quarta-feira, 30 de abril de 2008

Jogos em profusão

Para quem gosta de futebol, a tarde e a noite de hoje estão repletas de atrações. Para todos os gostos.
Vejam só:
1. 15h45min - Chelsea x Liverpool - Liga da Campeões da Europa
2. 17h40min - Boca Juniors x Cruzeiro - Libertadores da América
3. 19h45min - América (Mex) x Flamengo - Libertadores
4. 20h30min- Juventude x Corinthians (AL) - Copa do Brasil
5. 21h50 - Sport x Palmeiras - Copa do Brasil
6. 22h - Corinthians x Goiás - Copa do Brasil
7. 22h - Nacional (URU) x São Paulo - Libertadores

Alguns jogos são em canais abertos, outros em emissoras fechadas. É só escolher, torcer ou secar. Ou se divertir, caso seu time não esteja na lista. É o meu caso.

Minha opinião sobre os vitoriosos:
1. Chelsea -classificado à final
2. Boca Juniors
3. América
4. Juventude, mas com classificação do Corinthians
5. Empate, com Sport classificado
6. Corinthians, mas o Goiás será classificado
7. Empate.

Amanhã comento os acertos e os erros.

Pequim em cem dias

Faltam cem dias para os Jogos Olímpicos de Pequim e tudo já está pronto realização de centenas de competições no país comunista. Os chineses querem mostrar organização, beleza e alegria, mas muitas nações capitalistas pretendem mudar o curso da história. Em vez de competição esportiva, chamam a atenção para a política. Não estou livrando o regime fechado na terra da Olimpíadas 2008, mas destaco que o mesmo não acontece quando os jogos acontecem em cidades dos EUA, país imperialista, belicista e genocida. Os jogos devem unir os países. Nunca afastar...

Com pensamento no domingo


Hoje é quarta, mas meu pensamento está no domingo.
Cinco dias nos separam do momento em que o Internacional poderá repetir uma atuação mágica diante do Juventude, ganhando o Gauchão. Não é um título como Mundial, mas alguns fatores nos levam a lotar o Beira-Rio. O tradicional adversário - o Porto-Alegrense - caiu mais cedo e ficou em quinto lugar no campeonato. E o oponente de domingo é uma verdadeira "touca" do Inter, tendo ganho do meu time em três ocasiões só neste ano (a última no domingo passado). Por isso, vamos à forra contra os verdes de Serra, com a força dos jogadores e o apoio constante da nossa torcida).
Que domingo chegue logo... E esta torcida exploda de alegria!

Frutos, flores, folhas, sementes...

"Se não houver frutos,
valeu a beleza das flores.
Se não houver flores,
valeu a sombra das folhas.
E, se não houver folhas,
valeu a intenção da semente."

Mauricio Ceolin, embora muitos atribuam a Henfil.

Sensacionalismo na mídia

Ontem, foi comemorado o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa. Tenho lido com freqüência manifestações de donos de veículos de comunicação e de seu prepostos em defesa da liberdade absoluta. Ou seja, os jornalistas devem escrever ou falar o que querem. Por isso, foi oportuna a manifestação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, durante uma atividade comemorativa ao dia. O ministro ressaltou que os profissionais devem estar atentos à responsabilidade de informar corretamente a sociedade, evitando abusos que são cotidianos. Ainda está na mente de todos o caso da Escola Base de São Paulo, em 1994, quando parte da mídia publicou matérias acusando os diretores da instituição de praticarem abusos sexuais. Eles foram inocentados na Justiça depois de terem sido condenados pela Imprensa.
Parece que a lição não foi aprendida. Os veículos buscam o sensacionalismo a qualquer custo. O caso do assassinato da menina Isabella Nardoni virou um show que dá Ibope e, por conseqüência, enche os bolsos dos donos de emissoras, jornais e revistas. Casos semelhantes acontecem diariamente no Brasil, sem ganhar uma linha sequer nos jornais. Mais: o episódio do jogador Ronaldo com travestis, no Rio, será explorado à exaustão. Hoje, abri um site onde a manchete era "Conheça a suíte onde Ronaldo se hospedou com os travestis". E a torcida (leitores, telespectadores, internautas) adora, como mostrou recente pesquisa de opinião.

Mudanças

A vida é realmente bela porque nos permite mudar o que não está dando certo. Isso acontece em casa, no trabalho, no cotidiano. Uma mudança pode ser, momentaneamente, dolorosa. Mas só permanecerá assim se nos acomodarmos e não buscarmos outras alternativas. Temos que manter permanente a disposição para a luta, onde nossos ideais não devem ser abandonados jamais. Vejo muita gente desistindo na primeira derrota, ignorando que existem outras batalhas e novas oportunidades de vitória. Por isso, vale a pena viver!

