terça-feira, 27 de setembro de 2011

Voa Escurinho...


Eucurinho, tu foste meu ídolo mesmo sentado no banco.
Quantas vezes tu entraste no fim do jogo e resolveste.
Um cabeceio resolveu uma partida difícil nos anos 70.
Foste um ídolo sem ser tiular do grande Internacional.
Continarás sendo agora que vais cabecear lá no céu.
Grande Escurinho, meu abraço e minha admiração!
Tu foste grande e eterno serás. Escurinho!!!!!!!!

Abra e a ame

Naquela porta, quase arrombada,
Entras tu com jeito maneiro.
Naquela janela, escancarada,
voas tu batendo asas.
Abra e escancara tuas aberturas. 
Num instante, pode entrar o amor.

Ah, e não é um amor de um dia só.
Um amor de uma noite divina.
Um amor que vai e volta.
Um amor pilantra que
te rouba um instante.
Pode ser o amor
para toda a tua vida.
Amor...
 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Campeão de Tudo põe cinco jogadores nas seleções brasileira e argentina

O Internacional tem cinco jogadores convocados para Superclássico das Américas, que será disputado entre Brasil e Argentina nesta quarta-feira, às 21h50, em Belém. Oscar, Kleber, D’Alessandro, Guiñazu e Bolatti representarão também o Colorado nas respectivas seleções. O artilheiro Leandro Damião só não foi porque está lesionado.

 


domingo, 25 de setembro de 2011

Inter tem que chegar aos 40 pontos

Uma pausa nos trabalhos para dizer que o colorado tem que chegar aos 40 pontos hoje contra o Galo Mineiro. Com isso, ficaremos a um ponto da zona da Libertadores. O Fluminense tem, com o empate de ontem, 41 pontos.
Quem for, grite por mim no Beira-Rio.
Eu ficarei com um olho nos meus escritos e outro na TV.
Vamos, meu colorado.

Campereadas

 
O amigo, jornalista e campeiroPaulo Ricardo Cunha Mendes já concluiu o livro "Campereadas - Crônicas, contos e causos do Sul", editado pela Sulina.
Deve ser gostoso de bom (o livro).
Estamos esperando o lançamento, meu camarada.
Por enquanto, vejam a capa muito bonita...

sábado, 24 de setembro de 2011

Vida

Vida, tida e temida,
em cada instante
será sentida.
Não pense
na vida fácil,
de sonho tátil.
Vida difícil,
de armadilhas
em todas trilhas.
Vá em frente,
querendo viver
a vida vivida.
Num passo,
num compasso,
numa espera,
em abertura.
Tida e temida vida.

Pressão no Congresso pelas PECs do Diploma será dia 5 de outubro



A Executiva da FENAJ e o GT Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma decidiram antecipar para dia 5 de outubro a mobilização no Congresso Nacional, em Brasília, para pressão sobre os parlamentares pela imediata aprovação das PECs dos Jornalistas. No mesmo dia haverá ato de reinstalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Diploma.

A reinstalação da Frente no dia 5 de outubro já está sendo preparada pelo gabinete da deputada Rebecca Garcia (PP/AM), autora da proposta, sob o acompanhamento da FENAJ. A entidade convocou os Sindicatos de Jornalistas a enviarem pelo menos um representante para Brasília no dia de mobilização. Representantes do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal e da FENAJ também buscam ampliar o movimento com a participação de profissionais e estudantes de Jornalismo de Brasília.

Outro pedido da Federação aos Sindicatos de Jornalistas e entidades apoiadoras do movimento foi de que ampliem ou renovem os contatos com os parlamentares dos seus estados para que assinem o pedido de imediata entrada da PEC 386/09 na pauta de votação da Câmara, bem como de que busquem obter a tendência de voto de cada deputado com relação à proposta.

