segunda-feira, 30 de junho de 2008

Governo Lula tem 72% de aprovação

Os números são claros e mostram aquilo que a grande mídia e direita tentam esconder. O povo não é burro. Olhem só:

Avaliação positiva do governo Lula se manteve entre março e junho.

Aprovação do governo soma 72%, aponta pesquisa da CNI/Ibope.

Nota pessoal do presidente é 7.


A pesquisa CNI/Ibope revelou nesta segunda-feira (30) que a avaliação positiva do governo oscilou um ponto percentual para baixo. Há três meses, o levantamento mostrou que 73% dos entrevistados aprovavam a performance do governo Lula. Agora, esse percentual é de 72%.
A avaliação conceitual do governo se manteve inalterada. Assim como em março, 58% dos entrevistados o avaliam como ótimo ou bom. Outros 29% dizem que o governo é apenas regular. E 12% dizem que o governo é ruim ou péssimo.
Segundo a pesquisa, a avaliação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuou alta. As pessoas entrevistadas mantiveram a nota – que varia de 0 a 10 – 7 para o presidente. No último levantamento, a nota foi 7,1.
A confiança no presidente Lula também se manteve elevada. Dos entrevistados, 68% disseram confiar em Lula. Outros 29% disseram que não confiam.
A pesquisa ouviu 2.002 em 141 municípios, de todas as regiões do país. As entrevistas foram realizadas entre 20 e 23 de junho.

O nosso cérebro é doido

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso. A úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Sohw de bloa.

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia
corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4
CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4
M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO
QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R
B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

Estudantes gaúchos marcham em defesa do diploma de Jornalismo


Estudantes dos cursos de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Centro Universitário Franciscano (Unifra) promoveram hoje - 30 de junho - um ato pioneiro na cidade-pólo da Região Central do Rio Grande do Sul. A intenção é mobilizar as demais instituições de ensino superior do país. Vestidos de preto, portando faixas, entoando palavras de ordem e distribuindo panfletos informativos à população, eles tomaram frente à mobilização dos sindicatos de jornalistas de todo o país e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), na vigília contra a tentativa de desregulamentação da profissão.
O Supremo Tribunal Federal deve julgar, no começo do segundo semestre deste ano, o mérito da questão que se arrasta desde 2001, quando a juíza substituta da 16º Vara Cível da Justiça Federal - 3ª Região, de São Paulo, Carla Rister, concedeu liminar assegurando a qualquer pessoa o direito de obtenção de registro para exercer a profissão de jornalista. A mobilização dos estudantes de Santa Maria, cidade-natal do ministro Eros Grau, do STF, iniciou junto ao complexo que abriga os órgãos do Judiciário no Município e de lá percorreu as principais ruas da cidade.
No Calçadão central, foram recolhidas assinaturas para o abaixo-assinado em apoio aos jornalistas brasileiros. A manifestação contou com a participação do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, e do diretor Arfio Mazzei, que se deslocaram de Porto Alegre para acompanhar o ato. "Esperamos que estudantes de outras universidades gaúchas sigam o exemplo dessa primeira manifestação, em adesão à luta de toda a categoria", afirma Nunes.

Para os diretores do Sindicato dos Jornalistas em Santa Maria, a mobilização foi extremamente produtiva. "A iniciativa partiu dos próprios acadêmicos, a maioria alunos dos primeiros semestres do curso de Jornalismo, que demonstraram conscientização, entusiasmo e disposição para essa luta que deve ser de todos nós", destaca Elisa Pereira. "O importante é que essa mobilização dos estudantes pode trazer visibilidade à questão e agendar o tema na mídia convencional, onde, em função do evidente interesse da classe patronal, o assunto não entra em pauta", avalia Ludwig Larré.
Os primeiros resultados da mobilização puderam ser sentidos no acolhimento da causa pela população santa-mariense. "Achei o ato muito interessante. Sou professora e sempre ensinei meus alunos a buscarem os seus direitos. É justamente isso que os estudantes de Jornalismo estão fazendo. Enquanto cidadã, quero profissionais que tenham capacidade e qualificação para fazer bem o seu trabalho, com competência”, ressaltou Valderes Maria Almeida de Castro, que ao passar pelo Calçadão manifestou apoio ao ato.

O pioneirismo dos acadêmicos de Jornalismo da cidade universitária gaúcha na defesa do diploma deve ter seqüência mais atividades. Eles já estão em contato para mobilizar estudantes de outras universidades do estado. O objetivo é obter adesão cada vez maior ao movimento pela não desregulamentação da profissão. "É importante a nossa união pela causa. Precisamos de mais colegas participando e defendendo o diploma de jornalista", salienta o acadêmico da Unifra Leandro Passos Rodrigues.
Foto acima de Bibiane Moreira.

Transgressores reclamam. Viva a lei!

A lei que instituiu a tolerância zero para bebidas alcoólicas aos motoristas é oportuna e só recebe crítica dos infratores contumazes. Ou seja, daqueles que bebem muito e pegam no volante em seguida. A população que teve um parente morto ou inválido por causa de um acidente que teve como ponto de partida a mesa do bar têm motivos para aplaudir. Leio que a ação das polícias nas ruas e rodovias têm sido intensa e já alcança resultados. Somente no Rio Grande do Sul, 79 condutores foram autuados no sábado e no domingo nas estradas federais, estaduais e nas cidades. Desse total, 60 foram presos por apresentarem teor alcoólico acima de 0,3 miligramas por litro de ar expelido nos pulmões. Não sou crítico ferrenho de quem gosta de uma cervejinha - também tomo eventualmente -, mas abomino aqueles que dirigem após ingerirem algumas doses. Estão colocando a sua vida ou de outras pessoas em risco. E tem gente dizendo que a lei está interferindo no direito das pessoas em beber. Não é isso. Está procurando preservar vidas.

Deixamos de vencer. E eles ganharam um gol...

Depois do que vi no Gre-Nal de ontem vou acompanhar o movimento de todos os goleiros nos jogos que assistir. Continuo convicto que o movimento da perna de Renan é o mesmo que fazem outros arqueiros na hora dividir uma bola pelo alto com um atacante. O bandeirinha quis aparecer e marcar falta. Contudo, a bola já estava em andamento e o juiz não poderia marcar pênalti. Contudo, parou o jogo, consultou o bandeirinha, expulsou Renan e assinalou a penalidade máxima. Muitos "entendidos" em arbitragem, disseram que ele agiu corretamente. Continuo com a minha convicção.
Com relação à partida, o Tite deu um nó tático em Roth e só não marcamos mais gols por causa do goleiro gremista e por falta de sorte quando a bola bateu na trave. Fomos melhores e poderemos crescer mais ainda. Desconheço as opiniões de comentaristas alinhados com a cor azul ao afirmarem que o Porto-Alegrense foi melhor na segunda etapa e mereceu o empate em 1 a 1. Fazem uma leitura errada do jogo que, na minha avaliação, é esta: o Inter mandou no jogo no primeiro tempo, o time da Azenha teve mais domínio no segundo. No entanto, na fase final, este "domínio" não serviu para nada porque o Inter estava bem postado na defesa. E o colorado desfrutou de chances de gols que eles não tiveram. Não há imparcialidade em parte da mídia gaúcha. Na foto de Alexandre Lops, do site do Inter, a intensa comemoração após o gol de Índio.

domingo, 29 de junho de 2008

Até quando o futebol será motivo de violência?

Impunidade. Acredito que esta palavra define com precisão a repetição de violência antes e durante os jogos de futebol, especialmente os de relevância, como o Gre-Nal. Não tenho notícia de indiciamento dos gremistas que incendiaram os banheiros químicos no Beira-Rio, mesmo que a notícia tenha ganhado contornos internacionais na época. Agora, antes de mais um clássico gaúcho, situações trágicas se repetem. A manhã de hoje foi de despedidas e homenagens a Jeferson Alves Ferreira, 21 anos, e Gabriel Eloi de Oliveira, 23 anos, colorados mortos a tiros na madrugada de sábado, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, por uma dupla de torcedores gremistas.
Ontem, um veículo Celta branco passou em frente ao Beira-Rio por volta das 14h10min deste sábado, e um dos ocupantes disparou cerca de seis tiros contra o estádio. As balas atingiram um vestiário desativado ao lado do estádio. A polícia anotou a placa do carro e faz buscas no local. O motorista fugiu em direção à Zona Sul. E hoje pela manhã artefados explosivos - seis bananas de dinamite ligadas a um relógio - foram desativados em uma rua do bairro Menino Deus, em Porto Alegre. A via fica próxima aos estádios do Inter e do Grêmio.
Abaixo a violência, abaixo a impunidade.

É daqui a pouco, meu Inter

Faltam 9 horas para o Gre-Nal. Acordei confiante de que vais ganhar, meu Inter. Até arrisco o placar: 2 a 1. Depois é necessário ajustar a máquina, com contratações e ajustes no esquema de jogo. Mas tudo passa pelo jogo de hoje. Avante, colorado!