Blairo Maggi e a falsa escolha de Sofia


O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, deu um passo atrás em sua recente conversão ao meio ambiente. E voltou a defender o desmatamento da Amazônia, desta vez com a justificativa de produzir mais alimentos. Em declaração à imprensa, Maggi afirmou que “com o agravamento da crise de alimentos, chegará a hora em que será inevitável discutir se vamos preservar o ambiente do jeito que está ou se vamos produzir mais comida”.
Ao reforçar o velho paradigma meio ambiente versus desenvolvimento, o governador do estado que mais desmata no Brasil contradiz totalmente a posição que assumiu em Bali, durante a reunião da ONU para discutir as mudanças climáticas, quando procurou mostrar seu lado “verde” e foi aplaudido por isso, ou por sua participação em outubro de 2007, no lançamento do Pacto pelo Desmatamento Zero. Naquela ocasião, o governador havia advertido que “o leão do desmatamento não estava morto, mas apenas dormindo”. Os recentes dados que mostram aumento na destruição florestal estimulada pelos preços elevados de grãos e carne no mercado internacional indicam que o Leão despertou e está com fome.
“A declaração do governador vem em um momento em que a Amazônia se encontra sob fogo cerrado. Depois do anúncio do aumento nas taxas de destruição florestal, da apresentação de um projeto na Câmara dos Deputados que amplia o desmatamento em áreas privadas da Amazônia e de uma medida provisória que anistia grileiros, o agronegócio brasileiro vem querer aproveitar a crise mundial de alimentos, de maneira oportunista, como justificativa para o ataque à floresta”, disse Paulo Adario, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace.
Para a organização ambientalista, o dilema entre desmatar ou passar fome é falso. A distribuição injusta de alimentos é um fator-chave para a crise. Há comida suficiente para alimentar todos os seres humanos do planeta, mas muitos grãos estão deixando de ser utilizados como alimento para serem usados na produção de biocombustíveis ou de ração animal para atender a crescente demanda por carne, principalmente nos países desenvolvidos.
O desmatamento das florestas tropicais é responsável por pelo menos um quarto das emissões de gases que provocam o efeito estufa. No caso do Brasil, o índice sobe para 75%. Destruir a Amazônia significa comprometer a capacidade de produção brasileira, já que as chuvas que caem nas regiões Centro-Sul e Sudeste do País e em outros países da América Latina são produzidas na região. Portanto, a manutenção da floresta é essencial para manter a grande produtividade agrícola não apenas do Mato Grosso, mas do Brasil.

Na foto acima, a soja é ameaça à Floresta Amazônica

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Duvide do Inter

Como colorado de muitas décadas, sinto obrigação de publicar o texto de outro torcedor do Inter. É maravilhoso, sarcástico e uma espécie de chamamento à torcida colorada para o jogo de domingo contra o Juventude. Um confissão ao Andreas: para quem me perguntar, eu vou dizer que duvido. Mas, lá no fundo da alma, eu confio sempre.


Andreas Müller

Você aí: duvide do Inter. Sim, duvide, vá em frente, aproveite o momento e desabafe. Livre-se da imensa carga de frustração que abateu seu coração ao final da partida contra o Juventude, neste domingo. Vamos lá, duvide, dê-se por vencido. Leve as mãos à cabeça, puxe os próprios cabelos, chute o cachorro e despeje todo o seu vocabulário de xingamentos em Abelão e, principalmente, em Fernandão. Assim não dá! Assim não pode! E quem foi que disse que o Fernandão é craque? Que é ídolo? Pois ontem ele mais parecia um dublê de Leandro Guerreiro... Viu só? Você está pegando o espírito! Vamos lá, duvide do Inter.

Duvide, mas seja pragmático. Concentre-se nos fatos. Lembre-se que o Inter já enfrentou o Juventude três vezes neste ano e perdeu todas. Pior ainda, não conseguiu marcar um único gol. Na soma dos três confrontos, é como se estivéssemos sofrendo uma goleada de 5 x 0. A superioridade alvi-verde, portanto, é indiscutível. É um fato. O Juventude não é apenas favorito ao título regional de 2008: ele praticamente já o ganhou. O jogo de volta será apenas protocolar. Quase 50 mil colorados se amontoarão nas arquibancadas do Beira Rio para testemunhar o inevitável triunfo juventudista. O Inter se rendeu à máquina alvi-verde. Já era.
Ah, você é gremista? Então deleite-se, caro rival. Nós, colorados, estamos perdidos! Agora, o momento é todo seu. Vamos lá, sorria! Tripudie em cima dessa touca verde que teima cobrir nossas cabeças inchadas. O fracasso colorado é iminente – e vai tornar as suas férias forçadas um pouco menos dolorosas. Você, gremista, é um cara sensato. Você tem os pés no chão. No fundo, você sabe que a derrota do Inter, no próximo domingo, será o dia mais feliz deste seu desgraçado 2008. Você tem mais é que comemorar. Então vá lá: duvide do Inter. A sua festa já tem data para começar: próximo domingo, 16h. Duvide, é o que eu lhe peço.

Porque o seu pessimismo é a nossa última esperança.

Quase todas as torcidas do planeta sofrem (ou já sofreram) da síndrome do “já ganhou”. Mas nós, colorados, somos diferentes. Nós também apresentamos, às vezes, o lado oposto desse otimismo descabido – um inexplicável clima de “já perdeu”. São crises aterradoras de pessimismo que nos acometem nesses momentos em que tudo parece conspirar contra. Um Barcelona invicto, que aplica uma ciranda num time mexicano, é um dos fatores capazes de nos fazer submergir na desgraça antecipada. Um São Paulo tricampeão mundial, que nunca perde jogos decisivos no Morumbi, idem. E não precisamos nos restringir somente às finais de campeonatos. Às vezes, basta um gol sorrateiro do Paraná logo no segundo minuto de jogo para que o drama do “já perdeu” venha à tona. E aí a casa cai. Nós jogamos a toalha, damo-nos por vencidos. Nós duvidamos do Inter.

O curioso é que, justamente nestes momentos, o Inter cresce. Quando todos estão convencidos de que “já era“, a mística do Saci reaparece em campo e o Inter, literalmente, prega uma peça no adversário. Tem sido assim ao longo da história colorada. O Inter desacreditado é sempre mais poderoso do que o Inter favorito. Se passamos toda a década de 80 sem ganhar títulos de grande expressão, foi porque ainda estávamos deslumbrados com aquele Inter de Falcão e Figueroa, que pisava no gramado apenas para cumprir o script de vitórias inevitáveis. Nós tínhamos certeza de que ganharíamos o Brasileirão de 1987. Nós tínhamos certeza de que superaríamos as macumbas de Bobô naquela final de 1989. Nós tínhamos certeza de que passaríamos do Olímpia naquela Libertadores maldita. Mas a mística do Saci é cruel. Naquelas ocasiões, nós mesmos éramos vítimas de suas peças.

