quinta-feira, 16 de abril de 2009

O acerto no erro

* Susana Vernieri

O prédio era destinado a ser um almoxarifado e foi transformado a fórceps em Faculdade. A sala de redação era recheada com máquinas de escrever antigas. As câmeras de TV eram pesadas e velhas. A ilha de edição, quase que analógica. O laboratório fotográfico, uma peneira. A biblioteca desatualizada. Nada parecia convidar a entrada naquela casa.

O atrativo era o erro. A liberdade de exercitar a falha. Não é teoria, técnica, arte que a Universidade de Jornalismo ensina, mas a possibilidade de se acreditar ser um humano. É esta sua justificativa maior. Dentro dela encontramos a geléia real da vida. O professor bom ensaia o espelho do futuro chefe exemplar. O ruim, nos alerta para os perigos do futuro. O coleguismo é amostra do que se poderá contar no ombro a ombro da jornada. Como norte de toda esta experiência está a tão desgastada palavra Ética.

O diploma serve para que se ateste perante a nós mesmos e aos outros, que empreendemos uma aventura ao centro da questão e estamos aptos a seguir viagem. Ele é documento imprescindível, passaporte para um mundo onde há menos tolerância para o erro. O espaço do profissionalismo não perdoa os fracos. A sociedade, muito em breve, irá cobrar do Supremo a decisão de acabar com a exigência do diploma para o exercício legal da profissão de jornalista caso isso venha acontecer. Toda população, em seu íntimo, quer uma Imprensa forte, pois sem palavra forte, o povo é escravo.

* Doutora pela Ufrgs, ex-professora de Jornalismo da Famecos, Fabico e Unisinos, trabalhou dez anos em Zero Hora

- Publicado originalmente no site do Sindicato dos Jornalistas/RS (http://www.jornalistas-rs.org.br/)

Os 15 filmes clássicos mais influentes

Para celebrar os 15 anos do TCM (Turner Movie Classics), o canal apresentou uma lista com os 15 filmes clássicos mais influentes do cinema. A relação segue de acordo com a ordem cronológica e, segundo a emissora esclareceu, não se trata, necessariamente, dos títulos mais importantes, mas, sim, daqueles que moldaram o cinema e o público que os assistiram.

1. O Nascimento de uma Nação (1915), de D.W. Griffith
2. O Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei M. Eisenstein
3. Metrópolis (1927), Fritz Lang
4. Rua 42 (1933), de Lloyd Bacon
5. Aconteceu Naquela Noite (1934), de Frank Capra
6. Branca de Neve e os Sete Anões (1937), de David Hand
7. …E o Vento Levou (1939), de Victor Fleming
8. No Tempo das Diligências (1939), de John Ford
9. Cidadão Kane (1941), de Orson Welles
10. Ladrões de Bicicleta (1948), de Vittorio De Sica
11. Rashomon (1950), de Akira Kurosawa
12. Rastros de Ódio (1956), de John Ford
13. Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock
14. Psicose (1960), de Alfred Hitchcock
15. Guerra nas Estrelas (1977), de George Lucas

Quantos filmes desta lista você já assistiu?

Eu respondo de imediato: assisti O Encouraçado Potenkin,...E o Vento Levou, Cidadão Kane, Ladrões de Bicicleta, Psicose e Guerra nas Estrelas. Ou seja: 40% da lita do TCM.

Razoável!