A importância da vírgula

Gostei bastante da campanha dos 100 anos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Trata de uma situação cotidiana para quem vive da (e para) a escrita.

A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo!
ABI - 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

sábado, 28 de junho de 2008

Eu acredito em ti, Inter


O Gre-Nal será na casa do adversário e nós ocuparemos apenas 10% da lotação do estádio. O Porto-Alegre está entre os três primeiros do Brasileirão, e nós fazemos uma campanha ruim. Desânimo? Que nada! É nestas horas que mostramos a nossa força e espírito de recuperação. Afinal, em 2006, perdemos um Gauchão no qual éramos favoritos, mas conquistamos a América e o Mundo. Sempre na condição de zebras (para os secadores, é claro). Neste ano, mostramos esta faceta vencedora contra o Paraná (5x1) e contra o Juventude (8 x1). Por isso, acredito em ti, Inter. Vamos fazer festa em território inimigo, como já fizemos em outros Gre-Nais. Imagino que, no cantinho que nos reservaram, a imagem será igual a da foto acima. Vamos, Inter!

A força da internet

O Brasil ultrapassou pela primeira vez na história a marca de 40 milhões de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente, como casa, trabalho, escola, cybercafés e bibliotecas. O dado, divulgado na sexta-feira (27) pelo Ibope/NetRatings, refere-se ao primeiro trimestre deste ano.

De acordo com a pesquisa, nos primeiros três meses deste ano, 41,565 milhões de pessoas com 16 anos ou mais declararam ter acesso à internet, o maior nível atingido no Brasil desde setembro de 2000, quando a empresa começou a fazer a medição no Brasil.
Dado que o Brasil tem aproximadamente 184 milhões de habitantes, o número de internautas já equivale a 22,5% da população.
"Os dados refletem as políticas públicas de abertura de pontos de acesso à internet em escolas, bibliotecas, telecentros e muitos outros locais, além da avalanche de facilidades para adquirir computadores novos, como financiamentos e equipamentos mais baratos", afirmou o gerente de análise do Ibope, Alexandre Sanches Magalhães
Em maio deste ano, o número de usuários residenciais ativos --que acessam a rede ao menos uma vez por mês-- também foi recorde: chegou a 23,1 milhões de pessoas, uma alta de 29% em relação aos 17,9 milhões de maio de 2007. O número de pessoas com acesso residencial, mas que não necessariamente usaram a rede, chegou a 35,5 milhões de pessoas, afirma o Ibope.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Beira-Rio: as obras que eu quero


Falam que as obras da popular e da cobertura do Beira-Rio começarão em breve. Prefiro deixá-las para depois.

A obra que eu quero tem que ser construída no miolo da defesa do meu Inter. Ela precisa de um muro intransponível onde os atacantes rivais sejam barrados a cada investida.

A obra que eu quero não pode ter uma cerquinha de madeira, derrubada a cada bola alçada para nossa área.

A obra que eu quero deve ter um corredor de concreto no meio de campo, capaz de impedir o avanço de jogadores de qualidade discutível.

A obra que eu quero precisa de cobertura para suprir os avanços tresloucados de nossos laterais em direção ao ataque.

A obra que eu quero precisa de uma ligação firme entre o meio de campo e o ataque, sem a qual não teremos gols para comemorar.

A obra que eu quero necessita de uma ponte aérea entre e Europa e Porto Alegre, capaz de trazer para jogadores como Fabiano Eller, Tinga, Daniel Carvalho e Sobis, entre outros.

Depois de erguidas estas obras, podem começar a derrubar o fosso que separa a coréia do campo e erguer as estruturas de cobertura de nosso estádio.

Pauta Rural: Imprensa, o coronel e o Jeca Tatu

Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa


O olhar continuado e observador sobre a imprensa brasileira permite destacar alguns temas recorrentes em praticamente todas as mídias que tratam da economia: a inflação, quase sempre associada à escalada de preços dos alimentos e de outros produtos básicos; a questão dos combustíveis, que envolve a permanência do preço do petróleo em patamares superiores a 130 dólares o barril e coloca sobre a mesa a questão da bioenergia; e, como pano de fundo, o desafio da preservação do patrimônio ambiental. Paralelamente, o noticiário sobre o mundo rural apresenta eventualmente a sobrevivência de práticas inaceitáveis na relação entre capital e trabalho.

Teoricamente, esse noticiário deveria oferecer ao público essencialmente urbano dos jornais e revistas uma visão ampla da economia brasileira e de sua extrema dependência das atividades rurais. Afinal, quando se fala de alimentos ou de combustíveis, está-se tratando de questões que afetam diretamente a qualidade de vida nas cidades, onde a grande densidade populacional também representa a concentração maior de opiniões, os maiores mercados e a grande fonte de poder político.

No entanto, por sua dificuldade de apresentar uma visão abrangente, sistêmica e interconectada desses temas, a imprensa não consegue mostrar a seus leitores a relevância do mundo dos agronegócios, ao quais eles se relacionam. Assim, o leitor fica privado de entender a natureza de questões que afetam diretamente sua vida, continua distanciado da realidade no campo e se mantém desinformado para formar opinião a respeito de políticas públicas que podem definir o futuro do Brasil.

Questões sonegadas

A dificuldade para interligar essas questões e colocar as notícias num contexto que interesse mais o leitor – ou que o faça avaliar corretamente esses fatos – deriva em parte da falta de especialistas nas redações, mas há muitas indicações de que a verdadeira causa dessa falha é pura falta de interesse ou preconceito. Jornais como a Folha de S.Paulo ou o Estado de S.Paulo – este com grande tradição na cobertura rural – não deveriam descuidar desse elemento essencial ao entendimento de como funciona o Brasil. Afinal, a economia paulista depende em grande parte da força do campo.

A alegação de que o leitor urbano tem pouco interesse nos fatos da zona rural, presente nos debates sobre gestão das empresas de comunicação, não sobrevive à constatação de que todos os temas da pauta rural apresentados pela imprensa afetam diretamente a vida nas cidades. Desde a questão da produção e da produtividade agrícola até a oferta de alternativas para o petróleo, tudo o que se noticia sobre o campo deveria interessar o leitor das grandes cidades. Tudo isso é agronegócio.

Também está relacionada ao agronegócio a questão ambiental, que afeta o clima global e, portanto, interessa a todos. O problema do trabalho infantil nas carvoarias, o trabalho escravo na pecuária extensiva da Região Norte, as jornadas em condições desumanas no corte da cana, tudo isso representa estados de tensão que acabam empurrando levas de retirantes da zona rural para as cidades. Isso tem tudo a ver com o leitor de jornais.

Se praticamente todas as notícias da zona rural vão afetar de alguma forma a qualidade de vida dos moradores das cidades, leitores de jornais e revistas, por que razão a imprensa persiste no equívoco de mostrar os problemas do campo como questões alienadas da problemática econômica, política e social?

Olhar desorientado

Segundo alguns observadores, a imprensa brasileira ainda se orienta pela visão oferecida nos anos 1950 e 60 pelos pesquisadores da Cepal – Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe –, segundo a qual a ação das oligarquias rurais em todas as expressões de poder no campo seria o principal obstáculo ao desenvolvimento dos países do continente. Se isso ainda pode ser constatado em algumas regiões, em especial nas fronteiras agrícolas onde o Estado é refém de aventureiros, há muito tempo deixou de ser um bom retrato da realidade no campo.

Essa interpretação alimentou a figura do Jeca Tatu como estereótipo do lavrador, que persiste até hoje, e pinta um cenário no qual o homem do campo oscila entre o papel de vítima do capitalismo rural e o de elemento subversivo que invade e depreda propriedades produtivas. Da mesma forma, essa visão fragmentada deixa espaço para a idéia de que a defesa do patrimônio ambiental corresponde a uma atitude contrária ao desenvolvimento econômico.

O pensamento da Cepal evoluiu a partir dos anos 1980, como se pode constatar com a leitura da coletânea Cinquenta anos de pensamento na Cepal, organizada por Ricardo Bielschowski e publicada pela Editora Record. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vocalizou essa nova perspectiva, há mais de dez anos, quando sugeriu que seus críticos esquecessem o que havia escrito. Se o texto Dependência e Desenvolvimento na América Latina, que ele publicou em 1969 em parceria com o sociólogo chileno Enzo Faletto, parece antiquado na economia globalizada, o olhar da imprensa sobre o mundo rural parece mais do que desorientado. Parece que a imprensa não sabe e não quer saber.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Trilogia do amor à vida

Viver é tão difícil que amedronta!
Até sonhar, às vezes, é uma afronta,

Ao medo, com seu dolo a castigar...
Como a avalanche desce da montanha,
Sem reservar recurso de artimanha,

Sinto que posso até me enregelar...

