sábado, 3 de novembro de 2007

Um mundo melhor

Cliquem na imagem e terão uma informação maior da campanha.

A visão sensível de um fotógrafo

Recebi e-mail do colega F. Stuckert, um fotojornalista sensível e preocupado em retratar da forma mais simples o que está ocorrendo nas cadeias públicas desse nosso Brasil. É claro que o objetivo dele não é, forma alguma, "passar a mão" na cabeça dos detentos, mas como ser humano considera degradante ver um outro ser em péssimas condições de vida. Reflitam sobre isso e vejam as imagens no www.stuckert.com.br
No site do colega, tu lerás o texto abaixo e a foto ao lado, mostrando a sensibilidade do F.Stuckert, que exibe outros trabalho de qualidade.


O intuito deste texto é fazer menção a horrível condição pessoal em que se encontram os presos do Brasil, jogados e esquecidos “nas masmorras” do desrespeito, esquecendo-se eles próprios de que são seres humanos. Objetivo de nossas cadeias seria reabilitar, o preso, entretanto, infelizmente, não é o que acontece nas cadeias deste país. O sistema carcerário brasileiro está falido e o que observamos são estas cadeias se transformarem em verdadeiras “usinas de revolta humana”, verdadeiras masmorras, depósitos humanos de excluídos. As causas de tantos problemas nesta fábrica de desumanidade, reflete nos jornais devido a: Superlotação que gera os mais preocupantes efeitos, como promiscuidade, falta de higiene, comodidade etc. Em alguns Estados, devido à superlotação das delegacias de polícia ou pequenas cadeias públicas, muitas mulheres são colocadas em celas masculinas e terminam estupradas. Ressaltando que algumas celas possuem apenas 12 metros quadrados e que muitas chegam a comportar seis presos sentados ou de pé, a situação passa de grave à gravíssima; Falta de higiene e assistência médica social muitos dos presos estão submetidos a péssimas condições de higiene. As condições higiênicas em muitas cadeias são precárias e deficientes, além do que o acompanhamento médico inexiste em algumas delas; Falta de acesso à educação e ensino profissionalizante Uma antiga máxima popular diz que “mente vazia é a oficina do diabo”. Este provérbio não poderia ser mais adequado quando se trata da vida carcerária. O indivíduo privado de sua liberdade e que não encontra ocupação, entra num estado mental onde sua única perspectiva é fugir. O homem nasceu para ser livre, não faz parte de sua natureza permanecer enjaulado. A visão à cerca do criminoso é que, a partir do delito ele se torna um indivíduo à parte na sociedade, e que seu isolamento dentro de uma prisão significa a perda de toda a sua dignidade humana devendo, por isso, ser esquecido enquanto pessoa humana, e ignora-se que os direitos humanos valem para todos, sejam criminosos ou não que visam resguardar um mínimo de dignidade do indivíduo. Depois da vida, o mais importante bem humano é a sua liberdade. A seguir, advém o direito à dignidade. Infelizmente, dignidade não é algo que vê com freqüência dentro de nossos presídios. Muitas prisões não tem mais a oferecer aos seus detentos do que condições sub-humanas, o que constitui a violação dos Direitos Humanos. A realidade nua e crua é que os presidiários, em nosso país, são maltratados, humilhados e desrespeitados em sua dignidade, contribuindo para que a esperança de seu reajuste desapareça justamente por causa do ambiente hostil que se lhe apresenta quando cruza os portões da penitenciária.