sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Jornalismo barato e rasteiro

Como sempre acontece na grande mídia, a Folha de S.Paulo deu uma prova de como não se deve fazer jornalismo. E olhem que este diário paulista se orgulha de ser um dos principais do Brasil.

Pois bem, vamos analisar duas notícias:

- 28 de outubro - o jornal publica matéria sob o título "Ex-interno diz que fazia sexo por dinheiro com padre".
E noticia na metade superior da primeira página:
"O ex-interno da Febem Anderson Marcos Batista, 25, preso acusado de extorquir o padre Júlio Lancelotti, 58, afirmou à polícia que sustentou por oito anos relação homossexual com o religioso em troca de dinheiro."

29 de novembro - O título é "Detento recua e nega relação íntima com padre".
A Folha publica publica no canto interior direito de uma página interna do jornal:
"O detento Marcos José de Lima, suspeito de ter extorquido o padre Júlio Lancelotti, 58, foi interrogado ontem pela Polícia Civil e negou ter mantido relação íntima com o religioso em troca de dinheiro, como disse à Justiça."

Ou seja, os personagens são os mesmos, mas as informações são totalmente contraditórias.
Na primeira, o padre Lancelotti é tratado como réu e merece destaque. Na segunda, é vítima de chantagem e não obtém destaque algum. Por isso, os grandes jornalões - os donos e os prepostos - são contra o Conselho Federal dos Jornalistas (CFJ), que certamente agiria num caso como este. Aliás, não é um caso. Diariamente, vários exemplos parecidos são despejados na nossa mídia. E fica assim mesmo....

Amor...

Sonho. A gente só se dá conta dele depois que acorda, depois que ele acabou... E fica aquela vontade na gente de sonhar mais um pouquinho. Existem pessoas que são um sonho. Um sonho pelo qual a gente dormiria a vida inteira. Mas o destino vem e nos acorda violentamente... E nos leva aquele sonho tão bom... Existem pessoas que são estrelas. Doces, luzes que enfeitam e iluminam as noites escuras de nossas vidas. Mas vem o amanhecer e nos rouba com toda a sua claridade aquela estrela tão linda. Existem pessoas que são flores. Belezas discretas que alegram o nosso caminho. Mas com o tempo, as flores murcham, e nos enchem de saudade de sua cor e de seu perfume. Existem, finalmente, as pessoas que são simplesmente amor. Um amor doce como o mel de uma flor... que desabrochou numa estrela e que veio até nós num lindo sonho! E ainda bem que são amor, porque flores, estrelas ou sonhos, mais cedo ou mais tarde, terminam... Mas o amor não termina nunca...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Vais levar um notebook?

Quem imaginaria que anúncios de jornais exibiriam tão cedo a oferta de notebooks por "apenas" R$ 1,6 mil. Recentemente, estes processadores custavam mais de R$ 5 mil. É claro que o interessado tem que avaliar a marca e os componentes, mas não deixa da ser uma novidade para quem precisa andar com um computador a tiracolo.

Violência contra a mulher

A violência contra a mulher é uma das violações dos direitos humanos mais comuns em todo o mundo. De acordo com as Nações Unidas, uma em cada três mulheres no planeta sofre com a violência de gênero e milhares morrem todos os anos. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2005 revelou que as agressões causadas por parceiros íntimos são a forma mais comum de violência sofrida pelas mulheres. A pesquisa ressalta o alto custo da violência física e sexual cometida por maridos e companheiros na saúde e bem-estar das mulheres em todo o mundo e destacou também o fato de esses crimes não serem denunciados na maioria das vezes.
As mulheres são vítimas diretas e indiretas da violência armada tanto nas áreas urbanas quanto em países em situação de conflito armado onde são violentadas, raptadas, humilhadas e feitas escravas ou quando têm que arcar com o sustento da família e conviver com a dor após a morte do companheiro, filho ou parentes próximos.
No Brasil, segundo dados da Fundação Perseu Abramo, uma em cada cinco mulheres já sofreu algum tipo de violência física, sexual ou outro abuso praticado por um homem. Em agosto de 2006, entrou em vigor a Lei de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, também conhecida como Lei Maria da Penha que cria mecanismos de prevenção e punição dos agressores. Além de permitir que o agressor seja preso em flagrante, a nova lei aumentou de um para três anos o tempo máximo de prisão. Também acaba com as penas pecuniárias, aquelas em que o réu é condenado a pagar cestas básicas ou multas.
A lei também traz medidas para proteger a mulher agredida, que está em situação de agressão ou corre risco de vida. Entre elas, a saída do agressor de casa, a proteção dos filhos e o direito de a mulher reaver seus bens e cancelar procurações feitas em nome do agressor.

Do boletim semanal da Comunidade Segura

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Vídeo lembra primeiro protesto ecológico em Porto Alegre

A Programação do "Espaço Literário", nas quintas-feiras, tem seqüência com a apresentação e discussão do vídeo Porto Alegre Capital da Ecologia, mostrando o episódio protagonizado por Carlos Alberto Dayrell em 25 de fevereiro de 1975. Na época, o então estudante da UFRGS subiu numa árvore ameaçada de corte, na Avenida João Pessoa, em frente à Faculdade de Direito. A justificativa para o corte seria a construção de um viaduto e o ato desencadeou o primeiro protesto de repercussão nacional em defesa da ecologia.
O jornalista e escritor Sérgio Becker será o encarregado da exposição de aproximadamente 15 minutos sobre o programa de TV da série Um Pé de Quê, produzido pela Pindorama Filmes para o canal Futura, conduzido por Regina Casé, que relembra o episódio. A projeção acontece amanhã (29 de novembro), às 18h30min, na Livraria Nova Roma, Rua Gen. Câmara, 394 - Centro - Porto Alegre, e tem entrada franca.
Maiores informações pelo e-mail:
luiz.pinheiro@terra.com.br


Fonte Nova será demolida. Só agora?

Duas perguntas que não querem calar:

- Diante de laudos de engenheiros e do pedido de interdição feitos pelo Ministério Público, a demolição do Estádio da Fonte Nova, em Salvador, não deveria ter ocorrido antes?
- Outros estádios brasileiros não estão na mesma situação?

Com a palavra as autoridades!
Chega de mortes de pessoas que vão a um local público para festejar!

CNBB condena prisão de menina em cela com 20 homens

Recentemente, ficamos indignados com a sentença de um juiz na Arábia Saudita, que condenou à prisão e à chibatas uma jovem que fora estuprada por vários homens. Agora, fato semelhante ocorre perto de nós. No Norte do Brasil. Estamos horrorizados - eu com certeza - com o caso da adolescente de Abaetetuba, Pará, presa em uma cela com 20 homens. Foi estuprada e só foi retirada de lá 20 dias depois de muitas denúncias. Por isso, é oportuna a divulgação da nota pública divulgada pela Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB).
É importante a leitura do manifesto dos religiosos porque é denunciada a pressão de policiais sobre a família da menina e pedida a punição dos responsáveis por este atentado. Além disso,
aponta casos de outras mulheres presas junto com homens.

Nós, Bispos da Presidência da CNBB Norte 2 (Pará-Amapá), suas Pastorais, Organismos e Movimentos, refletimos sobre a violação dos direitos humanos da adolescente L. encontrada encarcerada no dia 14 de novembro na mesma cela junto com vinte homens na delegacia do Município de Abaetetuba/Pará, sentimos a necessidade de apresentar para toda a sociedade, assim como para as autoridades e aos órgãos competentes as informações verídicas acerca dos fatos ocorridos com a adolescente.