Nesses momentos tão cruéis e insanos,

Os sonhos e esperanças são tiranos,

Em nada nos é dado acreditar...
É triste ter o abraço tão vazio,
Sentir no coração, cáustico frio,
Do desamor pungente a nos rondar...
Porém, viver é dádiva sublime! Busquemos a razão que nos anime,
Sem deixar nunca o medo nos vencer!

A natureza ajuda nesse instante...

É ela que retarda o meu levante,

Amando a vida assim, até morrer!
(Tere Penhabe)

domingo, 22 de junho de 2008

Da janela de minha sala...


À tardinha deste domingo cheguei à janela de minha sala e vislumbrei um quadro emoldurando o bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Peguei o celular, cliquei e resolvi dividir a imagem com vocês.
O céu límpido e azul é lindo, mas as nuvens são capazes de proporcionar retratos como este.

Porto Alegre: mais um retrocesso nas políticas públicas de inclusão social

Annelise Krause, nutricionista, especialista em saúde pública


Nos tempos que o governo federal possui projeto social específico para catadores de materiais recicláveis, a câmara de vereadores de Porto Alegre aprova projeto de lei que tira dos menos privilegiados economicamente sua fonte de renda, sua forma de aquisição de alimento, em suma, seu meio de ter dignidade. Os vereadores de Porto Alegre aprovaram a lei que tem como objetivo exterminar com veículos de tração animal e humana (carroças e carrinhos) neste município em 8 anos, à exceção de carruagens. Houve alguns que desejaram atenuar o problema, garantindo que isto só ocorresse quando a vaga de trabalho estivesse garantida, mas esta emenda foi negada pelos demais.
É nesta contradição que vive uma cidade que anda propagandeando suas políticas de inclusão social e geração de renda. Que benefício pode existir ao se instituir uma lei de Segurança Alimentar e Nutricional municipal, se dos mais pobres, se retira o "ganha-pão". Isto é para se ter mais usuários das Cozinhas Comunitárias e Restaurantes Populares da cidade? Já não temos pessoas desprovidas de seus direitos o suficiente?
A perversidade tomou conta de um plenário, que evidenciava a existência de uma luta de classes ali. De um lado, os pobres, com suas bandeiras de um movimento social de pessoas que lutam dignamente para ter com que alimentar seus filhos e serem vistos como trabalhadores necessários à população urbana – já que coletam mais de 500 toneladas de material por dia sem custo ao bolso do contribuinte. Do outro lado, pessoas de classe média, bem vestidas com roupas de grifes, estas que possivelmente tiram o couro de seus trabalhadores para as confeccionarem.
Além disso, o trabalho dos catadores poupa o meio ambiente, pois não utiliza combustível fóssil, e gera renda para mais de 50 mil pessoas, só nesta cidade. Isto fica claro na fala do representante do movimento nacional dos catadores, que comenta que, além do prejuízo destes, esta lei prejudicará a quem paga impostos:

Nós catadores, saindo das ruas, o povo trabalhador fica refém das empreiteiras e dos políticos fascistas, pois nós coletamos mais de 500 toneladas de materiais recicláveis por dia (carroceiros e carrinheiros). Sem nossa coleta a empreiteira da "máfia do Lixo" que fará, e para isso ela cobrará mais de R$ 250 por tonelada. Até então os trabalhadores não pagavam por isso, pois nós coletávamos totalmente de graça. Agora os investimentos que antes iam para a saúde, educação, lazer, geração de renda e trabalho se concentrarão nas mãos dos ricos, o que aumenta mais a exclusão e a marginalidade por um lado (o nosso) e do outro a concentração de riqueza.

O argumento dos que se dizem protetores de animais caiu quando, ao ser aprovada a proibição dos carrinhos movidos à tração humana na lei, além das carroças, estes comemoravam como se fosse mais uma vitória. Para quê, então, estavam ali? Para quê fazer essa lei? Provavelmente, a esses homens vindos da elite da sociedade incomoda ver que pessoas ainda necessitam carregar carrinhos ou andar de carroças pelas ruas para viver. E o pior: no centro da cidade, onde já se impõe várias políticas de expulsão (violência contra ambulantes e moradores de rua). O que os políticos querem é que a cidade pareça limpa e rica, para turistas verem, já que nunca chegarão aos bairros da periferia.
Enquanto isso, os bairros pobres estão cada vez mais pobres, com assistência à saúde precária e insuficiente, com educação inadequada e segregadora, com polícia à moda "Tropa de Elite" para impor medo a todos. Mas não se preocupem: existem políticas de geração de renda para todos! Agora temos os Programas da Assistência Social, principalmente o PAIF (Programa de Assistência Integral à Família), que, à moda do PSF (Programa de Saúde da Família), promete a solução dos problemas básicos da população com uma equipe básica de profissionais que colaboram para "estruturar as famílias", conseguir "benefícios sociais" e "gerar rendas". Então vamos perguntar às assistentes sociais, psicólogas e educadoras sociais se elas estão precisando de gente para atender, porque, com a nova lei porto-alegrense, está garantido o trabalho delas para sempre! Será que estão precisando de mais famílias que perderam sua fonte de renda para terem "inclusão produtiva"? Preparem seus cursos de manicure, costura e artesanato, vem mais gente aí! O pessoal da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) também vai ter mais trabalho, por outro motivo: mais crianças pedintes nas ruas... Oba! Trabalho aos eficientes conselheiros tutelares! Os presídios já estão sendo construídos. O Rio Grande do Sul é o estado que mais está investindo nisso. Será que já estavam preparados?
Infelizmente, os vereadores pensaram em tudo isso quando votaram a lei. Votaram, não por pensarem em inclusão social dos catadores, mas por inclusão de mais dinheiro da máfia da coleta de lixo nos seus bolsos, por conchavos políticos. Isto ficou evidente quando no dia da votação, na Câmara de Vereadores havia Guarda Municipal e Brigada Militar preparada: eles se preveniram, pois já sabiam que sua proposta seria como "tirar o tapete" dos catadores, e tudo já estava forjado.
Agora falta somente a aprovação do prefeito José Fogaça. Que os catadores sigam lutando pelo direito de ir e vir com seus meios de transporte e de sustento. E que a população apóie os catadores.


sexta-feira, 20 de junho de 2008

Racismo na campanha dos EUA. Novidade?

Se engana quem acha que a disputa à presidência dos Estados Unidos teve seus mometos mais acirrados no confronto entre Barack Obama e Hillary Clinton pela indicação ao Partido Democrata. Vem mais peleia por aí. E baixaria...
Ontem, uma empresa de Utah colocou um pedido de desculpas em seu site após ter recebido denúncias de racismo por vender um boneco de um macaco vestido como o candidato à Presidência dos Estados Unidos Barack Obama (imagem acima).
De acordo com uma reportagem da rede FOX News, a empresa Sock Obama LLC emitiu uma nota em que dizia que “somente havia feito uma comparação casual entre um candidato e um brinquedo que tínhamos quando éramos pequenos.” Me engana que eu gosto!
Obviamente, os movimentos sociais reagiram. A presidente da National Association for the Advancement of Colored People (organização pela luta do direito civis dos negros americanos), Jeanetta Williams, disse em entrevista à FOX que o boneco era “de puro e extremo racismo”. É verdade, mas esse é apenas o começo.
Durante a disputa com o candidato Republicano, Obama será alvo de ataques semelhantes. E não será apenas um boneco. Esperem...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Inter perde um líder, ganha um torcedor

Finalmente, caiu a ficha. Desde sábado, discuto em muitas rodas a saída de Fernandão do Inter. Muitos o achavam ultrapassado, praticamente um ex-jogador. Estão enganados. Sou daqueles que o consideravam um líder, dentro e fora do campo. E ainda tinha muito futebol para oferecer ao Internacional. Acompanhei a trajetória de muitos ídolos colorados e nenhum deles soube tocar a alma colorada colorada como este goiano de 30 anos. Na turma do tricampeonato brasileiro, haviam craques como Falcão, Figueroa, Paulo César, Valdomiro, Manga, Lula, Mário Sérgio, Mauro Galvão, Jair, Batista, Benitez e outros tantos. Em épocas distintas, tivemos Dunga, Taffarel, Ruben Paz, Claudiomiro, Bráulio, Scala, Tinga, Daniel Carvalho, Rafael Sobis, Pato, etc.
Todos chegaram e foram embora, deixando saudades pelo futebol e pelos títulos que nos deram. Contudo, nenhum levantou tantas taças como Fernandão (Mundial, Libertadores, Recopa, Dubai Cup e Gauchão). Tampouco soube mobilizar colegas e torcedores como ele. O filme Gigante exibe o meia-atacante pedindo garra e amor à camiseta colorada no vestiário, antes do jogo contra o Barcelona. Na chegada ao Beira-Rio, após o título conquistado no Japão, pegou o microfone e puxou o grito de guerra da torcida: Vamo, vamo Inter...
Fernandão será eternamente colorado, mesmo que não vai more no Rio Grande do Sul após perdurar as chuteiras. Tem outros gramados para cuidar em Goiás: os campos de suas fazendas. Mas, quando bater a saudade, voltará como torcedor. Ou como dirigente, como afirmou na ida para o Catar.