Por isso, eu imploro: duvide do Inter. Tenha absoluta certeza de que o título gaúcho já é do Juventude. Reclame de Fernandão, da inconstância de Abelão, das canelas de vidro de Alex e do cabelo do Nilmar – a falta de gols só pode ser obra e graça daquela franja que lhe cobre os olhos. Duvide do Inter com todas as suas forças. Mas, só por segurança, garante o seu lugar nas arquibancadas do Gigante no próximo domingo. Esteja lá, ignore as desconfianças e apóie o time o tempo inteiro, só por “amor à camiseta” – que é como a turma dos otimistas se refere ao masoquismo. Na volta, é bem provável que lhe perguntem:

— E aí, tu acha que ainda tem lugar para estacionar lá na Goethe?

Você olhará o trânsito, o congestionamento de bandeiras, as pequenas multidões que se formam nas sinaleiras. E responderá com o pragmatismo habitual:

— Duvido. A essa hora, já era.

sábado, 26 de abril de 2008

Coerência, presidente Lula!

Eu tenho coerência e não sou obrigado a concordar com partidários da mesma ideologia. Quando estava na oposição, o PT do presidente Lula combateu ferozmente o projeto de FHC que instituiu o famigerado fator previdenciário, que corta em até 30% o valor das aposentadorias. Agora, o coerente senador Paulo Paim (PT) conseguiu apresentar um projeto no Senado que acaba com o tal fator. Foi o que bastou para que Luiz Inácio Lula da Silva pressionasse os aliados - muitos petistas - na Câmara Federal para que não votem o que chama de "irresponsabilidade". O presidente usa da mesma retórica utilizada pela direita representada pelos aliados do PSDB no passado: a retirada do fator previdenciário vai quebrar a previdência. Da mesma forma, quer derrubar outro projeto que equipara os reajustes dos aposentados à elevação do salário mínimo. Ou seja: em vez de buscar novas formas de aumentar os recursos da Previdência - como defendia outrora - o chefe do Executivo quer continuar mexendo no bolso do trabalhador. Coerência, presidente Lula!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Alimentos com mais agrotóxicos

O tomate, o morango e a alface foram os alimentos que apresentaram os maiores números de amostras irregulares referentes aos resíduos de agrotóxicos, durante o ano de 2007. Os dois problemas detectados na análise das amostras foram teores de resíduos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas. Já a batata e a maçã tiveram redução no número de amostras com resíduos de agrotóxicos.
Os dados são do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde. No balanço geral, dos nove produtos avaliados (alface, batata, morango, tomate, maça, banana, mamão, cenoura e laranja), o índice de amostras insatisfatórias ficou em 17,28%.
O caso que mais chamou a atenção foi o do tomate. Das 123 amostras analisadas, 55 apresentaram resultados insatisfatórios, o equivalente a 44,72%. Nesta cultura, os técnicos encontraram a substância monocrotofós, ingrediente ativo que teve o uso proibido em novembro de 2006, em razão de sua alta toxicidade.
Ainda em relação a esta cultura, embora os teores de resíduos encontrados não ultrapassem os limites aceitáveis para a alimentação diária da população, foi detectada a presença do metamidofós no tomate de mesa. Este agrotóxico é autorizado apenas para a cultura de tomate industrial (plantio rasteiro), que permite aplicação por via área, trator ou pivô central, evitando assim a possibilidade de intoxicação do trabalhador rural. O metamidofós também foi encontrado no morango e na alface, culturas para as quais não é permitido o uso deste agrotóxico.
A batata, que em 2002, primeiro ano de monitoramento do Programa, apresentava índice de 22,2% de uso indevido de agrotóxicos, teve o nível reduzido para 1,36%. A maçã, que chegou a apresentar índice de 5,33% neste período, fechou 2007 com incidência de 2,9%.

Para

O objetivo do Para, criado em 2001, é manter a segurança alimentar do consumidor e a saúde do trabalhador rural. O Programa abrange 16 estados e deve chegar a todo o país até 2009. A escolha dos itens leva em consideração a importância destes alimentos na cesta básica do brasileiro, o consumo in natura, o uso de agrotóxicos e a distribuição das lavouras pelo território nacional.
O Programa funciona a partir de amostras coletadas em pontos de venda pelas vigilâncias sanitárias dos estados e municípios. As equipes enviam o material para os laboratórios de resíduos de agrotóxicos.
Caso a utilização de agrotóxicos esteja acima dos limites permitidos pela Anvisa, os órgãos responsáveis pela áreas de agricultura e meio ambiente são acionados para rastrear e solucionar o problema. As medidas em relação aos produtores são de orientação para adoção de boas práticas agrícolas.

Fonte: http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2008/230408.htm

DADOS CONSOLIDADOS DO PARA 2007
Cultura
Total de amostras analisadas
Amostras insatisfatórios
Total
%
Alface
.135
54
40,00
Batata
.147
..2
..1,36
Morango
...94
41
43,62
Tomate
.123
55
44,72
Maçã
.38
..4
..2,90
Banana
.139
..6
..4,32
Mamão
.122
21
17,21
Cenoura
.151
15
..9,93
Laranja
.149
..9
..6,04
Total
1198
207
17,28


quinta-feira, 24 de abril de 2008

Nosso belo Interior





Temos sonhos de viagens para fora o Brasil ou mesmo dentro do País, desde que seja em outras regiões. Nosso Estado é quase sempre esquecido quando programamos um roteiro em um feriado. Esquecemos de nossas belezas naturais. Contudo, tenho programado algumas saídas pelo nosso Interior, como no feriado de Tiradentes. Durante três dias, visitei municípios do Vale do Caí, pertinho de Porto Alegre (são pouco mais de 100 quilômetros). São Sebastião do Caí, Feliz e Montenegro estiveram na minha agenda, que incluiu a coleta de algumas fotografias, exibidas aqui. Vale a pena viajar e desfrutar de nossa natureza.