- Afirmamos que a L. é uma adolescente de 15 anos, pois esta nossa posição é clara a partir da documentação original presente em nossas mãos, da proximidade com a família, do acompanhamento da Pastoral do Menor e, sobretudo pela firmeza das afirmações da mesma adolescente.

- Conhecemos o compromisso do Conselho Tutelar e apoiamos os encaminhamentos dados pelo mesmo em ocasião da descoberta da grave situação em que se encontrava a adolescente encarcerada.

- Temos consciência da situação do sistema carcerário do nosso Estado do Pará que se encontra sucateado, seja para o atendimento dos adultos tanto quanto para os adolescentes em conflito com a lei. Destacamos que há uma forte precariedade na infra-estrutura física que provoca a violação de direito humanos fundamentais tais como: acesso à higiene, alimentação, segurança, saúde além da lentidão nos procedimentos dos processos da população carcerária.

- O caso da menina L. trouxe a público a presença de outros casos de prisões de mulheres em cadeias e delegacias masculinas.

- Informamos que a família da adolescente está passando por situações de constrangimento e pressão por parte da polícia e de outros “interessados” em querer abafar ou lucrar a custa do fato ocorrido.

Em vista de todas estas situações exigimos:

- Que os responsáveis por tal violação cometida contra a adolescente L. não sejam somente afastados dos seus cargos, mas também punidos penalmente por violação dos direitos humanos.

- Que sejam garantidos todos os direitos processuais para a adolescente e sua família, assim como a segurança e proteção das mesmas e dos Conselheiros Tutelares envolvidos.

- Que haja por parte do governo do Estado, maior responsabilidade na seleção dos profissionais da polícia em todos os níveis e cargos garantindo assim uma atuação mais adequada e qualificada no desempenho das funções desses profissionais.

- Que a Secretária de Segurança do Estado do Pará possa fiscalizar com seriedade as delegacias e presídios existentes no estado para averiguar situações irregulares.

Dom Jesus Maria Cizaure – Presidente da CNBB Regional Norte 02

Dom Flávio Giovenalle – Bispo da Diocese de Abaetetuba

Dom Orani João Tempesta

Dom Saulo Barros (Bispo da Igreja Anglicana)

Pastoral do Menor

Comissão Justiça e Paz

Pastoral da AIDS

Secretariado Regional Norte 2

Pastoral Social

COMIRE

Comissão Pastoral da Terra

Pastoral Carcerária

Cáritas Brasileira

Pastoral da Comunicação

Comunidades Eclesiais de Base

Conselho Indigenista Missionário

Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs

Pastoral da Criança

Pastoral Catequética

Pastoral da Juventude

Comitê Dorothy

CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil/Belém

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Luto pelas mortes na Fonte Nova




O nome do estádio Fonte Nova, em Salvador, deveria ser trocado. É velho. Foi o último entre 29 estádios brasileiros avaliados por um grupo de arquitetos e engenheiros. E o local onde se abriu um clarão que sugou dezenas de torcedores, matando sete deles, esteve em vias de ser interditado. O Ministério Público havia feito o pedido. Pergunta: quem liberou? A festa do Bahia, que retornou para a série B, foi marcada pela maior tragédia do futebol brasileiro. Quem pagará por isso?
A foto de Wélton Araújo, da Futura Pressa, mostra a parte da arquibancada que cedeu. Agora, com a morte dos torcedores, a interdição foi decretada.

Quais e quantos livros de FHC vocês já leram até hoje?

Do Blog do Mino

http://blogdomino.blig.ig.com.br/


Fernando Henrique Cardoso acaba de se manifestar, à margem da grande reunião tucana, da qual Aécio Neves preferiu manter afastado o senador Azeredo, por razões além de óbvias. FHC disse que Lula é um iletrado inculto que não sabe usar a língua portuguesa. E que ele, do alto de sua sabedoria e traquejo de ex-presidente, se esforçará para prestar a sua imprescindível colaboração à eleição em 2010, de alguém capaz de dominar o vernáculo. A crítica do príncipe dos sociólogos a Lula é, no mínimo, grosseira e preconceituosa. Uma análise baseada na verdade factual dirá que Lula se tornou orador convincente e que sua lida com o vernáculo supera o aceitável. E haveria de ser devidamente considerado outro aspecto da oratória do presidente-metalúrgico: ele tem o charme, certo encanto natural, de que carece FHC. E nem se diga que este é mestre da língua. De hábito, da tribuna, exibe retórica chã, comedidos vôos pelo riquíssimo vocabulário português e um poder soporífero raramente navegado. Aliás, insisto em uma pergunta aos prezados companheiros de navegação: quais e quantos livros de FHC vocês já leram até hoje?

Time grande não entrega jogo

Era um jogo para confirmar participação na Copa Sul-Americana. Não representava um passo rumo ao título do Brasileirão ou na busca de uma vaga na Libertadores. Mas o Internacional jogou ontem como time grande que é. Dono dos títulos mais importantes em níveis nacional e internacional, não hesitou em jogar para ganhar contra o Palmeiras, mostrando aos gremistas que não entregaria o jogo para prejudicar o time da Azenha. E a torcida, entre os quais eu, foi fantástica. Quase 30 mil pessoas estavam no Beira-Rio, evidenciando que 2008 será glorioso. A foto que tirei ao final do jogo, com a torcida descendo em peso a arquibancada superior é um atestado de que sempre estamos na luta, mesmo quando colocados em posição intermediária na tabela. Os adversários podem tem certeza de duas coisas: time grande não cai para a segunda divisão e tampouco entrega jogo. Que venha o próximo ano!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Astros da música são biografados

A Lu Vilela, da Bamboletras, sugere duas obras que podem ser encontradas na livraria, localizada no centro de compras Nova Olaria, em Porto Alegre. As vidas - dores, fama e amores - de dois ícones da música pop são lançamentos que merecem destaque neste final de 2007. Eric Clapton e Tim Maia são os biografados.
Em Vale Tudo, o expert em MPB, Nelson Motta, destrincha a opulenta e mítica figura de Tim Maia: livre e indomável, amoroso e debochado, popular e sofisticado, considerado "um caso raro de culto de massa, admirado por intelectuais e analfabetos". Nelson Motta conta, ao ritmo irresistível do rei do samba-soul, uma história única de som, fúria e gargalhadas.
Já em Eric Clapton, a autobiografia, o tom é mais comedido, mas não menos intenso. O homem que chegou a ser considerado um "Deus" pela singular forma de tocar nasceu em 1945 e foi criado por seus avós. "Não conheceu os pais, e até os nove anos, acreditava que a irmã era sua verdadeira mãe. Na adolescência, seu refúgio era o violão, e não demorou para se tornar um herói cult no circuito de clubes britânicos. Mas o estilo de vida rock star teve seu lado triste, como a trágica perda do filho de quatro anos".
Estão aí dicas de boa leitura da Lu. Não deixem de comprar.