Belezas de minha terra...






Quem me conhece, sabe do meu amor pela natureza. Curto o verde, a ponto de persegui-lo com constância em minhas viagens. No último fim-de-semana, estive em minha terra - Barra do Ribeiro - e pude usufrir deste ambiente junto ao Guaíba. O complexo Vô Arthur - cabanas, pousadas e espaço para barracas - é próprio para quem deseja sossego e ar puro. Nem mesmo o frio que chegou ao Rio Grande do Sul foi capaz de me afugentar das belezas de minha terra. Apreciem e visitem, se puderem!

domingo, 15 de junho de 2008

Luis Nassif: Caso Varig e o jornalismo inacreditável de Veja

Em seu blog, o jornalista Luis Nassif mais uma vez desmascara o jornalismo de esgoto praticado pela paulistana revista Veja, que esta semana tenta abordar novamente o "caso Varig", utilizando, de forma paradoxal, informações que negam as acusações insistentemente alegadas pela revista.

Leia abaixo a íntegra do artigo escrito por Luis Nassif:

A matéria de Veja desta semana (15/6) sobre a Varig mantém o estilo inacreditável da revista.

O lead é o seguinte:

Duas semanas depois de publicadas as primeiras denúncias sobre a venda da Varig, feitas ao jornal O Estado de S. Paulo pela ex-diretora da Anac Denise Abreu, uma pergunta persiste: por que a VarigLog decidiu vender a Varig para a Gol por 320 milhões de dólares se tinha uma proposta da TAM para fazer o mesmo negócio por 738 milhões de dólares? A solução a essa dúvida é crucial.

Veja bem:

1. Essa informação foi publicada na edição passada da Veja.
2. A TAM desmentiu oficialmente ter feito a proposta. A carta da TAM limitava-se a mencionar o preço pedido pela VoLo e deixar claro que ela, TAM, não o estava endossando. Tanto que sua carta tinha caráter não-vinculativo (isto é, não endossava a proposta). A revista tinha errado na leitura da carta da TAM.
3. Para se defender das críticas de que tinha criado um factóide, a revista publicou o trecho da carta da TAM – que comprovava seu erro (!). Publicou a prova do seu erro como se fosse sua defesa. Má fé? Nesse episódio, de publicação da prova do erro, uma incapacidade de entendimento sobre temas básicos.
4. Uma publicação séria admitiria o erro. Um publicação meramente esperta o esconderia. Veja volta a insistir no erro, como se ninguém o tivesse visto ou testemunhado. Qualquer empresa moderna tem sistemas de controle de qualidade. Crucial é entender como esse tipo de prática continua passando pelos controles de qualidade da Abril.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ditadura à vista no RS. E sangrenta....





















Está faltando democracia em Porto Alegre, onde a Brigada Militar da governadora Yeda promoveu na quarta-feira um verdadeiro massacre contra movimentos sociais que resolveram levantar vozes contra a corrupção que atinge o Palácio Piratini. As fotos desta página revelam que a polícia está definitivamente à serviço de uma ditadura protagonizada pela governadora tucana e apoiada de maneira subliminar pela grande mídia. Os grandes veículos não mostram imagens de trabalhadores, estudantes, representantes dos sindicatos e sem-terra apanhando barbaramente da polícia de choque, mas nós estamos aqui para exibi-las. Em nome da verdade e da democracia, os blogs independentes oferecem uma versão real dos fatos.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Sindicato quer investigação de envolvimento de jornalistas na CPI do Detran

Em nota oficial, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul condena o possível envolvimento de membros da categoria no caso da CPI do Detran, na Assembléia Legislativa gaúcha. Conforme o artigo 11º do Código de Ética do Jornalista, o profissional não pode divulgar informações visando interesse pessoal ou vantagem econômica. O Sindicato repudia o uso desta prática. A entidade diz que uma categoria não pode ser responsabilizada por possíveis erros de alguns profissionais e pede ampla investigação e responsabilização dos envolvidos com desvios de dinheiro público. Detalhe: não são considerados membros da categoria aqueles que obtiveram registro de precários, sem apresentação do diploma.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

A arte de não adoecer

Dráuzio Varella

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças
como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a
repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar,
confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O
diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A
indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é
feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder
vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de
doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"
Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a
lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que
lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce
existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa
que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"
Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que
está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas
de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a
saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e
pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"

Yeda petista? Ato falho do JB


Ato falho é um equívoco na fala, na memória, em uma atuação física, provocada hipoteticamente pelo inconsciente. Isto é, através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado. Isto explica o fato de que nenhum gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente. Os atos falhos são diferentes do erro comum, pois estes são resultado da ignorância ou conveniência.
Freud evidenciou que o ato falho era como sintoma, constituição de compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido. Ato falho abrange também erros de leitura, audição, distração de palavras. São circunstâncias acidentais que não tem valor e não possuem conseqüência prática. Os atos falhos são compreendidos por muitas pessoas como falta de atenção, cansaço, eventualidade.
Pois foi exatamente um ato falho o que cometeu o editor do Jornal do Brasil (JB) no título de uma matéria que fala do escândalo do governo de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul. Quem pescou o tal "erro" foi o Blog do Favre e eu reproduzo a imagem acima para mostrar a disposição de certos colegas da grande imprensa contra o PT. Ou seja, o desejo de uma parte da mídia é tão forte que acaba forçando a mão. Ou a força de procurar ocultar o escândalo tucano de Rio Grande do Sul, o responsável do JB não sabia nem a cor política da governadora Yeda Crusius. Errar é humano, e o escândalo de corrupção é tucano.

Inter: sem técnico, sem plantel, sem time

Cinco jogos sem vitória e colocado entre os quatro últimos do Brasileirão. Esta situação não condiz com a condição desfrutada pelo Internacional antes do início do campeonato. Era apontado como um dos favoritos ao título por ter, supostamente, um dos melhores plantéis do País. A mesma justificativa fora apresentada antes da Copa do Brasil, onde o time foi desclassificado pelo Sport. Agora, o Inter é um clube sem técnico, sem plantel e sem time. O que se viu ontem na derrota por 3 a 1 para a fraca Portuguesa foi um amontoado que mescla bons e péssimos jogadores. A direção prometeu apresentar um novo técnico nesta semana. Espero que seja alguém experiente e não mais uma experiência fadada ao fracasso. Esperemos...

domingo, 8 de junho de 2008

O governo Yeda Crusius é uma vergonha


Marco Aurélio Weissheimer - BLOG RS


O governo Yeda Crusius é uma vergonha para o Estado do Rio Grande do Sul. A inacreditável sucessão de escândalos e denúncias a que o povo gaúcho assiste nos últimos meses revela um governo fraco moral e politicamente.É um governo onde a governadora não fala com o vice-governador.

É um governo onde o chefe da Casa Civil tenta comprar a posição do vice-governador.

É um governo onde o vice-governador grava uma conversa com o chefe da Casa Civil para denunciá-lo.

É um governo onde o chefe da Casa Civil chama o vice de canalha e mau-caráter.

É um governo onde aliados da governadora a chamam de sem-vergonha. E nada acontece.

É um governo onde secretários de Estado negociam, combinam festas e tomam chopp com acusados de integrar uma quadrilha que roubou mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos.

É um governo onde os partidos de sustentação da governadora, nas palavras do chefe da Casa Civil, utilizam empresas públicas para financiar campanhas eleitorais e para comprar maioria no Parlamento.

É um governo que, diante de graves denúncias de corrupção, com provas materiais eloqüentes, emudece, se esconde e, através de seu patético porta-voz, afirma não existirem fatos relevantes.

É um governo onde a governadora foge da imprensa e do povo.

É um governo onde a governadora não tem coragem de prestar contas sobre seus atos e de seus aliados, mas tem coragem de fechar escolas, demitir funcionários públicos e mandar a polícia bater em manifestantes.

É um governo que privatiza o meio ambiente e hipoteca o futuro.

É um governo onde seus aliados e padrinhos (como o inacreditável senador Pedro Simon, que foi incapaz de pronunciar uma palavra sobre todos esses escândalos) não tem mais coragem de defendê-lo e abandonam o navio em número cada vez maior.

É um governo cujo modus vivendi é a dissimulação e a covardia.

