Blog destinado ao Jornalismo, com informações e opiniões nas seguintes áreas: política, sindical, econômica, cultural, esportiva, história, literatura, geral e entretenimento. E o que vier na cabeça... Leia e opine, se quiseres!
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
O uso político do câncer de Lula
Todos tivemos ou temos um parente ou amigo com câncer. Trata-se de uma doença terrível que merece apenas um sentimento: solidariedade. Não vejo motivo para piadas, graças, ironias ou qualquer sentimento que não seja o de conforto para Lula e e para todos os demais portadores. Usar politicamente a doença do ex-presidente para destilar o ódio não merece palavras. Muitos que olhavam apenas o próprio umbigo agora gritam contra os problemas da saúde pública.
Livro
Livro levo como carga
que não deixo ser pesada.
Leve dom de sabedoria
mesmo sendo coautoria.
Cada palavra, toda frase
trazem junto o enlace.
O encanto está em tê-los
para então poder lê-los.
Livro lirismo é, ritual
de todo santo dia.
Nenhuma letra eu descarto
e vou levando no bornal.
sábado, 29 de outubro de 2011
O pássaro
Embriagado estou
porque a vida rachou.
Não procure razões
porque a curva mudou.
No momento, quero
o silêncio do lero
que não me diz nada,
mas é o quero-quero.
Pássaro que rumou
para lugar onde estou
buscando o afago
de quando voou.
Bebi
Bebi, senti o gosto da cevada.
Foi antes do contato com o teclado de agora.
Escrevendo, sinto ela, a cerveja de qualidade, me tocando.
Molha meus lábios, entra devagar nos meus órgãos, me seduz.
O primeiro gole foi como a primeira parceira.
Fui descobrindo ela fria, muito gelada.
Depois, esquentou.
Não foi a garrafa.
Mas meu pensamento naquele momento
de muito amor, carinho e tesão.
Então, bebi.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Versos de uma noite...
Rumo
Eu não tinha rumo,
achaste meu prumo.
Sei lá o que é isso.
Só entendo que eu
quero dizer que alguma
coisa sai do meu coração
e explode na vida tua.
Alguma coisa enfeita
e te torna refeita.
Desfeita eu não faço,
embora o enfeite.
Entenda o sinal de hoje
que não é o de ontem
e faça dele um amanha.
achaste meu prumo.
Sei lá o que é isso.
Só entendo que eu
quero dizer que alguma
coisa sai do meu coração
e explode na vida tua.
Alguma coisa enfeita
e te torna refeita.
Desfeita eu não faço,
embora o enfeite.
Entenda o sinal de hoje
que não é o de ontem
e faça dele um amanha.
Lágrima
Olha a minha lágrima,
sinta o calor dela.
Olha o meu sorriso,
sinta a razão dele.
Olha a minha explosão,
sinta o sentido dela.
E, se nada encontrares,
vá, viva, procure...
Amor consentido
Ah, como é o amor consentido.
Aquele que um dia é curtido
e, no outro dia, repetido.
Dia após dia, sem parar
que faz o coração disparar.
Tempo
Pingos de chuva
Raios de sol
rajadas de vento
Da chuva, enxurrada
Do sol, esplendor
do vento, brisa.
Tudo num dia
que eu não queria
Versos métricos
Não chamem meus versos de poesia ou poema. Talvez prosa. Os teóricos ao meu lado, amantes da técnica, definem as coisas simples como prosaicas, comuns. Então, poesia é outra coisa. Leigos não entendem. Recuo..
Companhias
Período de muita leitura. Neste final de semetre na PUC, minha cama tem sido assim. Fui deitar com polígrafos e livro, acordei com o jornal...
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Esperança
Não mate a esperança.
Faça viver o sonho.
Viva o fruto da esperança.
Curta a realidade do sonho.