SOS para o Auditório Araújo Vianna

Quem circula pelo Parque Farroupilha (Redenção), um dos pulmões verdes de Porto Alegre, fica pasmo com o abandono do auditório Araujo Vianna, interditado desde o início de 2005.
Sua cobertura de lona, construída em 1996, expirou em 2002, segundo laudo técnico da Secretaria Municipal de Obras e Viação (SMOV) de julho daquele ano. O órgão apontou risco de segurança e sugeriu que a cobertura deveria ser completamente trocada. A reforma da antiga cobertura tornou-se completamente inviável em meados de 2006, quando o Ministério Público deu ganho de causa a uma ação dos moradores do bairro Bom Fim, determinando o completo isolamento acústico do local.
Um novo projeto, cuja construção deveria começar no segundo semestre de 2007, prevê a necessária nova cobertura fixa de alvenaria, que demanda também a instalação de um sistema de ar-condicionado. Em face das novas exigências, serão também completamente reformados o palco, as cadeiras da platéia e renovadas as demais instalações. A obra está orçada em R$ 7 milhões e seu prazo de execução, estipulado em edital publicado no dia 20 de fevereiro e vencido pela empresa porto-alegrense Opus Promoções, é de 18 meses. Pelo jeito, não será cumprido.
O Araújo Vianna está instalado há 43 anos no Parque Farroupilha. Palco de espetáculos de João Gilberto, Caetano Veloso ou o tributo aos 90 anos de Luis Carlos Prestes, o espaço faz parte da história de Porto Alegre. Não merece continuar como está.


quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Máximas de FHC

" Pessoas que se aposentam com menos de 50 anos são vagabundos e se locupletam de um país de pobres e miseráveis"( Jornal do Brasil, 12/05/1998)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) foi aposentado aos 37 anos, na USP, com o salário de 5.450 reais.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Agenda para janeiro de 2008

Vamos comparar?

Petróleo: responda à enquete


Petróleo

A descoberta do campo de Tupi vai realmente colocar o Brasil em uma posição privilegiada para desenvolver-se?


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Bruna Lombardi, 55 anos. E não precisa dizer mais nada....

Basta apenas creditar o autor da foto: Daniel Aratangy/ Revista TPM/Divulgação

Rotina: 25 mortes no trânsito

Como eu já previra na quinta-feira, os jornais de hoje abrem páginas para exibir o que já era esperado. Somente no Rio Grande do Sul, 25 pessoas morreram em acidentes nas rodovias durante o feriadão. O pior é que a maioria das vítimas é jovem. Trata-se de uma rotina que não deveria merecer tanto espaço na mídia. As manchetes deveriam ser reservadas para o dia em que nenhuma morte fosse registrada durante períodos de descanso esticado. Mas aí é pedir demais...

Desconfie do auto-elogio

Nos anos 80, a minha editora no jornal Zero Hora era a melhor de todas, mas tinha um comportamento distinto dos demais profissionais. Distribuía críticas para matérias mal aprofundadas e com texto fraco, deixando jovens repórteres incomodados. Isso porque o elogio não aparecia na mesma proporção quando acontecia o contrário, ou seja, uma grande matéria aplaudida por todos. Sua justificativa: apurar e escrever bem é obrigação do bom repórter. Foi uma das grandes lições que aprendi ao longo de minha carreira.
No entanto, parece que o comportamento na mídia mudou. O elogio e, especialmente, o auto-elogio fazem parte da política vigente, especialmente no diálogo com o público externo. Eu não sucumbo ao auto-elogio, especialmente quando ele é infundado, reincidente, despropositado, gratuito e desnecessário. Quando alguém faz isso é porque algo não está bem. Primeiro porque é melhor deixar que os outros falem da gente. Depois, porque enfraquece a capacidade dos profissionais de superarem as expectativas.
Prefiro os jornais que têm um ombudsman, profissional que está ali para dar voz a quem lê os periódicos. Dedica-se a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores. Realiza a crítica interna do jornal e, uma vez por semana, produz uma coluna de comentários críticos sobre os meios de comunicação, sendo o jornal em que trabalha o alvo preferido. O maior exemplo deste comportamento é o jornal Folha de S.Paulo. Portanto, desconfie do auto-elogio, especialmente quando ele for feito de forma escancarada nas páginas dos jornais. Ou mesmo nos espaços de opinião das televisões e das rádios.

sábado, 17 de novembro de 2007

Política desastrosa para o trigo encarece o pão

Quem acompanha a questão da agricultura brasileira nas últimas décadas - como eu - não se surpreende com notícias de que o preço do pão vai subir por causa do aumento do imposto sobre o trigo na Argentina. Falam tanto em aumento dos impostos aqui que se esquecem que também pagamos pelo que é cobrado lá fora.
Eu já fazia reportagem da área rural no anos 80, quando o Brasil quase chegou à auto-suficiência na produção do trigo, ou seja, produzir o suficiente para atender à demanda nacional. Falava-se que, em breve, se produziria tanto que poderíamos vender o que sobrava. Mas o que aconteceu para que o quadro mudasse? É a pergunta que a maioria dos brasileiros fazem e poucos se apresentam para respondê-la.
Simples: por causa da política econômica da época, o governo retirou o subsídio ao trigo e a produção despencou. Tudo para cumprir acordos internacionais, que previam exportações, especialmente da vizinha Argentina. Hoje, o Brasil produz 3,5 milhões de toneladas, insuficientes para atender a um consumo de 10 milhões de toneladas. Com isso, precisa exportar anualmente o volume de 6,5 milhões de toneladas, sendo 5 milhões de toneladas dos vizinhos.
Então, por causa de uma decisão desastrosa adotada há mais de duas décadas, o aumento do imposto do trigo exportado pela Argentina reflete nos moinhos, nas padarias e nos supermercados brasileiros. Por conseqüência, no bolso do consumidor.
Enquanto isso, é incentivado o plantio de eucalipto onde se poderia semear o trigo ou outro alimento.

O analfabeto político

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
depende das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito
dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra,
o corrupto e lacaio das empresas nacionais.

Beltold Brecht

Lula é o presidente mais bem avaliado pelos latinos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, pelo segundo ano consecutivo, o governante mais bem avaliado pelos latino-americanos, de acordo com uma enquete da Corporação Latinobarômetro, com sede em Santiago, no Chile. O venezuelano Hugo Chávez e o americano George W. Bush estão empatados entre as piores avaliações.
De acordo com a enquete, o presidente brasileiro teve preferência de 5,7 pontos de uma escala de 0 a 10, na qual 0 significa avaliação muito ruim e 10, muito boa. A pesquisa ouviu 20.212 pessoas em 18 países da região. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, foi a segunda líder mais bem avaliada, com uma preferência de 5,5 pontos.
Em terceiro lugar ficou o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, com 5,2 pontos, seguido por Felipe Calderón, do México, e Rafael Correa, do Equador, com 5,1 cada um. Em último lugar aparece o líder cubano Fidel Castro.
A pesquisa da Latinobarômetro foi realizada entre 7 de setembro e 9 de outubro, com amostras de 1 mil a 1,2 mil casos representativos de 100% da população nacional de cada país, com margem de erro de 3%.

Confira o resultado da avaliação (em %):

Luiz Inácio Lula da Silva - 5,7
Michelle Bachelet - 5,5
Alvaro Uribe - 5,2
Rafael Correa - 5,1
Felipe Calderón - 5,1
Evo Morales - 5,0
Tabaré Vásquez - 4,9
Néstor Kirchner - 4,8
Alan Garcia - 4,5
Hugo Chávez - 4,5
George W. Bush - 4,5
Fidel Castro - 4,3

Fonte: Reuters

Correr riscos...

