quarta-feira, 29 de abril de 2009

Esqueci do "leão"

Hoje, 29 de novembro, estou em movimentação intensa para fazer a minha declaração do Imposto de Renda. Todo o ano é assim. Deixo para a última hora e tudo fica um atropelo. Segundo a Receita Federal, um em cada quatro gaúchos ainda não fez a declaração. Sou, lamentavelmente, um deles...
Agora, não tem jeito de postergar. Amanhã, meia-noite, é o prazo fatal. Depois, só com multa.

Imprensa cínica

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma."
(Joseph Pulitzer)

domingo, 26 de abril de 2009

Rendas dos jogos lá e aqui

É impressionante a diferença das rendas nas partidas realizadas no Beira-Rio com as do campeonato paulista. Ontem, 17.259 pessoas pagaram ingresso para ver o clássico entre Santos e Corinthians, resultando em um montante de R$ 1,044 milhão. No jogo entre Inter e Guarani pela Copa do Brasil, 21.410 pagaram ingresso, o que rendeu apenas R$ 286 mil. Não sei o preço dos ingressos lá, mas aqui os valores subiram em relação aos cobrados no Gauchão. A diferença pode estar na questão dos sócios colorados. Uma parcela não paga, e outra desembolsa a metade. Sobram poucos ingressos à venda para não-sócios. De qualquer forma, chama a atenção o fato de que, no jogo paulista, a arredação foi três vezes superior com público menor.

O marketing de Ronaldo e do Corinthians, com apoio da mídia

Não há qualquer dúvida de que o gol de Ronaldo marcado hoje pelo Corinthians contra o Santos foi bonito e fruto de sua imensa intimidade com a bola. Entretanto, é preciso ressaltar que o jogador não é mais um atleta e dificilmente voltará a sê-lo. No jogo, fez duas jogadas: o primeiro gol e o segundo, ambos fruto de sua natural vocação para o chute. Foi o suficiente para programas esportivos e sites já decidissem que o segundo gol foi o mais bonito do ano, esquecendo que outros jogadores já fizerem outros tão ou mais belos que o de Ronaldo. Também não levam em conta que o goleiro do Santos, Fábio Costa, estava perdido no meio da área. Se estivesse em baixo dos paus, como era de se esperar, o gol não seria marcado.



Então, é necessário dizer que Ronaldo (na foto acima, de Adriano Vizoni, do Futura Press, publicada pelo site Terra) e o Corinthians são frutos do marketing, com a parceria da mídia. Com certeza, a imagem da jogada será repetida à exaustão durante toda a semana. Até que Ronaldo faça outro. Os gols de Ronaldo valem mais do que os de outro jogador em atividade no Brasil. Afinal, o investimento que fizeram Corinthians e a mídia parceira precisa de retorno.
Preocupa-me o momento em que esta parceria se estander aos árbitros. Estamos todos lembrados de 2005, quando o time queridinho da mídia foi favorecido por uma ridícula decisão do desembargador Luiz Zveiter, então proprietário do STJD e torcedor fanático do...Corinthians. Fiquemos de olhos bem abertos nos próximos meses, quando o time paulista, recém chegado da segunda divisão, estará disputando jogos da Copa do Brasil e do Brasileirão.

A outra luta das mulheres americanas no Iraque

CADELA, PUTA OU LÉSBICA

Eliakim Araújo, blo Direto da Redação

http://www.diretodaredacao.com/


As mulheres que servem ao exército norte-americano no Iraque têm que enfrentar dois inimigos: os iraquianos , que querem matá-las, e os próprios americanos, que querem violentá-las se elas não os atendem em seus instintos sexuais. Leia o relato de Mickiela Montoya, que passou onze meses na guerra.

Montoya conta que, certa noite, quando terminava sua guarda, o companheiro que veio substitui-la lhe disse:

"Sabe de uma coisa, eu poderia te possuir agora mesmo e ninguém te ouviria gritar ou ficaria sabendo do que aconteceu".

Com presença de espírito, Montoya respondeu: "se você tentar, eu mato você com o meu punhal ".

Ela não tinha o punhal, mas daquele dia em diante passou a andar com um punhal amarrado à perna. Não para se defender dos iraquianos, mas dos próprios companheiros.

Montoya termina seu depoimento com uma afirmação que é, ao mesmo tempo, um desafio aos comandantes militares e ao próprio governo dos EUA: “Só há três coisas que eles deixam a mulher ser no exército: cadela, puta ou lésbica”.

Essa história real está narrada no livro "O soldado solitário: a guerra particular das mulheres que servem no Iraque", da professora de jornalismo Helen Benedict, da Universidade de Columbia, recentemente lançado nos EUA.

No livro, a professora reuniu os depoimentos de quarenta mulheres soldados que foram apresentados no mês de março em teatros de NY, em forma de monólogos. Das quarenta ouvidas pela autora, todas ex-combatentes no Iraque, 28 foram violentadas, agredidas ou assediadas sexualmente.

Este é um dos lados mais sombrios e cruéis da guerra no Iraque, a que reune o maior contingente feminino da história das guerras norte-americanas, numa proporção de uma para cada dez homens.

Além da cultura machista, por si só origem do tratamento diferenciado entre os dois sexos a partir das próprias organizações militares, as mulheres são vítimas da discriminação dos homens que não as respeitam porque a elas são atribuídas tarefas de apoio, embora pelas características próprias da guerra no Iraque elas corram os mesmos riscos que os combatentes homens.

Essa discriminação e o isolamento em que vivem faz com que elas não consigam criar um espírito de camaradagem, o que as torna vulneráveis à perseguição sexual dos companheiros.

A estatística do Departamento de Veteranos, aparentemente mais favorável do que as quarenta ouvidas por Benedict, indica que 30% das mulheres que servem no Iraque foram violentadas por seus próprios companheiros. Em compensação revela que 90% dos casos de ataques não são denunciados por várias razões, a principal delas o medo de denunciar os estupradores e agressores, que são muitas vezes seus superiores hierárquicos. E assim, muito do que acontece nos bastidores da guerra no Iraque não chegam ao conhecimento do público.

Daí a importância do livro de Helen Benedict que é implacável em denunciar os vários tipos de discriminação de que são vítimas as mulheres soldados americanas. Ela aconselha as mulheres a resistirem, a denunciarem os violadores custe o que custar, como única forma de luta pela igualdade de direitos dentro das organizações militares.

Por último, Helen Benedict acusa os recrutadores de serem coniventes e mentirem para as mulheres quando elas se apresentam para o voluntariado. Eles só falam das “vantagens” de se alistar nas forças armadas, tais como carreira, boa remuneração, benefícios de saúde e ensino para ela e a família. Mas não as alertam para os riscos da guerra e a indiferença da burocracia em cumprir os compromissos assumidos.

Certamente o hábito de tratar a mulher como um ser inferior não deve ser um “privilégio” das forças armadas americanas. Penso que essa luta deve ser também das mulheres brasileiras engajadas em organizações militares. Está mais do que na hora delas se unirem e exigirem uma mudança radical na mentalidade e no comportamento masculino, para que não se ouça novamente depoimentos como este, extraido do livro de Helen Benedict:

“Acabei de lutar a minha própria guerra, contra um inimigo vestido com o mesmo uniforme que o meu”.

sábado, 25 de abril de 2009

Os "capangas" do ministro Gilmar Mendes

Do Blog do Miro

No recente bate-boca no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa lavou a alma de muitos brasileiros indignados com a postura autoritária e elitista do presidente da casa, Gilmar Mendes. “Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral a mim. Saia à rua, saia à rua... Você Excelência não está na rua, não. Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do judiciário brasileiro... Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar”, desabafou.