É um governo que chegou ao fim.


sábado, 7 de junho de 2008

Monitor falha e apresentadora entra em pânico

As novas tecnologias são essenciais, mas atrapalham quando não funcionam. Quem estava vendo o Jornal Hoje, da Rede Globo, neste sábado, ficou estarrecido com o pavor que se abateu sobre a apresentadora Zileide Silva. Em determinado momento do noticiário, ao vivo, ela arregalou os olhos e parecia procurar algo que não existia. Quem não conhece um estúdio de televisão e os acessórios utilizados para facilitar a vida dos apresentadores, teve ter achado que houve falha de Zileide ou que ela tinha sido acometida por um síncope nervosa. Não foi nada disso. É que o tele-prompter - monitor no qual o apresentador lê as notícias - falhou e ela não soube o que fazer. Também não encontrou em seus papéis o texto que deveria ler quando acontece um problema destes. Aí, balbuciou algo como: "me perdi, me perdi".
Fiquei com pena dela porque os cerca de 15 segundos da trapalhada pareceram uma hora para mim. Para Zileide, certamente muito mais. Ela passou a olhar para as câmeras com uma cara de pavor que poucas vezes vi na apresentação de um telejornal. Então afirmou, desanimada: "gente, não dá".
Quando o tele-prompter voltou a funcionar, ela deu um sorriso constrangido e continuou apresentando. Mas era um início de tarde ruim para a emissora e para a apresentadora. Mais adiante, ela anunciou uma reportagem e o vídeo exibido foi de outro assunto. Ela explicou a troca quando voltou e então a reportagem correta foi exibida. Antes do final, Zileide ainda confundiu o horário que aparecia na tela. O relógio marcava 13h39min e ela anunciou 13h30min. Devia estar com os nervos à flor da pele. Espero que não pague por um erro que não foi dela.

Manuela, do PC do B, está encurralada

Uma pergunta que não quer calar: como fica a candidata do PC do B à prefeitura da Porto Alegre, Manuela D´Ávila, depois que um dos principais líderes do PPS, Cézar Busatto, foi protagonista de um dos maiores escândalos já vistos no Rio Grande do Sul? Em conversa gravada com o vice-governador Paulo Afonso Feijó, ele confessou como funcionam as campanha políticas no Estado. Manuela se uniu ao PPS, partido que reúne hoje os seguidores do ex-governador gaúcho Antônio Britto, o maior privatizador da história gaúcha. Seu vice é Berfran Rosado, que junto com Busatto era um dos artífices do governo Britto. E agora, Manuela? Está encrurralada!

E agora, dona Yeda?

Estamos descobrindo aos poucos o que a governadora Yeda Crusius queria dizer com o seu "novo jeito de governar" durante a campanha. Não votei na candidata, e vislumbrava um governo de crise desde que o vice-governador Paulo Afonso Feijó foi escolhido para integrar a chapa que tanto agradava os empresários e os latifundiários. Entretanto, confesso que não esperava tanto desta peleia, que vai longe. Leio nos jornais que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional gaúcha, diz que esta é "uma crise ética sem precedentes no Rio Grande do Sul". Pois é, isso acontece em um Estado que sempre alardeou para o resto do Brasil a sua lisura. Cabe à governadora tomar uma atitude sensata no seu jeito de governar: renuncia ou será impedida.
O povo já está nas ruas. Ontem,
a Coordenação dos Movimentos Sociais, reunida na sede da CUT Estadual, discutiu as denúncias de corrupção do governo do Estado e a CPI do Detran e deliberou os seguintes encaminhamentos:

- Campanha pelo “Fora Yeda” e seu governo neoliberal

- Grandes atos nas regionais da CUT-RS pelo Fora Yeda no dia 12 de junho

- Panfleteações em massa pelo “Fora Yeda”

- Apoio as mobilizações do CPERS Sindicato no dia 13 de junho

- Vigília e acampamento em frente ao Palácio Piratini no dia 18 de junho

- Grande ato em Porto Alegre pelo Fora Yeda

- Apoio as paralizações realizadas pelo Sindiágua (a entidade iniciou uma campanha para realização de uma CPI na CORSAN, em virtude dos graves desvios de recursos);

- Apoio as atividades da Via-campesina

- Reunião de avaliação das ações dos Movimentos Sociais e preparação da Vigília e do Grande ato “Fora Yeda”, no dia 16 de junho, segunda-feira, às 14 horas, na sede da CUT-RS, Rua Barros Cassal, 283, Porto Alegre.

Escândalo inédito no Piratini

O presidente da CPI do Detran, Fabiano Pereira (PT), divulgou nesta sexta-feira a gravação de uma conversa mantida pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM) e o chefe da Casa Civil, Cezar Busatto (PPS). O CD, gravado pelo próprio Feijó dia 26 de maio, foi repassado pelo vice-governador à deputada Stela Farias (PT), que o encaminhou ao presidente da CPI. A parlamentar foi taxativa: “a conversa é estarrecedora e revela o ‘modus operandi’ nefasto deste governo para construir maiorias políticas e financiar os partidos através de corrupção”, avaliou.
Fabiano Pereira classificou o momento de extremamente grave. Segundo ele, o diálogo mostra um modelo de fazer política que compromete as instituições democráticas e que “deve ser varrido da história do Estado”. O presidente da CPI quer que o secretário de Governo, Delson Martini, e o chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, compareçam à comissão de inquérito já na próxima segunda-feira (9) para esclarecer os fatos. “Esperamos que venham não mais como secretários de Estado, mas como cidadãos comuns dar as explicações que devem à sociedade gaúcha”.
Pela primeira vez, o impedimento da governadora foi cogitado. Os deputados petistas acreditam que, a partir de agora, a responsabilidade da Assembléia aumenta. “Existem justificativas muito fortes para se pedir o impedimento da governadora”, sintetizou Stela.
O diálogo, ocorrido no Palacinho, sede de trabalho do vice-governador, foi iniciativa do chefe da Casa Civil, que buscava uma reaproximação de Feijó com o Palácio Piratini. No decorrer da conversa, Busatto fala abertamente que o PP se beneficiou com o Detran e o PMDB com o Banrisul, entre outras coisas. “Eu não ouvi todas as frases, pois a gravação estava ruim, mas o que ouvi é suficiente para afirmar que estamos diante de uma crise institucional inédita no Rio Grande do Sul”, sustentou o deputado Elvino Bohn Gass (PT).
O deputado Raul Pont (PT) desafiou o chefe Casa Civil a revelar à CPI quais as campanhas que foram financiadas pelo Detran e pelo DAER, órgãos públicos citados como fonte de financiamento dos partidos num trecho da gravação. “Se isto é verdade, o chefe da Casa Civil é réu confesso e estamos diante não só de um crime de corrupção, mas de um crime eleitoral também”, avaliou o líder do PT.

O diálogo

Apesar da má qualidade da gravação, os deputados que ouviram o áudio foram unânimes em considerar o material de altíssima gravidade. Em um trecho da conversa, Busatto tenta negociar com Paulo Feijó o apoio do vice às políticas do governo. Feijó responde que não quer cargos, apenas participar das decisões do Executivo porque foi eleito para isto. Busatto avança, diz que os partidos sobrevivem da máquina pública e cita o Detran, o Banrisul, o Daer e a CEEE. Feijó diz que não pode compactuar com as irregularidades no Detran, “assim como faz a governadora Yeda Crusius”, e que uma CPI do Banrisul seria positiva.
Minutos antes de começar a sessão da CPI, o vice-governador deu a seguinte declaração à imprensa: “Tenho a obrigação de tornar amplo este fato, é obrigação de homem público tornar estes fatos abertos e reais, e de forma transparente. Eu não posso dar respaldo a coisas de que eu tenho conhecimento. Vejo que nosso governo não tem agido com interesse de terminar com isso.

Confira o áudio em MP3

Confira a transcrição do diálogo entre Feijó e Busatto:


Feijó - Não é verdadeiro, isso aí.

Busatto - eu não acredito nisso.....

Feijó - no quê?

Busatto - este é o modus vivendi de .....

Feijó - não sei, não sei....

Busatto – ....essa guerra que está... e tu tenha elementos para abrir, concordo que isso cria uma situação muito ruim

Feijó – tá, e por isso eu vou dar suporte a tudo isso

Busatto - não, não Feijó, de maneira nenhuma......

Busatto - que possibilidade existiria de nós construirmos uma alternativa de entendimento, não no entendimento no sentido ... porque tem tanta coisa pendente porque tem um passivo que não resolve nunca mais, né, mas eu pergunto para evitar uma ruptura definitiva (...) se houvesse essa possibilidade que condições tu exigiria para isso?

Feijó - eu já disse desde o início não tem condição nenhuma eu só quero, como vice-governador, poder participar das decisões do governo, não quero cargo, não quero secretaria, então ah, eu demonstro que não tenho interesse, eu não tenho interesse por cargo por nomeação nem por secretaria nem por nada, mas eu quero participar, poder participar, eu não quero que as coisas sejam feitas de acordo com o que eu defendo, não, mas eu gostaria, como vice-governador, sentar numa mesa e discutir como a gente discute, ah, tomar a decisão em conjunto? É essa decisão. Agora, eu quero entender o seguinte: por que encobrir o Detran, se sabia que antes de eu entrar na política nós já sabíamos que havia esse esquema no Detran, todo mundo sabia, era público, por que não querer mudar? Desde 2003 eu sei que existe uma quadrilha no Banrisul, por que não querer mudar?