Rir é correr o risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas devemos correr os riscos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Para Verissimo, redações parecem bancos

De Claudio Leal, do Terra Magazine
Foto Walter Craveiro/Flip/Divulgação

No I Salão Nacional do Jornalista Escritor, em São Paulo, Luis Fernando Verissimo reservou ironias para o jornalismo brasileiro. Em entrevista aberta à platéia, ontem, no Memorial da América Latina, o escritor analisou a mudança ideológica dos jornalistas. Quando comentava seu método de trabalho e o uso do computador para escrever romances, expôs sua teoria da máquina de escrever.
- Antigamente, as redações tinham máquinas de escrever. Era um barulho infernal. Tenho até uma teoria para explicar essa mudança da esquerda para a direita nas redações. Nos últimos anos, os jornais e as revistas brasileiras deram uma guinada à direita. Mas, quando comecei no jornalismo, todos nós éramos de esquerda. A gente aceitava o fato de ser direita quando era do editor pra cima. Hoje, é o contrário. Do editor pra baixo, os jornalistas preferem ser de direita. O autor de O analista de Bagé e Comédias da vida privada complementa a teoria.
- Isso tem muito a ver com a mudança das máquinas de escrever para os computadores. Como as redações eram barulhentas e agitadas, os jornalistas se identificavam mais com os trabalhadores das fábricas. Hoje, com os computadores, as redações parecem bancos. Limpas, aquele silêncio... Sei que é uma teoria meio forçada...
Depois de sorrir, Luis Fernando Verissimo recebeu uma pergunta da platéia. Pedia que ele se definisse entre a esquerda e a direita.
- Gosto de pensar que sou um homem de esquerda. Tenho idéias de esquerda - respondeu Veríssimo.
Adiante, minimizou a importância da crônica na formação da opinião do leitor. "Eu detesto esse termo: 'formador de opinião'. A gente não faz a cabeça de ninguém. Quando a pessoa concorda com a crônica, é porque, na realidade, a crônica concordou com ela". De passagem, avaliou o governo Lula:
- Tenho muitas razões para criticar, mas a verdade é que o governo de Lula desagradou a todo o mundo, à esquerda e à direita. Ninguém imaginava que, em cinco anos, os bancos estivessem tão felizes. Mas decepcionou a direita porque não foi um desastre completo. Se formos ver, há avanços nessa área de distribuição de renda. Não é o ideal, mas continuo apoiando o governo Lula.
Na palestra, Verissimo falou ainda sobre o início de sua vida profissional, no Rio Grande do Sul, e a influência de seu pai, o romancista Érico Verissimo, em sua formação. Confessou seu descompasso com as tradições gaúchas:- Em muitos aspectos, sou um gaúcho desnaturado. Não tomo chimarrão. E a última vez que montei num cavalo, não gosto de me lembrar. O cavalo também não.
Organizado pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa), o I Salão do Jornalista Escritor segue até domingo, 18 de novembro. Entre outros participantes, reunirá os jornalistas Carlos Heitor Cony, Zuenir Ventura, José Hamilton Ribeiro, Moacir Scliar, Ziraldo, Ignácio de Loyola Brandão e Juca Kfouri.

Governadora, a senhora conhece a receita

Governadora Yeda, a senhora foi derrotada na Assembléia legislativa. A intenção de aumentar impostos não sensibilizou nem a sua base aliada. Portanto, é hora de trocar a receita. Acredito que a senhora a conheça, mas hesita em adotá-la porque vai mexer com os poderosos que a elegeram no Rio Grande do Sul.
Governadora, é hora de cortar os incentivos dado a grandes grupos e passar a atacar o problema da sonegação. Está na hora dos maiores beneficiários de décadas darem suas cotas de participação. Os trabalhadores e os pequenos empreendedores já deram, de forma compulsória. Mostre, afinal, seu jeito de governar.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Silêncios e palavras

Está na Internet este ensinamento do padre Fábio de Melo, um grande pensador que descobri por acaso. Considerei valioso para mim e para os amigos que quiserem lê-lo:

Não diga as coisas com pressa. Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada. Demora naquilo que você precisa dizer. Livre-se da pressa de querer dar ordens ao mundo. É mais fácil a gente se arrepender de uma palavra que de um silêncio.
Palavra errada, na hora errada, pode se transformar em ferida naquele que disse, e também naquele que ouviu. Em muitos momentos da vida o silêncio é a resposta mais sábia que podemos dar a alguém.
Por isso, prepara bem a palavra que será dita. Palavras apressadas não combinam com sabedoria. Os sábios preferem o silêncio. E nos seus poucos dizeres está condensada uma fonte inesgotável de sabedoria.
Não caia na tentação do discurso banal, da explicação simplória. Queira a profundidade da fala que nos pede calma. Calma para dizer, calma para ouvir.
Hoje, neste tempo de palavras muitas, queiramos a beleza dos silêncios poucos.

Outros versos e pensamentos do padre Fábio de Melo podem ser encontrados no seguinte link:
http://www.pensador.info/autor/Pe._Fabio_de_Melo

Cerveja é saúde

Desde que seja ingerida com moderação, a cerveja é altamente benéfica. Além de prevenir doenças, quem a bebe tem maior agilidade mental do que os abstêmios, são mais felizes e menos propensos aos suicídios, segundo vários estudos difundidos.
Portanto, cerveja é saúde. Ao menos isso opinam os cientistas: além de ajudar o sistema cardiovascular, é boa para evitar a trombose e tem efeitos sobre a coagulação do sangue. Assim mostrou um estudo apresentada por Ramón Estruch, do serviço de medicina interna do Hospital Clínico de Barcelona. Todos estes dados foram apresentados no IV Simpósio sobre Saúde e Cerveja, em maio deste ano em Bruxelas.
E isso não é tudo. Asseguram que a cerveja não engorda (cuidado com os petiscos) e possui prolactina, uma substância com propriedades anti-inflamatórias, segundo um estudo apresentado por Ascensión Marcos, professora do Conselho Superior de Investigações Científicas. Marcos explicou que a bebida pode ter efeitos contra a osteoporose, alergias ou outras patologias inflamatórias, já que seu consumo aumenta os linfócitos, células imunológicas que ajudam a destruir microorganismos invasores, destroem vírus e respondem a tecidos estranhos, como nos transplantes.
A essa altura, a pergunta é: qual a dose recomendável? Estruch assinalou dois copos diários para as mulheres e quatro para os homens, preferencialmente nas refeições(batata frita fora) e não todos os dias. Já Marcos recomenda uma lata diária para mulheres e duas para os homens.
No Simpósio, outros pesquisadores enumeraram mais benefícios da cerveja: Manfred Walzl, da Universidade de Graz (Áustria), indicou que favorece uma maior agilidade mental e que os consumidores moderados são mais felizes, suicidam-se menos e têm menos baixas trabalhistas. O estudioso alemão Norbert Flank adicionou que um dos componentes da cerveja, exerce um papel antioxidante muito importante, inclusive as vezes mais do que a vitamina E e até pode ajudar a prevenir alguns tipos de câncer.
Pois é, cerveja é muito bom, mas com moderação.
Essa dica vale para mim e para você, amante desta bebida maravilhosa.

Grêmio depende do Inter. Mas...

As tragédias se repetem

Parece sina. Ontem, postei neste blog meu desejo de que o feriadão não significasse, mais uma vez, seqüências de mortes nas estradas. Pois uma das chamadas do jornal Zero Hora, de hoje, é exatamente o que eu não desejava: "Tragédia marca saída de feriado no sul do Estado". Quatro pessoas, entre elas uma criança, morreram no choque de dois veículos em Santa Vitória do Palmar, parte meridional do Rio Grande do Sul. Fiquemos torcendo para que episódios como este não se repitam. Afinal, quem saiu para gozar a folga prolongada ainda tem quatro dias para percorrer rodovias.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Internacional, gigante também no cinema


O nome do filme é "Gigante - Como o Inter Conquistou o Mundo" e revela os bastidores que levaram o colorado gaúcho a conquistar o campeonato mundial organizado pela Fifa no ano passado. Pois a película está sendo exibida nos cinemas da Unibanco Arteplex – presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – e no último final de semana obteve a maior bilheteria da rede. Mais do que isso: durante a exibição, os colorados vibram como se estivessem no estádio. É emocionante.
O filme, dirigido por Gustavo Spolidoro com roteiro de Luís Augusto Fischer, obteve o melhor desempenho em estréia em uma única sala, em Porto Alegre. O longa, com 2.080 espectadores, superou a média por sala do campeão nacional de bilheteria - "Antes só do que mal casado", com Ben Stiller, que teve uma média de 1.122 pessoas por sala. Outros filmes exibidos na mesma rede, como "Leões e Cordeiros", com Tom Cruise, e o fenômeno nacional "Tropa de Elite" também obtiveram bilheteria abaixo da apresentada pelo filme colorado.
Com o sucesso, os organizadores do Unibanco Arteplex em Porto Alegre precisaram criar sessões extras durante o final de semana para atender à demanda. As exibições do começo da semana mantiveram a alta média de audiência, superando expectativas.
Os produtores do filme negociam agora um lançamento mais amplo em mercado nacional que o originalmente previsto, o que deve acontecer na primeira quinzena de dezembro. Em 20 de novembro será lançado o DVD do filme.
Pois é, os gremistas vibraram com o DVD Batalha dos Aflitos, que mostra uma agonia e não teve o sucesso esperado. Agora, a glória do colorado deverá bater recordes. Vamos, Inter.....

