domingo, 19 de outubro de 2008

Sobre pesquisas eleitorais...

Quem lê o que escrevo, sabe o que penso das pesquisas eleitorais. Elas servem para induzir e promover o voto útil. Alguns dizem que muitas vezes elas erram. Eu afirmo que algumas delas apontam um resultado de acordo com o que quer quem solicitou e vão ajustando com a proximidade da eleição. Algumas nem isso Fazem. No caso de Porto Alegre, a candidada petista, Maria do Rosário, não estaria no segundo turno das eleições se dependesse de alguns levantamentos. Por isso, o eleitor não deve se orientar por pesquisas. Eleição é ganha pelo voto nas urnas. Me cobrem depois, mas garanto que a diferença entre Fogaça e Maria do Rosário é muito menor do que mostram as sondagens deste final de semana.
O Datafolha, que não fez a pesquisa para interessados locais, está mais próxima da realidade. O atual prefeito tem 50% das preferências, enquanto a deputada federal está com 37%. No primeiro turno também foi assim. Ou seja, Maria nunca esteve atrás de Manuela, como apostaram o Ibope - a pedido da RBS - e o Methodus, cujo trabalho é publicado pelo Correio do Povo.

Um centroavante, por favor


Qualquer time do Brasil tem um centroavante alto, rompedor, que incomoda a defesa. O Internacional não tem este jogador, ou o técnico não quer escalar quem dispõe no plantel. Com isso, fico dependente dos belos gols de Nilmar (oportunista) e Alex (tiro potente). O time toca bem a bola, ronda a área, mas tem poucas conclusões. Não seria o caso de escalar o Guto e deixá-lo, mesmo que perca gols ou não tenha uma boa atuação? Pelo menos vai incomodar os adversários. O jogo deste sábado contra o Atlético Paranaense foi um retrato do que afirmo. Contra um adversário que está na zona do rebaixamento e teve um jogador expulso, sofremos um gol depois de estarmos ganhando por 2 a 0. E sofremos até o final da partida. Um centroavante, portanto. Enquanto isso, os nossos goleadores, Alex e Nilmar (na foto acima, do site do Inter), comemoram seus feitos com justiça.

Provocador, mas pelo seu futebol

Observem o título abaixo, publicado no Terra:

D'Alessando é provocador, diz presidente do Inter

E leiam a matéria:

"Um dos principais nomes do Internacional na vitória sobre o Atlético-PR por 2 a 1 neste sábado, o argentino D'Alessandro irritou os adversários com sua habilidade e acabou "caçado em campo". Mas o presidente do clube gaúcho, Vitório Píffero, não vê problema no futebol praticado pelo meia. Questionado, se D'Alessandro havia provocado os adversários, Píffero foi taxativo. "Diria que provocou sim. O futebol dele, as jogadas dele provocam", apontou o presidente do Inter, que acha que o meia deve continuar a jogar desta maneira "provocativa", principalmente no duelo contra o Boca Juniors, pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana."


Como jornalista, sou observador atento ao que publicam na mídia. O descompasso entre o que diz o título e o texto é notório. O presidente do Inter afirma que D´Alessandro (na foto acima, do site do Inter) provoca pelo futebol e pela sua jogadas. Em momento algum diz que que ele provoca no sentido literal da palavra. Mas a pessoa que fez o título aproveitou para oferecer ao leitor do Terra algo mais "provocativo". O jornalismo tem estes desvios eventualmente. E certamente muitos cronistas e adversários se pautarão pelo título nos próximos dias. Observem!