Inter: grande, heróico e vencedor

















Já vivi dias e noites memoráveis no Beira-Rio, como as finais do Brasileirão de 1975, 1976 e 1979 e a conquista da América em 2006 e o chamado Gre-Nal do século. Mas a gloriosa goleada de 5 a 1 sobre o Paraná ontem à noite não será esquecida pelo torcedor colorado tão cedo. O Beira-Rio explodiu de tanto incentivo, e os jogadores do Internacional exibiriam garra e heroísmo do tamanho da história quase centenária do clube. Tenho orgulho deste time, que teve um jogador (Jonas) desacordado antes de um minuto e tomou um gol aos três minutos. Qualquer um desanimaria ante a possibilidade de ter que fazer quatro gols para seguir adiante na Copa do Brasil. Mas isso o Inter e os 42 mil torcedores que estavam em nosso estádio farão jamais. E ainda tem clube que exalta a tal "Batalha dos Aflitos'. Garra, luta, bravura e futebol foram mostrados ontem diante de um adversário que costuma nos aplicar algumas peças. Viva o Inter e viva a sua empolgante torcida (onde eu me incluo). Juntos, iremos mais longe. Podem esperar.

sábado, 12 de abril de 2008

Poema à boca fechada

José Saramago

Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

"Tem um anjo olhando por ele"

No dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia oficialmente sua visita à Holanda, o principal jornal do país, o The Telegraf, dá as boas-vindas afirmando que o brasileiro tem "um anjo" olhando por ele. No longo artigo, publicado na seção financeira do veículo, o jornalista lista os episódios positivos que têm marcado a trajetória de Lula como pessoa e como presidente, desde a vida humilde em Pernambuco até os bons ventos econômicos que têm impulsionado a economia brasileira. "Às vezes, parece que o filho de agricultores tem um anjo aos ombros", diz o jornal.
O presidente deu início nesta quinta-feira à sua visita à Holanda, a primeira escala de um giro que incluirá também a República Tcheca. O primeiro compromisso do dia foi uma cerimônia formal de recepção oferecida pela rainha Beatrix, no Palácio Noordeinde. Lula vistoriou as tropas ao lado da rainha.

Do lado de fora, um pequeno grupo de cerca de dez pessoas, entre brasileiros e holandeses, acompanhou o evento. "Tenho uma namorada no Brasil, em breve ela vem para a Holanda", disse em português o holandês Tom Boon.
Ao lado dele, sua faxineira vibrava com a participação do filho, soldado, um dos responsáveis pela segurança do evento. Já a brasileira Andrea Reis contou ter vindo de uma cidade vizinha para ver o presidente brasileiro, ao lado da amiga Eunice Vieira, moradora de Haia.
"Quer dizer que o Lula vai para o Parlamento depois? Vamos para lá!", disseram as amigas.

Compromissos

Depois dos compromissos protocolares - Lula se encontra ainda com o primeiro-ministro, Jan Peter Balkenende, e com os presidentes das Câmaras alta e baixa do país -, a agenda prosseguirá com um encontro de empresários, em Amsterdã.
O Itamaraty e os próprios ministros têm ressaltado que o objetivo desta viagem é angariar investimentos para recursos de infra-estrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sobretudo na área de portos, em que os Países Baixos demonstram excelência. "Queremos seu conhecimento e seu capital", confirmou o presidente, na entrevista ao Telegraf, que assim sintetizou em seu título: "O presidente brasileiro precisa dos Países Baixos".
Na sexta-feira, Lula dá continuação à sua agenda de encontros protocolares e econômicos. Ele embarca à noite para a capital tcheca, Praga, na primeira visita oficial de um chefe de Estado brasileiro desde que o país se separou da Eslováquia, em 1993. Os tchecos presidirão a União Européia a partir de janeiro de 2009, e a aproximação poderia facilitar o diálogo no contexto de negociações entre o Mercosul e o bloco europeu para um acordo de livre comércio.
Como parte da programação em Praga, o presidente Lula visitará a Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa, onde, em setembro de 2007, foi a realizada uma cerimônia de entronização perpétua de réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, em um altar adjacente à famosa imagem do Menino Jesus de Praga.

Fonte: BBC
Foto: Getty Images
Matéria: Pablo Uchoa

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O Grêmio me cansa

Definitivamente, estou cansado de dar adeus para o Porto-Alegrense, cujos torcedores teimam em chamar de grêmio. Numa postagem abaixo, eu já tinha me despedido do adversário após a sua desclassificação no Gauchão no domingo. Pensei que o time da Azenha se recuperaria na partida contra o Atlético Goianiense na noite de ontem. Perdeu nos pênaltis para um time da terceira divisão brasileira e está fora também da Copa do Brasil. Quando será o próximo adeus? No segundo semestre, em meio ao Brasileirão? Pelo menos, me dá uma folga....

Jornalismo panfletário

Publicado na Carta Maior

DEBATE ABERTO


Dilma, Simon e um conhecido blog


Ricardo Noblat cobrou de Pedro Simon que fizesse um discurso no Senado denunciando o suposto "dossiê" dos cartões corporativos. O senador gaúcho estava falando de outro assunto. Pediu desculpas ao jornalista e cobrou explicações da ministra Dilma Roussef. Simon sabe qual é o seu exato lugar.


