quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Diferença de polegadas...

Amigos e leitores deste blog, somente agora identifiquei um problema resultante de minhas postagens aqui. Tenho um computador com monitor de 21 polegadas e, por conseqüencia, com mais amplitude para publicação de textos, fotos, títulos, etc. Hoje, diante de um PC com 14 polegadas, verifiquei uma edição completamente diferente: títulos de uma linha ficaram com duas, fotos postadas lado a lado estavam desparelhas e a identificação de imagens (ao lado ou acima) destoavam com a versão do meu computador. Ficou feio e certamente quem tem um aparelho menor deve ter notado isso. Procurarei cuidar deste detalhe, mas nem sempre será possível advinhar como ficará em um monitor menor. Espero que entendam e relevem a situação.

Sete jornalistas e uma pauta

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul informa aos participantes da festa dos 65 anos da entidade, ocorrida em 22 de setembro no Clube Caixeiros Viajantes, em Porto Alegre, que o CD promocional alusivo à data já está disponível. É possível retirar gratuitamente seu disco na sede do Sindicato - Rua dos Andradas, 1270, 13º andar, sala 133, em Porto Alegre - ou informar endereço para remessa via Correios, sem custo. Em locais próximos ao Centro da Capital, o CD também pode ser entregue pessoalmente, em horário comercial. Contatos pelo jornalistasrs@jornalistasrs.brte.com.br ou 51-3226-0664.
O CD (foto ao lado) foi totalmente produzido por jornalistas: organização de Juarez Fonseca, ilustração de Santiago e músicas de Arthur de Faria, Gustavo Telles, Jimi`Joe, Nando Gross, Nelson Coelho de Castro, Renato Martins e Renato Mendonça. São 14 faixas de boa música.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Zeca Baleiro contesta 'texto fútil' de Huck

Em resposta a Luciano Huck, o cantor Zeca Baleiro pergunta na edição desta segunda-feira - 29 de outubro – da Folha de S.Paulo: por que um cidadão vem a público mostrar sua revolta com a situação do país, alardeando senso de justiça, só quando é roubado?” E conclui, para elevar o debate: “o problema do mundo é mesmo um só – uma luta de classes cruel e sem fim". Vale a pena ler o artigo na íntegra, já reproduzido também em outros sites e blogs. Afinal, nesta guerra é preciso usar todas as armas.

O rolo do Rolex

Por Zeca Baleiro

No início do mês, o apresentador Luciano Huck escreveu um texto sobre o roubo de seu Rolex. O artigo gerou uma avalanche de cartas ao jornal (Folha de S.Paulo), entre as quais uma escrita por mim. Não me considero um polemista, pelo menos não no sentido espetaculoso da palavra. Temo, por ser público, parecer alguém em busca de autopromoção, algo que abomino. Por outro lado, não arredo pé de uma boa discussão, o que sempre me parece salutar. Por isso resolvi aceitar o convite a expor minha opinião, já distorcida desde então.
Reconheço que minha carta, curta, grossa e escrita num instante emocionado, num impulso, não é um primor de clareza e sabia que corria o risco de interpretações toscas. Mas há momentos em que me parece necessário botar a boca no trombone, nem que seja para não poluir o fígado com rancores inúteis. Como uma provocação.
Foi o que fiz. Foi o que fez Huck, revoltado ao ver lesado seu patrimônio, sentimento, aliás, legítimo. Eu também reclamaria caso roubassem algo comprado com o suor do rosto. Reclamaria na mesa de bar, em família, na roda de amigos. Nunca num jornal.
Esse argumento, apesar de prosaico, é pra mim o xis da questão. Por que um cidadão vem a público mostrar sua revolta com a situação do país, alardeando senso de justiça social, só quando é roubado? Lançando mão de privilégio dado a personalidades, utiliza um espaço de debates políticos e adultos para reclamações pessoais (sim, não fez mais que isso), escorado em argumentos quase infantis, como "sou cidadão, pago meus impostos". Dias depois, Ferréz, um porta-voz da periferia, escreveu texto no mesmo espaço, "romanceando" o ocorrido. Foi acusado de glamourizar o roubo e de fazer apologia do crime.
Antes que me acusem de ressentido ou revanchista, friso que lamento a violência sofrida por Huck. Não tenho nada pessoalmente contra ele, de quem não sei muito. Considero-o um bom profissional, alguém dotado de certa sensibilidade para lidar com o grande público, o que por si só me parece admirável. À distância, sei de sua rápida ascensão na TV. É, portanto, o que os mitificadores gostam de chamar de "vencedor". Alguém que conquista seu espaço à custa de trabalho me parece digno de admiração.
E-mails de leitores que chegaram até mim (os mais brandos me chamavam de "marxista babaca" e "comunista de museu") revelam uma confusão terrível de conceitos (e preconceitos) e idéias mal formuladas (há raras exceções) e me fizeram reafirmar minha triste tese de botequim de que o pensamento do nosso tempo está embotado, e as pessoas, desarticuladas
Vi dois pobres estereótipos serem fortemente reiterados. Os que espinafraram Huck eram "comunistas", "petistas", "fascistas". Os que o apoiavam eram "burgueses", "elite", palavra que desafortunadamente usei em minha carta. Elite é palavra perigosa e, de tão levianamente usada, esquecemos seu real sentido. Recorro ao "Houaiss": "Elite - 1. o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente em um grupo social [este sentido não se aplica à grande maioria dos ricos brasileiros]; 2. minoria que detém o prestígio e o domínio sobre o grupo social [este, sim]".
A surpreendente repercussão do fato revela que a disparidade social é um calo no pé de nossa sociedade, para o qual não parece haver remédio -desfilaram intolerância e ódio à flor da pele, a destacar o espantoso texto de Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, notório reduto da ultradireita caricata, mas nem por isso menos perigosa. Amparado em uma hipócrita "consciência democrática", propõe vetar o direito à expressão (represália a Ferréz), uma das maiores conquistas do nosso ralo processo democrático.
Não cabendo em si, dispara esta pérola: "Sem ela [a propriedade privada], estaríamos de tacape na mão, puxando as moças pelos cabelos". Confesso que me peguei a imaginar esse sr. de tacape em mãos, lutando por seu lugar à sombra sem o escudo de uma revista fascistóide. Os idiotas devem ter direito à expressão, sim, sr. Reinaldo. Seu texto é prova disso.
Igual direito de expressão foi dado a Huck e Ferréz. Do imbróglio, sobram-me duas parcas conclusões. A exclusão social não justifica a delinqüência ou o pendor ao crime, mas ninguém poderá negar que alguém sem direito à escola, que cresce num cenário de miséria e abandono, está mais vulnerável aos apelos da vida bandida.
Por seu turno, pessoas públicas não são blindadas (seus carros podem ser) e estão sujeitas a roubos, violências ou à desaprovação de leitores, especialmente se cometem textos fúteis sobre questões tão críticas como essa ora em debate.
Por fim, devo dizer que sempre pensei a existência como algo muito mais complexo do que um mero embate entre ricos e pobres, esquerda e direita, conservadores e progressistas, excluídos e privilegiados. O tosco debate em torno do desabafo nervoso de Huck pôs novas pulgas na minha orelha. Ao que parece, desde as priscas eras, o problema do mundo é mesmo um só - uma luta de classes cruel e sem fim.



