segunda-feira, 28 de setembro de 2009

SIP ignora censura em Honduras

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), organização que se diz preocupada com a liberdade de imprensa nas Américas, está praticamente ignorando as medidas todas que o regime golpista de Roberto Michelleti está tomando para censurar a mesmíssima liberdade de imprensa que a organização diz defender.
Neste momento, no site da entidade, ao listar as notícias ali veiculadas por ordem cronológica, aparecem notícias sobre supostas “ameaças” à liberdade de imprensa no Equador, na Bolívia, na Venezuela e até no Brasil, ao passo que a censura estabelecida pelo regime de facto de Honduras é solenemente ignorada.
Detalhe: ao listar as notícias do site da SIP por país, a última notícia que aparece sobre Honduras é de 2007.

Honduras: emissora é tirada do ar. A grande mídia brasileira protestará?

O Exército de Honduras invadiu e tirou do ar emissora de rádio local.
E agora? A grande mídia vai protestar, vai atacar o governo golpista como costuma fazer com os governos democráticos latino-americanos? A entidade de direita Repórteres Sem Fronteiras (RSF) fará o mesmo?
Afinal, se alegam atentado à liberdade de expressão na Venuzuela, na Bolícia, no Equador e na Argentina, devem fazer o mesmo no país em que o presidente foi derrubado por um golpe.
Ou o governo golpista da Honduras lhes convém?

Direção vibra com desempenho dos colorados na Sub-20. As verdinhas fazem os olhos dos dirigentes brilharem

Colorados brilham na estreia da Sub-20 no Mundial do Egito.
Este é o título de uma matéria no site do Internacional e reflete com precisão o pensamento da direção. O colorado tinha engatado uma recuperação no Brasileirão, tendo como principal artífice o garoto Giuliano. A direção ensaiou um protesto pela convocação dele para a seleção brasileira, que está disputando o Mundial sub-20. Tudo para consumo externo. Internamente, os clubes de hoje sonham em formar jogadores para depois vendê-los a peso de euros para a Europa. É o que acontecerá com o meia revelado no Paraná e que chegou no ano passado ao Inter ainda com 19 anos.
Para os dirignetes, é importante vender "estrelas" em ascensão para formar um time que ganhe competições. Mas, no caso do Giuliano, esta opção pode ter feito com que o Inter se afaste da disputa do campeonato brasileiro, título que não ganha desde 1979 e é almejado pela massa colorada. Mas as verdinhas...

A inércia de Tite e o discurso surrado da direção colorada

Eu juro que li o texto abaixo em diversas ocasiões neste Brasileirão:
"Neste momento, não temos como mudar. Compreendemos a angústia do torcedor. O trabalho é bom e temos condições de chegar ao título."

O autor é o vice-presidente de futebol do Inter, Fernando Carvalho, e foi dito ao final do empate de ontem contra o Flamengo na "piscina" do Beira-Rio.
Minhas observações:
1 - Até aceitei tal afirmação quando aconteceram os primeiros tropeços no início do campeonato.
2 - Se compreendesse a angústia do torcedor, Carvalho já teria mandado o pastor se enclausurar em alguma igreja.
3 - O trabalho não é bom. Mesmo que tenha perdido jogadores importantes em meio ao campeonato - Nilmar e Magrão vendidos, e Giuliano e Sandro nas seleções - o treinador demonstra cabalmente que ainda não encontrou o equilíbrio. Este não será conseguido nas partidas finais.
4 - É claro que temos condições de chegar ao título, especialmente porque a tabela é mais favorável do que negativa daqui para frente. Mas não dá para acreditar que o treinador conseguirá tirar mais deste time - a culpa não é dos jogadores, é dele.
5 - Detalhe: os clubes que disputam o G-4 e até alguns que estão abaixo se reforçaram. Nós enfraquecemos, infelizmente.

Sou colorado e torço até o último jogo (Santo André, em casa). Mas será que estaremos vivos para o título ou mesmo para uma vaga à Libertadores em 2010? Torço muito para que esteja errado. É preciso, contudo, ter os pés nos chão e saber, por conhecimento de mais de 30 anos acompanhando diretamente o colorado do meu coração, que a situação está difícil.

"Estourando" a obviedade

Acordei cedo, ouvi o barulho da chuva e cumpri minha rotina: ler as capas e contracapas de jornais que recebo. Em um deles, fiquei suspreso com a chamada para uma coluna. Dizia: "Espumantes darão impulso ao crescimento no setor neste fim de ano". Obviedade que não mereceria uma linha em espaço de quem entende de Jornalismo. Todo mundo sabe que os espumantes "estouram" as vendas para as festas de final de ano. Mereceria manchete se o dito impulso ocorrese em outra época. Do jeito que está, é apenas reprodução de release do setor de vinhos.