Cavalo mouro
Uma porta abriu e nela entrou um cavalo mouro, todo empinado. Eu estava deitado e, sobressaltado, pulei da cama e olhei seus olhos graúdos. O animal corcoveou desordenadamente e, por fim, estaqueou. Não reconheceu o terreno, aquele não era o seu chão. Acostumado a galopar pelos campos das estâncias da vida, estava enjaulado no meu apartamento. Quando me dei conta do disparate, abri os olhos e me vi ainda deitado. Do pingo elegante, de peitoral prateado, não notei nada. Era um sonho de uma madrugada que começou com chuva e terminou com o canto dos pássaros. Agora, sim, tudo no seu lugar.
Foto: alysonhb.blogspot.com
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Chuva graúda
Cai lá fora uma chuva graúda.
É intensa e deixa gato molhado.
A moça que passa toma cuidado
para não ficar com o pé atolado
na água que corre na rua miúda.
Cai lá fora uma chuva bendita.
Barulho faz nos telhados a
melodia que enche os ouvidos
de cansados e loucos amantes
de uma noite saltitante.
Preparadores
O Inter tem preparadores de goleiros, de defesa e de atacantes.
Não seria o caso de contratar um preparador de barreiras?
Ainda a frustração
Gosto amargo de fel.
Sentimento da frustração
ainda invadindo os póros
na manhã seguinte de um fiel.
Pulava, gritava a vitória
em jogo frustrante marcado
pela soberba que não foi minha,
pela desatenção que não tive.
Não por falta de lição
porque fato igual
acontecera antes
no mesmo estádio
da desilusão.
Sentimento da frustração
ainda invadindo os póros
na manhã seguinte de um fiel.
Pulava, gritava a vitória
em jogo frustrante marcado
pela soberba que não foi minha,
pela desatenção que não tive.
Não por falta de lição
porque fato igual
acontecera antes
no mesmo estádio
da desilusão.
Madrugando no início da semana
O5h53 em Porto Alegre - temperatura de 22,3ºC e nuvens brancas dividindo espaço com o azul do céu.
Os jornais que li dizem que o tempo enroscará durante o dia, mesmo com temperatura de 30ºC, e choverá à noite.
Acabou o verão do fim de semana. É pedir demais.
O silêncio na rua seria total não fossem o canto dos pássaros, meus inseparáveis amigos da madruga.
Bom dia e ótima semana para vocês, pessoas especiais.
domingo, 23 de outubro de 2011
Frustração
Voltando do Beira-Rio, com o grito preso e uma alegria contida.
E uma palavra que sintetiza tudo: frustração!
E me recolho. Boa noite a vocês!
É hoje, Inter
Oito horas separam o início do jogo do meu colorado contra o arquirrival Corínthians. Desde que vim para Porto Alegre, nunca perdi um jogo no Beira-Rio contra os paulistas que nos roubaram o título de 2005.
Em 1976, então, nos valeu o bi nacional.
Por isso, almoço correndo e ligeiro irei para o estádio, que estará abarrotado. Uma vitória significa proximidade da Libertadores, do título nacional. De tudo.
Vamos, Inter!
Silêncio da rua
Esta manhã minha rua está silenciosa
Volta e meia passa um casal tagarelando
De vez em quando um carro passa rodando
Em breve, minha rua estará em polvorosa.
Domingo brilhando
Acordo cedo e escancaro as janelas. Vejo um dia nascendo lindo, brilhante, com céu de brigadeiro. O sol ainda está escondido pelos prédios, mas logo será intenso. Os sabiás e os bem-te-vis cantam felizes. A turma da noite, também. Bom domingo, amigos e amigas!
sábado, 22 de outubro de 2011
Mulheres - Pablo Neruda
Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Cultura do automóvel
A cultura do automóvel é incentivada pela mídia.
Jornal gaúcho abre página de Economia para falar do IPI dos carros importados.
A notícia interessa a 0,005% da população.
Mas agrada aos anunciantes de veículos.
Uma inversão absurda do verdadeiro jornalismo.
Minha rua
Rua estreita de asfalto rachado
passam rodas, roda sapato.
Pessoas olham, de lado a lado,
cada carro que ali passa chato.
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