Vida

"E você aprende que realmente pode suportar...
Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida...!"

William Shakespeare

Em sete anos, Brasil precisará mostrar condições para ter a Copa do Mundo

O anúncio já esperado foi feito hoje (às12h36min, horário de Brasília). O Brasil, sempre um dos favoritos de cada Copa do Mundo de futebol, desta vez não encontrou adversários. Ao mostrar, de forma protocolar, o nome do Brasil como sede da disputa em 2014, em Zurique, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixou claro que as exigências serão as mesmas de outros anos. Ou seja, no período de sete anos, a entidade máxima do futebol analisárá itens como uso da verba disponível, esquema da venda de ingressos, estádios, estrutura para treinamentos, facilidades para a mídia, possibilidade de realização de congressos e eventos, segurança, telecomunicações, transportes e capacidade de acomodação.
Por enquanto, o Brasil é carente em todos os setores e terá que se valer de recursos públicos e privados para ter a Copa do Mundo. Tanto que o mal-humorado presidente da CBF, Ricardo Teixeira, respondeu de forma pouco polida a pergunta de uma repórter sobre a situação da criminalidade no Brasil. Citou situações em outros países e minimizou a do seu próprio. Lula, embora ressaltando que não estará mais no Planalto em 2014 e será apenas torcedor, destacou que o Brasil e o seu povo farão tudo por uma grande festa. "O fato do País ter sido escolhido aumenta a responsabilidade dos governantes. Estou convencido de que o Brasil vai realizar uma Copa extraordinária", disse, antes de fazer brincadeiras com o francês Platini e com os argentinos.
Agora, esperamos que os investidores realmente apareçam e que não hajam obras superfaturadas, como aconteceu recentemente no Pan do Rio.
Na foto da AFP (acima), Lula, Dunga, Romário e Teixeira comemoraram a escolha do Brasil.

Democracia no Grêmio?

Ontem à noite, nas eleições para a presidência do Conselho Deliberativo do Grêmio, muitos conselheiros se enforçaram para demonstrar que o clube vive uma democracia plena, afastando-se da imagem da agremiação fechada de poucos anos atrás. No entanto, as atitudes e depoimentos de alguns gremistas durante o pleito revelou a preferência por antigas práticas feudais. A primeira foi a ameaça do presidente Paulo Odone de renunciar caso o candidato da chapa 3 - Raul Régis de Freitas Lima - ganhasse a eleição para o Conselho.
Durante as transmissões das rádios, um jornalista e conselheiro esbravejou aos microfones sua preferência pelo regime ditatorial. Quando um repórter o entrevistou, ele começou a atacar as demais chapas, dizendo não entender como havia oposição para um presidente que tinha sido campeão da segunda divisão, bicampeão gaúcho, vice da Libertadores e terceiro lugar no Brasileirão (na verdade, está em quinto). O repórter foi direto, dizendo que a existência de disputa é resultado da democracia. "Que democracia! Por causa dela, o país está como está", desdenhou o conselheiro, misturando a eleição do seu clube com a política nacional.
Este é o Grêmio, que tenta ser democrata sem afastar o fantasma de um tempo em que um presidente encerrava o mandato e indicava o outro, sem participação de conselheiros e, muito menos, de associados. Agora, caminha para a eleição direta, como já faz o Internacional há muito tempo. Dará certo?