Busatto - por que quando do segundo turno como está sendo hoje com o Rigotto, conviveu com essas duas situações casualmente?

Feijó - Por que? Por que? Por que quem era eu Busatto? Por que não fui com o rigotto? Quem era eu? Era um empresário médio do rio grande do sul presidente da Federasul, eu vou bater de frente com o governador do Estado? Com o secretário do Estado? Que espaço eu tinha na mídia? Que respaldo eu tinha? Nenhum. Agora, hoje, eu me sinto responsável pelo governo que está aí, eu fui eleito junto com a governadora. Ela querendo ou não, ela gostando ou não, eu ajudei a eleger ela, ao menos um voto eu fiz para a chapa, eu trouxe recursos para campanha de amigos meus, empresários, que confiaram em nós, que confiaram no discurso de propriedade, de menos imposto, de menos governo, de menos secretaria, depois que nós passamos para o segundo turno deixa o Feijó lá isolado, ele que se rale, ninguém mais dê ouvido para ele, essa era a reciprocidade que eu tinha, a única coisa que eu sugeri, que eu não exigi, eu sugeri: olha, antes de nomear o presidente do banco eu gostaria de apresentar, ela não quis me ouvir, ela não tinha interesse nisso, então cada um que faça as suas interpretações porque ela não tinha interesse em mexer no Detran. Vamos pegar o Cairoli, se ele sabe alguma coisa do nosso governo que poder ele tem para enfrentar a mim e a governadora? Nenhum, como presidente da Federasul. Nenhum ou muito pouco, vamos dizer assim. Agora, como vice-governador eu tenho obrigação e eu não vou ficar quieto enquanto não mudar ou não demonstrar que nós estamos aqui para fazer o que tem que ser feito.

Busatto - ... tenho bastante convicção nisso. A governadora (ininteligível), eu acho que .. eu sinto muito isso em Porto Alegre, um pequeno partido se ganha uma eleição dessas precisa governar com maioria para poder viabilizar seu governo que é um pouco caso (...) que nunca governou o Estado.

Feijó - sim, não tem base partidária na assembléia.

Busatto – acaba tendo que fazer concessões importantes, os partidos aliados, os partidos grandes do Estado

Feijó - eu não tenho dúvida disso

Busatto - tanto o Banrisul quanto o Detran

Feijó - são os dois maiores, fora o PT

Busatto - tu concorda que são PMDB e PP, né?

Feijó - claro,

Busatto - então não podemos deixar eles fora. Não tenho dúvida de que o Detran é uma grande fonte de financiamento.

Feijó - do PP?

Busatto - isso não é verdade? e o Banrisul, nos últimos 4 anos, com certeza, eu até acho que de repente a governadora poderia até (ininteligível) pensado nisso, né, mas eu te digo uma coisa: os dois partidos (ininteligível) do Estado como é que isso isso ia ficar insustentável.

Feijó - hum, hum

Busatto - então assim eu não creio que a governadora seria totalmente responsável por tudo isso, tu entende? Quer dizer vai .....

Feijó - sim, então é melhor deixar assim então?

Busatto - e outra coisa: o custo que teria ter que romper com o Zé Otávio (ininteligível)

Feijó - sim, pra mim tá claro, ela rompeu comigo e se abraçou no simon na época lá quando ela pediu para que eu renunciasse

Busatto - é, é, eu quero dizer o seguinte: é difícil (ininteligível) ser só maldade dela... esse jogo.

Feijó - agora eu te pergunto o seguinte:

Busatto- (ininteligível)

Feijó - eu entendo, eu entendo. Agora te pergunto o seguinte...

Busatto - se tu tivesse sentado naquela cadeira e .. se eu não tiver 30 votos, 27 votos, 28 votos na Assembléia eu não governo, entende? É uma opção difícil.

Feijó - ok, politicamente, eu concordo, agora, não posso ser conivente com isso não numa questão política, mas numa questão de roubo, desvio, não pode, e ela está sendo. Por questões políticas? Não sei, por interesse financeiro? Não sei. Ou pelos dois juntos.

Busatto - ... se misturar, tu sabe que essa comunhão legislativa não funciona, muitos entraves...

Feijó - eu sei

Busatto – (ininteligível) nesse assunto... e o PDT...

Feijó – Oh, Busatto, eu tô num mundo que não é meu, e eu não me acostumo com isso

Busatto - (ininteligível) tu essencialmente está certo. Te digo assim: (ininteligível) faria se tivesse inviabilizado... isso uma hora se torna insuportável (inintligível) tá doente, tá doente... no sentido que vai ficar uma contradição... tua consciência (ininteligível) tu tá (ininteligível) o Serra ... não quero nem entrar no mérito dela... eu sei que tem desculpa embora a lógica da política ela é cruel... eu não sei se ela não mudará... tão cedo... Ministério Público... não sei se é uma boa saída, aliás, eu não sei se tem como sair... (ininteligível)... eu acho assim, Paulo, não é posição só da Yeda... todos os governadores só chegaram aí com fonte de financiamento ou de Detran, do Daer.. quantos anos o Daer sustentou...

Feijó - não sei

Busatto - Na época das obras... fortunas, depois foi o Banrisul...

Feijó - Na CEEE

Busatto - Na CEEE, se tu vai ver...

Feijó – é onde rendia... é onde os grandes partidos estão... não quero saber... é onde tem as possibilidades de financiamento, pode ter certeza de que tem interesses bem poderosos aí controlando (ininteligível) ...

Busatto - é uma coisa mais profunda que está em jogo... eu não sei se em alguns lugares se superou isso, acho que sim, né? Países mais avançados... mais maduras, norte da Europa, enfim tem lugares em que a atividade pública é mal remunerada

Feijó - sim, por idealismo

Busatto - por idealismo, por voluntariado, as pessoas não deixam de trabalhar, tu é deputado, tu não deixa de ser advogado, tu vai.como advogado, tu dedica... mas aí... na Europa... mas aqui nós estamos muito mal nisso...

Feijó - tá na hora de começar a mudar, em Busatto? Mas qual é tua proposição?

Busatto - não tem nada concreto..(ininteligível) ... a tua decisão, tu tens razões para isso, se pudessémos encontrar um modus vivendi que nos permitisse tu não romper com tuas convicções ... para tu estar dizendo pra ti mesmo, pra tua consciência... qual é o custo disso? Eu não sei. de repente o Fernando faz um gesto concreto para ti, não quero pensar alto porque isso não tá no horizonte acho que tanto a ver uma coisa concreta que pudesse permitir ou outra coisa, quem sabe? ... (ininteligível) ... acho que eu estaria disposto a contar sei que a governadora é muito complicada, mas, se não for assim, ... agüenta esse sofrimento, se tu não vai abrir mão das tuas convicções ... (ininteligível) ... tu tem informações ... ela vai pagar um preço alto por isso, talvez mais que ela merecesse se tu for ver ... Rigotto, Olívio, Britto ... cada um tem o seu jeito de financiar as coisas, então eu acho que... então eu queria te consultar se tem um caminho que o governo.... eu gostaria de tentar... não posso dizer assim, ah, não deu certo

Feijó - eu sempre tive a disposição para contribuir. Agora estou extremanente incomodado com tudo isso, não é nada do que eu esperava dessa atividade política, to aberto aí para qualquer proposição ou uma demonstração efetiva de que é pra valer, não é pra fazer de conta

Busatto - por exemplo, assim, uma coisa que me preocupa muito (ininteligível)

Feijó - sabe uma coisa? Eu sempre defendi a federalização e não a privatização do banco

Busatto - ... a Nossa Caixa, o Serra tá vendendo a Nossa Caixa para o Banco do Brasil.

Feijó - eu sei, mas tu sabe que o Aod, agora em março, abril, teve aqui falando comigo e veio me perguntar: oh, Feijó hoje avaliando a questão do banco é insustentável a médio prazo, eu sou até favorável.

Busatto - desde 2002, quando termina as consignações é o que sustenta ...

Feijó – (Aod) eu apoiaria um projeto desses. Eu sou favorável, tu apoiaria um projeto desses? E eu digo: eu sempre apoiei, Aod. É porque eu estou convencido, me disse o Aod, eu só tenho uma coisa, eu e a governadora nos comprometemos a não fazer isso no nosso governo, então eu vou cumprir com o que eu defendi em campanha, eu me lembro que nós tivemos lá no PSDB, lá no comitê uma reunião com os diretores, com os gerentes de banco e nos comprometemos... então como é que nós vamos defender o contrário? Aod: Ah, nos impostos nós já fizemos o contrário. Aí eu disse: então tá tri, tu levanta essa bandeira que eu não vou levantar. Agora eu concordo que o banco vender uma participação na Serasa e que isso que deu resultado pro teve, não é?