A atitude corajosa do ministro Joaquim Barbosa alegrou milhões de brasileiros que se revoltaram com o habeas-corpus, cedido em tempo recorde pelo presidente do STF, para libertar o banqueiro Daniel Dantas, acusado de inúmeros crimes financeiros. Ela também animou os lutadores sociais do MST, que sempre foram tratados como “bandidos” por Gilmar Mendes, e os sindicalistas, que até já protocolaram pedido de impeachment contra o ministro. Muitos juízes e agentes da Polícia Federal também deram gargalhadas. Afinal, alguns já foram taxados de “canalhas” e “gangsters” por Gilmar Mendes, na tentativa de desqualificar as investigações contra os crimes de ricaços.

Os advogados do “juristucano”

Mas a reação altiva do ministro Joaquim Barbosa também despertou o ódio dos “capangas” de Gilmar Mendes. Alguns já saíram da tocaia para defendê-lo. Os tucanos exigem uma punição rigorosa ao ministro rebelde. Não é para menos. Afinal, Gilmar Mendes sempre esteve ligado a FHC. Ele foi subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil (1996-2000) e galgou o posto de advogado-geral da União no seu triste reinado (2000-2002). Só chegou ao STF por indicação de FHC e após sofrer forte resistência no Senado. Dos 11 ministros em atividade no Supremo, ele teve o maior número de votos contrários (15) na história recente desta casa legislativa.

Apesar da rejeição, a sua indicação foi confirmada em junho 2002 graças ao apoio da bancada do PSDB, o que justifica o apelido de “juristucano” dado ao ministro Gilmar Mendes pelo jornalista Elio Gaspari. Na véspera da sessão, Dalmo de Abreu Dallari, um dos mais renomados juristas do país, até alertou: “Se essa indicação vier a ser aprovado pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sérios riscos a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”. Sua advertência mais parece uma profecia!

As desqualificações da mídia

Mas os tucanos não estão sozinhos no seu ódio. Na mídia venal também já surgem os “capangas” para desqualificar Joaquim Barbosa. “O Jornal Nacional da TV Globo interveio depois [do bate-boca], dando a entender que o confronto teria começado porque Barbosa faltou a uma sessão”, registrou uma notinha de Nelson de Sá na Folha. Já Renata Lo Prete, que assina uma coluna no mesmo jornal, destilou o seu veneno: “Encerrada a altercação com Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes saiu do plenário do Supremo e, cercado pelos ministros, dirigiu-se ao elevador. Barbosa veio depois... Quando se aproximou, os colegas haviam lotado o espaço e a porta se fechou”.

Os editorais do Estadão e da Folha deixaram ainda mais explícita a solidariedade ao juristucano Gilmar Mendes. Para o jornalão da família Mesquita, Barbosa “carece de toda e qualquer razão quando submete o Poder ao qual pertence a constrangimento”. Já o jornaleco dos Frias afirmou que “o ministro Barbosa abandonou a compostura e rompeu de vez o protocolo”. Como se observa, a elite e mídia não vacilam em acionar seus “capangas” para defender os expoentes da sua classe. Gilmar Mendes parece que realmente vai ocupando o papel do “Berlusconi” tupiniquim.

Folha assume que fez reportagem sobre Dilma com material de um spam

Do Blog do Mello

Sabe aquele spam que corre a internet há vários meses, que diz que Dilma Roussef roubou, matou, sequestrou, derrubou a casa dos Três Porquinhos, deu a maçã envenenada para a Branca de Neve e maltratou a Cinderela? Pois é, foi a ficha fake de Dilma que ilustrava o spam que a Folha usou em sua reporcagem, com reprodução até na primeira página.

É o porcalismo de resultados em ação. Tudo ali era fake. A reporcagem dizia que grupo de Dilma iria sequestrar Delfim Netto, à época ministro da ditadura. O sequestro não houve, Dilma nunca soube dele, nem de várias das outras acusações contidas na até o momento mais forte candidata a Reporcagem do Ano (pau a pau com a de O Globo sobre Brizola).

Hoje a Folha publica um mea culpa compriiiido, que pode ser resumido assim: a reporcagem é falsa, errada da cabeça aos pés, baseada em informações de um spam distribuído por grupos que assumidamente defendem a ditadura de 1964 e se dizem combatentes do terrorismo, quando terroristas são eles, que derrubaram um governo legitimamente eleito, sequestraram, torturaram, mataram, censuraram, colocaram o país nas trevas durante 20 anos.

Eis o texto da Folha, um verdadeiro FEBEAPES (Festival de Besteiras Assumidas Para Eleger Serra):