domingo, 28 de outubro de 2007

Viajar é sinônimo de felicidade

Gosto de viajar, embora as minhas preferências não batam com as opções de outras pessoas em certas ocasiões. Para muitos, viajar significa varar fronteiras, atravessar oceanos, cruzar os céus. Exterior.... Não condeno estes sonhos (até já visitei outros países), mas constantemente espio o mapa do meu Brasil e observo muitas coisas que ainda não vi neste país-continente. Já viajei muito por razões profissionais ou por lazer, mas sinto que ainda existe território a ser desbravado. Inclusive no Rio Grande do Sul, onde já visitei mais de 300 cidades. Um exemplo: sempre que posso, vou à região serrana gaúcha, peculiar pelos cenários maravilhosos, pela arquitetura preservada e pelo acolhimento da população local. De lá, sempre volto com algumas histórias para contar. Já percorri quatro vezes o Vale dos Vinhedos e o Caminho de Pedras (foto ao lado), em Bento Gonçalves, e não hesitarei em voltar. Sempre há uma novidade e um fato novo para guardar na memória ou contar aos amigos. Enfim, viajar é sinônimo de felicidade.

Sem legenda...

Na redação de um jornal, sempre surgem algumas fotos que dispensam uma legenda.
A imagem diz tudo.
Esta que tu vês acima é uma dela. E merece profunda reflexão.
Busquei no site http://www.diariogauche.blogspot.com/

sábado, 27 de outubro de 2007

Bem-vinda, Feira do Livro


Quando cheguei a Porto Alegre, em 1972, morei por alguns meses na casa de meus tios Luiz a Aracy. Por intermédio dele, marceneiro, tive os primeiros contatos com a feira do livro de Porto Alegre. Ele construía as barracas das editoras que iam para a praça da Alfândega ofertar seus livros. Lembro que eram menos de 50 estandes, mas a quantidade de livros expostos me fascinava. Ontem, passados 35 anos de minha chegada à capital gaúcha, foi inaugurada a 53ª Feira do Livro de Porto Alegre, com 165 expositores e um número extraordinário de obras. E com desconto....

A feira mudou, expandiu-se e perdeu seu lado romântico de décadas atrás, quando podíamos circular livremente pelas bancas e escolher cuidadosamente uma obra sem sermos empurrados. Dava tempo para ler um pequeno livro se o dono permitisse. Atualmente, visitar a feira no fim de semana é inadequado para quem não tem paciência, como eu. Na primeira folhada, somos convidados a devolver a obra ao seu lugar. O ideal é ir durante a semana para poder olhar tudo - e comprar o livro bom e barato. Afinal, a nossa feira do livro é uma das principais festas populares da cidade e devemos valorizá-la.

Boa notícia: juiz que rejeitou Lei Maria da Penha pode responder a processo

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai decidir se abre processo administrativo contra o juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues, de Sete Lagoas (MG), que considerou inconstitucional a Lei Maria da Penha.
O magistrado classificou a lei como "conjunto de regras diabólicas" e negou proteção a mulheres que foram vítimas de violência doméstica, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Por unanimidade, o CNJ decidiu nesta terça-feira, 23, encaminhar ao corregedor nacional de Justiça, Cesar Asfor Rocha, cópia de um despacho do magistrado. O CNJ recebeu um ofício da secretária especial de Políticas para Mulheres, ministra Nilcéia Freire. E seguiu decisão da relatora do caso, a juíza Andréa Pachá.
A partir das conclusões do corregedor, o conselho vai decidir se abre a investigação administrativa. A punição máxima que ele pode sofrer é a aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais. Não há prazo para a decisão.
O CNJ é responsável pelo controle externo do Poder Judiciário. As decisões do conselho só podem ser revistas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Lei Maria da Penha
A lei nº 11.340, sancionada em agosto de 2006, aumentou o rigor nas penas para agressões contra a mulher, além de fornecer instrumentos para ajudar a coibir a violência doméstica.
O nome é uma homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia, que sofreu duas tentativas de de assassinato em 1983 e ficou paraplégica. O marido, Marco Antonio Herredia, só foi preso após 19 anos de julgamento.

Fonte: Revista Fórum

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Comissão de Fábrica na Volks no ABC comemora 25 anos de luta

Os 25 anos da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na Volkswagen, completados hoje, são resultado da insistência da categoria em levar adiante a organização no local de trabalho. Foi a segunda Comissão conquistada pelos metalúrgicos do ABC - a primeira foi na Ford em 1981.
Valdir Freire, o Chalita, atual coordenador, divide a existência da Comissão em três fases. A primeira vai da sua conquista até 1987, quando ocorre a consolidação da Comissão.Depois, recorda ele, vem a fase da Autolatina, a união de Volks e Ford, que durou até 1993, como um período de embate contra demissões em massa.Por fim, vem a reestruturação da montadora, marcada com a luta dos trabalhadores pela manutenção da fábrica aqui no ABC, e que vai até o último acordo de investimentos, em setembro do ano passado.