Leia mais informações no site do Internacional:

http://www.internacional.com.br

Novo feriadão com mortes nas rodovias?

Torçamos para que mude a rotina das redações na tarde de domingo. Em vez de mergulharem em estatísticas desagradáveis apontando dezenas de mortes nas rodovias durante o feriadão, os repórteres poderiam se ocupar com notícias mais agradáveis.
Contudo, reconheço que não dá para fugir do óbvio. A cada folga mais prolongada de boa parcela da população brasileira, registra-se inúmeros acidentes. Resta, então, pedir aos motoristas que sejam cuidadosos na direção e façam o possível para retornarem vivos para casa, ao lado de seus familiares.
O foto do outdoor ao lado, bastante forte na mensagem, foi enviada pelo amigo Paulo Ávila, de São Paulo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Veja: não leio

Ao abrir minha caixa de correspondência na noite de ontem, tive uma desagradável surpresa. A revista Veja estava ali dentro, junto com uma cartinha da sua gerente de assinaturas, Alessandra Pallis. Em tom coloquial, ela se dirigia a mim. Vale a pena reproduzir aqui o que esta revista vem fazendo com muita gente:

PRESENTE DE VEJA: 6 EDIÇÕES PARA VOCÊ.
Aqui está o primeiro exemplar.

Prezado Jorge,

Sabe que você está ganhando um presente? Porque você é uma pessoa especial e temos certeza de que vai gostar de se informar com VEJA, a revista mais lida e comentada do país.
VEJA traz reportagens exclusivas, análises claras e objetivas dos principais fatos da semana que vão repercurtir no Brasil, no mundo e na sua vida.
Experimente! VEJA informa, entretém e interessa a toda a sua família.
É uma satisfação estar em sua casa. Boa leitura.

Alessandra Pallis
GerEnte da Assinaturas - VEJA

Esta carta, junto com a edição semanal de revista, soou como deboche para mim. A revista que mente, que pratica o anti-jornalismo e que calunia jamais terá minha leitura. As reportagens exclusivas citadas por Alessandra são arranjandas e despidas de qualquer apuração, e não são isentas e imparciais. Ou seja, representa a opinião direitosa dos donos da publicação. Em suma, é tendenciosa, panfletária, fábrica de "factóides", conservadora e contrária aos movimentos sociais.
Por isso, entendo que, de forma alguma, ela informa, entretém e interessa a toda a minha família, como tenta me convencer a pessoa que assina a carta.

Boa leitura? Não leio. Não vejo.

Fraude no Detran - de Raul Pont

Nada a declarar, governadora?

O silêncio da governadora Yeda frente às fraudes no Detran é simplesmente preocupante. Lair Ferst, da alta cúpula do PSDB e membro do núcleo central da campanha da então candidata Yeda Crusius, está preso e é um dos principais acusados de envolvimento no escândalo. As duas empresas que detêm vínculo com ele ou com seus familiares faturaram, segundo cálculos que constam no inquérito, cerca de R$ 18 milhões com a fraude.
Com mais este escândalo, não há qualquer possibilidade da Assembléia aprovar o aumento de impostos proposto por Yeda Crusius. Como um governo que tem funcionários importantes envolvidos em desvio de recursos públicos pode sugerir aumento de impostos? Fica a impressão que a sociedade está sendo chamada a financiar a corrupção.
Em qualquer governo, isso viraria CPI. Por que não agora? O PT já está conversando com outras bancadas para tratar do assunto. Não podemos passar a idéia de que o parlamento é conivente com essas condutas. A sociedade gaúcha exige explicações e condutas reparadoras. Nossa bancada vai atuar neste sentido.

Tempo

O tempo é o senhor da razão...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Mesmo assim...

As pessoas são irracionais, ilógicas e egocêntricas.
Ame-as MESMO ASSIM.

Se você tem sucesso em suas realizações,
ganhará falsos amigos e verdadeiros inimigos.
Tenha sucesso MESMO ASSIM.

O bem que você faz será esquecido amanhã.
Faça o bem MESMO ASSIM.

A honestidade e a franqueza o tornam vulnerável.
Seja honesto MESMO ASSIM.
Aquilo que você levou anos para construir,
pode ser destruído de um dia para o outro.
Construa MESMO ASSIM.

Os pobres têm verdadeiramente necessidade de ajuda,
mas alguns deles podem atacá-lo se você os ajudar.
Ajude-os MESMO ASSIM.

Se você der ao mundo e aos outros o melhor de si mesmo,
você corre o risco de se machucar.
Dê o que você tem de melhor MESMO ASSIM.

( Madre Tereza de Calcutá )

Herói mirim à perigo

A atitude do menino Riquelme Wesley dos Santos, cinco anos, ao salvar um bebê de um ano e 10 meses em um incêndio, em Palmeira (SC), na quinta-feira, foi elogiosa. Mas mereceu o alerta dos bombeiros: o garoto, vestido de Homem-Aranha, poderia ter morrido em minutos. Ou seja, é um ato que não deve ser repetido por ele ou por qualquer pessoa despreparada para isso.
No entanto, a mídia continua insistindo em expô-lo, afirmando que Riquelme vive dias de celebridade, distribuindo beijos, fotografias e entrevistas. Não sou psicólogo, mas entendo que seria o momento de a família preservá-lo de tanta exposição. Afinal, ele precisa retomar a sua rotina, vivendo como qualquer crianças de sua idade. O momento de herói deve ficar no passado.

domingo, 11 de novembro de 2007

Petróleo...

Descaracterizado, Inter vence com garra

Garra, superação e apoio incondicional dos 28,8 mil torcedores que foram ao Beira-Rio. Esta foi a fórmula encontrada pelo Internacional, ontem, para superar a bem armada equipe do Cruzeiro. Eram exatos 46min50seg do segundo tempo quando Alex cobrou com maestria uma falta da intermediária. Um golaço que fez o estádio colorado explodir de alegria. Naquele momento ninguém se importava mais com a chuva intermitente que começou duas horas antes da partida e continuou após o seu final. O Marco, meu filho, tinha um motivo especial para vibrar: a vitória representou um presente de aniversário de 21 anos, que ele comemorava no dia. Exaltamos o triunfo que deu ao Inter 51 pontos na tabela, a nona colocação e praticamente a classificação para a Copa Sul-Americana. Foi um dia para não esquecer porque temíamos que as ausências de Sorondo, Fernandão, Guiñazu, Índio, Orozco e Granja pudessem descaracterizar demais nosso time. De fato, faltou técnica, mas sobrou garra. E torcida, como na foto Alexandre Lops, do site do Internacional.