Denunciar irregularidades na esfera pública, com o amparo de sólido trabalho investigativo, é tarefa irrenunciável do jornalismo. Deixar de fazê-lo, sob qualquer pretexto, é recusar os princípios que fundamentam a liberdade de imprensa, assegurada em qualquer regime democrático. Sobre isso não cabe qualquer discussão. É ponto pacífico para os que desejam a solidez das instituições políticas.
Mas, como já frisamos inúmeras vezes, quando a informação deixa de se submeter a outro imperativo que não seja o do aprofundamento democrático, a liberdade desejada se apresenta como sua própria contrafação. É servida, como subproduto de uma vulgata do utilitarismo, para satisfazer os interesses de seus leitores e sócios maiores.
Um jornalismo que se presta à instrumentalização partidária, distorcendo a realidade, infamando quem considera adversário político, usurpa uma franquia do Estado de Direito para funcionar como panfleto de ocasião. Deixa de ser instância fiscalizadora dos Poderes para tentar substituí-los como única instância legitimadora, subtraindo-lhes direitos e deveres. Quando a imprensa vira partido, seja de oposição ou de apoio a qualquer governo, renuncia ao seu caráter republicano, passando a ser ferramenta de interesses escusos. Há dúvidas se merece ainda ser mesmo chamada de imprensa.
É o que parece estar ocorrendo agora com o vazamento de um suposto dossiê contendo gastos feitos com cartão corporativo na época do governo Fernando Henrique. Antes de verificar se foi montado pela revista Veja, useira e vezeira em construir castelos de cartas, parcela expressiva da grande mídia não hesita em atribuí-lo ao Palácio do Planalto.
Há quase três anos, Luciano Martins escreveu um artigo para o Observatório da Imprensa ( "Quando faltam a razão e o direito") que se tornou definitivo pela dinâmica do jornalismo brasileiro. Analisando o que se delineava como tendência no surgimento do " blog do Noblat", o articulista foi preciso:
"A estréia do jornalista Ricardo Noblat, com seu blog político, no Estado de S. Paulo, traz uma lição inestimável para a compreensão do momento que vive nossa imprensa. Traz também uma mensagem claríssima aos jovens profissionais que sonham um dia escrever no outrora vetusto diário paulista.
A constatação é clara: engajada na luta partidária, a tradicional imprensa brasileira, bem representada pelo Estadão, perdeu os últimos pruridos e não se acanha em abrigar um panfleto em suas páginas, desde que venha a reforçar seus propósitos com relação ao atual governo. A mensagem aos jovens também não poderia ser mais explícita: se quiserem ser bem-sucedidos num grande jornal, aprendam a nadar de acordo com a corrente. Se possível, sejam radicalmente a favor de tudo que pensa o patrão. Substituam a ética pela moral do dia, e boa carreira”.

Mudou o veículo (hoje o blog se encontra na sombra da família Marinho) mas a toada permaneceu a mesma. O jornalismo (?) praticado ali comporta não só pleno endosso ao discurso da oposição como, em circunstâncias especiais, busca orientá-la visando à maior eficácia política. Não faltam, é claro, advertências públicas aos que não se comportam de acordo com a orientação da grande imprensa. Afinal, quem, senão ela, pode ser a única instância de intermediação possível? Quem, de fato, é a atora relevante do jogo político? Quem melhor conhece os atalhos que levam à desestabilização de governos eleitos através de coberturas tendenciosas?
Nesse sentido, nada mais pedagógico que duas postagens de Noblat, na sexta-feira, 28 de março. Em ambas, o jornalismo-torcida evidencia quem é quem na esfera pública midiática. Demonstra como se produz o esvaziamento de instituições clássicas de representação para que a imprensa reitere sua centralidade política.
Irritado com um discurso do senador Pedro Simon que, inadvertidamente, sobe à tribuna sem a pauta atualizada, o blogueiro não mede a intensidade da carraspana naquele que tem se notabilizado por um posicionamento incondicional às demandas tucanas. O texto foi ao ar às 9h53m:
"O que faz Pedro Simon (PMDB-RS) que discursa na tribuna do Senado sobre a harmonia das relações entre os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e não diz uma palavra, uma palavrinha só sobre o escândalo do dossiê produzido pela secretária-executiva da Casa Civil da presidência da República contra o casal Fernando Henrique Cardoso e o governo anterior? Será que Simon não leu a reportagem publicada hoje pela Folha de São Paulo? Será que nenhum assessor dele o alertou a respeito? Ou será que ele considera a história mais uma invenção da mídia dita golpista? Ô Simon, atentai bem: não dá para bancar o senador combativo e na hora agá afinar a voz. Não dá para enganar os trouxas o tempo todo".
A irritação obedece à lógica midiática. De onde o senador gaúcho imagina que há espaços para autonomia relativa? Às 11h20m, menos de duas horas após a advertência, Simon passa recibo e expõe o servilismo solicitado. Noblat registra com satisfação:
“Há pouco, Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a discursar no Senado. Referiu-se à nota deste blog que cobrou sua omissão diante do fato denunciado hoje pela Folha de S. Paulo - o de que a Secretária-Executiva da Casa Civil encomendou o dossiê (ou "levantamento de dados") contra o governo FHC no caso do uso de cartão corporativo. Simon alegou que o discurso que fizera pouco antes estava preparado há muito tempo. E que ele não lera a reportagem da Folha. Pediu desculpas ao blog. Tudo bem, Simon. Não há de ser nada. Foi erro de sua assessoria, que não o alertou há tempo. É muito raro um político pedir desculpas. Não caberia pedir desculpas ao blog, mas aos brasileiros que assistiam à sessão do Senado transmitida pela televisão. A adesão à humilde ordem dos franciscanos fez bem a Simon."
O que temos aqui não é apenas a tutela da política pela imprensa. Mais que isso, fica evidente como se estrutura a hierarquia no campo conservador. Quem fugir da organização discursiva das oficinas de consenso deve ser advertido e, dependendo da relutância, silenciado.
O velho senador deve fazer sua contrição sem constrangimento. Ou será que ele não se deu conta de que o alvo do denuncismo vai além de Dilma Roussef? O que está em foco é a possibilidade de esvaziar a representação parlamentar do PT a partir de 2010. Para tanto, é preciso minar uma candidatura viável, seja ela qual for, desde já. Veleidades pessoais nessa hora soam absurdas. O jogo é sujo demais para melindres. Simon sabe qual é seu exato lugar.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, e colaborador do Jornal do Brasil e Observatório da Imprensa.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Delmar Marques, um desbravador