Democracia

O importante dessa trajetória é o compromisso da Comissão com os trabalhadores', salientou Chalita. 'Foram muitas batalhas, embates, greves, protestos, lutas, avanços e alguns recuos no período, nas quais os trabalhadores sempre foram os atores principais dessa história', destaca ele.
O dirigente ressalta a mudança na relação de trabalho, de um ambiente autoritário para um estágio de democracia, como um dos mais importantes avanços. 'Antes, não opinávamos sobre nada na produção. Hoje tudo o que a fábrica pensa para o ambiente de trabalho é tratado com a Comissão. E a Comissão leva para ela toda reivindicação ou necessidade dos trabalhadores' completa.
Para o diretor do Sindicato Wagner Santana, o Wagnão, esse espaço não se deve à responsabilidade social da fábrica, mas ao poder de organização, da luta dos companheiros por respeito e cidadania. ' Na maior parte do País, os sindicatos mal conseguem chegar na porta das fábricas. Que dizer então de estar presente dentro delas', finaliza.

Disputa envolveu comissão da Volks

Logo após romper a greve dos companheiros na Scania, em maio de 1978, a diretoria do Sindicato intensificou o trabalho de base junto aos militantes sindicais para elevar o nível de mobilização da categoria. O resultado foi a primeira grande greve da categoria já no ano seguinte. Em resposta ao avanço sindical, a Volks contra atacou. Aproveitando a intervenção do Ministério do Trabalho no Sindicato, em 1980, a montadora comandou uma eleição para montar uma representação dos trabalhadores a seu favor.
Os seus objetivos eram o de antecipar a luta por uma comissão autêntica e esvaziar a influência do Sindicato e mantê-lo à distância. No entanto, com poucos votos e distante da base, a comissão da Volks teve vida curta. Em 1982, a empresa foi obrigada a ceder à pressão e abriu negociações com o Sindicato. O processo culminou com a conquista da Comissão de Fábrica dos Trabalhadores. O acordo com o estatuto da CF foi assinado em 25 de outubro de 1982 e a primeira gestão tomou posse no dia 17 de dezembro, com 21 de seus 24 membros eleitos com o apoio do Sindicato.

Na foto acima, do arquivo do metalúrgicos do ABC, o protesto dos trabalhadores na WW em 1992.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Bamboletras não vai à feira, mas oferece desconto

Uma pena, mas a Livraria Bamboletras não estará na Feira do Livro, que inicia-se neste sexta-feira no centro em Porto Alegre. A proprietária, colega jornalista Lu Vilela, manda dizer que a feira será na loja mesmo, no Centro Comercial Nova Olaria, na Cidade Baixa (foto ao lado). E tem novidades: as editoras Record, Cia das Letras e Jorge Zahar estarão oferecendo 20% de desconto nos livros comprados à vista. As demais, 10%.
A Lu sugere algumas obras:
"Sabe aquele Na Praia, que você ainda não leu? E Nietzsche, Kafka, Pamuk, a Nobel Doris Lessing, Hanna Arendt...sempre deixados pra depois...
Os livros do Bauman (Tempos Líquidos, Vida Líquida...), do Norbert Elias?
E o Livreiro de Cabul ? Memórias de Minhas Putas Tristes, do García Márquez?"
Todos com 20% de desconto!
A Bamboletras, minha livraria preferida, também colocará CDs e DVDs na promoção, com redução de 10%.

Humor é essencial

O grande amigo e colega Pinheiro manda e-mail sugerindo uma visita a um blog importante para todo mundo que gosta de humor. Trata-se do Tinta China, espaço oficial da Grafar, associação aberta a cartunistas, caricaturistas, ilustradores e quadrinistas gaúchos. Tem muita gente boa lá: Santiago, Edgar Vasques, Verissimo, Bier, Moa, Juska, Fraga, Edu, Kayser, Eugênio Neves, Rodrigo Rosa, Canini, Rafael Sica, Uberti e Nik, entre outros.

Visite o blog.
Afinal, humor é essencial...

http://grafar.blogspot.com/

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Eles pregam o extermínio de menores

A menina de cor branca, cabelos escorridos, trajando um surrado vestido de cor creme e aparentando nove anos de idade se aproxima de uma mesa de bar em uma concorrida rua da boemia de Porto Alegre. Oferece panos de pratos na primeira vez e não tem a oportunidade de tentar novamente. É literalmente corrida por um bando de marmanjos que se empanturram de cerveja, vinho e uísque. Ouve todo o tipo de palavrões e ainda tem a sorte de não ver proferida a sentença de um adepto do extermínio:
- Tem que matar ela e esse banco de vagabundos que infernizam a nossa zona - bradou, recebendo o apoio dos amigos beberrões.
Eu estava na mesma mesa, que freqüentei por longo tempo, e bati em retirada para nunca mais voltar. Não discuti as questões sociais que levam menores a trabalharem à noite e tampouco a atitude daquela "tropa de elite" cujo lema é matar para curar um "câncer" da sociedade. Tal como no filme que está em cartaz em todo o Brasil e cujo capitão Nascimento foi transformado em herói por uma elite igual a dos amigos que correram a menina.

Versão dos Jornalistas online já pode ser visitado



Já está no site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul a versão online do jornal
Versão dos Jornalistas comemorativa aos 65 anos anos da entidade, completados no dia 22 de setembro. Em 16 páginas, a história da entidade e do jornalismo gaúcho é contada por alguns dos protagonistas de um período marcado por democracia, ditaduras, eleições e cerceamento à liberdade de expressão. Vale a pena relembrar a memória de um tempo em que circularam projetos de veículos ousados e independentes, e surgiram profissionais que marcariam época em jornais, na televisão e no rádio.