Autenticidade de ficha de Dilma não é provada
Folha tratou como autêntico documento, recebido por e-mail, com lista de ações armadas atribuídas à ministra da Casa Civil
Reportagem reconstituiu participação de Dilma em atos do grupo terrorista VAR-Palmares, que lutou contra a ditadura militar
DA SUCURSAL DO RIO
A Folha cometeu dois erros na edição do dia 5 de abril, ao publicar a reprodução de uma ficha criminal relatando a participação da hoje ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no planejamento ou na execução de ações armadas contra a ditadura militar (1964-85).
O primeiro erro foi afirmar na Primeira Página que a origem da ficha era o "arquivo [do] Dops". Na verdade, o jornal recebeu a imagem por e-mail. O segundo erro foi tratar como autêntica uma ficha cuja autenticidade, pelas informações hoje disponíveis, não pode ser assegurada - bem como não pode ser descartada.
A ficha datilografada em papel em tom amarelo foi publicada na íntegra na página A10 e em parte na Primeira Página, acompanhada de texto intitulado "Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto".
Internamente, foi editada junto com entrevista da ministra sobre sua militância na juventude. Sob a imagem, uma legenda ressaltou a incorreção dos crimes relacionados: "Ficha de Dilma após ser presa com crimes atribuídos a ela, mas que ela não cometeu".
O foco da reportagem não era a ficha, mas o plano de sequestro em 1969 do então ministro Delfim Netto (Fazenda) pela organização guerrilheira à qual a ministra pertencia, a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Ela afirma que desconhecia o plano.
Em carta enviada ao ombudsman da Folha anteontem, Dilma escreve: "Apesar da minha negativa durante a entrevista telefônica de 30 de março (...) a matéria publicada tinha como título de capa "Grupo de Dilma planejou sequestro do Delfim". O título, que não levou em consideração a minha veemente negativa, tem características de "factóide", uma vez que o fato, que teria se dado há 40 anos, simplesmente não ocorreu. Tal procedimento não parece ser o padrão da Folha."
A reportagem da Folha se baseou em entrevista gravada de Antonio Roberto Espinosa, ex-dirigente da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) e da VAR-Palmares, que assumiu ter coordenado o plano do sequestro do ex-ministro e dito que a direção da organização tinha conhecimento dele.
Três dias depois da publicação da reportagem, Dilma telefonou à Folha pedindo detalhes da ficha. Dizia desconfiar de que os arquivos oficiais da ditadura poderiam estar sendo manipulados ou falsificados.
O jornal imediatamente destacou repórteres para esclarecer o caso. A reportagem voltou ao Arquivo Público do Estado de São Paulo, que guarda os documentos do Dops. O acervo, porém, foi fechado para consulta porque a Casa Civil havia encomendado uma varredura nas pastas. A Folha só teve acesso de novo aos papéis cinco dias depois.
No dia 17, a ministra afirmou à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, que a ficha é uma "manipulação recente".
Na carta que enviou ao ombudsman, Dilma escreveu: "Solicitei formalmente os documentos sob a guarda do Arquivo Público de São Paulo que dizem respeito a minha pessoa e, em especial, cópia da referida ficha. Na pesquisa, não foi encontrada qualquer ficha com o rol de ações como a publicada na edição de 5.abr.2009. Cabe destacar que os assaltos e ações armadas que constam da ficha veiculada pela Folha de S. Paulo foram de responsabilidade de organizações revolucionárias nas quais não militei. Além disso, elas ocorreram em São Paulo em datas em que eu morava em Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro. Ressalte-se que todas essas ações foram objeto de processos judiciais nos quais não fui indiciada e, portanto, não sofri qualquer condenação. Repito, sequer fui interrogada, sob tortura ou não, sobre aqueles fatos."
A ministra escreveu ainda: "O mais grave é que o jornal Folha de S.Paulo estampou na página A10, acompanhando o texto da reportagem, uma ficha policial falsa sobre mim. Essa falsificação circula pelo menos desde 30 de novembro do ano passado na internet, postada no site www.ternuma.com.br ("terrorismo nunca mais"), atribuindo-me diversas ações que não cometi e pelas quais nunca respondi, nem nos constantes interrogatórios, nem nas sessões de tortura a que fui submetida quando fui presa pela ditadura. Registre-se também que nunca fui denunciada ou processada pelos atos mencionados na ficha falsa."
Fontes
Dilma integrou organizações de oposição aos governos militares, entre as quais a VAR-Palmares, um dos principais grupos da luta armada. A ministra não participou, no entanto, das ações descritas na ficha. "Nunca fiz uma ação armada", disse na entrevista à Folha de 5 de abril. Devido à militância, foi presa e torturada.
Na apuração da reportagem do dia 5, o jornal obteve centenas de documentos com fontes diversas: Superior Tribunal Militar, Arquivo Público do Estado de São Paulo, Arquivo Público Mineiro, ex-militantes da luta armada e ex-funcionários de órgãos de segurança que combateram a guerrilha.
Ao classificar a origem de cada documento, o jornal cometeu um erro técnico: incluiu a reprodução digital da ficha em papel amarelo em uma pasta de nome "Arquivo de SP", quando era originária de e-mail enviado à repórter por uma fonte.
No arquivo paulista está o acervo do antigo Dops, sigla que teve vários significados, dos quais o mais marcante foi Departamento de Ordem Política e Social. Na ditadura, era a polícia política estadual.
Entre as imagens reproduzidas pelo arquivo, a pedido da Folha, não estava a ficha. "Essa ficha não existe no acervo", diz o coordenador do arquivo, Carlos de Almeida Prado Bacellar. "Nem essa ficha nem nenhuma outra ficha de outra pessoa com esse modelo. Esse modelo de ficha a gente não conhece."
Definitivamente, tanto erro assim não pode ser casual, você não acha?

Registro aqui que se a Folha tivesse lido o blog do jornalista Celso Lungaretti, poderia ter evitado esses erros (se é que os pretendia evitar). Pois assim que o spam infame começou a circular, Lungaretti registrou em seu blog, ainda em novembro, em título premonitório:Ficha da ditadura é munição para ataque virtual a Dilma Rousseff.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Até onde tu chegarás, INTER?

Ontem, ouvi algumas vezes a pergunta acima durante a narração do jogo em que o Inter aplicou 5 a 0 no Guarani de Campinas pela Copa do Brasil. Hoje, abro os jornais e leio títulos como "A fábrica de gols" e "Novo show do Inter no Beira-Rio". Na segunda-feira, um dia após o colorado despachar o Caxias por 8 a 1 e conquistar, de forma invicta, o Gauchão, a capa de um jornal anunciava: "Um Rolo Compressor". Fico feliz que meu time esteja mostrando neste início de ano um futebol de alta categoria e aplicação técnica. É emocionante ver que os jogadores jogam como se fossem engrenagens de uma máquina bem azeitada.



Sou torcedor do Inter, mas também tenho os pés no chão. Até o momento, o Inter enfrentou adversários menores no universo do futebol brasileiro. É claro que as goleadas revelam alguma coisa. Afinal, em 2009, o time marcou 76 gols em 25 jogos, o que significa uma média excelente de 3,04 gols por partida. Importante que isso esteja acontecendo, mas precisamos esperar pelos próximos adversários na Copa do Brasil, no Brasileirão e na Sul-Americana.

No ano passado, a campanha não foi tão impressionante, mas todos os críticos nos colocavam como favoritos em todas as competições. Só ganhamos a Sul-Americana. Preciamos de um título brasileiro com urgência. Faz tempo que não ganhamos, apesar dos bons times que montamos. O atual certamente é superior e sobre suas costas já está sendo jogado o peso do favoritismo. É importante que os dirigentes, o técnico Tite e os jogadores saibam administrar a situação e possamos festejar muitas glórias nacionais ao final do ano.

Ministro Barbosa diz que Gilmar Mendes está destruindo a "credibilidade do Judiciário"

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o ministro Joaquim Barbosa bateram boca nesta quarta-feira no plenário do tribunal. Barbosa acusou o presidente da Corte de estar "destruindo a credibilidade da Justiça brasileira" durante o julgamento de duas ações - referentes ao pagamento de previdência a servidores do Paraná e à prerrogativa de foro privilegiado. Veja o vídeo da discussão.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u554762.shtml

"Vossa excelência me respeite. Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim. Saia à rua, ministro Gilmar. Faça o que eu faço", afirmou Barbosa.
Em resposta, Mendes disse que "está na rua". Barbosa, por sua vez, voltou a atacar o presidente do STF. "Vossa Excelência não está na rua, está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro."
Irritado, Mendes também pediu "respeito" a Barbosa. "Vossa Excelência me respeite", afirmou. "Eu digo a mesma coisa", respondeu o ministro.
Os ministros Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello atuaram como "bombeiros" para tentar encerrar o bate boca. "A discussão está descambando para um campo que não coaduna com a disciplina do Supremo", disse Marco Aurélio ao pedir o encerramento da sessão.
Barbosa chegou a afirmar que Mendes não estava falando com os seus "capangas de Mato Grosso". O ministro disse que decidiu reagir depois que Mendes tomou decisões incorretas sobre os dois processos analisados pela Corte.
"É uma intervenção normal, regular. A reação brutal, como sempre, veio de Vossa Excelência. Eu simplesmente chamei a atenção da Corte para as consequências dessa decisão", afirmou Barbosa.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Altamiro Borges: "TV Globo e jagunços disparam contra o MST"

O Fantástico, da TV Globo, disparou covardemente contra o MST na noite de domingo (19). Ao noticiar os violentos confrontos na Agropecuária Santa Bárbara, na região de Xinguara, no sul do Pará, ele acusou os sem-terra de terem invadido a fazenda, atirado em “seguranças” da empresa e de terem feito jornalistas de “reféns”, usando-os como “escudo humano” no meio de um tiroteio. Num espetáculo deprimente, a emissora exibiu cenas de sangue, agressões e humilhações. Só faltou acusar os líderes do MST de “terroristas” e “bandidos”. As imagens induziram a isto!


