sábado, 27 de setembro de 2008

Participe deste debate sobre o Jornalismo

Colega jornalista, tu não podes faltar nesta audiência. Ela é importante para mim, para ti e para a sociedade. A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/RS) realiza na próxima segunda-feira (29/09), às 9h30min, no auditório da SRTE (Av. Mauá, 1013 - 10° andar), em Porto Alegre, uma audiência sobre Regulamentação da Profissão de Jornalista, com a presença do secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Luiz Antonio de Medeiros Neto.
A reunião vai apreciar as conclusões do Grupo de Estudos tripartite nomeado pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a partir de indicações feitas pelas entidades de representação dos jornalistas profissionais, das empresas de comunicação e do próprio Ministério.
O objetivo é propor alterações na legislação em vigor, conforme Portaria 342, de 23 de julho de 2008.
Não deixe de participar!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mais de 70% da população brasileira quer jornalista com diploma

A população brasileira está conosco. E o STF?
A pesquisa de opinião nacional CNT/Sensus, divulgada nesta segunda-feira, 22, em Brasília, pela Confederação Nacional do Transporte - CNT, registra que a grande maioria da população brasileira é a favor da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Dos dois mil entrevistados em todo Brasil, 74,3% se disseram a favor do diploma, 13,9% contra e 11,7% não souberam ou não responderam.
Os dados foram muito comemorados pela Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj - e pelos sindicatos de jornalistas. Para o presidente da Fenaj, Sergio Murillo de Andrade, este é melhor apoio que a campanha poderia obter e o resultado da pesquisa renova as forças dos que estão lutando pela regulamentação profissional. "Esses números da pesquisa CNT/Sensus mostram que a população brasileira tem a real dimensão da importância do Jornalismo para o País e que quer receber informações de qualidade, apuradas por jornalistas formados".
Murillo afirmou, também, que esses dados ficam ainda mais importantes com a proximidade da votação da exigência do diploma pelo STF e espera que ministros percebam o desejo da sociedade. "O STF tem a chance de mostrar à população que anda junto com seus anseios, reconhecendo que Jornalismo precisa ser feito por profissionais com formação teórica, técnica e ética e que o Jornalismo independente e plural é condição indispensável para a verdadeira democracia".
A Pesquisa CNT/Sensus quis saber, também, o que a população acha da criação do Conselho Federal dos Jornalistas. Para a pergunta 'o sr. (a) acha que deveria ou não deveria ser criado um Conselho Federal dos Jornalistas, para a regulamentação do exercício da profissão no País - como as OABs para os advogados e os CREAs para os engenheiros?', o resultado foi que 74,8 % acham que o Conselho deveria ser criado, 8,3% que não deveria ser criado, para 6,5% depende e 10,4% não sabem ou não responderam.

sábado, 20 de setembro de 2008

Tradicionalismo x Carnaval

Os gaúchos são orgulhosos de sua condição. Valorizam tanto o tradicionalismo que decidiram acampar em pleno Parque Harmonia, área verdade às margens do Guaíba e praticamente no coração de Porto Alegre. Embora eu não seja afeito a esta prática, acho bonito a demonstração de apego às tradições. O mote da mobilização de gaúchos da cidade e do campo é a Revolução Farroupilha, que durou dez anos e manteve o Rio Grande do Sul independente do Brasil. Os farrapos perderam a guerra, mas não o orgulho. A história tem diversas vertentes e é polêmica, mas não foi entrar neste mérito.
O que me chama a atenção é a comparação com o Carnaval, festa popular em todo o Brasil, inclusive na terra dos ferroupilhas. Ocorre que, ao lado do mesmo parque em que são montadas centenas de barracas e galpões para para comemorar o 20 de setembro, uma aveniva era palco do Carnaval de Porto Alegre. Com intuito de dar mais conforto para os carnavalescos, a prefeitura projetou a criação do sambódromo no local. Foi o que bastou para que entidades de todas as matizes se erguessem contra o projeto. Justificavam que tal empreendimento resultaria em transtorno e barulho para os moradores da região. Resultado: o sambódromo foi transferido para um bairro bem distante do Centro da capital gaúcha, apesar do protesto dos carnavalescos.
A mesma justificativa não é usada contra o sambódromo não foi utilizada quando o acampamento farroupilha ganhou corpo. E olhem que o baraulho e os transtornos se assemelham. Para mim, esta atitude coletiva tem um nome: discriminação. Me apresso em dizer que também não gosto de carnaval de rua. Aceito o contraditório.