O endereço do site é:

www.jornalistas-rs.org.br


Aquecimento pode causar extinção em massa, diz estudo

Diariamente, nos deparamos com notícias sobre os estragos provocados pelo aquecimento global. Alguém dirá que estamos sempre batendo na mesma tecla, mas entendo é nossa obrigação multiplicar informações sobre uma situação que já nos prejudica e representará um mal maior para as futuras gerações. Vejam só esta informação colhida no site da BBC Brasil:

As temperaturas globais previstas para os próximos séculos podem desencadear uma extinção em massa, de acordo com estimativas de cientistas britânicos. Um estudo, publicado na revista científica Proceedings of The Royal Society, aponta que as temperaturas atuais estariam dentro da mesma faixa das registradas em outras fases quentes da história da Terra, em que até 95% das plantas e animais teriam morrido.

Os especialistas analisaram a relação entre clima e espécies ao longo de 520 milhões de anos e descobriram que houve uma maior biodiversidade durante os períodos mais frios do planeta.
"Esta pesquisa fornece a primeira clara evidência de que o clima global pode explicar variações dos registros fósseis de maneira simples e consistente", afirmou Peter Mayhew, da Universidade de York. "Se os nossos resultados se aplicarem ao aquecimento que ocorre atualmente, é possível que a extinções aumentem." A pesquisa comparou dados da biodiversidade marinha e terrestre com a temperatura da superfície da água do mar em diferentes períodos ao longo dos 520 milhões de anos.
Os estudiosos concluíram que quatro dos cinco episódios de extinção em massa ocorreram em fases quentes da Terra, em que o calor e a umidade eram predominantes. Em um desses episódios, relataram os cientistas, ocorrido há 251 milhões de anos, foi verificada a extinção de 95% das espécies. "Na pior das hipóteses, poderemos vivenciar o mesmo no próximo século, a algumas gerações a frente da nossa", disse Mayhew, que pretende agora investigar como as temperaturas os casos de extinção estão relacionados.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

É difícil definir "amigo"


Amigo é quem lhe dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que lhe faz falta.
Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas.
É quem tentou e fez, e não é egoísta para não querer compartilhar o que aprendeu.
É aquele que ajuda e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer já o realimenta e satisfaz.
Amigo é quem entende seu sentimento porque já sentiu, ou um dia vai sentir, o mesmo que você. Um amigo é compreensão para o seu cansaço e complemento para as suas reticências.
É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir de vez em quando, sua sede de inovar sempre.
É ao mesmo tempo espelho que o reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas.
O amigo se compadece pelos seus erros, e vibra com o seu sucesso.
É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais o seu sorriso.
Amigo é aquele que toca suas feridas com mãos de veludo; acompanha suas vitórias com euforia e faz piada para amenizar seus problemas.
Amigo é aquele que sente medo, dor, náusea, cólica, e chora, como você. E, se pudesse, sofreria no seu lugar.
Um amigo sabe que viver é ter história para contar.
É quem sorri para você sem motivo aparente, sofre com seu sofrimento, e é o padrinho natural dos seus filhos.
É aquele que encontra para você aquilo que nem você sabia que buscava. Amigo é quem lhe envia cartas, esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas.
É aquele que lhe ouve ao telefone mesmo quando a ligação parece caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se estivesse olhando em seus olhos.
Amigo é aquele que entende o que seus olhos dizem, sem precisar de palavras.
É aquele que adivinha seus desejos, seus disfarces, suas alegrias, e percebe seus medos.
Amigo é quem aguarda pacientemente que surja aquele brilho no seu olhar e se entusiasma quando o vê surgir. É quem tem sempre uma palavra sob medida quando seus olhos se cobrem de lágrimas. E é também aquele que sabe quando você está lutando para sufocá-las na garganta.
Amigo é como lua nova, é como a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores, que cabem todas na sua íris.
Amigo é verdade e razão, sonho e sentimento...
Amigo é aquele que lhe diz: "eu amo você" sem qualquer medo de má interpretação.
Enfim, amigo é quem ama você e ponto final.


Equipe do site www.momento.com.br, com base em texto de Marcelo Batalha, intitulado "Amigo, um Ensaio", disponível no site http://www.velhosamigos.com.br, e em verbetes do livro Dicionário da Alma, de Francisco Cândido Xavier, Ed. FEB.

domingo, 21 de outubro de 2007

Tiramos a touca verde no Beira-Rio

















Lavamos a alma hoje no Beira-Rio. Ao vencermos o Juventude - filial gremista - por 3 a 0, avançamos na tabela e estamos em 11º lugar no Brasileirão. Tiramos a touca verde da cabeça. Pelo que o time apresentou e pela qualidade técnica de nossos jogadores - com show de Fernandão - , deveríamos estar disputando o título. Mas isso é conversa para outra hora. O momento é de perguntar aos torcedores da Azenha que encontrarmos: "O que é segunda divisão?". Afinal, nós não sabemos.
Quanto ao jogo, foi um festa. Milhares de colorados estavam no estádio apoiando o time do início ao fim da partido. Aliás, como pedi em postagem anterior. O que me emociona é ver o programa traz crianças para o estádio. São centenas de meninos e meninas que recebem o time e depois vão para as arquibancadas torcerem para o time. Trata-se de uma iniciativa com resultado garantido no futuro. As fotos que captei no jogo mostram os dois momentos: a torcida enfezada e a gurizada vibrando.