Líder do governo no Congresso recebe jornalistas
 
O novo líder do governo Dilma Roussef no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE), que também subscreveu o requerimento pela reinstalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Diploma, confirmou, na semana passada, que receberá uma comitiva de dirigentes sindicais dos jornalistas no dia 6 de outubro para tratar da tramitação das PECs do diploma na Casa e na Câmara dos Deputados. Com a antecipação da agenda do movimento, representantes dos jornalistas buscam antecipar, também para o dia 5, a audiência com o líder do governo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

É primavera


Chegou a primavera, 
a estação bela, 
das flores abrindo, 
dos pássaros cantando, 
das pessoas felizes passeando. 
Bem-vinda!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Barulho do silêncio

No início da noite, ouvi barulho
na Cidade Baixa, meu bairro.
Agora, momento efervecente,
só ouço o barulho do silêncio.

Amor

Amei
Amo
Amarei

Amarei
Amo
Amei

Importa a ordem,
vale a desordem.
Impera a vida.
A vida é tudo
que um dia
pensei da ida.
E, o que importa,
é a volta.

Então...

Amei
Amo
Amarei

Sonhos coloridos


Meus sonhos não tinham cores.
As cores, dizem, realidade são.
Mas por que o verde vi?
E árvores apareceram.
O vermelho explodiu.
Eram rosas que se abriram.

Meus sonhos não tinham cores.
As cores, dizem, realidade são.
Por isso, o amarelo vi.
e as flores do Ipê pintaram.
O azul que sonhei eram
das glicínias daquele jardim.

Meus sonhos não tinham cores.
As cores, dizem, são realidade.
E são. Porque vi o marrom que,
embora sombrio e soturno,
é a noite que dormirei
e batalhas que travarei.

Primavera: falta um dia

Lá adiante, vi o sol nascer.
Ali, as flores desabrocham.
Aqui, ao lado, os pássaros cantam.
Falta um dia para a PRIMAVERA chegar.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Texto essencial de Márcia Martins

Este texto maravilhoso da jornalista Márcia Martins, na foto comigo, foi publicado originalmente no site coletiva.net. Pela qualidade, sinceridade e objetividade, reproduzo aqui. Merece ser disseminado.
 

Ah, eu sou mulher

Márcia Martins

Ser mulher é administrar, com sucesso, todos os dias e noites na complicada rotina de funções de trabalhadora, assalariada ou autônoma, dona de casa, esposa, amante, ou companheira e mãe em tempo integral. Ser mulher é sangrar uma vez por mês, no mínimo dos 10 anos aos 50 anos, com pequenos intervalos para aquelas que optam pela maternidade. Aliás, ser mulher é gerar os filhos, alimentá-los e acompanhá-los, enquanto são apenas seus e quando passam a ser filhos do mundo. Mas ser mulher, desde esta quarta-feira, 21 de setembro, é também abrir, pela primeira vez, uma assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, e falar com voz feminina e segura para representantes líderes de mais de 190 países.
Não é relevante, neste caso, se o meu voto, em outubro de 2010, foi um dos 55 milhões que ajudaram a eleger Dilma Rousseff a primeira mulher presidente do Brasil. Não se trata, também, de enaltecer a filiação partidária da presidente e nem lembrar do seu currículo. Até é melhor esquecer que, durante a campanha majoritária no ano passado, a oposição entupia os nossos e-mails com denúncias de que Dilma havia sido presa nos Estados Unidos e, uma vez presidente, jamais poderia entrar novamente naquele país. Pois a assembleia da ONU é onde mesmo?
O que importa é que, nunca antes na história da ONU, uma voz feminina inaugurou a sessão. O que devemos lembrar é que durante o seu discurso, que teve apenas o tempo necessário, ela foi seguidamente interrompida com salva de palmas. O que é preciso ser destacado é que ao abrir o encontro mais importante de chefes de Estado do planeta, a presidente de um país emergente, falou com o mesmo tom enfático sobre crise econômica internacional e paz no mundo. O que me emocionou é Dilma citar palavras importantes e que na língua portuguesa são palavras femininas, como esperança, coragem e sinceridade. O que guardarei na memória é Dilma iniciar seu pronunciamento dizendo que sua voz era da democracia e da igualdade. A voz feminina.
Uma voz de mulher ouvida e aplaudida por homens de todos os planetas. Uma voz de mulher que mesmo depois de chegar ao poder não esquece de solicitar o apoio essencial da família e tinha, na platéia, uma atenta companheira, a sua filha Paula, que não conseguia esconder a emoção. Uma voz suave, quando necessário, e firme para exigir o silêncio do auditório ao defender suas posições.
Se foi com o meu voto (embora todos saibam que sim). Se é do meu partido político (embora todos saibam que é). Se estava lendo no telepronter ou tinha algum equipamento mais moderno lhe auxiliando para ler o discurso. Se não fez as pausas adequadas para facilitar a tradução. Nada disso me interessa. Nada vai tirar o brilho deste dia 21 de setembro. E diminuir o meu orgulho de ser mulher.

