domingo, 19 de julho de 2009

O comandante perdeu o controle do grupo. Mude-se o comandante.

A perda de comando do técnico Tite no Gre-Nal de hoje é perceptível até para quem não acompanha o futebol. O comandante do Inter mandou o atacante Taison, veloz e insinuante, cumprir uma tarefa de marcação: conter as avançadas do lateral do Grêmio. Deixou Nilmar sozinho na área - jogador só fez o gol colorado graças a sua peculiar qualidade. Além disso, segurou os laterais do Inter - Bolívar e Kléber - e faz Andrezinho jogar no meio de três ou quatro meio-campistas do Grêmio. Só colocou um atacante de ofício (Alecsandro) quando já estava perdendo. E trocou seis por meia dúzia ao substituir Bolívar por Danilo. Está perdido, não consegue tirar mais nada de um grupo de qualidade e tem que sair do Inter. Não dá para esperar o time cair na tabela no meio do campeonato.

É na casa deles, Inter. Um palco de grandes triunfos colorados

Fazem dois anos que o Grêmio não sabe o que é vencer o Inter. Os quatro últimos confrontos resultaram em vitórias coloradas, começando pelos 4 x 1 dos Brasileirão de 2008. Só neste ano foram três triunfos. O Inter é favorito em função do retrospecto? O Grêmio tem um treinador estrategista, joga e em casa e, por isso, está mais perto da vitória? Não, em Gre-Nal não existe vitória antecipada.
Tudo o que acontecer dentro de três horas, no Estádio Olímpico, fará parte da história. Além de ser o clássico centenário, poderá decretar o futuro dos dois times no campeonato. Melhor para ambos seria um empate. Mas, como colorado, quero ver meu time triunfar e afundar o tradicional adversário. Afinal, o campo da Azenha já foi palco de grandes vitórias rubras. Que assim seja daqui a pouco.

A força das mulheres em um ambiente de guerra dominado pelos homens

Anahy de Las Misiones, filme de Sérgio Silva (1997), mostra a força das mulheres durante a Revolução Farroupilha, predominantemente dos homens. Na foto (divulgação), cena marcante das ótimas Dira Paes e Araci Esteves. Já tinha visto o filme no cinema, mas o Telecine/Net me oportunizou ontem a revê-lo. Gostei ainda mais.

Arrastando um velho carroção, Anahy, mulher-forte-dos-pampas, mãe de quatro filhos, todos de pais diferentes, lutam para sobreviver em plena Revolução Farroupilha. Indiferente às paixões políticas, o objetivo é sobreviver, mascateando com caramurus (defensores do Império) e farrapos (revolucionários), o que consegue pilhar dos mortos nos combates. A força de Anahy está na capacidade de manter unida, a qualquer preço, a sua miserável família num mundo devastado pela guerra. Ela perde filhos e ganha companheiros ao longo de sua peregrinação. A história se passa em 1839, no interior do Rio Grande do Sul, exaltando as lindas paisagens dos pampas.