Opa, não estamos na água....

Minutos antes da largada do GP do Brasil, última etapa do Mundial de Fórmula-1, a repórter global circulava entre os carros, pilotos, mecânicos e celebridades. Quando solicitada sua intervenção, ela foi rápida na transmissão:
- O Hamilton estacionou o seu barco... Opa, o seu carro.
E continuou a narrativa.
Isso acontece com repórteres de TV acostumados com gravação de reportagens e, ocasionalmente, são submetidos a entradas ao vivo.

Absurdo: juiz considera lei Maria da Penha inconstitucional e "diabólica"

A Folha de S.Paulo traz reportagem neste domingo (íntegra exclusiva para assinantes do jornal e UOL) com um juiz de Sete Lagoas (MG) que considerou inconstitucional a Lei Maria da Penha.
De acordo com a reportagem, o juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues rejeitou pedidos de medidas contra homens que agrediram e ameaçaram suas companheiras. A lei é considerada um marco na defesa da mulher contra a violência doméstica.
"Ora, a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher, todos nós sabemos, mas também em virtude da ingenuidade, da tolice e da fragilidade emocional do homem (...) O mundo é masculino! A idéia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!", diz Rodrigues, segundo a reportagem.
A Folha teve acesso a uma das sentenças do juiz que chegou ao Conselho Nacional de Justiça. Em 12 de fevereiro, ele sugeriu que o controle sobre a violência contra a mulher "tornará o homem um tolo".
Segundo a reportagem, Rodrigues usou uma sentença-padrão, repetindo os mesmos argumentos nos pedidos de autorização para adoção de medidas de proteção contra mulheres sob risco de violência por parte do marido.
A Folha procurou ouvi-lo. A 1ª Vara Criminal e de Menores de Sete Lagoas informou que ele está de férias e que não havia como localizá-lo.
Sancionada em agosto de 2006, a Lei Maria da Penha (nº 11.340) aumentou o rigor nas penas para agressões contra a mulher no lar, além de fornecer instrumentos para ajudar a coibir esse tipo de violência.

Perguntar não ofende

A nota abaixo é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo:

Novo endereço

A jornalista Miriam Dutra, da TV Globo, deixou Barcelona depois de 11 anos na cidade. Ela foi transferida para Londres, onde passa a integrar a equipe de Marcos Losekan, chefe do escritório da Globo na Cidade.
A pergunta que não quer calar é simples: alguém sabe qual foi a última matéria realizada pela jornalista para algum dos telejornais da TV Globo?
Para quem não sabe, Miriam Dutra é mãe de um menino chamado Tomás. O pai dele atende pelo nome de Fernando Henrique Cardoso. A imprensa brasileira achou um horror que Renan Calheiros tenha usado um amigo lobista para pagar a pensão alimentícia de sua filha com Mônica Veloso.
Mas nunca deu um pio sobre o caso de FHC. Não é no mínimo esquisito que a TV Globo, uma concessionária de serviço público, pague salários e mantenha uma jornalista no exterior sem que ela realize uma mísera pauta para seus telejornais?

Como diria o gaiato: cada um com seus problemas.

Não tem saída: Inter sobe, Ju despenca

Hoje à tardinha, no Beira-Rio, o torcedor colorado assistirá a um jogo de duplo propósito. O objetivo do Internacional é subir na tabela, chegando à zona da Sul-Americana e afastando-se do perigo da segunda divisão. O outro objetivo é derrubar ainda mais o Juventude, "toca" do Inter e filial do Grêmio em muitos campeonatos. Assim, no próximo ano, o time da Azenha não terá seis pontos garantidos na tabela.
Acho que eles já estão da divisão de baixo, mas precisamos enterrá-los de vez. E isso só será possível com o apoio maciço da torcida colorada. Nem mesmo a chuva prevista para o horário da partida será capaz de afastar os colorados de nosso estádio. Eu estarei lá. E tu?
A foto ao lado é uma mostra de como devemos nos comportar na partida contra eles. Até a vitória, colorados!!!!

Tu já disseste "eu te amo" hoje?

Sei que muitas pessoas têm dificuldade para exibir seus sentimentos.
Olha, não é difícil como parece.
Tente, mostre o teu carinho.

Não estou falando apenas de amor no sentido físico da paixão, da atração, do sexo.
Me refiro ao amor puro, ao amor universal, aquele que brota espontaneamente do coração e jorra sem controle, somente para extravasar, somente pelo prazer de se doar.
Não importa se o outro retribui ou não.
Amigos, amo vocês!

sábado, 20 de outubro de 2007

O que muda com a reforma da língua portuguesa

Pessoal, vamos começar a nos acostumar com as mudanças. As novas regras da língua portuguesa devem começar a ser implementadas em 2008. As modificações, se aprovadas, incluem fim do trema e devem mudar entre 0,5% e 2% do vocabulário brasileiro. Muita gente ficará feliz com algumas exclusões.

Veja abaixo quais são as mudanças.

HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes
ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra",
"infrassom". Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r - ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"
2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma
vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados

ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o
artigo)
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da
preposição com o artigo)
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e
"pera" (preposição arcaica)

ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

ACENTO CIRCUNFLEXO
Não se usará mais:
1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos
verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem",
"deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

ACENTO AGUDO
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia",
"idéia", "heróica" e "jibóia"
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo.
Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Armadilhas de língua portuguesa

Tu sabes o que é tautologia?

É o termo usado para um dos vícios de linguagem.
Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'.

Mas há outros, como tu podes pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exata
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- fato real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planejar antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito

Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É
óbvio que não.
Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias.
Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia.
Verifique se não está caindo nesta armadilha.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Tucanos na encruzilhada

Momentos

Há momentos na vida em que sentes tanto a falta de alguém que gostarias de tirar-lhe dos teus sonhos e abraçá-lo.
Sonha o que tu queres sonhar; vá aonde tu queres ir; seja o que tu queres ser porque só tens uma vida e uma oportunidade para fazer todas as coisas que queres fazer.
Que tenhas suficiente felicidade para ser doce; suficientes provas para ser forte; suficiente dor para ser humano; suficiente esperança para ser feliz.
Sempre se coloque no lugar dos demais. Se te dói, provavelmente doa também à outra pessoa. As pessoas mais felizes não necessariamente têm o melhor de tudo; simplesmente desfrutam ao máximo de tudo que está em seu caminho. A felicidade aguarda aqueles que choram, aqueles que sofrem, aqueles que buscam, aqueles que têm se esforçado, porque só essas pessoas podem apreciar a importância daqueles que têm deixado marcas em suas vidas.
O amor nasce com um sorriso, cresce com um beijo, e acaba com uma lágrima.
O futuro mais brilhante se faz quando não se valoriza demais o passado, pois não vencerás se não deixares para trás teus fracassos e tristezas.

As duas capas da revista dos Civita

Goebbels inspira Veja

Luciano Rezende*


No dia 12 de outubro último o Vermelho reproduziu excelente artigo do jornalista Ricardo Kauffman intitulado “Os dois Che's da Veja, o de 97 e o de 2007” cujo conteúdo nos convida a refletir sobre os movimentos da mídia. Ricardo compara a matéria de capa da revista Veja sobre Che Guevara em 1997 com a de 2007 e conjectura sobre as causas e motivações da escalada agressiva contra o guerrilheiro. A de 1997 trazia o título “O triunfo final de Che”, já a última ''Che: há quarenta anos morria o homem e nascia a farsa''.