marfermartins@hotmail.com

Márcia Fernanda Peçanha Martins é jornalista, formada pela PUC. Trabalhou no Jornal do Comércio, onde iniciou carreira profissional, na Zero Hora, no Correio do Povo, em assessorias de comunicação social empresariais e públicas, e atualmente trabalha no Governo do Estado. É poeta, diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS. E tem o blog marcinhaprodigio.blogspot.com.

 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Liberdade de impresa x liberdade de empresa

O artigo abaixo deve ser lido pelos colegas jornalistas e pela sociedade. Quando falam sobre o tema, muitos tentam confundir a opinião pública. O objetivo não é censurar e sim de regular negócios. A liberdade de imprensa não existe para os profissionais, sujeitos a interesses políticos, comerciais e até futebolísticos na hora de escreverem ou divulgarem uma notícia pelos meios eletrônicos. A liberdade de imprensa é regrada pelos donos da mídia, como um negócio. É a tal liberdade de empresa que defendem.

Nenhum direito é absoluto

Antônio Escosteguy Castro *


O debate sobre a regulação da mídia no Brasil é antigo e recorrente. Não raras vezes fica quase ininteligível, porque se confundem os limites à liberdade de informação com medidas de proteção ao mercado ou incentivo à produção local e independente, todos, aliás, elementos previstos em nossa Constituição Federal.
Dois recentes acontecimentos reacenderam o debate, em todas suas dimensões. O 4º Congresso do PT, partido que há três mandatos detém a presidência da República, defendeu legislação que regulamente, dentre outros temas, o §5º do art. 220 da Constituição, que veda mesmo “indiretamente” oligopólios e monopólios no setor, centrando-se a Resolução aprovada na proibição à propriedade cruzada dos meios de comunicação. E no Rio Grande do Sul, um desembargador do Tribunal de Justiça proibiu o grupo RBS de divulgar o nome de um vereador de uma pequena cidade do interior no chamado “escândalo das diárias”, denunciado por seus veículos.
A reação da mídia, particularmente de seus grandes grupos de comunicação, foi feroz, em ambos os casos. Bradando contra a censura e em defesa da democracia, os inúmeros editoriais, colunas e reportagens publicadas em ressumo defenderam que a liberdade de imprensa não pode sofrer absolutamente nenhuma restrição.
Não se faça suspense. O título desta coluna antecipa a posição do colunista: nenhum direito é absoluto. Numa sociedade moderna e complexa como a brasileira deste início de século XXI o exercício de qualquer direito deve levar em conta restrições que se impõem por direitos igualmente fundamentais de outros. Chega a ser chocante, mas é verdadeiro admitir que nem sequer o direito à vida é absoluto, eis que nossa Carta Magna não só autoriza a Pátria a levar seus filhos à guerra como nesta hipótese libera a pena de morte, ou seja, o direito do Estado levar licitamente alguém à morte.
Nossa Constituição, aliás, dedica um capítulo inteiro à comunicação social, e lá estão expressas não só a já citada proibição de monopólio e oligopólios, mas também várias outras condições relativas às programações (preferência às finalidades educativas, promoção da regionalização da produção cultural, etc.). Na época, ninguém protestou contra estas disposições. Agora, a sombra de sua efetiva regulamentação provoca terremotos… Ora, estas são matérias que muito pouco tem a ver com o conceito de liberdade de imprensa como é usualmente entendido e sim com liberdade de mercado. Não se trata de controlar conteúdos mas de regrar negócios. Não há protestos, igualmente, quando o CADE estabelece condições para a fusão de dois gigantes como a Sadia e Perdigão, mas proibir que um grupo de comunicações tenha simultaneamente rádios,televisões jornais e revistas (o que acontece em inúmeros países do globo) se torna uma ameaça à democracia…
