quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Acordo coletivo é bom para outras categorias. E os jornalistas?

O própria mídia divulgou, mas seus veículos não seguem a tendência, mesmo que o faturamento do setor esteja acima de outros segmentos da economia brasileira. Pois bem: levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-Econômicos (Dieese) mostra que 97% dos acordos coletivos firmados no primeiro semestre de 2007 apresentaram reajustes equivalentes ou superiores ao INPC-IBGE. Desses, 88% trouxeram ganhos reais, dos quais 40% foram superiores a 1,5%. No mesmo período do ano passado, esse resultado foi obtido por 81,9% das entidades.
Segundo o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, a evolução conquistada pelos sindicatos nas reposições salariais a partir de 2004 foi facilitada pela melhora no quadro econômico do país e pela queda da inflação.Também é preciso destacar que as categorias que mais se mobilizaram e mais organizadas conseguiram melhores reajustes, além da manutenção e/ou ampliação de conquistas sociais.
No entanto, não é isso que está acontecendo com os jornalistas no Rio Grande do Sul. Estamos negociando desde junho, mas os patrões só aceitam conceder reajuste pela inflação do período. Se avançam, querem um recuo nosso. Não podemos ceder mais, como abrir mão das horas extras. Ou seja, eles divulgam uma notícia boa para as demais categorias. Mas, na hora da negociação, seguram. É sempre assim.