Brasil vive a década da redução da desigualdade social


A redistribuição de renda e o aumento da classe média foram as características principais do período de dez anos fechado em 2007. A constatação é do estudo “Miséria e a Nova Classe Média na Década da Igualdade”, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
No período, a classe média cresceu 15 pontos percentuais. Em 1992, 32,52% da população se enquadrava na classe média e esse contingente chegou a 47,06% em 2007. Nos quatro anos finais do período, o crescimento passou de 37,06% para 47,06%. Só em 2007, 1,5 milhão de pessoas saíram da linha de pobreza.
Para os técnicos da FGV, o resultado se deve ao bom desempenho da economia e da geração de emprego formal a partir de 2004.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 14 de setembro de 2008

Lula deixa a oposição e seus aliados sem discurso

Ricardo Kotscho


Ficou mais difícil a vida dos líderes da oposição e seus fiéis aliados na grande mídia depois da publicação da nova pesquisa "Datafolha" sobre o presidente Lula. "Aprovação a Lula bate recorde histórico - Pela primeira vez, presidente obtém a maioria em todos os segmentos, incluindo os mais ricos e escolarizados", mancheteia a "Folha" desta sexta-feira.

Não por acaso, nenhum dos seus colunistas tocou no assunto. Preferiram falar de Bolívia, Petrobras, tropas nas favelas cariocas. O problema é que o "Datafolha" simplesmente desmontou todos os argumentos utilizados pelos partidos de oposição e a maior parte dos meus colegas colunistas desde a reeleição de Lula em 2006.

O que eles argumentavam? Que Lula só se reelegeu graças aos votos dos pobres, nordestinos e analfabetos beneficiados pela Bolsa Família, chamada de "bolsa esmola", os mesmos que depois seriam responsáveis pelos seus altos índices de aprovação nas faixas de menor renda, nas regiões mais carentes e entre os menos escolarizados.

Era esse o discurso. O que eles irão dizer agora? Com 64% de índice de avaliação ótimo/bom e apenas 8% de ruim/péssimo (incluindo aí certamente muitos amigos jornalistas), um recorde depois da redemocratização do país, fico pensando no que eles irão dizer e escrever amanhã.

Segundo o jornal, "Lula também acaba de obter, pela primeira vez, a aprovação da maioria absoluta da população brasileira em todos os segmentos sociais, econômicos e geográficos do país".

Ainda de acordo com a pesquisa, "pela primeira vez, Lula tem o apoio da maioria do Sudeste, nas regiões metropolitanas, entre os que têm curso superior e entre os que vivem em famílias com renda familiar superior a dez salários mínimos".

Imagino que nem o próprio Lula poderia sonhar com estes números no sexto ano de seu governo, depois de pegar o país numa situação muito difícil em 2003, com a economia em frangalhos e sem credibilidade no exterior, e tendo que enfrentar uma crise política após a outra em seu primeiro mandato.

Para falar a verdade, ninguém, nem eu, poderia prever este cenário em 2008. Faz 30 anos no mês que vem que voltei da Alemanha, onde era correspondente do "Jornal do Brasil", virei correspondente da "Istoé" do Mino Carta no ABC, conheci Lula e me tornei seu amigo.

Trabalhei com ele em três campanhas presidenciais e durante dois anos na Secretaria de Imprensa do governo e nunca o vi tão bem, tranqüilo e satisfeito como no último fim de semana quando passei três dias com Lula no Palácio da Alvorada.