Busatto - Serasa do ...

Feijó - é o Serasa, o Banrisul tinha uma participação no Serasa, ele e outros bancos, me parecesse que foi bastante expressivo o valor apurado, poi, oh,Busatto tu tem muito mais expeiência e visão do que eu.

Busatto – ...é muito complexo de fazer, mas eu gostaria de encontrar formas, então de resolver, né, para que pudesse te dar conforto, criasse um modus vivendi porque eu acho uma loucura o que nós estamos fazendo, é sui generis essa situação fica insustentável ... pode acabar numa puta crise

Feijó - agora eu tenho a convicção se sair uma CPI do Banrisul seria muito bom para a sociedade, não tenho dúvida disso, politicamente não sei avaliar, agora, em termos de chegar à realidade do banco e ver efetivamente se nós, Rio Grande do Sul, precisamos estar pagando esse custo para manter um banco, afinal Santa Catarina não tem banco, Paraná não tem banco, São Paulo não tem Banco, Rio não tem banco, Bahia, nenhum estado representativo tem banco...

Busatto - .... não sei se uma CPI... o prazo é 2011, não é... são 300 mil clientes ativos ...

Feijó - mas eu to aberto, tá Busatto, aguardo uma sinalização

Busatto – vou pensar com muito carinho .... hoje o Sossella pediu a tua convocação para a CPI

Feijó - é, é, o Marquinho me ligou quando eu tava vindo da CEEE. Eu liguei para o Marquinho e pedi que ele fizesse aquela intervenção ...

Busatto .... que te convoque, né.

Feijó - inclusive o presidente da CPI, o Fabiano, quarta-feira, antes de eu viajar...eu tô com investimento lá em Punta Del Leste ....ele me disse olha, vai lá, medita, vamos conversar. Aí o Fabiano disse: se tu vai me convencer que eu tenho algo a agregar, tu me faça um convite que eu vou lá. O Fabiano ficou de me ligar. Aí até me surpreendeu hoje a posição do Sossella.

Busatto – O Sossella ... Paulo Azeredo... então tá, eu vou pensar no que nós conversamos e voltamos a conversar, ok?

Feijó - Ok.

Busatto - obrigado pela tua ajuda.

Feijó - eu tô sempre aberto.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Direção colorada manda Iarley embora. E ele chora...

Do blog do Iarley - aí está a verdade.

O choro de um campeão. Lágrimas de quem conquistou o Mundo com a camiseta colorada. Iarley se despediu do Internacional na tarde fria de ontem. Quando entrou na sala de imprensa do estádio Beira-Rio, sabia que seria o último encontro pessoal com a imprensa gaúcha. Entrou e foi conduzido pelo assessor de imprensa do clube e seu amigo pessoal, José Evaristo Villalobos, o Nobrinho. Dezenas de jornalistas já o esperavam. O convívio, desde 2005, sempre foi o melhor com os profissionais das mídias do Rio Grande do Sul.
A entrevista coletiva começa com a palavra do presidente Vitório Piffero, que falou da importância do craque na história do clube. Depois é a vez de Iarley falar.
“Só tenho que agradecer ao Inter pelos momentos e as glórias que eu vivi. Foi muito mais alegria que tristeza. Não tenho muitas palavras porque a emoção é muito grande”, afirmou o cearense, sem conter as lágrimas.
Depois, lembrou de uma conversa que teve com um torcedor, ainda no aeroporto Salgado Filho, no dia de sua chegada ao Inter.
"No aeroporto, quando eu pisei em Porto Alegre pela primeira vez, um torcedor me falou que não agüentava mais não ser campeão da Libertadores, do Mundial, e as brincadeiras do rival por isso. Ele me disse que a gente tinha que ser campeão, e eu falei para ele, com muita convicção, que nós seríamos campeões da América e do mundo. Acho que aquele torcedor está contente, porque eu cumpri a promessa”, disse, antes de ir às lágrimas novamente.
Sobre sua saída, Iarley sempre foi claro em dizer que sua meta era jogar o centenário pelo clube e de cumprir seu contrato de forma integral.
“Não esperava sair dessa maneira. Pensava em sair cumprindo meu contrato e me despedindo da torcida que tanto amo. Jamais pensei que eu sairia desta maneira. Quero deixar bem claro que é o clube que está me negociando, não fui eu quem pediu para ser negociado”, disse.
Ao falar sobre a torcida do Internacional, mais uma vez, a emoção veio à tona. “Como posso falar sobre os torcedores colorados? O que vou dizer desta nação que foi tão boa pra mim? Não dá. Neste momento o que posso falar é um singelo, mas verdadeiro, ‘muito obrigado’. Sem vocês minha vida aqui no clube não seria tão boa como foi. Não se esqueçam de mim, pois eu jamais me esquecerei de vocês!”, definiu Iarley.
Agora, o desafio é atuando pelo time do Goiás. O craque conhece bem a força da equipe e disse que vai pensando em, mais uma vez, fazer história.
“O Goiás sempre teve time muito bons. Lá, a base é excelente. Vou pra lá com a garra e determinação que sempre mostrei nos clubes por onde passei. Agradeço a oportunidade de defender este clube e, tenho certeza, não vou decepcionar a torcida!”, ressaltou Iarley.

Imprensa mostra momento crítico para governo de Yeda

Imprensa reflete gravidade do escândalo e fragilidade do governo Yeda

Diante dos poucos integrantes da base aliada que permaneceram no plenário da Assembléia Legislativa nesta quinta-feira (5), o deputado Elvino Bohn Gass leu as manchetes dos principais jornais gaúchos sobre as gravações efetuadas pela Operação Rodin e tornadas públicas pela CPI do Detran na tarde desta quarta-feira(4). “A imprensa gaúcha espelha uma reação uníssona da sociedade gaúcha de estarrecimento diante de fatos graves e incontestáveis e revela a fragilidade do governo Yeda”, avaliou.
Ninguém da base governista rebateu o discurso do deputado do PT, que também leu a repercussão do conteúdo das gravações nos blogs. Todos os sites avaliam que o momento é crítico para o governo tucano, cujas estruturas foram seriamente abaladas pelo escândalo. No plenário, os aliados reproduziram o comportamento do Palácio Piratini, que optou por permanecer em silêncio como grande parte dos depoentes que circularam pela CPI do Detran nos últimos três meses.
Na tribuna, Bohn Gass afirmou que o silêncio do governo sobre o conteúdo estarrecedor das gravações de ligações telefônicas entre envolvidos na fraude do Detran é desrespeitoso e ofensivo à sociedade gaúcha. “O governo deve uma explicação ao Rio Grande do Sul, afinal, as gravações mostram que a corrupção chegou ao centro do poder. Hoje, o que todos querem saber é que providências serão tomadas pela governadora em relação ao secretário Delson Martini que, como revelam os áudios, orientava procedimentos do esquema fraudulento”, cobrou.

Manchetes dos principais jornais gaúchos

Diário de Santa Maria
"O Rio Grande escandalizado"

Jornal do Comércio
"Divulgação de escutas escancara fraude"

Correio do Povo
"Vozes do Detran agitam governo - O conteúdo explosivo dos 34 áudios divulgados ontem na CPI provocou reviravolta. Praticamente, todos os que não se calaram, mentiram."

Diário Gaúcho
"Gravações relevadoras. CPI revela escutas da fraude"

Jornal NH (Novo Hamburgo)
"Gravações da Polícia Federal esquentam a CPI do Detran – Pagamentos e beneficiados eram combinados com naturalidade"

Site Vide Versus
"Gravações de telefonemas mostram a desclassificação de grandes nomes da política gaúcha"

O Sul
"Ex-presidente do Detran flagrado negociando propina em gravações feitas pela PF"

Zero Hora
"Escutas convencem CPI a convocar o secretário de Governo de Yeda"

Página 10 – coluna política de Zero Hora – Rosane Oliveira
"Mentiras, mentiras, mentiras" (A dúvida da página 10 é se Delson Martini cai antes ou depois do depoimento na CPI)

Pioneiro (Caxias do Sul)
"Gravações citam Delson – O escudo político que protegia o secretário-geral de Governo, Delson Martini, não resistiu à força das escutas telefônicas da Operação Rodin"

Blog do Gaúcha Hoje (Rádio Gaúcha)
"A revelação das escutas feitas pela Polícia Federal teve impacto muito forte"

Rádio Guaíba – comentarista Gustavo Motta
"Mas se a casa não caiu, ninguém pode ser cego a ponto de não enxergar que, do ponto de vista político, as estruturas ficaram seriamente avariadas"

RBS TV – comentarista Lasier Martins
"Há prostração no governo que está abatido, suspeito na sua credibilidade e necessitado a dar explicações porque vários de seus integrantes vinham traindo a finalidade do Estado, adonando-se da coisa pública, explorando o dinheiro do Detran. Vive-se um momento revoltante, principalmente pelo envolvimento de gente que parecia ilustre, e não era. E por isso, precisa ser punida e afastada. Para um pouco mais de limpeza na política e na gestão pública do Estado."

