quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"O jornalista não está acima da lei, mas precisa de garantias", diz presidente da Fenaj

Na última terça-feira (23), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) divulgou relatório em que aponta cinco jornalistas mortos no Brasil em um período de 12 meses. Além dos assassinatos, o levantamento também mostra crescimento nos casos de censuras judiciais. Em outra divulgação no começo de agosto, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) já havia publicado relatório que contabilizava a morte de quatro jornalistas.
Diante deste quadro, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, aponta o sentimento da entidade em relação aos casos de processos contra jornalistas no Brasil e destaca que ações de violência física e judicial contra jornalistas prejudicam o trabalho da imprensa e, em muitos casos, compõem um esforço de alguns grupos em atingir a integridade do jornalismo. A entrevista é de Luiz Gustavo Pacede, do portal Imprensa

                                        Celso Schröder/Divulgação

Portal IMPRENSA - O que representam os casos recentes de violência contra jornalistas?

Celso Schröder - É bem claro que a situação não e tão alarmante. As condições ainda são bem diferentes comparadas ao México. Mas alguns sintomas mostram que precisamos ficar atentos, pois existe uma crescente mobilização de agressões e restrições a jornalista por parte do estado, seja federal, estadual ou municipal. Aqui, acolá, movimentos formais ou não, emitem ameaças, que incidem sobre o trabalho dos jornalistas de forma violenta. Leia-se: crimes e pressão.

IMPRENSA - O que exatamente seriam esses movimentos?

Celso Schröder - É uma ofensiva contra o jornalismo. Não chega a ser algo paranoico, mas é uma compreensão plantada por alguns de que o jornalismo é desnecessário. E infelizmente, alguns jornais alimentam essa sensação de que o jornalismo não serve mais. Isso que eu chamo de movimento deve ser enfrentado. Essa desmoralização do jornalismo começa a permear perigosamente em setores da política, e outros grupos que vivem do silêncio, do não jornalismo como o crime. Com isso, eles se sentem à vontade para atuar contra jornalistas, tanto moralmente como fisicamente.

IMPRENSA - Pode explicar melhor a frase "desmoralização do jornalismo"?

Celso Schröder - No Brasil temos que observar que existe um enfraquecimento do conceito de jornalismo. Até mesmo uma confusão entre novas tecnologias e a atividade jornalística. Você acaba colocando muitos profissionais nessa confusão e é algo que deve ser esclarecido. As organizações precisam fazer distinção; é necessário reafirmar o jornalismo como função social. O que acontece muitas vezes é que as pessoas colocam tudo no mesmo pacote e associam muita coisa que acontece na rede como jornalismo. Isso pode ser perigoso. Precisamos garantir um selo de qualidade, com os mesmos rigores e ética de sempre.

IMPRENSA - A ausência de uma Lei de Imprensa tem impacto nessa realidade?

Celso Schröder - Existe outro elemento preocupante que é isso: a ausência de uma regulação especifica. Esse vácuo que temos da lei de imprensa. A lei de imprensa embora tenha origem ditatorial e rigorosa, ela tinha uma grande função de identificar os delitos contra o jornalismo. Ela tirava o julgamento do campo geral, e a ausência disso nos deixou a mercê de julgamentos imprecisos, não submetidos à lógica e sujeitos a interpretação de juízes a partir de um suporte penal e não a uma especialização da atividade.

IMPRENSA - Isso ajuda a aumentar a sensação de insegurança?

Celso Schröder - Acaba deixando os jornalistas desprotegidos. Sem um cuidado maior sobre suas práticas. Também ficamos a mercê de uma eficiência, submetidos a uma generalidade legal que não consegue dar conta nem mesmo das condições de jornalistas e empresas jornalísticas. Um sistema que não compreende a atividade nem em suas singularidades e obviamente com isso, as preocupações começam a aparecer como, por exemplo, regular acesso a documentos, ações sob sigilo. No caso de jornalistas serem processados por publicarem documentos não é um problema do jornalismo, mas sim uma falta de regulação para que as pessoas envolvidas em tais processos não vazem essas informações como setores policiais por exemplo, agora isso tem que ser impedido, mas acontecendo não pode incidir sobre a atividade jornalística.

IMPRENSA - Existe a esperança de que algo mude?

Celso Schröder - Existem iniciativas interessantes. O seguro de vida agora na Câmara é um deles. Algumas compreensões de que muitos jornalistas estão sendo submetidos a pressões, perigos e exposições e que precisam ser protegidos. Essa preocupação com a vida dos jornalistas me parece saudável para a continuidade do oficio.

Colorado privilegiado

Sou um privilegiado colorado.
Quando nasci, o Rolo Compressor do Inter mandava no Estado.
Na juventude, vi o meu time ser três vezes campeão do Brasil.
Em uma delas, invicto.
Na maturidade, grito e vibro com meu time recheado de títulos internacionais.
Honra o nome que lhe foi dado ao ser criado em 1909.
Sou um colorado privilegiado.

Inter, orgulho do Brasil

O Internacional é bicampeão da Recopa em 24 de agosto de 2011.
É o oitavo título internacional do colorado em cinco anos.
Ninguém conseguiu mais no Brasil.
Definitivamente, orgulho do desporto nacional.
E vamos buscar mais....