Mas não fujamos de nenhum ângulo do debate. O conteúdo do que é publicado também pode ser objeto de regulação. Jamais se defenderá a censura prévia, mas a plena liberdade de informação assegurada no §1º do art. 220 da Carta Magna tem neste mesmo dispositivo expressa a limitação da proteção aos direitos personalíssimos dos cidadãos, listados no inciso X do art.5º.
Assim, era incensurável a decisão do magistrado gaúcho que vedava a divulgação do nome de uma pessoa, se verdadeira fosse a assertiva de que o dito vereador fora inocentado das acusações. O digno magistrado parece ter sido induzido em erro, o que apenas comprova que o Poder Judiciário deverá ser muito rígido e restritivo ao conceder este tipo de ordem mas, repita-se, se verdadeiro fosse que o cidadão tivesse sido judicialmente inocentado de uma acusação, era correto proibir que seu nome fosse divulgado como implicado no escândalo. Não há indenização posterior (que, aliás, costuma ser muito pequena no Brasil) que possa pagar o mal causado por um campanha difamatória da imprensa. Lembremos da Escola de Base em São Paulo, que nos anos 90 teve sua reputação destruída por um jornal e mais tarde as acusações se mostraram infundadas.Que indenização a posteriori pagará isto?
É, pois, oportuno e adequado o debate da regulação da mídia, em todas suas várias facetas. A Constituição é expressa neste sentido e bastante clara em seus princípios e regras gerais, que devem ser transformados em legislação infraconstitucional que lhes dê maior efetividade. Quem ataca a democracia é quem busca negar vigência à Constituição.

* Advogado

Gaúcho integrante da pátria Brasil

Nós, gaúchos, comemoramos hoje - 20 de setembro - uma guerra que perdemos. E não estou mentindo. Mas são as glórias que brotaram deste dia em todas as áreas - literatura, política, música, historiografia - que ameaço comemorar. Não sou gaúcho que anda a cavalo, não tomo chimarrão, não danço chula, mas gosto do "bah, tchê". E de outras expressões que conheço ou que encontro na excelente obra de Luís Augusto Fischer, "Dicionário de Porto-Alegrês". Por isso, viva o dia 20 de setembro, dia do gaúcho. Para complementar, transcrevo texto do jornalista Marco Rolim aqui no Face: "Entramos no 20 de setembro, uma data que me faz sentir um exilado em meu estado. Valorizo algumas boas coisas do tradicionalismo, mas não consigo homenagear “heróis” senhores de escravos. Comemorar um movimento que, se vitorioso, teria transformado a metade do RS em um país? Hoje, o que aparece como “cultura gaúcha” é uma invenção se sobrepõe à diversidade cultural do RS. Sem espaço para a crítica, o MTG vai abrigando grossura, misoginia e homofobia, formas de apreço pela violência.
 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Descoberto primata que viveu há 20 milhões de anos


Paleontólogos do Museu de História Natural e do College de France apresentaram nesta segunda-feira em Paris fósseis de um primata que viveu há 20 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, os restos do animal foram encontrados em Uganda.