Não falamos de política, mas da vida, lembrando de momentos difíceis que passamos juntos nestas três décadas em que o Brasil saiu da ditadura para o mais longo período de liberdades, com crescimento econômico e distribuição de renda, o que explica sua aprovação popular pesquisa após pesquisa.

De dieta, sem poder provar o bom chope que serviu aos amigos, cercado de filhos, noras e netos, todos sob o comando da implacável Marisa, até comentei com ele como agora tudo parece normal, natural, a gente ali em volta da piscina do belíssimo palácio de Niemeyer restaurado recentemente pelo casal, mas teve hora, muitas horas, em que isso simplesmente poderia parecer delírio de sonhadores malucos.

Lula está colhendo agora os frutos da sua própria determinação, da fé no seu taco com o que plantou no primeiro mandato e do compromisso com suas origens nordestinas e operárias que fizeram dele um líder político diferente de todos os outros em nossa história de mais de 500 anos - e por isso cavou nela, literalmente, o seu lugar.

Agora ele se veste bem, cumpre os rituais do poder e viaja pelo mundo com a sem-cerimônia de quem antes ia passar fim de semana na Praia Grande, mas na essência não mudou sua forma de se relacionar com todos, humildes ou poderosos, sempre questionando, provocando, desconfiado das velhas verdades absolutas.

Valeu, Lula.

Em tempo: estreou na semana passada o blog "Balaio do Kotscho". Tem entrevistas exclusivas com os presidenciáveis Ciro Gomes e Aécio Neves falando sobre 2010 e o Brasil pós-Lula.

Estão todos convidados a fazer uma visita.

Se gostarem, coloquem entre seus preferidos no endereço: colunistas.ig.com.br/ricardokotscho.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O que fez Fogaça? Nada!

A candidata à vice-presidente pelos Republicanos nos EUA é pró-armas

Obviamente, a foto ao lado é uma montagem. Mas todo mundo sabe que a candidata dos Republicanos à vice-presidência do EUA, Sarah Palin, sempre defendeu a posse de armas para toda a população americana, é ultra-conservadora, pró-guerra e nacionalista ao extremo. É o novo xodó da eleição norte-americana, mas isso vai durar pouco. Obama será o presidente que não mudará muita coisa no império. Mas é menos belicista que o Bush filho.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

É jogando futebol que se responde a críticas

É difícil para muita gente entender que o presidente Lula é tão apaixonado pelo futebol quanto a maioria dos brasileiros. Por isso, ele se manifesta sobre o assunto na condição de torcedor. Não como dirigente máximo da Nação. O presidente não disse nenhuma bobagem quando reclamou do futebol da seleção brasileira - que todo mundo sabe andava mal - , especialmente na quesito disposição. Fez a comparação com a Argentina como qualquer outro brasileiro faria. O goleiro Júlio César, por conta própria ou mandado, resolveu falar besteira, dizendo que o presidente deveria renunciar e morar no país vizinho.
Em primeiro lugar, só afirmou isso porque o presidente Lula foi um dos tantos brasileiros que lutou para acabar com a uma ditadura que impedia qualquer pessoa de se manifestar. Se vivesse durante os anos de chumbo, Júlio César teria perdido o lugar na seleção e não se sabe que outro destino tomaria. A democracia pela qual Lula e tantos brasileiros brigaram permite que qualquer cidadão diga que a seleção estava jogando um "futebolzinho". E que um jogador diga besteira, divulgada com destaque pela mídia. Lá atrás não era possível isso.
Pois a seleção brasileira jogou com disposição, garra e futebol vistoso ontem contra o Chile em Santiago. Ao aplicar 3 a 0 nos donos da casa se redimiu do futebol que a tinha colocado em sexto lugar nas Eliminatórias e deu uma resposta convincente a Lula e aos brasileiros. Eu estou feliz, e certamente o presidente também está. É dessa forma que a gente reage diante das críticas. E não de forma grosseira e desproporcional como fez o goleiro Júlio César. Aliás, ele não reclamou do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que também criticou o selecionado brasileiro. Ah, este certamente está acima de Lula na escala de valores do jogador brasileiro e é intocável.

