que sai ano entra ano está sempre no comando de tudo que diz respeito ao futebol brasileiro e aos negócios dele advindos.O cidadão acima de qualquer suspeita nunca é cobrado pelos eventuais desempenhos medíocres da seleção. Dunga só existiu porque Teixeira quis, mas ninguém cobrou do big-shot da CBF a mediocridade.
Mas é isso aí, o mundo não acabou por causa de uma desclassificação da seleção brasileira. Futebol é assim mesmo. O Uruguai, depois de 40 anos, voltou ao primeiro escalão do futebol mundial. Joga com a Holanda nesta terça-feira, numa parada dura de roer, sendo a camisa laranja franca favorita, mas futebol é futebol.
Depois de esfriada a cabeça pela derrota com a Holanda, neste país continente a campanha presidencial vai mesmo começar a esquentar. Nos 45 minutos do segundo tempo para a escolha de quem preencheria a chapa tucana-demo-pepesista(PPS) e petebista (PTB do Jeferson), o candidato da direita brasileira, José Serra, encontrou um vice, o emergente da Barra, Índio da Costa. Esse cria político de Cesar Maia, o tal ex-prefeito do Rio que na sua última administração abandonou a cidade para se dedicar integralmente ao seu blog, foi possivelmente indicado pelo filho do padrinho político, de nome Rodrigo Maia.
E assim o Partido Democratas (Demo), o ex-Partido da Frente Liberal, conseguiu emplacar o vice de linha tão ou mais conservadora que o patrono Maia. Índio da Costa é acusado pela vereadora do PSDB carioca Andréia Gouvêia de falcatrua com merenda escolar quando secretário de Administração na gestão do padrinho Cesar Maia. Ela até pediu licença do seu partido.
O jogo vai ser bruto, ou seja, a direita vai fazer o possível e o impossível para evitar que a candidata de Lula, Dilma Roussef, chegue lá. Serra tenta se apresentar como o “mais experiente para governar o país”, mas tentará evitar associações com outros políticos da América Latina, entre os quais o recém eleito Juan Manuel Santos, sucessor da Álvaro Uribe. O novo presidente colombiano, por sinal, está convocando Tony Blair, o “cachorrinho” de George Bush, para ajudar a incrementar o que ele e alguns analistas denominam de Terceira Via, que na verdade não passa de uma marca de fantasia do esquema neoliberal inaugurado na Grã-Bretanha pela então primeira-ministra britânica Margareth Thatcher.
No mesmo time de Santos, e de Serra, encontra-se o menos conhecido presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, que no último dia 1 de julho completou um ano de governo. O dirigente panamenho, também aliado de Washington, em 365 dias incrementou uma reforma do Código de Trabalho, totalmente inconstitucional, segundo analistas, que na prática acabou com o direito de greve dos trabalhadores. Como se não bastasse, Martinelli aprovou uma reforma fiscal que entrando em vigência acarretará um aumento de 40% nos impostos dos setores mais pobres da população. O imposto do consumo sobe de 5 para 7% para todos os produtos e serviços, sem incluir os alimentos.
Martinelli, como alguns candidatos a governos de Estado no Brasil, que prometeram acabar com a violência em seis meses, entre os quais o hoje diretor da Caixa Econômica, Moreira Franco, não cumpriu com a palavra, muito pelo contrário, pois em um ano o Panamá viu aumentar inclusive o tráfico de drogas e outras manifestações de violência.
No Chile, o atual presidente Sebastián Piñera segue pelo mesmo caminho que o colombiano Santos e o panamenho Martinelli, enquanto em Honduras, o presidente Porfírio Lobo, que venceu uma eleição fajuta depois da derrubada de Manuel Zelaya, não deteve a repressão que se abate sobre o movimento popular do país, que já resultou em centenas de mortes.
Neste período pós-Copa e no momento em que a campanha eleitoral se intensifica, os eleitores brasileiros precisam ser informados sobre o que acontece neste continente e com isso ter mais elementos para poder fazer a opção por seus candidatos. Como, segundo indicam as pesquisas, a maioria absoluta não quer correr o risco de retrocessos como o que acontece nos países mencionados, a informação nesse contexto é artigo de primeira necessidade.

sábado, 3 de julho de 2010

Nervosos argentinos...