Por Altamiro Borges*

A TV Globo só não realçou que a fazenda ocupada desde fevereiro por 120 famílias de sem-terra pertence ao Banco Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, investigado por crimes financeiros e que se jacta da sua influência sobre a mídia. Também não explicou porque os quatro jornalistas chegaram ao local num avião fretado pela Santa Bárbara, o que poderia indicar a encenação de uma emboscada. E não esclareceu que os tiros diante das câmeras de TV foram disparados por jagunços contratados pela empresa — e não meros seguranças. Os jornalistas ficaram sempre atrás dos jagunços. Nem sequer entrevistaram os líderes do MST para entender as razões do conflito.

Uma emboscada televisionada

Diante desta abjeta manipulação, a coordenação do MST-Pará emitiu nota oficial, que também não foi divulgada pela emissora privada. Ela comprova que a violência neste final de semana foi provocada pelos jagunços de Daniel Dantas. “Os sem-terra não pretendiam fazer a ocupação da sede da fazenda e nem fizeram reféns. Nenhum jornalista nem a advogada do grupo foram feitos reféns pelos acampados”. Ela informa que na manhã do sábado, quando 20 sem-terra recolhiam palha para reforçar seus barracos, jagunços chegaram fortemente armados e passaram a provocar. “O trabalhador Djalme Ferreira foi obrigado a deitar no chão, enquanto os outros conseguiram fugir. Ele foi preso, humilhado e espancado pelos seguranças da fazenda de Daniel Dantas”.

No retorno ao acampamento, as sem-terra decidiram em assembléia realizar uma marcha. “Os jornalistas, que estavam na sede da Agropecuária Santa Bárbara, acompanharam o final da caminhada. Não havia a intenção de fazer os jornalistas de ‘escudo humano’, até porque os trabalhadores não sabiam como seriam recebidos pelos seguranças. Aliás, os jornalistas que estavam no local foram levados de avião pela Santa Bárbara, o que mostra que ela tinha tramado uma emboscada”. A própria Polícia Militar negou as notícias sobre “reféns” e “escudo humano”.

Segundo a direção estadual, “os trabalhadores do MST não estavam armados e levavam apenas instrumentos de trabalho e bandeiras do movimento. Apenas um posseiro, que vive em outro acampamento da região, estava com uma espingarda. Quando a marcha chegou à guarita dos seguranças, os sem-terra foram recebidos à bala e saíram correndo — como mostram as imagens veiculadas pela TV Globo. Não houve um tiroteio, mas uma tentativa de massacre. Nove trabalhadores rurais ficaram feridos pelos seguranças da Agropecuária Santa Bárbara. O sem-terra Valdecir Nunes Castro, conhecido como Índio, está em estado grave. Levou quatro tiros. Depois de atirar contra os sem-terra, os seguranças ainda fizeram três reféns”.

Queda de audiência e de credibilidade

Mais esta manipulação grosseira da TV Globo, desta vez a serviço do banqueiro Daniel Dantas, até poderia motivar a abertura de processo jurídico. Os sem-terra foram exibidos como bandidos, enquanto os verdadeiros bandidos permanecem em liberdade — inclusive com a ajuda de habeas-corpus do STF.

A edição do Fantástico, “a revista eletrônica da Globo”, foi totalmente distorcida, um exemplo do pior jornalismo. Isto talvez ajude a explicar a queda constante de audiência deste programa, que perde credibilidade a cada semana. Neste mesmo domingo, ele teve o pior Ibope desde que foi levado ao ar pela primeira vez em 1973. Alcançou apenas 19 pontos em São Paulo.

* Altamiro Borges é jornalista, editor da revista Debate Sindical e autor do livro As encruzilhadas do sindicalismo (Editora Anita Garibaldi, 2ª edição).

domingo, 19 de abril de 2009

Inter impõe mais uma goleada com oito gols na final. Desta vez, campeão invicto.





É campeão! Aliás, bicampeão! Ou melhor, bicampeão invicto.
Assim foi a conquista do Sport Club Internacional na tarde deste domingo, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. O time amassou o Caxias por 8 a 1, repetindo o placar do ano passado contra o Juventude, outro rival caxiense. O colorado teve um primeiro tempo de intenso brilho e resolveu descansar no segundo tempo. Senão, teria feito mais de dez gols. O grande capitão, El Cholo Guiñazu, fez gol e levantou a taça, para a alegria da massa colorada, que viu seu time ganhar 18 partidas no campeonato, sendo dez por goleada. Empatou apenas três e registrou um belo aproveitamento de 90,5%.


Este grupo tem muita qualidade



O Inter é o legítimo campeão gaúcho porque fez a melhor campanha entre todos os adversários, venceu três Gre-Nais, fez 67 gols (média 3,2 por partida) e garantiu os dois maiores goleadores do campeonato (Taison com 15 gols e Nilmar com 13). Foi uma campanha notável em que o seu técnico - Tite - alcançou o feito de ter sido campeão do Rio Grande do Sul por três times, jamais alcançado por outro colega.


Grande torcida apoiou o time



Agora, o Inter deve manter a pegada e seguir sua campanha vitoriosa na Copa do Brasil, cujo compromisso seguinte é na quarta-feira contra o Guarani de Campinas. Como é mata-mata, nenhum tropeço é admissível. E a partir de maio vem o longo Campeonato Brasileiro. Confio no Inter, especialmente pela força de sua torcida, da qual sou fiel integrante.

sábado, 18 de abril de 2009

Esgoto



A charge explica tudo.
Não é preciso dizer mais nada para quem está bem informado sobre as tramóias da política.

Resistir é preciso

Da série "textos que eu queria ter escrito":
"No botequim não há grifes, não há o corpo-máquina, o corpo-em-si-mesmo, a vitrine, o mercado pairando como um deus a exigir que se cumpram seus rituais. O buteco é a casa do mal gosto, do disforme, do arroto, da barriga indecente, da porrada, da grosseria, do afeto, da gentileza, da proximidade, do debate, da exposição das fraquezas, da dor de corno, da alegria do novo amor, do exercício, enfim, de uma forma de cidadania muito peculiar. O botequim é o anti-shopping center, é a anti-globalização, é a recusa mais veemente ao corpo-máquina dos atletas olímpicos ou ao corpo doente das anoréxicas - doença comum nesse mundo desencantado. Ali, entre garrafas vazias, chinelos de dedo, copos americanos, pratos feitos e petiscos gordurosos, daquele mar de barrigas indecentes, onde São Jorge é o deus e mercado é só a feira da esquina, a vida resiste aos desmandos da uniformização e o ser humano é restituído ao que há de mais valente e humano na sua trajetória - a capacidade de sonhar seus delírios e afogar suas dores e medos na próxima cachaça. É onde a alma da cidade grita: - Não passarão!"(não sei quem é o autor)

Internacional perto de coroar uma campanha brilhante. Mas nada está ganho ainda

Dezessete vitórias em 20 jogos (três terminaram empatados), 59 gols (quase três por partida), 13 contra e três triunfos no Gre-Nal por 2 a 1. Trata-se de uma campanha impecável do Internacional no ano em que completa 100 anos de glórias.
Tal campanha torna o colorado favoritaço para o jogo de amanhã contra o Caxias? Não, e por isso o futebol é um esporte diferenciado dos demais. Por isso, também, estou novamente nervoso na véspera. Já cansei de ver times imensamente superiores sucumbirem diante de uma marcação bem feita ou mesmo perante a própria soberba.
Vou para o jogo de amanhã confiante de que o Internacional está perto de coroar uma grande campanha no Campeonato Gaúcho e poderá ganhá-la vencendo os dois turnos. Mas só ficarei tranquilo quando o juiz apitar o final do jogo. Não acredito em nova goleada, como a que o Inter aplicou na final do ano passado ante ao Juventude (8 a 1) e no primeiro turno deste campeonato frente ao próprio Caxias (5 a 1). Se vier, premiará o time que mais lutou por vitórias no certame.


