quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Lutas marcarão os 200 anos da imprensa no Brasil

Transcrevo nota da Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) em torno da agenda para 2008, quando serão comemorados os 200 anos da imprensa no Brasil. A entidade e seus 31 sindicatos filiados colocarão no debate o papel da mídia neste período. Participe das discussões!

Esta é última edição do ano do boletim da FENAJ. Depois de muita movimentação e conflitos no campo do jornalismo e da profissão nos últimos anos, em 2007 a agenda foi um pouco menos tumultuada. Para a FENAJ, o período foi marcado pela realização das eleições diretas para sua diretoria, que contou com a participação de duas chapas e de milhares de jornalistas que foram às urnas. Foi importante também, para a categoria e a sociedade, a conclusão do processo de revisão e atualização do código de ética dos jornalistas, que contou, inclusive, com um sistema inédito de consulta pública.
No aspecto institucional, o antigo projeto do FNDC, com apoio da FENAJ, de realizar uma conferência democrática para a comunicação finalmente caminha para sua consolidação. Da mesma forma, saudamos o nascimento da TV Brasil, ainda com críticas ao método de gestão e ao modelo de financiamento.Em 2008, o Brasil vai celebrar os 200 anos de imprensa. Vamos comemorar também os 70 anos da primeira regulamentação profissional dos jornalistas, os 100 anos de fundação da ABI e os 90 anos do primeiro congresso nacional da categoria.
É tarefa da Federação e dos 31 Sindicatos filiados incluir em todas as atividades, durante o próximo ano, o debate dos 200 anos de imprensa, sob a perspectiva dos trabalhadores - especialmente os jornalistas -, enfrentando e denunciando os baixos salários e as condições de trabalho, impulsionando a luta em defesa da formação específica e pela constituição de um Conselho Federal de Jornalistas e disputando as consciências na guerra pela democratização da comunicação no Brasil.A Direção da FENAJ deseja a todos e todas boas festas e um 2008 repleto de conquistas para os jornalistas e para todo povo brasileiro.

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas

Outra rotina: cães que matam

Novamente, lemos em jornais notícias que preferíamos que fossem deletadas para sempre. Em pleno Natal, uma menina de apenas sete anos foi morta por um cão da raça Rottweiler no sítio em que morava com os pais no Interior do Rio Grande do Sul. Mais uma vez, o dono do animal diz que o cão era mantido preso e que, agora, vai se desfazer dele.
É rotina este tipo de atitude. Os pais da garota não a terão de volta, e criadores destes cães continuarão insistindo na cantinalha de que os animais são dóceis se bem treinados. Um absurdo.

Futebol: momento das especulações e dos sonhos

Na entressafra do futebol, é comum os clubes, os empresários e a mídia especularem em torno da compra de determinados jogadores, mesmo que o padrão salarial exigido seja o de times europeus. Como sempre, as notícias permanecem no campo dos sonhos, iludindo torcedores. É a rotina desta época de ano, em que a bola ganha um descanso e os estádios ficam às moscas.

Nova matança nas estradas

A lutadora Diza Gonzaga, da presidente da Fundação Thiago Gonzaga, tem toda razão ao afirmar que não adiantam as campanhas pontuais em vésperas de feriadão e tampouco as de curto prazo. Para ela, o que acabará com a matança no trânsito são campanhas permanentes de conscientização. É o que acontece com a Vida Urgente, idealizada por ela no Rio Grande do Sul.
Lembrei de Diza ao verificar as estatísticas de acidentes fatais no trânsito durante o feriadão de Natal. No Rio Grande do Sul, pereceram 32 pessoas. Em todo o Brasil, morreram no trânsito 134 homens, mulheres e crianças que certamente estavam festejando a data. É um número recorde, superando com folga as 90 mortes do mesmo período do ano passado.
Sou repetitivo, mas é importante dizer: está na hora de acabar com esta estatística. Como? Ouçam mais a Diza Gonzaga. E observem como funciona a sua Vida Urgente.