sábado, 29 de outubro de 2011

O pássaro

Embriagado estou
porque a vida rachou.
Não procure razões
porque a curva mudou.
No momento, quero
o silêncio do lero
que não me diz nada,
mas é o quero-quero.

Pássaro que rumou
para lugar onde estou
buscando o afago
de quando voou.

Bebi

Bebi, senti o gosto da cevada.
Foi antes do contato com o teclado de agora. 
Escrevendo, sinto ela, a cerveja de qualidade, me tocando. 
Molha meus lábios, entra devagar nos meus órgãos, me seduz.
O primeiro gole foi como a primeira parceira.
Fui descobrindo ela fria, muito gelada. 
Depois, esquentou.
Não foi a garrafa.
Mas meu pensamento naquele momento
de muito amor, carinho e tesão.
Então, bebi.