Vamos, Inter! A tua torcida estará contigo mais uma vez.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Carajás: 13 anos de um massacre sem punição



Graças ao Jornalismo, o dia 17 de abril de 1996 continua vivo na memória dos brasileiros. Naquele dia, 150 policiais militares tentaram desobstruir a rodovia PA-150, em Eldorado dos Carajás, no Pará, ocupada por sem-terras. A ação dos policiais foi truculenta e resultou na morte de 19 pessoas e mais de 60 feridos. Os corpos dos sem-terra apresentavam indícios de execução, sendo que vários deles tinham sido baleados pelas costas. Na tarde desta sexta-feira, 17, na Esquina Democrática, em Porto Alegre, 19 integrantes de um grupo teatral lembraram a matança de 13 anos atrás que teve repercussão mundial, mas que permanece impune.

A manifestação na Capital gaúcha era acompanhada por panfletos, distribuídos aos pedestres que passavam pelo local. Caracterizados como agricultores, de preto, os manifestantes do grupo 'Cambada de Teatro em Ação Direta Levante Favela' ficaram cerca de 30 minutos inertes em um pano vermelho, como se estivessem mortos. O grupo argumentava que nenhum dos policiais que participou da ação ou o Governo pagaram pelo crime. "Exigimos justiça. Nossa memória não esquece e nem perdoa!", dizia o manifesto.

Ainda em 1996, o Masssacre de Eldorado dos Carajás - como ficou conhecido - emocionou os jornalistas e convidados que participavam da abertura do 27º Congresso Nacional dos Jornalistas, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. No dia 1º de março, um filme do episódio, realizado durante a cobertura jornalística do confronto, foi exibido e todos pediram justiça. "O coronel que ordenou a matança foi condenado a mais de 200 anos de prisão e, graças a vários recursos, está solto até hoje. Como naquele Dia dos Trabalhadores, voltamos a clamar por justiça. Chega de impunidade", pede Jorge Correa, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul à época e hoje segundo vice-presidente da entidade.

Publicada originalmente no site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul: http://www.jornalistas-rs.org.br/

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O acerto no erro

* Susana Vernieri

O prédio era destinado a ser um almoxarifado e foi transformado a fórceps em Faculdade. A sala de redação era recheada com máquinas de escrever antigas. As câmeras de TV eram pesadas e velhas. A ilha de edição, quase que analógica. O laboratório fotográfico, uma peneira. A biblioteca desatualizada. Nada parecia convidar a entrada naquela casa.

O atrativo era o erro. A liberdade de exercitar a falha. Não é teoria, técnica, arte que a Universidade de Jornalismo ensina, mas a possibilidade de se acreditar ser um humano. É esta sua justificativa maior. Dentro dela encontramos a geléia real da vida. O professor bom ensaia o espelho do futuro chefe exemplar. O ruim, nos alerta para os perigos do futuro. O coleguismo é amostra do que se poderá contar no ombro a ombro da jornada. Como norte de toda esta experiência está a tão desgastada palavra Ética.

O diploma serve para que se ateste perante a nós mesmos e aos outros, que empreendemos uma aventura ao centro da questão e estamos aptos a seguir viagem. Ele é documento imprescindível, passaporte para um mundo onde há menos tolerância para o erro. O espaço do profissionalismo não perdoa os fracos. A sociedade, muito em breve, irá cobrar do Supremo a decisão de acabar com a exigência do diploma para o exercício legal da profissão de jornalista caso isso venha acontecer. Toda população, em seu íntimo, quer uma Imprensa forte, pois sem palavra forte, o povo é escravo.

* Doutora pela Ufrgs, ex-professora de Jornalismo da Famecos, Fabico e Unisinos, trabalhou dez anos em Zero Hora

- Publicado originalmente no site do Sindicato dos Jornalistas/RS (http://www.jornalistas-rs.org.br/)

Os 15 filmes clássicos mais influentes

Para celebrar os 15 anos do TCM (Turner Movie Classics), o canal apresentou uma lista com os 15 filmes clássicos mais influentes do cinema. A relação segue de acordo com a ordem cronológica e, segundo a emissora esclareceu, não se trata, necessariamente, dos títulos mais importantes, mas, sim, daqueles que moldaram o cinema e o público que os assistiram.

1. O Nascimento de uma Nação (1915), de D.W. Griffith
2. O Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei M. Eisenstein
3. Metrópolis (1927), Fritz Lang
4. Rua 42 (1933), de Lloyd Bacon
5. Aconteceu Naquela Noite (1934), de Frank Capra
6. Branca de Neve e os Sete Anões (1937), de David Hand
7. …E o Vento Levou (1939), de Victor Fleming
8. No Tempo das Diligências (1939), de John Ford
9. Cidadão Kane (1941), de Orson Welles
10. Ladrões de Bicicleta (1948), de Vittorio De Sica
11. Rashomon (1950), de Akira Kurosawa
12. Rastros de Ódio (1956), de John Ford
13. Intriga Internacional (1959), de Alfred Hitchcock
14. Psicose (1960), de Alfred Hitchcock
15. Guerra nas Estrelas (1977), de George Lucas

Quantos filmes desta lista você já assistiu?

Eu respondo de imediato: assisti O Encouraçado Potenkin,...E o Vento Levou, Cidadão Kane, Ladrões de Bicicleta, Psicose e Guerra nas Estrelas. Ou seja: 40% da lita do TCM.

Razoável!

quarta-feira, 15 de abril de 2009


Ética, Jornalismo e Nova Mídia - uma moral provisória", de Caio Túlio Costa, investiga como o jornalismo tem sido praticado do ponto de vista da moralidade, desde seu surgimento até os dias de hoje, marcados por um intenso fogo cruzado de novos meios de comunicação, a nova mídia. Na obra, o autor sustenta que, apesar de todas as novidades na mídia, o modo de fazer jornalismo não mudou. O que tem mudado, diz, "é a forma de comunicação e o grau de importância atribuído ao jornalista".

Redação - Carta Maior

Já está nas livrarias o mais recente livro do jornalista e professor Caio Túlio Costa, "Ética, Jornalismo e Nova Mídia - uma moral provisória". Editado pela Zahar, está à venda por R$ 39,90. O livro emerge da tese de doutorado defendida na USP em junho de 2008 e é fruto do curso de ética jornalística que Caio Túlio Costa ministra na Cásper Líbero desde 2003 - quando herdou a disciplina de Eugênio Bucci, inspirador do curso e da tese.

Conforme a apresentação da obra, o objetivo não é apresentar um manual com listas de certo e errado nem oferecer lições de conduta para os profissionais da mídia. "Longe disso, o objetivo é investigar como o jornalismo tem sido praticado do ponto de vista da moralidade – desde seu surgimento até os dias de hoje, marcados por um intenso fogo cruzado de novos meios de comunicação, a nova mídia".