sábado, 6 de setembro de 2008

Inflação oficial cai quase pela metade em agosto, mostra IBGE

Uma boa notícia para todos os brasileiros, e uma martelada nos dedos dos urubus da grande mídia e da oposição irresponsável, que já estavam festejando uma improvável volta de altos índices inflacionários. A inflação no Brasil passou de 0,53% em julho para 0,28% em agosto, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a menor taxa desde setembro do ano passado e o terceiro mês seguido de redução. Em agosto de 2007, a variação foi de 0,47%. Os dados se referem ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), mais importante indicador de preços do país, adotado pelo governo para estabelecer suas metas anuais de inflação (a de 2008 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos).

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

5 de setembro: qual o presente ideal para a Amazônia?

Hoje, 5 de setembro, é comemorado o Dia da Amazônia. Instituída em 2007 pelo presidente Lula, a homenagem, que lembra a data em que foi criada a Província do Amazonas por D. Pedro II, em 1850, é mais uma oportunidade para refletir sobre políticas e ações de desenvolvimento sustentável, que possam garantir e valorizar a preservação da natureza e as necessidades socioeconômicas dos povos que habitam a floresta.

Assim como em outras datas comemorativas no Brasil, nas quais é costume presentear o homenageado (pais, mães, crianças etc.), a Amazônia também merece ser presenteada. Por isso, o site Amazônia.org.br perguntou a diversos ambientalistas que atuam na região: qual é o melhor presente para acabar com os problemas que atingem a Amazônia? Veja abaixo quais as opiniões dos especialistas.

Dê a sua opinião: Clique aqui e escreva qual é o melhor presente para a Amazônia.

Presente dos especialistas:

"No dia da Amazônia, a região mereceria um presente de retribuição: um fundo para zerar o desmatamento da região. Esse fundo financiaria duas ações principais: o combate ao desmatamento ilegal e a compensação daqueles que deixam de desmatar, embora tivessem o direito legal de poder fazê-lo. Dessa forma, a região continuaria a presentear o mundo com benefícios ambientais e produtos florestais das áreas florestadas e produtos agropecuários daquelas já desmatadas. O Brasil e o planeta que recebem esses benefícios deveriam "fazer uma vaquinha" para financiar o fundo pelo desmatamento zero" - Paulo Barreto, pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)


"Eu presentearia a Amazônia com a decretação do Desmatamento Zero até que seja realizado um Zoneamento Ecológico Econômico regional" - Sarney Filho, senador e ex-ministro do meio ambiente

"Eu daria algo muito simples: as reservas extrativistas que já têm um processo de criação concluído e estão emperradas na Casa Civil. Porque o reconhecimento da terra e dos direitos da floresta dessa gente que lá vive, e que é a grande responsável por manter a floresta em pé, esbarra no interesse de usinas e minerações. É muito simples, o decreto está pronto e elaborado, só falta assinar" - Mauricio Torres, pesquisador do departamento de geografia humana da Universidade de São Paulo (USP)

"O presente perfeito para a Amazônia seria um pacto nacional para desmatamento zero, firmado entre setor agropecuário, empresas madeireiras, governos estaduais e federal, bem como movimentos sociais e ambientais do Brasil. Seria um presente para a Amazônia que ela fosse protegida e envolvida num projeto de desenvolvimento econômico sustentável. Como a região tem um papel fundamental para a manutenção do equilíbrio hídrico mundial e a purificação do ar, combatendo a ação do efeito estufa, esse presente não seria somente para a nossa floresta, mas para todo o mundo" - Paulo Adário, coordenador da Campanha de Amazônia do Greenpeace