O amanhecer no campo


O campo florido exalava
o duplo perfume das flores
e da brisa da manhã.
Ao correr pelo campo sinto
o éter da natureza beijar minha face.

O lindo cantar dos pássaros,
deixam-me inebriado de prazer.
O sol chega de mansinho
e começa a derreter o orvalho da noite.

São instantes de uma beleza perene,
quando se sente o amanhecer no campo.
Paro, olho, esqueço da vida.
A corrupção passa ao longe,
A iniqüidade não se faz presente,
a cobiça desistiu de nele habitar.

Só vejo o belo e a pureza do povo
no amor maior do campo;
o amanhecer.

(Farick)

sábado, 10 de novembro de 2007

Governadora, seu silêncio será mantido até quando?

Uma pergunta apenas: governadora Yeda Crusius, até quando a senhora manterá silêncio absoluto sobre a participação ativa de Lair Ferst no escândalo do Detran?
Afinal, ele é da alta cúpula do seu partido, o PSDB, e foi membro do núcleo central da sua campanha a governadora gaúcha no ano passado. Estranho!

Feliz aniversário, meu filho

Marco Antônio, 21 anos, é um jovem com futuro traçado e cabeça de homem independente. Mas, no dia 10 de novembro de 1986, segundos após nascer com 2,9 quilos, meu filho se meteu entre meus braços buscando aconchego e proteção. Às 20h20min, esse pai emocionado teve que sentar porque as pernas ficaram frouxas e o coração pulsou mais forte.
Parece que foi ontem, meu filho. Tu cresceste com saúde, alegria e alguns sobressaltos, e chegas hoje aos 21 anos consciente de teu papel em um mundo cada vez mais competitivo.
Estou feliz porque te esperei com amor, e com amor te acompanhei nas diversas fases de tua vida. Guri, siga o rumo que traçaste para ti e não te chateia quando teu pai exibe um certo receio. Isso é natural porque eu também titubeei em alguns momentos, mas alcancei a maioria de meus objetivos.
Em suma, me orgulho do filho que tenho. A retidão de caráter, a convicção que demonstras na defesa de tuas idéias e o teu espírito de luta são qualidades que deves manter ao longo de tua vida.


Feliz aniversário, Marco. Só lamento não poder te meter novamente entre meus braços - estás muito grande!
Mas um forte abraço receberás hoje...

Te amo!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Mais uma voz em defesa do padre Lancelotti

Frei Betto

Veja o leitor, há uma revista semanal que odeia pobres e quem a eles se dedica. Revista que ignora as regras básicas do bom jornalismo e nem se preocupa em bem informar o leitor. Todas as suas matérias são editorializadas, de tal modo que até mesmo uma entrevista é publicada, não segundo palavras do entrevistado, mas de acordo com a conveniência do veículo entrevistador. Semanas atrás, no encarte contido na edição destinada a São Paulo, a revista desancou uma das pessoas mais íntegras que conheci em toda a minha vida: o padre Júlio Lancellotti. Um dos raros santos vivos de quem tenho a graça de ser amigo.
Júlio se dedica, há anos, ao povo da rua da capital paulista: pedintes, doentes mentais, desempregados, catadores de papel etc. A todos serve com espírito evangélico. Quando sofrem violência por parte da polícia, é Júlio o anjo que lhes dá proteção. E abre as portas de sua igreja para que ali se sintam em casa.
Júlio faz o mesmo com a crianças de rua e os internos da Febem. E não age como quem se interessa em "catequizá-los". Sabe muito bem, graças à sua boa formação teológica, que essa gente excluída expressa de modo especial a face viva de Jesus, que com eles se identificou (Mateus 25, 31-44). Quer apenas que se sintam pessoas dotadas de dignidade e direitos, ainda que a nossa sociedade, fundada na desigualdade econômica, os tenha escorraçado para as calçadas da mendicância e os becos do desamparo.
Veja, leitor, a revista semanal, do alto de seu empertigado farisaísmo, identificou na atitude de vida do padre Lancellotti pura demagogia, levantando indagações que fazem eco às cobranças dos fariseus a Jesus. Por que o padre Júlio não vai morar debaixo da ponte? Por que não abre a igreja para servir de moradia ao povo da rua? O que revela desinformação a respeito dessa parcela sofrida da população.
Só o preconceito e a ignorância explicam a miopia de certas pessoas que confundem morador de rua com bandido e julgam que ele vive ao relento por não ter um teto que o abrigue. Há exceções, mas a maioria faz da rua uma opção de vida. Ali há liberdade, o descompromisso, o fim de opressões outrora sofridas no trabalho e na família (espancamentos, abusos sexuais, alcoolismo etc). E são raros os que mendigam. Preferem viver do próprio trabalho, como catar lixo reciclável.
Quem levaria para casa uma criança nascida com Aids e abandonada pela família? Padre Júlio já levou centenas. A revista não viu as duas unidades da Casa Vida em São Paulo, que visito com freqüência. Ali as crianças recebem cuidados médicos e terapêuticos; são educadas no asseio e escolarizadas; aprendem a ter auto-estima e ser felizes. Cega, a publicação semanal não quis ver nada disso. Nem mesmo este detalhe: cerca de 90 crianças, mesmo virtualmente condenadas à morte por uma enfermidade incurável, já foram adotadas por famílias européias. A revista que se gaba de ver não viu que há milagres no mundo: casais que, impossibilitados de procriar, escolhem adotar uma criança filha da miséria e contaminada pelo vírus HIV. Graças à evangélica dedicação do padre Júlio Lancellotti, cujo testemunho enobrece a espécie humana.

Frei Betto é escritor, autor de "A menina e o elefante" (Mercuryo Jovem), entre outros livros.

Padre Júlio Lancellotti: o apedrejamento jornalístico

Agora é tarde. As pedras já foram lançadas contra Júlio Lancellotti. Aqueles que por algum motivo discordam de sua maneira de ver e atuar estão secretamente felizes. Ou não tão secretamente. Aqueles que praticam o jornalismo do escancaramento, com ou sem evidências, já cumpriram sua missão.
Hermano Freitas, por exemplo, utilizando locuções verbais para exprimir fatos acontecidos, (ou não?), em época passada, escreveu: "ex-interno da Febem, Batista teria conhecido e iniciado um relacionamento amoroso com o padre na instituição, onde foi internado aos 16 anos por roubo" (Folha Online, 27/10/2007). A expressão "relacionamento amoroso" é o que interessa, sobretudo num momento em que casos registrados de pedofilia dentro da Igreja católica criaram e difundiram a sensação de que o mais provável é que se repitam sempre e em todo lugar.
O recurso das aspas funciona como pretexto para reproduzir a fala irresponsável de quem quer que seja sobre o que for. Na mesma matéria de Hermano Freitas, lemos, com as aspas indicando (heróica objetividade...) as palavras de um outro: "'Eles chegaram a ter relações sexuais dentro da igreja', disse o advogado de Batista. [...] O advogado afirma que o valor dos bens recebidos por seu cliente foi de 'quase 700 mil reais' e que o relacionamento entre o padre e ex-detento acabou após Batista ter se casado, em outubro de 2006. Ainda de acordo com ele, o sacerdote mantinha relações sexuais com outros meninos".
Diogo Mainardi, na Revista Veja (ed. 2031), adota outro expediente. O da pseudo-insinuação. Chamar o padre de "Michael Jackson da Mooca" é colocá-lo no banco dos réus por antecipação, e reduzir a figura do sacerdote à imagem de um astro pop tupiniquim.
Na Record, o programa "Fala que eu te escuto" emitiu seu veredicto. O problema de Júlio Lancellotti é o celibato. Se não houvesse celibato obrigatório para os padres, estes casos deixariam de existir. Não é bem uma pergunta, ou uma enquete... É condenação mesmo.
No dia 3 de novembro, divulgou-se na mídia o "desabafo público" de Padre Lancellotti, depois das pedradas: "aquelas coisas todas, que foram ditas e colocadas nas manchetes dos jornais e dos noticiários, não aconteceram".
A mídia não sente culpa. Ninguém admitirá que atirou a primeira, a segunda, todas as pedras. E sempre alimenta perversa esperança. De, antes do Natal, aplicar o golpe de misericórdia...


Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor.
Web site: www.perisse.com.br

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Dois pesos, duas medidas

















Ontem, a CUT, sindicatos e outros movimentos sociais protestaram contra o aumento de impostos e as privatizações em curso no Governo Yeda Crusius. Os atos aconteceram em diversos locais de Porto Alegre e culminaram com uma forte manifestação em frente ao Palácio Piratini e à Assembléia Legislativa. Os trabalhadores conseguiram mostrar o seu descontentamento com o rumos do governo neoliberal no Rio Grande do Sul (fotos acima), mas isso não apareceu na grande mídia.
Na verdade, a imprensa seguiu a velha cartinha: atacar os movimentos sociais. Em vez de cobrir o movimento, dando voz às justas reivindicações, preferiu destacar o transtorno causado pelo engarrafamento e o protesto dos motoristas. Enormes fotos foram abertas na capa e nas páginas internas dos jornais. O espaço para mostrar os motivos da mobilização ficou resumido a um box no final de uma matéria.
Os empresários preparam um protesto contra o aumento das alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e certamente terão um espaço bem maior do que o recebido pelos trabalhadores na grande mídia. E os motoristas poderão esperar....
Em tempo: Durante os atos, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul denunciou o projeto de transformação da TVE e da FM Cultura em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), forma disfarçada de privatizar bens públicos. Diretores da entidade chamaram a atenção para o abaixo-assinado que está circulando na Internet e em locais públicos, como o Brique da Redenção.

Vale a pena viver...

Viver é sonhar, decidir, perder ou vencer
É desistir ou retornar
É crescer sem aparecer,
É uma grande história de amor.
Viver é uma aventura tão louca
Cada dia, um dia,
Cada sorriso, um sorriso,
Cada pessoa, um mundo,
Cada sonho, um degrau,
Cada passo, um risco,
Cada erro, uma oportunidade de aprender.
Viver é sempre demais...
É sempre vantajoso,
É sempre seguir forte.
É sorrir por teimosia
Ou não disfarçar a alegria.
É ter certeza de que valeu a pena...
...Valeu a pena viver!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Pedágios - Santiago

Movimentos social e sindical fazem paralisação amanhã no RS

É com greve geral que os gaúchos vão responder à tentativa do governo Yeda de empurrar o tarifaço para a sociedade. A mobilização é a arma dos trabalhadores para dizer não a mais esta manobra da administração estadual, que prejudica a população pela falta de capacidade de resolver os problemas do Rio Grande. Depois de passar o patrimônio dos gaúchos para as mãos de investidores estrangeiros - que agora detêm 43% das ações do Banrisul - a governadora volta a prejudicar a população com a velha fórmula do aumento de impostos.
É contra esse pacotaço e tantas outras medidas tomadas pela governadora Yeda Crusius que a Central Única dos Trabalhadores e entidades sindicais querem dizer chega. O dia 7 de novembro, amanhã, foi escolhido como um marco em todo este Estado. Nesta data, o Estado vai parar como forma de protestar contra este pacotaço.
A saída que ela está apresentando para solucionar os problemas do Rio Grande do Sul não poderia ser mais antiga, e o pior, está afetando diretamente quem menos deveria ser atingido pelo “pacote” que está sendo lançado pelo governo do PSDB, os trabalhadores, o desenvolvimento e a economia do Estado.
Não sabendo como resolver a falta de dinheiro do governo, Yeda faz uso da velha e surrada fórmula de aumentar os impostos como forma de arrecadar mais. Adivinha quem vai, de novo, pagar a conta?
É claro que é você mesmo, quando comprar algum produto, pode ser desde um simples pãozinho até a utilização de algum serviço como, por exemplo, quando colocar gasolina no seu carro ou mesmo quando simplesmente acender a luz de sua casa. A proposta apresentada pelo governo de Yeda aumenta a alíquota básica do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre todos os produtos e serviços de 17 para 18%.
O imposto também será ampliado sobre energia elétrica, telecomunicações, combustíveis, bebidas alcoólicas, refrigerantes e produtos considerados como supérfluos pelo governo, como perfumes, armas e munições. Obviamente, o resultado de tudo isso será um aumento generalizado de preços.
E quem mais sofrerá as conseqüências deste aumento será você, trabalhador, que irá sentir no próprio bolso os reflexos da política neoliberal imposta pela governadora em nosso Estado.
Veja alguns exemplos de aumentos no valor do ICMS sobre produtos e serviços que a governadora Yeda quer colocar em vigor:


Luz

Alíquota hoje do ICMS : 25%

Yeda quer que passe para de 28 % a 30 %, o que faria você pagar de 5,5% a 9,5% a mais na sua conta.

Gasolina

Alíquota hoje do ICMS : 25%

Yeda quer que passe para de 28 % a 30 %, o que faria você pagar de oito a 13 centavos a mais por litro.


Cerveja

Alíquota hoje do ICMS : 25%

Yeda quer que passe para de 28 % a 30 %, o que causaria reajustes de 4% a 8%.

Telefone(fixo e celular)

Alíquota hoje do ICMS : 25%

Yeda quer que passe para de 28 % a 30 %, o que causaria aumentos entre 4% e 7% na conta.

Então, vai ficar aí parado? Entre em contato com seu sindicato, vereador, deputado e pressione para que o “pacotaço” de Yeda não seja aprovado! Do contrário, o pacote vai cair diretamente em cima do seu já sofrido bolso!

A programação do protesto prevê uma concentração, às 10h, em frente à prefeitura de Porto Alegre, seguida por uma caminhada até o Palácio Piratini.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Eu quero acreditar, Inter

Ainda estou batendo na madeira. Quero acreditar que a grande vitória de ontem contra o Vasco, no Rio, não seja mais um lampejo do Internacional neste Brasileirão. Outros tantos já antecederam decepções. Mas agora eu preciso confiar porque o time deu um show de bola no campinho encharcado de São Januário. Embora tenha perdido o grande zaqueiro Sorondo a 11min de jogo, não se desesperou. Pelo contrário, sob o comando de Nilmar, o colorado foi para cima e só não goleou o time carioca por falta de sorte e preciosismo. A reestréia do garoto não poderia ser melhor.
Durante os 61 minutos em que permaneceu em campo, correu, teve velocidade, partiu para cima dos zaqueiros, driblou, perdeu gols - natural para quem ficou mais de sete meses parado - e foi um assistente eficiente. É uma fora-de-série que poderá nos fazer subir na tabela nos três jogos restantes. Detalhe: foi bem assessorado pelos demais, especialmente por Fernandão, vocacionado para o gol. Vamos para cima do Cruzeiro, Inter.....
A foto de Alexandre Lops, do site do Inter, mostra o trio que está mudando o Inter: Fernandão, Nilmar e Iarley.

Perceba...