Conheci o Delmar Marques, 60 anos recém completados, no Jornal do Comércio, de Porto Alegre. Foi chefe de redação em um diário voltado basicamente para a reportagem econômica. Não parecia um veículo adequado diante de seu perfil despojado. Ficou pouco tem pouco tempo lá, mas deixou sua marca, arejando o jornal e dando oportunidade para uma série de jovens competentes que hoje povoa as redações gaúchas ou fora do Rio Grande do Sul. Foi um inovador e tinha uma cabeça genial. Antes estivera em Zero Hora, onde atuou como repórter, período em que ganhou o Prêmio Esso (1975). Foi para outras plagas, mas sempre tive notícia dele. Especialmente pelo sucesso alcançado em veículos de ponta (O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, Gazeta Mercantil e revistas Veja e IstoÉ ), pelos livros escritos (Ascensão e queda dos coronéis e Os novos Farrapos, entre outros), pelos documentários produzidos e, ultimamente, no Internet
No dia 12 de fevereiro, ele próprio informava no seu profile do Orkut que estava internado no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor-HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, aguardando um transplante de coração. É claro que, desde então, muitos de seus amigos colocaram lá mensagens positivas para o Delmar. Escrevi sobre aqui no blog, pedindo que todos os amigos torcessem por ele. Para minha surpresa, recebi uma mensagem dele no dia 25 de março último. Ele dizia:

“Obrigado Jorge, grande amigão de sempre. Está complicada a situação, essa fila não anda. Estava filmando no Uruguai quando a crise me jogou no Incor. O agrônomo André de Oliveira continua me aguardando no cerreitos junto aos dolmens e nenirs semelhantes aqueles que gravei na Bretania e na Normandie, no norte da França. É uma semelhança impressionante que leva meus amigos franceses a demonstrar maior interesse pelos meus estudos sobre os minuanos. Aquele abraço do Delmar Marques, esperando por um coração.”

Meu amigo Delmar esperou cerca de três meses por um coração novo, que não chegou. Mas ele viajou muito e escreveu bastante também. Seu último trabalho de peso foi o livro Os minuanos – O resgate das índias sagradas. Depois de montar um documentário que produziu sobre a tribo, lançou com sucesso a obra no Rio Grande do Sul, no Rio e em São Paulo. Com esse duplo projeto, Delmar esperava dar fim ao processo de "esquecimento" articulado em torno dessa comunidade indígena que as sofisticadas pesquisas sobre o genoma do gaúcho apontam como fundamental na formação das famílias do pampa. Ele foi além: lançou o site Minuanos, onde recolhia material para continuação do projeto, interrompido com sua morte ontem no Incor.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Adeus, Grêmio!


Todos os amigos gremistas - inclusive meus dois irmãos - sumiram no final da tarde de ontem. Liguei para os celulares dos sofredores e ninguém atendeu. Foi um comportamento muito diferente daqueles momentos em que o time deles estava na liderança do grupo e mantinha a invencibilidade. De qualquer forma, o Porto-Alegrense caiu na real: time ruim, péssimo treinador, torcida arrogante e dirigentes petulantes. A quinta colocação no Gauchão lhes cai bem.
De qualquer forma, ainda não engulo o papo da turma caxiense, dizendo que Juventude não é filial da Azenha. O jogo de ontem mostrou exatamente isso. Eles ganhavam de 3 a 0, ficaram com dois jogadores a mais e resolveram não jogar. Fugiram da área gremista e, quando chegavam perto, erraram gols feitos. Mais: tomaram dois de um time medíocre e sem moral. Se o juiz desse mais alguns minutos de desconto, abririam a meta para o Porto-Alegrense empatar e se classificar. Agora, se chegarem à final com o Inter, darão a vida por uma vitória...

sábado, 5 de abril de 2008

Restrições ao eucalipto foram retiradas da proposta de zoneamento da silvicultura

Não houve nem discussão e nem votação na reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), realizada hoje à tarde, em Porto Alegre. Ela foi convocada por edital com o objetivo de apreciar e votar a proposta de Zoneamento Ambiental da Silvicultura (ZAS) elaborada pelos técnicos da Fepam, com as alterações sugeridas pelas Câmaras Técnicas do Consema: CT de Biodiversidade e Política Florestal, CT de Agroindústria e Agropecuária, e CT de Assuntos Jurídicos.
No entanto, o representante da Associação Gáucha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), conselheiro Flávio Lewgoy, um veterano das lutas ambientais, pediu vistas do que seria votado, com base no regimento do conselho. Ele e os demais representantes das ONGs ambientalistas, em minoria no órgão, reclamam que a convocação ocorreu com apenas três dias de antecedência e as sugestões das Câmaras Técnicas não chegaram todas às suas mãos a tempo de serem examinadas.
Demonstrando uma certa irritação, o presidente do conselho e secretário do Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, acatou a solicitação. Mas ressaltou que não aceitará novos pedidos de vistas, ficando convocada nova reunião para a próxima quarta-feira, para votação, sem mais adiamentos, advertiu. “O governo poderia ter aprovado o zoneamento a hora que quisesse, mas temos procurado, acima de tudo, prestigiar a autoridade desse conselho”, afirmou. Em seguida, se retirou rapidamente do auditório da Sema para seu gabinete.

Assim, a reunião serviu para apresentação pública das mudanças sugeridas ao zoneamento pelas Câmaras Técnicas. Pouco antes, Agapan, Amigos da Terra e Ingá, divulgaram úma carta aberta dirigida ao secretário (v. íntegra ao final). As ONGs apelam, basicamente, para que sejam mantidas as limitações ao plantio de florestas exóticas (pinus e eucalipto) no ZAS, que haviam sido acordadas por consenso nas reuniões da Câmara Técnica de Biodiversidade e Política Florestal.