"O melhor presente seria garantir que daqui pra frente a Amazônia tenha de gerar riqueza em primeiro lugar para os amazônidas, em vez que para o resto do Brasil ou do mundo. Isso se deu até hoje com minério, energia, carne, madeira, grãos, terra para reforma agrária, e pode continuar também no futuro com biodiversidade e carbono, sempre deixando a população local marginalizada." - Roberto Smeraldi, diretor da organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira

"O melhor presente para a floresta e os seus povos seria o reconhecimento, por parte do governo e do setor empresarial, de que a Amazônia não deveria virar uma grande mina, uma mega-turbina -para gerar energia para as fábricas de alumínio- nem um reservatório (com águas estagnadas e peixes mortos), muito menos uma hidrovia industrial. Para isso acontecer, não poderemos contar com a altruísmo das autoridades e investidores - precisaria uma evolução de consciência em todos os brasileiros, o povo mostrando a sua indignação com clareza e firmeza" - Glenn Switkes, diretor do Programa da International Rivers na América Latina

"Daria a capacidade de 'Produzir sem destruir', fazendo com que toda a riqueza que a Amazônia possui e todo o potencial de suas comunidades fossem usadas, sem que fosse preciso destruir a floresta" - Bertha Becker, geógrafa e pesquisadora

"Um presente seria ver um dia um processo participativo e democrático para a inclusão econômica e social dos povos da Floresta e, com este dia, ver a nossa sociedade percebendo o valioso serviço prestado por este exército de bons brasileiros e brasileiras, sejam as populações locais, tradicionais ou os povos indígenas, estes que cuidam, manejam e protegem o nosso maior manancial de riqueza" - Rubens Gomes, presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)

"Eu quero dar de presente para a Amazônia o cumprimento da legislação ambiental brasileira, principalmente a resolução 01/1986 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e a paralisação das obras de rodovias até que sejam feitos os estudos de alternativas" - Marcos Mariani, presidente da Associação Preserve a Amazônia

"Um presente perfeito para a Amazônia seria um cuidado especial com os jovens da floresta, que são os gestores da Amazônia do futuro. Escolas técnicas de qualidade, formação de gestores, desenvolvimento de lideranças, educação profissional em florestas, advocacia, antropologia, medicina, enfermagem, biologia e tantas outras áreas necessárias para a profissionalização de quem mora na floresta - seria o melhor presente que a região poderia receber" - Mary Helena Allegretti, antropóloga


Fonte: http://www.amazonia.org.br

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Globo contra o diploma

Recebi um e-mail da companheira jornalista Lesia Aguiar, que merece ser dividido com todos aqueles (jornalistas ou não) que defendem a formação acadêmica para termos uma boa informação. Assino embaixo:

"Meus amigos, fiquei pasma ao ver a Rede Globo levar ao ar um capítulo da novela A Favorita, onde um grande empresário contrata uma ex-presidiária, ex-cantora sertaneja, sem formação nenhuma (Patrícia Pillar, linda como sempre), para ser chefe da área de Comunicação Social da empresa! Justamente agora, quandoa categoria dos jornalistas está em campanha para que seja mantida a obrigatoriedade do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista.
É o recado que a Rede Globo manda para a população brasileira: "Nós não gostamos de jornalista diplomado!" Continua, portanto, a loira platinada a mandar suas mensagens subliminares ao povão em um país onde a concessão de TV é feita por compadrio e ninguém tem força nem coragem de enfrentar o poder da família Marinho."

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Fernandão escreve seu amor ao Inter no seu site

MUITO OBRIGADO !

Foram quatro anos maravilhosos. Inesquecíveis. Desde o meu primeiro jogo no Inter, tive uma certeza: a passagem por Porto Alegre me marcaria muito. E, temporada após temporada, foi isso o que vi e vivi. Do GOL 1000 em Grenais ao título do Mundial de Clubes da FIFA, experimentei o sentido mais amplo do que todos costumam falar muito no futebol: espírito de grupo. Jogadores, dirigentes e torcedores absorveram um sentimento único: juntos, seríamos praticamente imbatíveis.