A pedra fundamental dessa reflexão sobre a imprensa foi lançada em 1690, quando o alemão Tobias Peucer defendeu uma pioneira tese de doutorado sobre o tema. Nesta pesquisa, ele já apontava questões que continuam na ordem do dia e são abordadas no livro de Caio Túlio Costa. Entre elas destacam-se as contradições do jornalismo como “negócio” e como atividade de interesse público, os limites da objetividade e da imparcialidade; a busca da precisão num cotidiano premido pela urgência, os ideais de verdade, justiça e credibilidade.

"O grande desafio do jornalismo no século XXI", diz ainda a apresentação, "é manter sua identidade em uma rede saturada de informações emitidas pelos mais diversos meios. Nessa rede intrincada, nunca foram tão tensas as relações entre “fonte”, jornalista, empresa de comunicação e público – e não por acaso, ética e antiética têm andado assustadoramente próximas".

Ao relacionar filosofia, dramaturgia e literatura, estabelecendo surpreendentes ligações entre eventos distintos – como o julgamento de Sócrates, na Antiguidade, e recentes atentados promovidos em São Paulo pelo crime organizado –, o autor sustenta que, apesar de todas as novidades na mídia, o modo de fazer jornalismo não mudou.

O que tem mudado, defende, "é a forma de comunicação e o grau de importância atribuído ao jornalista, já que agora qualquer indivíduo pode criar e veicular produtos noticiosos, atingindo on-line milhões de pessoas". "Essa possibilidade sim é inédita e espantosa. Mais do que nunca, portanto, é oportuno manter em pauta uma discussão aprofundada sobre ética, jornalismo e novas mídias".

Veja o que diz a quarta capa do livro:

Jean-Paul Sartre dizia que, para conseguir administrar tantas namoradas, era obrigado a recorrer constantemente a um “código moral temporário”, que envolvia mentirinhas e meias verdades. Partindo dessa saborosa revelação do grande filósofo, o jornalista Caio Túlio Costa afirma que um “código” semelhante costuma ser utilizado no jornalismo, em situações diversas, para justificar comportamentos tidos como condenáveis.

Por exemplo quando se usam gravadores e câmeras ocultos para investigar um assassinato ou fraudes no mercado financeiro. Nesse caso, vale mentir, ocultar e omitir porque a causa é nobre? Essa “moral provisória” – oportunista, para uns; necessária, para outros –, que se adequa às circunstâncias, não faz parte apenas do dia-a-dia do repórter. Integra o fazer da própria indústria da comunicação. Num mercado saturado de informações digitalizadas, no qual o consumidor também as produz e veicula, a pergunta é: verdade, justiça e ética ainda são os pilares do jornalismo?

Yeda... Humor do amigo Eugênio Neves

terça-feira, 14 de abril de 2009

Lula é o presidente mais popular das Américas, mostra pesquisa


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em primeiro lugar na lista de líderes com melhor aprovação da América, com 70% de popularidade, de acordo com um estudo publicado hoje na internet pela empresa mexicana Consulta Mitofsky.

O relatório, correspondente a abril, indica que pouco atrás de Lula está o governante colombiano, Álvaro Uribe, com 69%, seguido pelo mexicano Felipe Calderón, com 68%, e pelo salvadorenho Elías Antonio Saca, com 66%. Em um segundo bloco aparecem os presidentes de Estados Unidos, Barack Obama, com 61%; Equador, Rafael Correa, e Paraguai, Fernando Lugo, com 60%; Chile, Michelle Bachelet, com 59%; e Bolívia, Evo Morales, com 58%.

Pouco atrás estão o governante uruguaio, Tabaré Vázquez, com 53%; o costarriquenho Óscar Arias, com 49%; o panamenho Martín Torrijos, com 48%; o guatemalteco Álvaro Colom, com 45%; o dominicano Leonel Fernández e o nicaraguense Daniel Ortega, com 48%; e o peruano Alan García, com 34%. No fim da lista estão a argentina Cristina Kirchner, com 29%, e o hondurenho Manuel Zelaya, com 25%.

A Consulta Mitofsky destacou que a aprovação média dos presidentes americanos em março foi de 52%, só superada pelos resultados de janeiro e maio de 2007, que alcançaram 53% e 54%, respectivamente. No estudo anterior, divulgado em janeiro, Lula, Uribe e Correa dividiam o primeiro lugar, com 70% de aprovação.

EFE

A gramática não foi feita para humilhar ninguém

Recebi o texto abaixo e vesti a carapuça. Muitas vezes cometi o "golpe baixo" de corrigir a gramática ou a ortografia do outro. Só porque tive a pretensão de entender que sabia mais. É claro que, no dia-a-dia do meu exercício profissional - o Jornalismo -, a gramática, a ortografia e sintaxe são essenciais. Nunca na conversa com parentes ou amigos. Ou num bate-papo na internet. Foi bom ler este artigo encontrado no endereço:

http://www.interney.net/blogs/lll/2009/02/06/gramatica/

Prometo me policiar para não cometer novos deslizes deste tipo. Espero que tu, leitor, faço o mesmo caso tenha entrado neste jogo. Vamos à leitura:



Alex Castro

Um dos golpes mais baixos (e mais idiotas) que alguém pode fazer durante uma discussão é criticar a gramática, ortografia ou sintaxe do outro.

É baixo sobretudo por ser inútil.

Pra começar, ou sua platéia viu o erro ou não viu. Se viram, já sabiam que o outro cara errou, já sabiam que ele não domina as regras básicas da língua e isso já ficou registrado - a seu favor. Mencionar ou zombar do erro não vai fazê-los ficar mais ao seu lado do que já estão, mas pode fazê-los pensar que você é um idiota arrogante. Eu sou assim.

Pior ainda, se a sua platéia não viu o erro, então há boas chances de eles serem tão ignorantes quanto a pessoa que você está corrigindo. Ao lhe ver corrigindo o outro, eles vão se colocar no lugar dele e se imaginar também sendo humilhados por você. Gol contra.

Mais importante, a não ser que a discussão seja sobre gramática, sintaxe ou ortografia (às vezes, nem mesmo nesses casos), tais erros não fazem diferença prática alguma. Seja num debate sobre política, engenharia química ou klingons em Star Trek, alguém que diz "nós vai" tem tanta possibilidade de estar certo, ou de ter uma boa idéia, ou de ter toda a razão do mundo, quanto qualquer outro.

Tanto sua platéia quanto seu interlocutor vão perceber que você, de forma pedante e arrogante, está apenas querendo desviar a discussão do seu verdadeiro assunto para um outro campo não relacionado, irrelevante para a assunto, mas que você domina.

Você não prova nada e ainda aliena os espectadores. Sempre uma má estratégia.
Na verdade, não dominar as sutilezas da língua não faz de ninguém burro. Talvez somente num aspecto.