Gazeta do Sul (Santa Cruz do Sul)
"Gravações deixam governo gaúcho na defensiva"

Beatriz Fagundes (colunista de O Sul)
"Os intestinos do esquema foram expostos e causaram espanto e repúdio devido à sordidez, desfaçatez e arrogância dos envolvidos. Todos mentiram na CPI"

Newsletter Políbio Braga
"A roubalheira do Detran foi exposta ao vivo de forma devastadora. A CPI aproximou-se ameaçadoramente do gabinete da governadora Yeda Crusius"

Por Olga Arnt.

Sujeira chegando ao Palácio Piratini

E agora, dona Yeda? Seus apoiadores na campanha e assessores atuais negaram na CPI qualquer envolvimento no escândalo da Corsan. E atacaram a Polícia federal. Entretanto, provas materais - como telefonemas e correspondências - estão desnudando a fraude. Será que haverá demandada geral em seu governo?
Os próximos capítulos serão emocionantes e tensos para o lado do Palácio Piratini.

Homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia


OS DEZ MANDAMENTOS DA ECOLOGIA

1. Ame a Deus, todas as coisas e a natureza como a ti mesmo.
2. Não defenderás a natureza em vão com palavras, mas através de seus atos.
3. Guardarás as florestas virgens, pois a tua vida depende dela.
4. Honrarás a FLORA e FAUNA e todas as formas de vidas e não apenas as vidas humanas.
5. Não matarás os rios limpos e cristalinos e nem os animais silvestres.
6. Não pecarás contra a pureza do ar, deixando com que as industrias suguem o ar que a criança respira e contamine a água que bebe.
7. Não furtarás da Terra sua camada de HÚMUS, raspando-a com o trator.
8. Não levantarás falso testemunho dizendo que o lucro e o progresso justifiquem teus crimes ECOLÓGICOS.
9. Não cobiçarás objetos e adornos cuja fabricação seja preciso destruir a FAUNA e FLORA.
10. A Terra também pertence aos que ainda estão para nascer.

Foto acima: captei a imagem no parque municipal de Barra do Ribeiro, minha terra, onde parte do verde à beira do Guaíba é preservada.

terça-feira, 3 de junho de 2008

É a idade....

Uma sexagenária resolveu fazer hidroginástica.
Cheia de gás e autoconfiança, entrou na secretaria da academia.
Mal chegou, a professora olhou-a de cima abaixo e avisou:
- Precisamos proceder a uma avaliação.
Pegou uma ficha, preencheu com seu nome e endereço e mandou brasa:
- Então a senhora já tem mais de sessenta anos?
- Pois é, minha filha, há seis anos virei sexy.
- Como? A senhora disse sexy?
- É, sexy de sexagenária, entendeu?
- A senhora tem falta de ar?
- Não, tenho falta de dinheiro.
- Às vezes sofre de tontura?
- Sofro com as tonteiras dos outros.
- Tem hipertensão?
- Não, tenho hipertesão.
- É diabética?
- Não, sou diabólica.
- Tem alergia?
- A mulher.
A esta altura, a moça não se conteve:
- A senhora é doida?
- Por homem!!!

Onde está a ideologia do PC do B?

A candidata do PC do B à prefeitura da Porto Alegre, Manuela D´Ávila, se uniu ao PPS, partido que reúne hoje os seguidores do ex-governador gaúcho Antônio Britto, o maior privatizador da história gaúcha. Na cartilha do partido comunista da jovem política, a condenação às privatizações é uma dos principais pontos. Como Manuela explicará para seus seguidores este casamento de partidos com ideologias e princípios tão antagônicos?
Como se mostrará ao lado de seu vice, Berfran Rosado, braço direito de Brito e de sua política de privatizações, que vendeu patrimônios gaúchos como a CRT e parte da CEEE? Beleza, não é?
Com a palavra os aguerridos comunistas Raul Carrion (deputado estadual) e Jussara Cony (presidente do Grupo Hospitalar Conceição e apoiadora do Governo Lula) ... Foram ouvidos?

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Habemos técnico? Sem fumaça...

Será que a direção do Internacional vai "cozinhar" sua torcida a semana toda à procura de um técnico para substituir Abel Braga, o motivador? Pela conversas de Vitorio Piffero e Giovanni Luigi, presidente e diretor de futebol, será assim mesmo. Muricy não vem porque não foi demitido pelo São Paulo. Sobram Leão (arruma confusão), Tite (teórico e orador) e Dorival Júnior (sugerido pelo Abel, mas sem currículo para dirigir o Inter). Eu gostaria de ver Geninho ou Cuca no comando do Inter, mas ambos já acertaram com o Botafogo e o Santos. Portanto, como disse Luigi, não há prazo para anunciar o novo técnico. E temos jogo no próximo fim-de-semana contra a Portuguesa, em São Paulo. Vamos de Guto Ferreira, o interino que tem um campeonato gaúcho no currículo.

domingo, 1 de junho de 2008

Sai Abel. Quem vem?

No sábado à noite, no Beira-Rio, já sentíamos que o mobilizador Abel não ficaria mais no Internacional. Mais uma vez ele inventou - já relatei em tópico anterior - e sua saída era questão de horas. O domingo confirmou isso. Só os repórteres menos experientes engolem esta história de que uma proposta "milionária" das Arábias tiraram Abelão do Inter. Na verdade, a saída já estava acertada e só faltava uma justificativa. Ou seja, a proposta inicial, feita pelos árabes, já estava aceita.
Agora, a grande meta da direção colorada é encontrar o treinador. Pelo que ouvi e li durante o dia, ela está no caminho certo. Não pretende apostar. Por isso, está tentando ganhar tempo, esperando por um técnico que já conheça o time e alcance os resultados no curto prazo. Nesta relação, se impõe o nome de Muricy, desgastado no São Paulo. Ético, ele só sai se for demitido. Até quando a direção irá esperar? No segundo plano, estão Autuori, Cuca e Leão. Todos com ressalvas. Fala-se, ainda, em Tite e Bonamigo. Prefiro Muricy, que conhece o Inter, seus jogadores e os caminhos para seguir bem numa campanha de pontos corridos. Ganhou os dois últimos brasileiros. Esperemos!!!

Para onde vais, Inter?

Por mais colorado que eu seja e apesar de todo o meu apoio, é impossível não mostrar preocupação com o destino do Internacional este ano. O empate com o Sport Recife na fria noite de sábado, no Beira-Rio, mostrou que não temos time, não há esquema tática e estamos órfãos de treinador. Na verdade, temos bons jogadores, muitos deles com dedicação contagiante. Só isso não ganha jogo.
Defendo a saída do treinador Abel, que já não tem motivação e tampouco consegue organizar um time. Exemplos de ontem: colocou um atacante (Adriano) na ala direita, e tirou Nilmar, o melhor do time no jogo, para que entrasse Iarley. Da forma como o time jogou, a imagem que não sai da minha memória são as duas defesas (espetaculares) do goleiro Renan no pênalti. Não fosse ele, teríamos amargado mais uma derrota.
Mudança, urgente!

Magia dentro e fora do Museu Iberê Camargo





Porto Alegre recebeu na sexta-feira - 30 de maio - uma bela obra de arte: a sede da Fundação Iberê Camargo, um prédio de cimento branco desenhado pelo português Álvaro Siza. No sábado, visitei o chamado "bunker", onde realiza-se a exposição Moderno no Limite, com 80 trabalhos de Iberê. Mas o belo não está apenas nos quadros do artista. Das janelas espalhadas por amplos corredores, pequenas e grandes, é possível ver que o prédio localiza-se entre o verde (nos fundos) e o Lago Guaíba (na frente). Um cenário maravilhoso, dentro e fora do museu. Por exemplo, é possível admirar de seus cinco andares alguns patrimônios de Porto Alegre, como o Beira-Rio - estádio do Internacional - e a Usina do Gasômetro, além do centro da cidade. Quem gosta de arte e da natureza deve colocar na sua agenda uma visita à obra, que levou cinco anos para ser concluída e custou R$ 40 milhões. Importante: é possível firmar uma bem sucedida parceria entre governos e empresas privadas.
O prédio tem salas expositivas, átrio, reserva técnica, centro de documentação e pesquisa, ateliê de gravura, ateliê do educativo, auditório, loja, cafeteria, estacionamento e parque ambiental projetado pela Fundação Gaia.


Onde:
Avenida Padre Cacique, 2000 - Porto Alegre
Exposição: Terças a sextas das 10h às 19h, fins de semana e feriados das 11h às 19h
Informações: Telefone (51) 3247-8000 ou site www.iberecamargo.org.br