sábado, 3 de julho de 2010

Nervosos argentinos...

 Antes dos jogo contra a Alemanha, os argentinos circulavam com esta faixa numa alusão à desclassificação brasileira no dia anterior. Devem ter sumido com ela depois que a Alemanha enfiou 4 a 0 nos hermanos. Nada como um dia após o outro. Detalhe: a frase virou bordão na Argentina por causa de ex-presidente Nestor Kirchner. (Foto: Thiago Dias)

Coragem

Você se considera uma pessoa de coragem?

E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?

Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.

E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.

Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.

Eis aqui alguns exemplos:

É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.

É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.

É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.

É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.

É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.

É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.

É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.

É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.

É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.

É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.

É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.

É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.

É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.

É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.

Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer-se a si mesmo.

Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.

A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar apesar das decepções e desencantos, revela o verdadeiro cristão, o legítimo homem de valor.

Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total.
 

Don't cry for me Argentina

Nada como um dia depois do outro. Ontem, o Brasil se despediu da Copa do Mundo na África do Sul e os jornais argentinos usaram da tradicional ironia para comemorar a derrota dos vizinhos. O Olé, em tom de brincadeira, mancheteou: "Brasil 2014".  O Clarín foi ainda mais gozador: "Brasil, sin reacción, se fue del Mundial por la puerta de atrás". Pois hoje a Argentina levou quatro da Alemanha e voltará para Buenos Aires de forma malancólica. 
Torci pelos hermanos - em função dos amigos que fiz nas diversas vezes que fui à Argentina, a trabalho e a turismo, e por Maradona -, mas é necessário rebater os dois periódicos deles. "Argentina caiu de quatro" seria a manchete que eu usaria se editasse um jornal esportivo no Brasil.  Ou: "Eles provaram o chocolate alemão, mais amargo que a laranja holandesa."
De qualquer forma,  don't cry for me Argentina.

Da sóbria Fátima Bernardes à exibicionista Fátima Bernardes

A apresentadora, segue silenciosa e meio assustada, o “padrão Globo de qualidade”, criado por Walter Clark, e seguido depois pelo Boni, quando assumiu a direção da rede. Agora, na Copa, durante os tempos vitoriosos, surgia nas telas, como a “gênia” da televisão e do futebol. Provocava enormes gargalhadas, falando e ao mesmo tempo lendo, (dando a impressão de que improvisava) o que estava escrito, tendo que baixar a cabeça. 

A que limites leva a vaidade. 

PS – Joe Wallach, o americano que a Globo roubou da Time-Life (depois de ter roubado os americanos com a ajuda dos generais golpistas), aos 86 anos deu entrevista à revista “Trip”. 

PS2 – Disse textualmente: “O único gênio da televisão brasileira foi Walter Clark. Depois, se entregou inteiramente à bebida, não conseguia nem falar. Foi demitido”.

Fonte: Helio Fernandes (Tribuna da Imprensa) - http://www.tribunadaimprensa.com.br/

Mau jornalismo da Globo já é destaque internacional

Cospe pra cima, cai na testa, dizia minha mãe. Foi o que aconteceu com a Globo hoje.
O jornal paraguaio La Nación diz que a Laranja Mecânica foi responsável por “acallar a la soberbia brasileña”. E por “brasileira” ele se refere à Rede Globo, não ao país como um todo, como fica claro logo nas frases seguintes. A crítica se dirige especialmente à SporTV, canal fechado que pertence à emissora e que divulgou um vídeo desrespeitoso à Seleção Paraguaia e ao Paraguai, a seu povo.
O desrespeito vai além do futebol, segundo o jornal: “ironizan sobre nuestras comidas y nuestras costumbres”, em linguagem debochada. O único valor paraguaio apresentado pelo vídeo é Larissa Riquelme, a “novia del Mundial”. Além de agressivo com os paraguaios, o curta é machista. Desvaloriza todo um povo e todo um gênero. As mulheres são vistas como objetos.
A matéria se coloca ao lado de Dunga pela resistência aos abusos da Globo. E completa: “La Naranja Mecánica se encargó así de hacer justicia y dar una gran lección a quienes tienen en el corazón una rabia innecesaria hacia una nación pobre pero digna”.



Mesmo que o grau de deboche fosse exagerado pelos paraguaios, chamaria a atenção que a Globo já vem recebendo críticas internacionais por conta da sua irresponsabilidade na forma de fazer jornalismo. Mas não é o caso, a ironia é de fato extremamente ofensiva. O vídeo trata o nosso vizinho como um país desprovido de quaisquer qualidades, feio, triste, pobre. É asqueroso.
Debochar de outros países extrapola os limites do esporte, do futebol, e avança no terreno político. São as relações internacionais brasileiras, são povos, são culturas. Pode haver diferenças, mas não há como definir melhores e piores. É aí que entra o respeito. Ou deveria entrar.
A Globo transferiu a ironia que dedica à política externa do governo Lula ao futebol. Fez mal, muito mal. E ficou bem feio.


A dica da matéria do jornal paraguaio foi dada por Dodi (@dodi_vota13), pelo Twitter
A foto é de Reinaldo Marques/Terra.