Postura Autoritária

Para surpresa geral, afirmam, na última reunião dessa Câmara, dia 18 de março, apareceu a presidenta da Fepam (Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente), Ana Pellini, para promover uma espéice de intervenção na Câmara Técnica. Ela se apresentou no lugar do conselheiro que vinha representando a Fepam e, junto com representantes dos setores empresariais, retirou do documento todas as principais restrições ao plantio de eucalipto e pinus que consensualmente tinham sido aprovadas.
“Com o agravante de que a presidenta da Fepam, a qual nunca havia participado antes desta Câmara Técnica, votou no lugar do resentante da Fepam na CT, sem ter sido designada para tal representação. Com mais esta postura autoritária e permissiva, comprometem-se os principais fundamentos do zoneamento elaborado pelos próprios técnicos da Sema. Este comprometimento significa a eliminação de qualquer restrição para os plantios silviculturais em seu território”, diz a carta.
Segundo o representante do Ingá, biólogo Paulo Brack, doutor em ecologia e recursos naturais e professor da Ufrgs, foram retirados os elementos mais importantes do zoneamento: 1) os percentuais possíveis de se plantar em cada Unidade de Paisagem Natural (UPN); 2) a limitação do tamanho dos maciços de eucalipto e pinus; e 3) a definição do distanciamento entre estes maciços.
“Esses aspectos são fundamentais, sem esses elementos o zoneamento não terá eficácia nenhuma, voltamos à estaca zero”, afirma Brack.

Da redação da EcoAgência
http://www.ecoagencia.com.br/index.php

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Parabéns, meu Internacional


Sou um privilegiado. Minha paixão por ti, Internacional, começou quando eu tinha cerca de 10 anos e ouvia teus jogos pelas ondas do rádio. Tu já tinhas formado grandes times, mas quem mandava na década de 60 - além dos militares golpistas - era o rival, o Porto-Alegre, que teima em se chamar de grêmio. Mesmo assim, não arredei o pé e meu coração continuou sendo vermelho. Cada vez mais vermelho.
O imponente Beira-Rio foi erguido e, com ele, o início das grandes vitórias, conquistadas em solo gaúcho e além do Mampituba. Vim morar mais perto de ti, em Porto Alegre, em 1972.
No ano seguinte, mais habituado com a capital gaúcha, passei a assistir aos jogos no gigante erguido à beira do Guaíba. Os títulos gaúchos foram sendo empilhados e chegou a hora de conquistar o Brasil. Jamais esquecerei o primeiro título, em 1975, graças a uma cabeçada iluminada do gringo Figueroa ante o timaço do Cruzeiro. Eu estava lá e retornei para o bicampeonato em 1976 e para o tri invicto em 1979. Achava, na época, que nenhuma glória poderia ser maior. Mas tu, meu colorado, és capaz de muito mais.
Deixaste escapar a Libertadores em algumas ocasiões, mas nós sabíamos que um dia chegarias lá. Depois de conquistares a Copa do Brasil em 1992, mostraste ao mundo a tua força no novo século. Foste campeão da América em 2006 - novamente eu estava no Beira-Rio - e muita gente já mostrava satisfação. Afinal, o adversário em Tóquio seria o poderoso Barcelona de Ronaldinho & Cia. Meu Inter, tu mostraste futebol e garra naquela final de 17 de dezembro, alcançando o título de Campeão do Mundo Fifa, jamais conquistado por outro time dos pampas.
Na tua contabilidade, já alinhas 37 campeonatos gaúchos, três brasileiros, a Copa do Brasil, a Libertadores, a Recopa e o Mundial, além de outros triunfos em torneios ao redor do Mundo. Honras o nome que tens, e eu me orgulho de torcer por ti. Parabéns pelos 99 anos de glórias. Quem venha o centenário!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Lançado o programa do 33º Congresso Estadual de Jornalistas no RS


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS lançou o programa oficial do 33º Congresso de Jornalistas, evento que vai se realizar em Santa Maria nos dias 13 e 14 de junho, preparatório ao Congresso Nacional, programado para agosto em São Paulo. As inscrições custam R$ 25 para estudantes sindicalizados, R$ 30 para estudantes não-sindicalizados, R$ 40 para sócios em dia com a Tesouraria e R$ 60 para público em geral.

13 de junho de 2008 - sexta-feira

16h - Credenciamento
19h30min - Solenidade de Abertura
- ‘A TV Pública no Brasil’
- Tereza Cruvinel, presidente da TV Brasil e ex-colunista do jornal O Globo
Mediação - Celso Schröder, vice-presidente da Fenaj
- Coquetel de boas vindas

14 de junho de 2008 - sábado

8h - Credenciamento
8h30min - Abertura
9h - ‘Os Direitos e as Transformações no Mundo do Trabalho’
- José Dari Krein, filósofo, especialização em Economia Social e do Trabalho
- Magda Biavaschi, juíza do Trabalho
Mediação - Márcia Camarano, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS

10h20min - Coffee break

10h40min - ‘Oportunidades no Mercado Jornalístico Gaúcho’
- Telmo Flor, diretor de redação do Correio do Povo
- Carlos Bastos, superintendente de Comunicação Social da Assembléia Legislativa
Mediação - Elisa Pereira, diretora do Sindicato dos Jornalistas do RS - Regional Santa Maria

12h - Intervalo para almoço

14h - ‘As Perspectivas do Jornalismo Brasileiro no Século XXI’
- Carlos Dorneles, da Central Globo de Jornalismo
Mediação - José Carlos Torves, diretor da Fenaj

15h15min - ‘Qualidade do Ensino de Jornalismo e Estágio Acadêmico’
- Valci Zuculoto, Departamento de Educação e Aperfeiçoamento Profissional da Fenaj
Mediação - Elisangela Mortari, coordenadora da Faculdade de Jornalismo da UFSM

16h - Assembléia da categoria e eleição dos delegados do Sindicato dos Jornalistas do RS para o Congresso Nacional em São Paulo.

Jornalista: marque na sua agenda o dia 7 de abril

No ano em que se comemora o bicentenário da imprensa no Brasil, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) quer fazer de 7 de abril um momento privilegiado de luta por reivindicações dos jornalistas como uma nova Lei de Imprensa e a convocação da Conferência Nacional de Comunicação. As orientações gerais para Dia do Jornalista foram definidas em reunião da Executiva da FENAJ com representantes de Sindicatos dos Jornalistas, realizada dia 29 de março, em Florianópolis.