 Antes dos jogo contra a Alemanha, os argentinos circulavam com esta faixa numa alusão à desclassificação brasileira no dia anterior. Devem ter sumido com ela depois que a Alemanha enfiou 4 a 0 nos hermanos. Nada como um dia após o outro. Detalhe: a frase virou bordão na Argentina por causa de ex-presidente Nestor Kirchner. (Foto: Thiago Dias)

Coragem

Você se considera uma pessoa de coragem?

E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?

Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.

E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.

Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.

Eis aqui alguns exemplos:

É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.

É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.

É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.

É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.

É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.

É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.

É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.

É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.

É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.

É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.

É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.

É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.

É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.

É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.

Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer-se a si mesmo.

Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.

A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar apesar das decepções e desencantos, revela o verdadeiro cristão, o legítimo homem de valor.

Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total.
 

Don't cry for me Argentina

Nada como um dia depois do outro. Ontem, o Brasil se despediu da Copa do Mundo na África do Sul e os jornais argentinos usaram da tradicional ironia para comemorar a derrota dos vizinhos. O Olé, em tom de brincadeira, mancheteou: "Brasil 2014".  O Clarín foi ainda mais gozador: "Brasil, sin reacción, se fue del Mundial por la puerta de atrás". Pois hoje a Argentina levou quatro da Alemanha e voltará para Buenos Aires de forma malancólica. 
Torci pelos hermanos - em função dos amigos que fiz nas diversas vezes que fui à Argentina, a trabalho e a turismo, e por Maradona -, mas é necessário rebater os dois periódicos deles. "Argentina caiu de quatro" seria a manchete que eu usaria se editasse um jornal esportivo no Brasil.  Ou: "Eles provaram o chocolate alemão, mais amargo que a laranja holandesa."
De qualquer forma,  don't cry for me Argentina.

Da sóbria Fátima Bernardes à exibicionista Fátima Bernardes

A apresentadora, segue silenciosa e meio assustada, o “padrão Globo de qualidade”, criado por Walter Clark, e seguido depois pelo Boni, quando assumiu a direção da rede. Agora, na Copa, durante os tempos vitoriosos, surgia nas telas, como a “gênia” da televisão e do futebol. Provocava enormes gargalhadas, falando e ao mesmo tempo lendo, (dando a impressão de que improvisava) o que estava escrito, tendo que baixar a cabeça. 

A que limites leva a vaidade. 

PS – Joe Wallach, o americano que a Globo roubou da Time-Life (depois de ter roubado os americanos com a ajuda dos generais golpistas), aos 86 anos deu entrevista à revista “Trip”. 

PS2 – Disse textualmente: “O único gênio da televisão brasileira foi Walter Clark. Depois, se entregou inteiramente à bebida, não conseguia nem falar. Foi demitido”.

Fonte: Helio Fernandes (Tribuna da Imprensa) - http://www.tribunadaimprensa.com.br/

Mau jornalismo da Globo já é destaque internacional

Cospe pra cima, cai na testa, dizia minha mãe. Foi o que aconteceu com a Globo hoje.
O jornal paraguaio La Nación diz que a Laranja Mecânica foi responsável por “acallar a la soberbia brasileña”. E por “brasileira” ele se refere à Rede Globo, não ao país como um todo, como fica claro logo nas frases seguintes. A crítica se dirige especialmente à SporTV, canal fechado que pertence à emissora e que divulgou um vídeo desrespeitoso à Seleção Paraguaia e ao Paraguai, a seu povo.
O desrespeito vai além do futebol, segundo o jornal: “ironizan sobre nuestras comidas y nuestras costumbres”, em linguagem debochada. O único valor paraguaio apresentado pelo vídeo é Larissa Riquelme, a “novia del Mundial”. Além de agressivo com os paraguaios, o curta é machista. Desvaloriza todo um povo e todo um gênero. As mulheres são vistas como objetos.
A matéria se coloca ao lado de Dunga pela resistência aos abusos da Globo. E completa: “La Naranja Mecánica se encargó así de hacer justicia y dar una gran lección a quienes tienen en el corazón una rabia innecesaria hacia una nación pobre pero digna”.