Perceba que mais um dia começou, e ele é todo seu.
Perceba que tu tens o tempo em tuas mãos e, mesmo quando atolado em problemas, a vida espera que tomes as decisões para seguir em frente.
Perceba que, se ficares deitado, com medo da vida, com medo até do ar que respiras, tudo ao seu redor vai parar.
Perceba que tu és o capitão de um navio cuja rota e destino dependem de tuas atitudes.
Perceba que culpar a situação, a crise e as pessoas é a nossa primeira reação de defesa quando sentimos que perdemos o comando do nosso navio. Para retomar o timão é preciso coragem para assumir as próprias fraquezas, é preciso determinação para seguir na direção certa, determinada por ti.
Perceba que a vida o presenteou com inúmeros recursos, como a inteligência e a capacidade de comunicação.
Se tu usufruis destes recursos, já tens tudo isso e ainda sabe que é um ser privilegiado. Então, não falta nada, só falta rumo e determinação.
Perceba que todas as pessoas possuem qualidades e defeitos.
Sem respeitar o ser humano que luta ao seu lado por dias melhores, o seu navio encalha e atrapalha os outros que estão chegando.
Perceba que a felicidade talvez já não seja mais um porto distante, mas um ponto no horizonte.

sábado, 3 de novembro de 2007

Um mundo melhor

Cliquem na imagem e terão uma informação maior da campanha.

A visão sensível de um fotógrafo

Recebi e-mail do colega F. Stuckert, um fotojornalista sensível e preocupado em retratar da forma mais simples o que está ocorrendo nas cadeias públicas desse nosso Brasil. É claro que o objetivo dele não é, forma alguma, "passar a mão" na cabeça dos detentos, mas como ser humano considera degradante ver um outro ser em péssimas condições de vida. Reflitam sobre isso e vejam as imagens no www.stuckert.com.br
No site do colega, tu lerás o texto abaixo e a foto ao lado, mostrando a sensibilidade do F.Stuckert, que exibe outros trabalho de qualidade.


O intuito deste texto é fazer menção a horrível condição pessoal em que se encontram os presos do Brasil, jogados e esquecidos “nas masmorras” do desrespeito, esquecendo-se eles próprios de que são seres humanos. Objetivo de nossas cadeias seria reabilitar, o preso, entretanto, infelizmente, não é o que acontece nas cadeias deste país. O sistema carcerário brasileiro está falido e o que observamos são estas cadeias se transformarem em verdadeiras “usinas de revolta humana”, verdadeiras masmorras, depósitos humanos de excluídos. As causas de tantos problemas nesta fábrica de desumanidade, reflete nos jornais devido a: Superlotação que gera os mais preocupantes efeitos, como promiscuidade, falta de higiene, comodidade etc. Em alguns Estados, devido à superlotação das delegacias de polícia ou pequenas cadeias públicas, muitas mulheres são colocadas em celas masculinas e terminam estupradas. Ressaltando que algumas celas possuem apenas 12 metros quadrados e que muitas chegam a comportar seis presos sentados ou de pé, a situação passa de grave à gravíssima; Falta de higiene e assistência médica social muitos dos presos estão submetidos a péssimas condições de higiene. As condições higiênicas em muitas cadeias são precárias e deficientes, além do que o acompanhamento médico inexiste em algumas delas; Falta de acesso à educação e ensino profissionalizante Uma antiga máxima popular diz que “mente vazia é a oficina do diabo”. Este provérbio não poderia ser mais adequado quando se trata da vida carcerária. O indivíduo privado de sua liberdade e que não encontra ocupação, entra num estado mental onde sua única perspectiva é fugir. O homem nasceu para ser livre, não faz parte de sua natureza permanecer enjaulado. A visão à cerca do criminoso é que, a partir do delito ele se torna um indivíduo à parte na sociedade, e que seu isolamento dentro de uma prisão significa a perda de toda a sua dignidade humana devendo, por isso, ser esquecido enquanto pessoa humana, e ignora-se que os direitos humanos valem para todos, sejam criminosos ou não que visam resguardar um mínimo de dignidade do indivíduo. Depois da vida, o mais importante bem humano é a sua liberdade. A seguir, advém o direito à dignidade. Infelizmente, dignidade não é algo que vê com freqüência dentro de nossos presídios. Muitas prisões não tem mais a oferecer aos seus detentos do que condições sub-humanas, o que constitui a violação dos Direitos Humanos. A realidade nua e crua é que os presidiários, em nosso país, são maltratados, humilhados e desrespeitados em sua dignidade, contribuindo para que a esperança de seu reajuste desapareça justamente por causa do ambiente hostil que se lhe apresenta quando cruza os portões da penitenciária.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Somos humanos e não sabemos agir como os animais

É uma vergonha o que aconteceu durante a semana em um bairro da Zona Norte de Porto Alegre. "Humanos" mataram um filhote de chupim que estava preso de cabeça para baixo no alto de um poste. Antes, durante três dias, um casal de joão-de-barro alimentava a pequena ave, como única forma de mantê-la viva, apesar do sol e da chuva. Moradores ficaram sensibilizados e pediram socorro à Companhia Estadual de Ernergia Elétrica (CEEE), atitude fatal para o filhote. Insensíveis, os funcionários não subiram até a casa de barro para salvar o chupim. Derrubaram o ninho e, com ele, a pequena ave. Morreu na queda. O ato atingiu em cheio os joões-de-barro, que ficaram sem a casa e sem o filhote adotado com carinho nos últimos três dias.
A imprensa, que acompanhou o caso, disse que sobrou a lição de persistência. A meu ver, ficou também a prova de insensibilidade do humano, muitas vezes chamado de animal quando comete atos insanos.
Não, os animais não fariam isso.

Humor - charge de Bessinha

Sentimentos

Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

É tempo de abraçar....

Como faz bem abraçar e ser abraçado!
Um abraço pode desencandear reações emocionais contidas.
Um abraço é forma de compartilhar alegria...
Um abraço acalma... libera perdão...
Um abraço derruba barreiras e preconceitos...
Um abraço acalenta, mostra apoio, transmite segurança... mata a saudade...
Num abraço se divide a alegria ou a dor com o outro...
Muito do que jamais poderia ser traduzido em palavras pode facilmente ser expresso num abraço.
O avanço tecnológico tem sido responsabilizado pelo aumento do distanciamento entre as pessoas. Conversas virtuais, amizades e namoros virtuais...
É possível ‘’mandar’’ abraço, mas isto em nada se compara à sensação de abraçar e ser abraçado.
Os efeitos psicológicos do abraço têm sido amplamente analisados.
O ser humano precisa do toque do outro para o seu suprimento emocional. Há pessoas que não se deixam abraçar, talvez por terem sido enrijecidas pelas dificuldades da vida. É preciso ajudá-las a superar essa distância.
O abraço é terapêutico. Aproxima do outro, faz sentir-se aceito, incluído.
O abraço é a indicação de que, além de braços entrelaçados, há corações e mentes envolvidas.
Abraços em pessoas conhecidas há anos, pessoas queridas, familiares antes distantes. Isso é comum.
Porém, quero propor um novo desafio: abraçar pessoas que têm pouco acesso a abraços, pessoas que quase não são abraçadas, idosos isolados num asilo, adolescentes rebeldes, crianças carentes, doentes enfraquecidos, viúvas cheias de lembranças, pessoas solitárias.
Este é o tempo de abraçar, abraçar com os braços e com o coração.
Muitas pessoas estão, neste momento, precisando sentirem-se amadas, protegidas, acolhidas, agasalhadas afetivamente. Deus pode usar nossos braços para lhes transmitir amor.
É preciso ter cuidado para não atarefar-se tanto a ponto de não sobrar tempo para abraçar alguém que precisa de carinho. Sempre há tempo para um abraço, desde que haja esta disposição no coração.
Não economize abraços. É tempo de abraçar!