sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Editorial JB: invasão de privacidade d´O Globo

Pessoal, o editorial do Jornal do Brasil publicado parcialmente abaixo trata-se de ataque direto à concorrência (O Globo). É de fato, mas não seria se não houvesse esta tal de disputa por leitores. Ninguém se engane sobre os propósitos do JB. Mas o que está escrito ali é a pura verdade: falta ética no jornalismo. Só não as reconhece que não as tem em suas consciências. Muitos repórteres e colunistas entram nesta onda, infelizmente. Leiam com cuidado:

“Assim como a sociedade não tolera qualquer tipo de censura, tampouco aceita excessos da parte de veículos de comunicação. A violação do conteúdo de mensagens particulares trocadas entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), estampada ontem na primeira página de um jornal carioca, é um desses exageros que ultrapassam os limites éticos do jornalismo.
Enquanto ouviam os argumentos dos advogados de defesa na primeira sessão de julgamento dos 40 denunciados pela formação do esquema do mensalão, na quarta-feira, dois integrantes da Suprema Corte - o ministro Ricardo Lewandowski e a ministra Carmen Lúcia - tiveram a tela de seus computadores devassada pelas lentes de um repórter-fotográfico. Por meio de correio eletrônico instantâneo, trocavam mensagens de cunho profissional, acerca da audiência em questão e sobre outros temas pertinentes ao STF. Atitude trivial e rotineira em qualquer ambiente de trabalho - seja um escritório, uma redação de jornal ou mesmo um tribunal.
Supunham os ministros que a intimidade de suas conversas estaria preservada - senão pela distância obsequiosa dos presentes à sessão, ao menos pelos mais elementares direitos do homem, o livre pensar. Estavam enganados. O conteúdo dos textos privados tornou-se público e ganhou as manchetes, carregadas em tintas sensacionalistas. O ato, imediatamente, despertou o repúdio da sociedade. Faz pensar numa reedição, generalizada, do odioso macarthismo - que assombrou a sociedade americana no auge da Guerra Fria.”

Adeus, Dedé!

Os jornalistas gaúchos estão de luto pela perda de um brilhante colega e grande amigo de luta e alegria. Infelizmente, Dedé Ferlauto, 56 anos, morreu na manhã desta sexta-feira, 24 de agosto, em Florianópolis, Santa Catarina. Nascido como José Otávio da Rosa Ferlauto, sofria de câncer no fígado e teve uma vida dedicada ao Jornalismo e à arte: era também poeta, escritor, artista gráfico e artesão. Tudo.....
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, do qual sou diretor, lamenta sua morte porque Dedé passou parte de sua vida na sede da entidade. Em algumas gestões foi diretor e, no período de 1993 a 1996. foi assessor de Imprensa, tendo editado o jornal Versão do Jornalistas.
Dedé também trabalhou em Zero Hora, Correio do Povo, Multiarte, revista Transbrasil, entre outros. É autor de livros de poesia e de histórias de vida, como 'Thiago Gonzaga - História de uma Vida Urgente'.. Prestou assessoria ao Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul - Sintrajufe, um de seus últimos trabalhos em Porto Alegre antes de se aposentar.
Foi letrista de várias músicas em parceria com Léo Ferlauto, um de seus cinco irmãos, além de outros músicos. Sua rotina recente era caminhar todos os dias na praia ao raiar do sol. Dedicava-se à casa e a plantas, fazendo bonsais e mosaicos. Sua casa sempre foi um núcleo de amigos e da arte, com saraus freqüentes, onde, além de música e poesia, se compartilhavam alimentos integrais, vivências, projetos, sonhos e planos. A rua São Luiz, onde passou seus últimos anos na Capital gaúcha, era um templo de criação, acolhimento e amizade. Era também a extensão do lar dos tantos amigos da família.
Natural de Porto Alegre, onde passou a maior parte da sua vida, Dedé morava na praia do Campeche, em Florianópolis, há dois anos com a companheira Usha - Maria Lúcia, com quem compartilhou os últimos 34 anos. Deixou quatro filhos e dois netos - Ananda, 35, Tiana, 31, Emanuel, 30, Liza, 28, e os netos Lea, 4, e Téo, de 1 ano. Também deixou órfãos inúmeros amigos. Além de Porto Alegre e Florianópolis, morou também em Novo Hamburgo e Sapiranga.
O velório ocorre na Capela São Sebastião, no Campeche, em Florianópolis, com cremação do corpo no final da tarde desta sexta, em Camboriú. Ouvia música do despertar ao adormecer. A seu pedido, todo o velório foi acompanhado por música. Nós, aqui distantes, estamos ouvindo aquilo que gostavas, parceiro ...