Mesmo que o grau de deboche fosse exagerado pelos paraguaios, chamaria a atenção que a Globo já vem recebendo críticas internacionais por conta da sua irresponsabilidade na forma de fazer jornalismo. Mas não é o caso, a ironia é de fato extremamente ofensiva. O vídeo trata o nosso vizinho como um país desprovido de quaisquer qualidades, feio, triste, pobre. É asqueroso.
Debochar de outros países extrapola os limites do esporte, do futebol, e avança no terreno político. São as relações internacionais brasileiras, são povos, são culturas. Pode haver diferenças, mas não há como definir melhores e piores. É aí que entra o respeito. Ou deveria entrar.
A Globo transferiu a ironia que dedica à política externa do governo Lula ao futebol. Fez mal, muito mal. E ficou bem feio.


A dica da matéria do jornal paraguaio foi dada por Dodi (@dodi_vota13), pelo Twitter
A foto é de Reinaldo Marques/Terra.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Brasil fora, Uruguai dentro

Um país que tem o território muito inferior ao do Rio Grande do Sul está na semifinal da Copa do Mundo. A vitória nos pênaltis dos hermanos uruguaios contra Gana mostrou que a vontade, a garra e perseverança são tão importantes quanto a técnica no atual futebol. Foi um milagre. Nos minutos finais da prorrogação, o Uruguai foi abatido por um pênalti. Era a despedida da Copa do Mundo. 
Mas o adversário calculou errado a batida e ela saiu para fora. O jogo foi para as penalidades definitivas, com vitória dos platinos. Ganhou com a tradicional garra uruguaia que tanto respeitamos. Vou torcer pelos vizinhos, mesmo sabendo que a Holanda está com um time certinho para chegar à final.
Arriba, Uruguai!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

FENAJ orienta apoiadores do diploma a realizarem ofensiva sobre líderes de bancadas



Com a perspectiva da apresentação do relatório sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 386/09 à Comissão Especial da Câmara na próxima semana, a FENAJ quer ampliar o movimento para sua votação em plenário antes do recesso parlamentar. Isto porque, após passar pela Comissão, tanto a PEC 386/09 quanto a PEC 33/09 estarão prontas para votação na Câmara e no Senado, respectivamente.
O relator da matéria na Comissão Especial, deputado Hugo Leal (PSC/RJ), já anunciou que pretende apresentar seu parecer no dia 7 de julho. E adiantou que pretende modificar o texto da PEC 386/09, do deputado Paulo Pimenta (PT/RS), para evitar interpretações de inconstitucionalidade, distinguindo os conceitos de liberdade de expressão dos meios de comunicação e de atividade jornalística.
Já a PEC 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), após sua aprovação na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) do Senado, está pronta para apreciação em plenário desde dezembro passado.
“É preciso uma ofensiva nacional de sensibilização dos lideres das bancadas tanto na Câmara quanto no Senado”, defende o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. Segundo ele, o objetivo é fazer com que as duas PECs sejam votadas em primeiro turno antes do recesso parlamentar agendado para 17 de julho.
A orientação é para que as entidades e integrantes do movimento em defesa do diploma intensifiquem os contatos com os líderes das bancadas federais em seus estados. “Também deve-se ampliar o movimento de envio de mensagens de sensibilização aos líderes”, orienta Sérgio Murillo.

Para acesso aos e-mails dos líderes das bancadas na Câmara e no Senado, clique aqui.

Sobis volta ao Inter

 Os bons filhos retornam à casa. Depois de Tinga e Renan, hoje foi a vez de Rafael Sobis oficializar sua volta ao Internacional, clube que o consagrou. Que sejas feliz, goleador. Especialmente contra o São Paulo...