A gramática, a sintaxe e a ortografia (e também a crase) não foram feitas para humilhar ninguém. Elas não são perversas nem aleatórias. A existência de normas padronizadas e universalmente aceitas tem como único objetivo facilitar a comunicação entre o maior número possível de falantes.
Enquanto cumprem esse objetivo, são úteis e saudáveis. Quando já não comunicam, tornam-se obsoletas.
E mesmo quando a língua torna-se um dialeto, como a das meninas ki falaum axxim, o novo dialeto também obedece à regras próprias e intrínsecas, para que possa ser mutuamente inteligível pelos falantes.
Então, não dominar essas regras não faz uma pessoa ser burra. Ou melhor, faz, mas só se você considerar que é uma burrice não se preocupar em aprender as regras que regem (e sobretudo facilitam) a comunicação entre seus pares.

Da próxima vez em que você vir alguém corrigindo publicamente qualquer pessoa, seja em fóruns, blogs ou até mesmo em chats, não diga nada.

Fale que conhece um site muito legal, que ele vai adorar, e mande o link desse post: http://www.interney.net/blogs/lll/2009/02/06/gramatica/

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Jornalismo: só com diploma

Tite, único técnico campeão gaúcho por três equipes diferentes


O técnico Adenor Bacchi, o Tite, poderá conquistar no domingo um título especial. Levantando a taça pelo Internacional, será o primeiro técnico a ganhar o campeonato gaúcho por três equipes diferentes. Foi vitorioso em 2000 com o Caxias - desbancando o Grêmio de Ronaldinho -, voltando a ganhar em 2001 com o adversário do ano anterior. Agora, seria com o colorado. É um título no qual eu acredito muito, mesmo respeitando o Caxias. Discordo de Tite em muitas decisões, mas o considero um bom treinador. Merece continuidade!
Contando com a providencial ajuda do professor Raul Pons, colorado que habita como eu a comunidade do Inter no Orkut, relaciono abaixo os treinadores campeões por dois clubes até o ano passado:

Teté
9º Regimento (atual Farroupilha) - 1935
Internacional - 1951, 1952, 1953 e 1955

Ricardo Díaz
Santanense - 1937
Internacional - 1942

Sérgio Moacir Torres
Internacional - 1961
Grêmio - 1962, 1963 e 1968

Rubens Minelli
Internacional - 1974, 1975 e 1976
Grêmio - 1985

Otacílio Gonçalves
Internacional - 1984
Grêmio - 1988

Celso Roth
Internacional - 1997
Grêmio - 1999

Lori Sandri
Juventude - 1998
Internacional - 2004

Tite
Caxias - 2000
Grêmio - 2001

Vidas jovens perdidas

Na internet ou nos jornais impressos, as notícias são as mesmas: jovens gaúchos perdem a vida por razões diversas:
- um, drogadito, é morto pela própria mãe.
- outro, amante do surf, fica enredado em rede de pesca no mar.
- um terceiro, jornalista como eu, morre afogado enquanto pescava no Uruguai.
- Mais um: voltava da praia, adormece e sai da pista na auto-estrada.
- três são atropelados por um motorista que fugiu.

As idades variam entre 14 e 24 anos. Gente que tinha um imenso horizonte pela frente, mas o destino cortou-lhes a frente. Alguém dirá que muitos deles foram ao encontro dele (destino). Eu digo: estavam vivendo. Mesmo o dependente de drogas.
Uma pena que não tenham podido viver tanto como o escultor Xico Stockinger, que faleceu ontem em pleno sono, aos 89 anos, deixando como herança uma invejável obra.

Internacional: em busca de mais um campeonato invicto no ano do Centenário

O Internacional poderá sagrar-se bicampeão gaúcho no próximo domingo se ganhar do Caxias, conquistando o segundo turno do campeonato gaúcho. Como já venceu o primeiro, torna desnecessárias as duas partidas finais. Ontem à noite, domingo de Páscoa, o time passeou em campo para dobrar a Ulbra por 4 a 0 no Beira-Rio. Os gols foram de Nilmar, Alecsandro, D'Alessandro e Rosinei. O goleiro Lauro ainda fez duas defesas espetaculares na mesma cobrança de pênalti da Ulbra.
Com a vitória, o colorado chega à décima sétima vitória na competição em 20 jogos (empatou três). O Inter tem agora a incrível marca de 59 gols em 20 partidas, o que equivale a quase três gols por jogo. Taison, com 14 gols, e Nilmar, com 11, são os principais goleadores do Inter na competição até o momento. Poderá repetir o feito de 1974, quando ganhou o campeonato de forma invicta - a diferença é que o time de Minelli ganhou todas as 18 partidas disputadas na época.
O detalhe é que ontem não estavam em campo dois dos melhores jogadores da atual campanha: Taison e Guiñazu. Diante do Caxias, teremos mais poderio ofensivo com o guri pelotense e segurança defensiva e garra com El Cholo argentino.
Avante, Inter. Este será mais um ano de glórias. Na aldeia e fora dela...


D'Alessandro, o irrequieto craque argentino, foi um dos mais importantes jogadores na goleada e marcou um gol de pênalti
(foto: Lucas Uebel/Vipcomm)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Dia do Jornalista, dia de luta



Hoje, 7 de abril, é o Dia do Jornalista. Comemoramos porque escolhemos uma profissão muito especial, que nos dá prazer e a possibilidade de expressarmos nossos princípios democráticos, éticos e morais onde trabalhamos. Como é bom fecharmos uma matéria rica em fontes, imparcial e recheada de lados (no caso, dando oportunidade para que todos se manifestem). Como é gratificante vermos publicada uma foto que prescinde de leganda. Ou um título que convida o leitor a ler a matéria com interesse.
Companheiros, o dia também é de luta sem tréguas. E devem festejar todos aqueles que estão na trincheira em defesa da manutenção da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo. São eles colegas aposentados ou da ativa. Juntos, estudantes das diversas faculdades de Jornalismo do Estado. Todos têm participado de reuniões, palestras e manifestações nas redações, nas assessorias ou na rua com o mesmo ideal de quando conquistamos a nossa regulamentação há 40 anos.
Não tivemos a votação do Recurso Extraordinário 511961 - que questiona a legitimidade de nossa regulamentação - no dia 1º de abril, mas não devemos baixar a guarda. As mobilizações devem continuar em todo o Brasil, visando convencer os 11 juízes do Supremo Tribunal Federal que o diploma é essencial para nós, jornalistas, e também para a sociedade. Informação com qualidade é garantida apenas por profissional preparado.
Contamos com o apoio essencial da sociedade ao nosso pleito. Em recente pesquisa nacional, mais de 70% dos entrevistados posicionaram-se a favor da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo e da constituição de um Conselho Federal dos Jornalistas. Não estamos sós, portanto.
À luta, companheiros. É dessa forma que devemos comemorar o nosso dia.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Internacional fecha com chave de ouro o fim de semana do Centenário

Não poderia ser melhor o domingo que precedeu os grandes festejos de rua, de salões, de ginásios promovidos pela nação colorada em todo o Brasil, em especial em Porto Alegre. O Gre-Nal, vencido pelo colorado por 2 a 1, serviu para mostrar quem é o melhor. Os gremistas reclamaram das bolas na traves, dos gols tirado em cima da risca ou perdido com a goleira aberta. Em suma, choraram como sempre. E nós saímos vencedores e poderemos ser mais uma vez campeões gaúchos em dois jogos no Beira-Rio, nosso salão de festas. Os colorados, que quase lotaram o estádio (foto abaixo) só lamentam a falta de sensibilidade da direção gremista, que demitiu o técnico Celso Roth.