E assim foi. O Beira-Rio virou um caldeirão para os adversários. Nós tínhamos confiança suficiente para fazer o resultado que fosse preciso. Isso vai ficar para sempre na minha memória.

Estou me encaminhando para viver uma fase diferente. Longe do país que amo e da torcida que aprendi a ter ao meu lado. Mas a minha relação com os colorados vai continuar a mesma. Mesmo não defendendo mais o Inter, seguirei acompanhando, vibrando com as conquistas.

E a identificação vai estar sempre comigo. Na minha primeira ida ao Catar, ainda no aeroporto, antes de embarcar para São Paulo, me perguntaram se eu tinha a intenção de voltar ao clube como jogador ou como dirigente. Respondi que, se não voltasse como jogador ou como dirigente, seria como torcedor, porque me considero um colorado.

Obrigado por tudo.

Beijos e abraços do Fernandão

Direito à verdade

As violações dos Direitos Humanos na América Latina têm relação direta com as ditaduras militares articuladas pela Operação Condor. Para debater o tema “Direito à Memória e à Verdade” estarão reunidos dois ministros – Paulo de Tarso Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e Eduardo Duhalde, que ocupa a mesma pasta no governo argentino – além do procurador da República Domingos Sávio Silveira, o embaixador paraguaio Mário Sandoval e os jornalistas Roger Rodriguez (La República, Uruguai) e Nilson Mariano (Zero Hora, Brasil). O painel acontece hoje, 2 de setembro, às 19h30min, no auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e tem entrada franca.
Integrado à programação da Reunião das Altas Autoridades em Direitos Humanos e Chacelaria do Mercosul, o evento é promovido pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do RS (Ufrgs), Fundação Luterana de Diaconia e Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação (Alice). Painéis como este estão acontecendo em diversas capitais brasileiras. Eles complementam o projeto “Direito à Memória e à Verdade”, inaugurado pela publicação do livro homônimo, em agosto de 2007, e que relata as conclusões dos processos envolvendo mortos e desaparecidos durante a ditadura brasileira. O projeto também envolve exposições fotográficas sobre o tema e memoriais instalados em locais públicos de grande circulação. O objetivo é resgatar esta passagem histórica, fundamental para a formação do pensamento crítico do cidadão.

O que – Debate “Direito à Memória e à Verdade”
Quando – hoje, 2 de setembro, às 19h30min
Onde – Auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa do RS

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Uma obra com a cara do autor


O colega jornalista Renato Dornelles está lançando um livro que certamente traduz com perfeição os seus anos de labuta no jornalismo policial. Não li Falange Gaúcha, mas já garanto que é uma obra indispensável. O lançamento é na quarta-feira, dia 4 de setembro, conforme o anúncio acima. Estarei lá.

Justiça Criminal condena Mainardi, mas grande mídia absolve

Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada

O PiG (Partido da Imprensa Golpista) não deu uma única linha sobre a condenação de Diogo Mainardi na Justiça Criminal de São Paulo. Diogo Mainardi foi condenado a três meses de cadeia. Se tiver dinheiro, pode converter a pena em dinheiro.

O mais importante, porém, foi Mainardi perder a “primariedade”. O que significa que, se for condenado de novo, por não ser mais primário, vai ter que ir, obrigatoriamente, em cana. Do ponto de vista das instituições, a decisão por 3 x 0 manda um sinal a todos os colonistas e “jornalistas” do PiG.

A “liberdade de imprensa” não é escudo para se “censurar pela calúnia”, como disse um dos juízes da ação. A “liberdade de imprensa” não é escudo para cometer crimes. A “liberdade de imprensa” não é “liberdade DA imprensa” — ou seja, não é só o PiG que tem direito à liberdade.

