quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

"Jornalistas" chutadores

O Jornalismo está doente. E não é esta nobre profissão a culpada de todos os males que afetam a sua prática atualmente. Quem a desonra são profissionais pouco preocupados com a ética, com a moral e com a imparcialidade, princípios elementares para o exercício do bom Jornalismo. No Rio Grande do Sul, especialmente na área do esporte, é usual a luta ferrenha pela busca do "furo" a qualquer custo. Não importa se a informação divulgada é verdadeira. Jogadores são vendidos ou comprados diariamente sem que as partes - o clube que detém o seu passe e o suporto interessado - sejam ouvidos. O que vale é a palavra do empresário, figura sinistra que surgiu no futabol e só pensa em encher os bolsos, sem se preocupar com a imagem do jogador que "assessora". Enquanto os jornalistas ou pseudo-jornalistas oferecerem a palavra para eles, a mentira continuará sendo lida nos sites e nos jornais, ou ouvidas nas rádios e televisões. E o Jornalismo continuará padecendo.

Um treinador pode estragar um bom time

Estou preocupado com o futuro do Internacional nos próximos meses. A direção cumpriu a sua promessa e municiou o seu treinador de bons e excelentes jogadores para cada posição. Em algumas, existe mais de uma opção. Contudo, o treinador precisa ser inteligente para montar um time onde sobram boas individualidades, caso do colorado atualmente. Se persistir com a idéia de escalar o Inter com três volantes, dois meias e apenas um atacante estará decretando a falência do time. Por isso, defendo a seguinte formação colorada: Lauro (Michel Alves), Bolívar, Índio, Álvaro (Sorondo) e Kléber; Magrão e Guiñazu; D´Alessandro e Alex; Nilmar e Taison (Alecsandro). O time ficará mais coeso. Tomara que assim seja e Tite não entre para o rol dos treinadores burros que passaram pelo Beira-Rio sem tirar o máximo do forte grupo que têm em mãos. Avante, Inter centenário!

Perfil atual do direitista brasileiro

Como a direita conservadora e caricata está novamente na moda, vale a pena fazer algumas considerações. Recebi esta relação de diversos amigos e não sei a autoria. Mas é de extremo valor. Vale a pena ler até o final...

1. Ao contrário dos direitistas europeus e norte-americanos – patrióticos ao ponto da xenofobia – o direitista brasileiro odeia o Brasil. É curioso, porque nenhuma direita traz tantas marcas do seu lugar de origem como a brasileira.
2. O direitista brazuca sofre de profunda nostalgia. Entende-se: ele um dia teve Paulo Francis. Hoje deve contentar-se com Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo. Ou seja, já completa uma geração em total orfandade de gurus. Anda tão carente que seu mais novo mestre é um auto-intitulado "filósofo" de cujo trabalho nenhum profissional de filosofia jamais ouviu falar.
3. Os direitistas tupiniquins em geral se dividem em dois grupos: os raivosos e os blasé. Os primeiros vociferam em blogs, lançam insultos, ordenam que os adversários se calem ou se mudem para Cuba. Reagem histericamente à própria infelicidade. Os segundos, em busca de uma elegância copiada de algum filme gringo, intercalam em suas frases expressões inglesas já completamente fora de uso. Reagem esquizofrenicamente à sua infelicidade, à sua incapacidade de reconciliarem-se com o que são.
4. O direitismo brasileiro costuma ser um grande clube do Bolinha. Tem verdadeiro pânico das mulheres, especialmente das mulheres fortes, seguras, profissionalmente bem-sucedidas. Estas últimas costumam ter o poder de fazer até mesmo do blasé um raivoso.
5. O direitista tupiniquim adora lamber as botas de Bush. Numa época em que até vozes do conservadorismo tradicional norte-americano reconhecem o caráter da mentirada sobre a qual se sustenta Bush, o direitista daqui ainda defende o genocídio praticado pelos EUA no Iraque.
6. O direitista tupiniquim tem pânico de discutir questões relacionadas a raça e etnia. Quando aflora qualquer conversa sobre a discriminação racial ou sobre o lugar subordinado do negro na sociedade, ele raivosamente acusa os interlocutores de estarem acusando-o de racista. Para essa “vestida de carapuça” Freud inventou um nome: denegação. É a atitude preferida do direitista quando o tema é relações raciais.
7. O direitista brasileiro louva e idolatra o mercado, mas curiosamente pouquíssimos espécimens dessa turma se estabeleceram no mercado com o próprio trabalho. É mais comum que herdem um negócio do pai, recebam via jabaculê o emprego que terão pelo resto da vida ou, mais comum ainda, que concluam a quarta década de vida morando com a mãe e tomando toddyinho.
8. O direitista brasileiro ainda acha que todo esquerdista é aquele tipo folclórico que não toma coca-cola, usa camiseta do Che Guevara e defende ditaduras comunistas, com uma bolsa de lona à tiracolo.
9. O direitista brasileiro tem certeza de que a ameaça comunista ainda é uma realidade a ser considerada no mundo e, portanto, deve ser combatida. Ele acha que existe um plano para implantar uma ditadura de esquerda em escala planetária envolvendo Lula, Hugo Chavez, Evo Morales, Fidel Castro, as FARC e o MST.
10. Na visão do direitista brasileiro, qualquer grevista não passa de baderneiro. Para a direita, a ordem se sobrepõe à Justiça, os interesses individuais são mais importantes que os interesses coletivos. Os movimentos sociais devem ser criminalizados. Os índios não merecem a demarcação de suas terras porque são vagabundos. Os negros têm de saber qual é o seu lugar. Os pobres são pobres porque não têm capacidade para enriquecer.