O gol de Índio foi um primor. Primeiro, pelo passe do argentino D`Alessandro. Ele deu um gancho sensacional em direção ao zagueiro goleador, que esperou o tempo certo e venceu o bom goleiro gremista Victor. Prêmio para um atleta que brilha em todos os Gre-Nais. E vejam a cara de espanto dos zagueiros gremistas na foto abaixo.

sábado, 4 de abril de 2009

Mais de 30 mil pessoas na comemoração do Centenário do Inter

Os gremistas não acreditavam, mas nós colocamos mais de 30 mil colorados nas ruas durante a festa de nossa Centenário Foi uma das manhãs mais vermelhas da história de Porto Alegre. Assim podem ser consideradas as primeiras horas de sol sobre a capital quando torcedores do Inter foram às ruas para a Marcha Colorada, preenchendo vermelho, branco, alegria e orgulho todo os espaços do trajeto. Nem o calor de cerca de 30 graus e o sol escaldante arrefeceram o ânimo da maior torcida do Rio Grande. Foi uma festa inesquecível.



A caminhada partiu da Praça Sport Club Internacional, na Rua Sebastião Leão com a Rua Jornal do Brasil, ao lado do Hospital Porto Alegre e foi até o Beira-Rio. No trajeto cerca de 30 mil pessoas vestidas com camisas e portando bandeiras acompanharam felizes da vida a marcha. Um trio elétrico animou ainda mais com músicas de incentivo e relacionadas ao Inter, como as da banda Ataque Colorado, o hino do Clube e os cânticos dos torcedores, além da narração de inúmeros gols históricos.



No trio elétrico estiveram presentes dirigentes, conselheiros, políticos, ex-jogadores e celebridades coloradas. A apresentadora da TV Bandeirantes e ex-miss Brasil Renata Fan foi uma das mais celebradas e teve que passar o trajeto todo distribuindo autógrafos para as camisas e bandeiras que eram arremessadas ao alto do trio elétrico. A musa colorada Alessandra Pinho seguiu o mesmo caminho esbanjando simpatia para os torcedores
Em seguida, o conselheiro Tiago Vaz entregou uma placa para a neta de Luiz Poppe, um dos fundadores do Internacional. Rosane Poppe recebeu a placa aos gritos de “Muito obrigado” por parte dos torcedores. Renata Fan falou ao microfone para a massa também: “Vocês são a minha família. É muito orgulho ser colorada”, festejou a bela apresentadora. O jornalista Kenny Braga foi às lágrimas quando saudou Nena, o lendário zagueiro do Rolo Compressor, da década de 40. Aos 85 anos, Nena acompanhou do alto do trio elétrico todo o trajeto ao lado de outros ex-atletas.





Durante a caminhada, o visual era impressionante. As ruas eram tomadas por milhares de colorados em celebração. Ao adentrar na Avenida Padre Cacique não se podia enxergar, do alto do trio elétrico, o asfalto no horizonte porque era coberto de vermelho e branco dos torcedores. Os trabalhadores paravam durante a caravana para acompanhar a alegria colorada. Os operários de um prédio em construção em frente ao Shopping Praia de Belas foram para as laterais para poder observar aquele mar vermelho.
Quando passou em frente à residência do técnico Tite, a torcida gritou o nome do treinador e saudou os seus familiares que estavam na janela. O mesmo fizeram ao avistar o apartamento do goleiro Clemer, localizado próximo ao Beira-Rio. O ex-presidente Arthur Dallegrave, falecido ano passado, também foi lembrado e teve seu nome cantado pela multidão.
De repente, um pequeno avião surgiu no céu com uma faixa e uma saudação do Grêmio ao Centenário do Inter. Enquanto isso, a torcida colorada abria uma enorme bandeira que tomava vários metros quadrados da Avenida Padre Cacique. A chegada ao Beira-Rio foi apoteótica com direito a narração de gols de Nilson e Fabiano, em Gre-Nais famosos e aplausos ao presidente Piffero e ao ex-presidente Fernando Carvalho. Eu estava lá. Veja foto abaixo.





Os colorados então se dirigiram para as arquibancadas do Beira-Rio para acompanhar o show da Banda Ataque Colorado e da Escola de Samba Imperadores do Samba. O Ataque Colorado levantou a massa com seus hits e hinos de celebração ao Inter e contou com a participação dos músicos Rafael Malenotti, Armandinho e Neto Fagundes. Durante o show, o presidente Vitorio Piffero entregou um Disco de Ouro à banda pela venda de 77 mil discos do álbum As melhores do Ataque Colorado I e II.
O presidente aproveitou também para convocar para o grande show que será realizado no dia 17 de dezembro, no Beira-Rio, com a presença de Ivete Sangalo, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila, entre outros. “Sabe quando vai custar esse show para os sócios? Nada!”, disse o presidente, para a vibração de todos.
Por fim, a Imperadores encerrou o evento com muito samba e o enredo vencedor do último carnaval de Porto Alegre, que homenageou o Centenário do Inter. Uma festa democrática para o mais democrático dos clubes brasileiros.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Recurso contra o diploma de jornalista é retirado da pauta do STF

O recurso contra o diploma foi retirado da pauta de votações do STF. Prossegue no plenário a apreciação da Adin contra a Lei de Imprensa. O Ato Público Nacional continua. A Executiva da Federação Nacional dos Jornalistas e a Coordenação da Campanha em Defesa do Diploma vão se reunir para traçar novas estratégias de continuidade do movimento.
Às 16h45min desta quarta-feira, dia 1º de abril, a coordenação do movimento foi informada que, a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal e relator do RE 511961, ministro Gilmar Mendes, o advogado que representa a Fenaj e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na ação foi oficialmente comunicado da retirada do tema da pauta. Não foi divulgada nova data para julgamento do recurso contra o diploma.
Dirigentes da campanha continuam no plenário do STF acompanhando a votação da Adin contra a Lei de Imprensa. “Após o Ato Nacional, a Executiva da Fenaj e a Coordenação da Campanha vão definir novas ações, mas desde já a orientação é para que a movimentação nos Estados e os preparativos para o Dia do Jornalista, 7 de abril, prossigam”, explicou Luiz Spada, diretor da Fenaj.

Tropa de choque vigiou manifestantes

Faixas, cartazes, apitaço e palavras de ordem compuseram o cenário do Ato Nacional em Defesa do Diploma. O movimento próximo ao STF foi vigiado por policiais da ROTAM, a tropa de choque de Brasília. O ato em Brasília já contou com manifestantes de diversos Estados. Dois ex-presidentes da Fenaj, Armando Rollemberg e Américo Antunes, e os presidentes do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo - FNPJ - e da Associação Brasileira de Imprensa - ABI, Edson Spenthof e Maurício Azêdo, respectivamente, também participaram das manifestações. Palavras de ordem como “Gilmar Mendes, preste atenção, jornalista é profissão” e “Supremo Tribunal, Diploma é legal” sintetizaram o desejo de ver rejeitado o recurso que questiona a constitucionalidade do diploma.
No plenário, onde foi possível ver o ouvir a manifestação, está sendo apreciada a Ação Direta de Inconstitucionalidade da Lei de Imprensa. Neste momento, há um intervalo. A TV Justiça só pode ser sintonizada por antena parabólica se esta possuir receptor digital. Muitas pessoas estão reclamando que não conseguem assistir a transmissão online do julgamento. A área técnica da TV Justiça explica que o número de acessos ao site é limitado. Como muitos estão conectados, outros podem ter dificuldade.

* Fenaj