O PiG e a Associação Nacional dos Jornais — seu lobby em Brasília — tentam impor a doutrina de que a liberdade de imprensa é ilimitada. A dupla condenação de Mainardi no Crime — já tinha sido condenado no Cível, também em segunda instância e também por unanimidade — fixa limites legais à liberdade do PiG.

Tanto assim que o PiG preferiu ignorar a condenação. Mainardi escreve na revista de maior circulação do país, a Veja, a última flor do Fascio, uma revista inescrupulosa, em que o leitor não distingue comércio de informação.

Mainardi escreveu um livro best-seller, que, no título, chama o Presidente da República de anta. Mainardi participa de um programa na tevê a cabo, de alcance nacional. Não é um desconhecido. Ele é um símbolo dessa imprensa que flagela o Brasil. E, por isso, por ela foi absolvido.

Folha é condenada por erro na publicação de fotografia

A empresa Folha da Manhã Ltda. deve pagar indenização de R$ 250 mil por erro na publicação de fotografia. Numa de suas edições de domingo, em 2001, o jornal Folha de S. Paulo publicou a matéria intitulada “Bairro de São Paulo atrai vizinhança homossexual”, na qual incluiu a foto de um advogado numa suposta insinuação de se tratar de público gay.

A foto foi publicada no caderno Cotidiano e fazia referência aos gays “de armário” que agendavam encontros noturnos pela internet. A foto, segundo a defesa, foi tirada furtivamente, no momento em que o advogado abraçava um conhecido em frente a um café. Havia indicação de que o fotógrafo eliminou do enquadramento as respectivas esposas, que se encontravam no local. Apesar da imagem escura, era plenamente possível a identificação.

O jornal foi condenado em primeira instância a pagar RS 90 mil. Esse valor foi reduzido no Tribunal de Justiça de São Paulo para R$ 60 mil, valor considerado irrisório pelo STJ, que fixou a indenização em R$ 250 mil. A intervenção da Corte Superior no arbitramento do valor da indenização por danos morais só se dá por exceção, quando, por exemplo, o valor é considerado irrisório.

Para o ministro Ari Pargendler, relator do processo, a despeito de nenhum preconceito, ser identificado como homossexual pode, em determinados setores, ser extremamente negativo à imagem pública de um homem. O advogado, que sustentou a defesa no STJ, ressaltou que até hoje responde a piadas em tom jocoso a respeito do assunto. A fotografia, aliada ao teor da reportagem, levava a crer, segundo o advogado, que ele pertencia ao público GLS.

Fonte: Coordenadoria de Editoria e Imprensa do Superior Tribunal de Justiça

Mainardi é condenado a três meses de prisão

O colunista Diogo Mainardi foi condenado, por injúria e difamação, a uma pena de três meses e 15 dias de detenção, mas pode revertê-la em multa de três salários mínimos (R$ 1.245) e 11 dias-multa. A decisão é da 13ª Câmara Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), em ação movida pelo jornalista Paulo Henrique Amorim contra o colunista da revista Veja. A informação é do site Última Instância.

O motivo da condenação foi a publicação do texto "A voz do PT", em 6 de setembro de 2006, no qual afirmou, sem provar, que o jornalista Paulo Henrique Amorim mantinha sua página no portal IG com dinheiro de fundos de pensão estatais. Amorim, que havia perdido em primeira instância, recorreu e ganhou no TJ.

Agressivo

O Ministério Público de São Paulo apresentou parecer pela condenação de Mainardi, ao considerar que as afirmações do colunista de Veja ultrapassam o limite razoável do "jornalismo agressivo". A argumentação do MP-SP foi acolhida pelo relator do caso, desembargador Miguel Marques e Silva, acompanhado pelos outros dois desembargadores da 13ª Câmara, Sanjuan França e França Carvalho.

A defesa de Mainardi, feita pelo advogado Alexandre Fidalgo, alegou liberdade de opinião para sustentar a inexistência de crime. Haverá recurso contra a decisão do TJ-SP, infoma o site jurídico.