Os cientistas Brigitte Senut e Martin Pickford afirmam que o animal certamente vivia em árvores. Ele seria um "primo" distante da Hominidae (família que inclui o ser humano e o chimpanzé, por exemplo).
O fóssil foi descoberto em 18 de julho no monte Napak. Os cientistas vasculhavam os restos de um vulcão extinto quando descobriram os fósseis.
 
Terra, com informações de agências
Fotos: AFP

Tempo chato

Que tempo chato,
metido a sombrio,
querendo chover,
sem o sol mostrar.
E dizem que não mudará.
Com esta cara ficará,
sem sol para iluminar,
com nuvens para chatear.

domingo, 18 de setembro de 2011

Momentos...

A vida é feita de momentos. Por volta das 17h, estava me preparado para o jogo do Inter e recebi um telefonema de meu filho. Ele relatou que tinha lesionado o joelho num jogo de futebol e ia para um hospital. Me mandei para lá e vi que não conseguia colocar o pé no chão. Atendido, fez um raio X e foi constatada uma lesão aguda. Ficará engessado e em repouso por dez dias. Tomara que se recupere bem. Do jogo do Inter, pouco sei.

Catando lixo no lixo

 Captei uma cena surreal em frente ao meu apartamento. Um homem que costuma recolher lixo nas ruas não titubeou e entrou num container coletor para catar alguma coisa. Correu risco, pois o equipamento recebe todo o tipo de produto, incluindo vidros quebrados e materiais de construção. O objetivo dos containeres é receber lixo doméstico orgânico, mas ninguém respeita. Nem o homem catador...

sábado, 17 de setembro de 2011

Meu caminho

No meu caminho errante e divagante,
nunca vi mulher que o homem não dobre.
Mesmo o mais sério um beijo roubou.
Já vi vaca brava ser ordenhada.
Ginete, embora insista, cai.
No mato de espinho, se tira lenha.
Os metidos um dia perdem.
Os valentões também apanham.
Não há mentiroso que prove que mente.
E eu, metido a conversa, sou acreditado.

Médio Mamute

Fui ver Mamute, que estreiou no Cine Guion hoje em Porto Alegre. Gérard Depardieu é o dizem um "dinossauro". Mas, protagonista, salvou o filme. Não vou dizer as razões, mas apenas destacar que ele representa um açougueiro aposentado que parte numa moto pelas estradas da França em busca da papelada de seus empregos anteriores, que garantirão sua aposentadoria. Boa história, que reflete a agonia de quem se aposenta. Não só sua, mas de seus familiares. Mas, sinceramente, eu esperava mais do filme. O resto eu quero que vocês vejam. Eu vi um filme médio. Vejam e contribuam para o debate....

Sinos


Ouço, ao longe e cedo,
os sinos daquela igreja.
Noutras casas também ouvem
em minha cidade
os sinos daquela igreja.

Todos param, silenciam
e balbuciam: quem foi?
quando os sinos daquela igreja
tocam lentos e noutra hora.
É sinal de uma alma que partiu.

E não é alguém qualquer.
Quando os sinos daquela igreja
tocam lentos e noutra hora
um figurão importante não respira
para gosto ou desgosto dos que ficaram.

Mas os sinos daquela igreja tocam,
ao longe e cedo, nos dias de nossas vidas.

O barulho deles


Eles entendem que eu quero dormir?
Eles sabem o que é um minuto de sono a mais?
Eles não poderiam movimentar
suas máquinas barulhentas mais tarde?

Não, vou ficar aqui.
Daqui não mudarei.
Um pé não arredarei.
Aqui é meu lugar.
Meu conforto, meu lar.

Não tem jeito.
A arte do convívio aprendi,
para a caverna não irei,
no meu canto ficarei.
Mas, barulhentos são.