Tucanos sabiam de banco de dados sobre gastos corporativos desde 2005

A oposição já conhecia, desde 2005, a existência de um banco de dados sobre os gastos com cartões corporativos. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) divulgou nesta terça-feira (1), na CPMI dos Cartões Corporativos, um ofício da Casa Civil informando sobre a existência do banco de dados em resposta ao requerimento do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), em que solicitou informações sobre gastos efetuados por dois ex-ministros da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso, Clóvis Carvalho e Pedro Parente, no período de 1999 a 2002.
O requerimento 429/2005, apresentado pelo líder tucano em 9 de setembro de 2005, comprova, segundo Teixeira, que a oposição sabia, há três anos, da existência do banco de dados, colocando por terra a suposição de que seria o próprio governo o autor de um dossiê contra a oposição. "A resposta dada ao senador confirma que a Casa Civil estava organizando um banco de dados. Existe um banco de dados e ele é público. Portanto, não aceitamos a suposição de que o governo teria construído um dossiê", afirmou o petista.
A resposta ao requerimento, na ocasião, informava que "o levantamento dessas informações depende de análise de cada um dos processos, sendo necessário um prazo mais alongado para o atendimento da demanda por não estarem disponíveis no Sistema de Administração Financeira – SIAFI". Além disso, o senador, no requerimento, solicitou a informação sobre qual havia sido o gasto com cartões de crédito corporativo dos dois ex-ministros entre 1995 e 2002. A resposta dada foi de que, com base em levantamentos feitos pelo SIAFI a partir de agosto de 2002, foram liquidados R$ 1 milhão 909 mil e pagos R$ 1 milhão, 418 mil com o Cartão de Pagamento do Governo Federal.

Na resposta ao requerimento, também é ressaltado que, de acordo com informações, a maioria dos suprimentos de fundos movimentados pela Secretaria de Administração, em 2002, permaneceu com movimentação com dinheiro (Contas Tipo B). Assim, o valor total por suprimento de fundos foi de R$ 4 milhões 312 mil, 243 e pagos R$ 3 milhões, 819 mil,740.
"Refutamos, categoricamente, qualquer tentativa da oposição de desqualificar o trabalho que a Casa Civil está fazendo e que era de conhecimento da oposição. Além disso, a revista Veja e a Folha de S. Paulo já foram desmentidas sobre existência desse eventual dossiê", afirmou o senador João Pedro (PT-AM).

As informações são da Liderança do PT no Senado

http://www.pt.org.br/portalpt/index.php?option=com_content&task=view&id=11572&Itemid=195

Hepatite A em atletas do Inter. Como seria no outro lado?

Mesmo diante da situação dramática de cinco atletas do Inter (Maycon, Ramon, Renan, Edinho e Muriel), as provocações entre as torcidas colorada e gremista são inevitáveis. Os torcedores vermelhos, por exemplo, lembram que a hepatite surgida no Beira-Rio é do tipo A. No Olímpico seria B, numa alusão às passagens do time da Azenha pela segunda divisão do Brasileirão. Independente das gozações, torço pela volta imediata dos atletas aos gramados e que não surja mais nenhum caso.

"Pára, pai!"

O pai de da menina Isabella Nardoni, 5 anos, é um cara-de-pau. Além de, possivelmente, ter contribuído para o assassinato da filha no último sábado, em São Paulo, inventa uma versão para as palavras ouvidas por uma testemunha antes da garota ser jogada do sexto andar do edifício London, na Vila Mazzei.
"Pára, pai!" foi gritado em forma de apelo por duas vezes, segundo depoimento de um vizinho. Sinal eloqüente de que o pai Alexandre Nardoni está fazendo algo errado com a filha, mas o advogado dele apresenta uma outra versão. Ele separa as duas palavras, sugerindo que Isabella estaria gritando "pára" para outra pessoa e pedindo socorro para o "pai". É um absurdo, com o intuito de livrar a cara do pai, mas acredito que isso o incrimina ainda mais.
Pergunta: Nardoni conseguido dormir desde sábado?

terça-feira, 1 de abril de 2008

Inter quase centenário







O glorioso Internacional fará 99 anos no dia 4 de abril (na próxima sexta-feira), mas a cabeça de todo o colorado está voltada para o centenário, que será comemorado em 2009. Com muitos títulos!
Ninguém vai nos segurar...

Governo Lula é o mais popular em 19 anos de Datafolha

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou a maior taxa de aprovação desde seu início em 2003 – 55% de "bom" e "ótimo" contra 11% de "ruim" e "péssimo" –, aponta pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta segunda-feira (31) pela Folha de S.Paulo. Este é também o melhor índice obtido por uma administração desde que o Datafolha iniciou a série histórica, em 1990, no governo Collor.
Na primeira pesquisa da série, em março de 2003, ele teve 43% de "bom" e "ótimo" e 10% de "ruim" e "péssimo", um saldo positivo de 33 pontos. No momento mais crítico para o governo (dezembro de 2005, auge da ofensiva do "Mensalão"), estes números passaram para 29% e 28%, um saldo de apenas 1 ponto positivo. Agora, o saldo positivo é de 44 pontos. Na pesquisa anterior do instituto, em novembro passado, os números eram 50% e 14%, saldo de 36 pontos.
Nos dados publicados, os resultados favorecem amplamente o governo mesmo na região brasileira que se mostra mais cética, o Sudeste: 47% de "bom" e "ótimo" e 14% de "ruim" e "péssimo". A melhor avaliação do governo Lula permanece no Nordeste, com 68% de "bom" e "ótimo" e apenas 6% de "ruim" e "péssimo".
Conforme a Folha, "a popularidade recorde do petista foi alavancada por uma recuperação da aprovação no Sul, tradicionalmente uma das regiões mais críticas a ele (aprovação subiu 11 pontos percentuais, para 52%), e pela ampliação do seu prestígio no Nordeste". O texto atribui a recuperação no Sul à "recuperação do setor agrícola".