terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pressa no jornalismo

Oportuno artigo do estudante Jadilson Rodrigues (Salvador - BA) - publicado originalmente no Observatório da Imprensa - sobre a pressa do jornalista atual em repassar uma informação, o que elimina importantes etapas como apuração e análise.

O jornalismo nosso de cada dia

No decorrer desses dias tão acelerados e com a velocidade cada vez maior da produção de informações, nos perdemos e acabamos não as passando pelo processo de análise e apropriação e, principalmente, a compreensão da forma e com que intenções a informação é produzida e veiculada nos meios de comunicação. Lembro-me do tempo em que os jornais impressos possuíam matérias detalhadas nas quais, independentemente do conteúdo e da intenção de quem a escreveu, enxergávamos que havia por detrás uma pesquisa robusta para construção do texto, da informação que seria passada ao leitor.
Esse tempo parece que ficou para trás...
Dia desses, na edição online da Folha de S.Paulo, lia na coluna de Mônica Bergamo sobre um comediante que tinha sido processado e condenado a pagar uma indenização por um comentário que fizera. O que me surpreendeu foi o fato que a notícia era simples citação de uma postagem do próprio comediante feita numa rede social.
Esse fato repetiu-se no fim de 2012 por duas vezes em outros portais de notícias em que as matérias consistiam da veiculação de fotos postadas em outra rede social: de uma jogadora de vôlei curtindo as férias (ver aqui) e de um jogador de futebol que estava retornando ao país para jogar num clube (aqui).
A essência da informação
Esses acontecimentos intercalaram-se com o meu acompanhamento do seriado The Newsroom, produzido pela HBO, ficção que mostra os bastidores do programa News Night, exibido pela emissora a cabo de notícias Atlantis Cable News (ACN), comandado por Will McAvoy (Jeff Daniels) e pela produtora executiva Mackenzie McHale (Emily Mortimer).
O noticiário cita vários casos verídicos e recentes acontecidos nos EUA e no mundo, quando o âncora e sua equipe tentam colocá-los no ar, mesmo enfrentando vários obstáculos pessoais, comerciais e corporativos. Nos bastidores do noticiário podemos observar a busca pela informação para produzir outra, que seja robusta e que faça com que quem a está recebendo tenha substância para formar seu próprio juízo de valor sobre os fatos.
A série The Newsroom e as notícias produzidas nos jornais, principalmente nas suas edições online, geram um questionamento: é tão fácil produzir um conteúdo de cunho jornalístico ou a capacidade de nossos produtores de informação liquefez-se ao sabor das facilidades da internet? Podemos considerar uma informação que tenha valor jornalístico um print dado em um perfil nas redes sociais de alguma “celebridade” e veiculado no portal de notícias?
Uma rápida comparação entre o processo de produção da informação na redação do fictício noticiário de The Newsroom e os métodos utilizados por portais jornalísticos nos faz pensar que o tempo acelerado que roda o nosso dia fez o jornalismo perder muito, ao deixar de lado seu princípio investigativo para veicular a informação em primeiro lugar, fragmentando-a e pasteurizando-a, custando à informação a perda da sua essência: a capacidade de nos oferecer pontos de vista e substância para formação de opinião.

Sentir

Eu vi o que não enxergaste.
Mas ouviste o que não ouvi.
Ainda bem que ambos sentimos.

Amigos

Estava indo para academia, dei uma guinada e fui tomar café e água na cafeteria do Zaffari. Valeu a pena: em 10 minutos, passaram pela minha mesa o Wálmaro Paz e sua mulher Vera, a Denise Campão e a Rô Arostegui. Todos amigos de bons papos. Se lá ficasse não treinaria.
Voltando da academia, encontrei o Paulo Mendes e o Mancha em pontos diferentes. Mais papo nas calçadas da Cidade Baixa. Aqui no bairro é assim: parece tudo uma família...
E depois vejo duas amigas do bairro curtindo: a Olga Pacheco, moradora da minha rua (ou eu da dela), e a Lu Vilella da Livraria Bamboletras. Bom isso ... 

Domingo de praia

E hoje foi um dia de
botar o pé na areia,
mergulhar na onda,
engolir uma viola frita,
curtir a chuva miúda,
ter areia na cara e
a melhor companhia.



Amor


Pintam o amor de diversas formas e com variadas cores. Depois de ver o filme AMOR, observei formas e cores que não tinha imaginado. Fica a pergunta: será possível viver assim fora da ficção? Foi gerado um debate sobre a importância de pessoas que vivem situação semelhante verem o filme. Há controvérsias. Pessoalmente, acho que deverias ir e enfrentar o que verás. Quem sabe sairás mais fortalecida, com mais amor ainda.
O filme é impactante mesmo e mexe com nossos corações e sentimentos. Nunca tinha visto uma obra assim. É amor puro e verdadeiro, como nunca foi mostrado. Independente de idade. É comomente e testa os protagonistas e o próprio público. Trata-se de desafiar o amor de duas pessoas que estão na faixa dos oitenta anos. O casal é professor de música aposentado, mas um AVC na mulher testa ao extremo o vínculo amoroso de ambos. Poucos mortais fariam o que aquele homem fez. Ali, muitos contestavam. A começar pela filha que mora no exterior. Magnífica interpretação de ambos, especialmente da atriz Emmanuelle Riva.
Aconselho que vejam!