segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Pois eu tenho esta mania de resgatar os encantos do passado.
Na primeira vez, te encontrei encolhida num canto. 

Do mundo, tinhas medo. 
Fugi de tua mocidade. 
Evitaste meu ímpeto.
Na segunda vez, te encontrei abatida num manto. 

O mundo evitavas. 
Encarei teus vacilos. 
Evitaste novamente meu ímpeto.
Na terceira vez, continuarei a resgatar 

os encantos do passado, encohido num canto.
Em prantos.

Falo e olho

Falo, calo.
Encaro no
embalo do
sorriso teu.

Olho, fecho
o olhar no
desconsolo
do desvio teu.

Coração pulsando

E, se de ímpeto, invado teu coração? Ele pulsa ligeiro, parece pular de teu peito. Não é uma invasão qualquer, de soslaio. Foi planejada, pensada no tempo. Porque, como eu, também tu ocupaste o lado esquerdo de meu peito. Ele salta como o teu, forte, sem compasso. Só falta meus olhos encararem os teus e meus braços te envolveram num abraço sem fim. Então, serei teu. E minha serás.

Noite chuvosa

No barulho desta chuva, que cai forte nos telhados, meus olhos teimam em ficar abertos.
Trovoadas lá fora e relâmpagos que adentram meu quarto ajudam a afastar o sono.
Vou curtir o tempo ruim mais um pouco. 

Depois, chamarei o rebanho de ovelhas para que eu possa contá-lo.
Boa noite para quem ainda este de olhos abertos .