Kauffman sugere uma visita comparada das duas reportagens da publicação sobre o assunto e se atem especialmente sobre as incongruências, diferenças de tratamentos e visões antagônicas entre as duas matérias. A estranheza maior do jornalista reside no fato de que a morte de Che foi há quarenta anos e nos últimos dez anos nada de relevância decisiva sobre sua história foi revelado, embora seu mito não pára de crescer. “No entanto, como podemos observar, a visão e os procedimentos jornalísticos que a maior e mais influente revista brasileira tem e propaga diante dos fatos mudou radicalmente no período. Sem maiores explicações ou avisos aos seus leitores”, conclui.
Quais são as razões dessa pretensa disparidade? O local da apuração das informações e a origem das fontes de consulta já seriam boas justificativas, caso se tratasse de outra revista que não essa máquina de doutrinação da direita. Há um “toque de classe” que necessita ser levado em consideração para entender a metodologia empregada e, mais que isso, seus interesses.
A revista Veja faz parte dessa rede mundial de comunicação neomacartista na eterna campanha da desinformação. Um olhar mais atento nos mostra outro fator importante na análise sobre a tática usada por todos os veículos de comunicação e formação da burguesia na satanização de ícones e referências da esquerda : a cronologia dos fatos.
Há uma passagem muito interessante no livro “Stalin, um novo olhar” do escritor belga Ludo Martens em que o mesmo chama atenção para as despudoradas campanhas empreendidas pela burguesia contra figuras ligadas ao socialismo. Na maioria das vezes são investidas grosseiras com objetivo de desmanchar biografias de personalidades cujas vidas foram dedicadas à luta pelo socialismo (ou mesmo contra o imperialismo).
No caso específico de Stalin as acusações de assassinato de inocentes civis por parte da burguesia variam, através de estudos “científicos”, de 500 mil a até 50 milhões, oscilando, entre outras coisas, de acordo com a ordem cronológica da publicação. Uma margem de erro grotesca que com o passar dos anos aumentou vertiginosamente.
Continuando sua linha de raciocínio, Ludo relata um artifício utilizado em suas palestras. Um texto sobre Stálin é distribuído para a classe a qual é solicitada a comentar sobre o teor do artigo logo após a leitura. Todos revelam que se trata de um escrito anti-stalinista embora reconheça os enormes êxitos alcançados pela URSS com Stálin à frente e que relata abertamente o entusiasmo dos jovens e dos pobres pelo bolchevismo. Ludo Martens então revela que o panfleto é uma publicação nazista distribuída em plena Segunda Guerra Mundial e daí conclui que com o passar dos anos, sem a URSS para fazer um contraponto a toda sorte de calúnias, ou mesmo com uma nova geração de russos que não viveram essa época para contestar muitas dessas acusações, vai-se aumentando a dose das acusações, confirmando a tese de Goebbels de que uma mentira dita mil vez pode se tornar verdade. Martens conclui afirmando que as campanhas anti-stalinistas promovidas pelas democracias ocidentais em 1989-1991 eram muitas vezes mais violentas e caluniosas que aquelas levadas no curso dos anos 30 pelos nazistas. Ontem a defesa de Stálin era espontânea a qualquer comunista, hoje é quase uma heresia.
Não é o caso aqui de inocentar ou culpar Stalin (ou quem quer que seja), mas de fazer um simples esforço de raciocínio de entender como a burguesia age para destruir figuras de esquerda em geral, usando os meios de comunicação para “provar” suas teses e outros “estudos científicos” com o passar do tempo. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Da mesma forma aqui no Brasil, se daqui a cinqüenta anos um estudante qualquer de mestrado ou doutorado pesquisar sobre os dois governos Lula tendo como fonte referencial a revista Veja, chegará, inequivocamente, à conclusão de que fomos governados por um despreparado (numa versão mais moderada) que nos solapou a oportunidade histórica de desenvolvimento e outras coisas mais. Particularmente não me espantarei se, chegando aos meus oitenta anos, deparar com algum “diário secreto” descoberto por alguém em que “revele” uma lista sortida de barbaridades cometidas por Lula. É salutar frisar que até mesmo investigações científicas sérias não podem ser concebidas como completamente desinteressadas ou neutras.
Com Che não é diferente. Mesmo gozando de grande reputação, ter uma trajetória distinta de outras figuras comunistas (ou de esquerda) e se tornado um verdadeiro mito, a burguesia não descansará até destruir sua imagem. Mesclando erros verídicos (e naturais) de outros inventados, descolam o personagem de seu contexto e realidade históricos com o objetivo de desmoralizar seu passado.
Ainda hoje temos centenas de pessoas que conviveram com Che em Cuba, Congo, Bolívia e até mesmo no México ou Argentina para fazerem esse importante contraponto através de testemunhos pessoais detalhados. Maioria absoluta delas é convicta em refutar todas as barbaridades disparadas por Veja e outras publicações de direita - como as ilações esboçadas pelo fútil Carlos Heitor Cony em sua coluna do dia 11 de outubro na Folha de São Paulo em que diz que Che foi um péssimo administrador público, o que é refutado pelos cubanos que trabalharam com ele nos primeiros anos da Revolução Cubana. Aí há outro ponto que também merece atenção: as variadas táticas de ataque. Enquanto o ataque da Veja é aberto, o de articulistas da estirpe de Cony é mais velado e mesclado com a defesa de certas qualidades. O bombardeio inimigo é intenso, o arsenal variado e os alvos bem definidos.
Nessa peleja a atuação da UJS do Rio de Janeiro foi exemplar. Não se pode vacilar ante a máquina de formação e (des)informação da burguesia. Uma das expressões da luta de classes é a luta de idéias. A defesa de Che é a defesa do socialismo e a denúncia do imperialismo que assassina e oprime povos por todo o mundo. A sentença da Veja de que ''Che tem seu lugar assegurado na mesma lata de lixo onde a história arremessou há tempos outros teóricos do comunismo'' é válida tão-somente sob sua ótica de classe. Uma vigorosa reciclagem mostrará, mais cedo ou mais tarde, o poder daquilo que a burguesia pensa poder descartar.
Hoje e sempre faremos a defesa de Che. Talvez com o passar dos anos os ataques sejam mais virulentos diante de um mundo que não terá mais as testemunhas oculares das grandes lutas empreendidas a favor dos povos levadas a cabo por Che. Todavia, seguiremos difundindo seus ideais e lutando pelos mesmos sonhos de nosso comandante, que vai se tornando mais real com as vitórias alcançadas pela esquerda em nosso continente na atualidade.

Artigo originalmente publicado no Blog do Rodrigo Moraes (www.blogdorodrigomoraes.blogspot.com)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A defesa da TVE é incentivada

Os funcionários e o sindicatos mantêm uma luta incessante contra a privatização da TVE e da FM Cultura. E eu continuarei postando notas em defesa destes patrimônios.
Se estiveres a fim de colaborar e repassar para outros amigos, conhecidos, vizinhos ou até transeuntes, faça isso. As equipes das emissoras agradecem. Veja o link abaixo, onde tu poderás participar do abaixo-assinado eletrônico:

http://www.petitiononline.com/TVE_FM/petition.html

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Vamos mudar a manchete dos feriadões

Gostaria que, em cada feriadão, lêssemos uma manchete diferente. É como aquela que aprendemos nas faculdades de jornalismo: a notícia que deve ser perseguida é a do cão mordido pelo homem, e não o contrário. Mas, na questão de acidentes, os veículos de comunicação precisam noticiar o óbvio. Ou seja, a cada feriado mais prolongado, o número de mortos é destacado. Aqui no Rio Grande do Sul, 17 pessoas pereceram na guerra do trânsito nas rodovias no último feriado. Em todos o país, foram mais de 50 vítimas. Eu e tu gostaríamos que ler a manchete ideal: "Trânsito sem mortes no feriadão". Mas isso não depende apenas de nós, mas de quem está no volante ou daquele que se encontra do outro lado da rodovia. Detalhe: são motoristas que leram as informações sobre os cuidados na direção. Tomara que um dia aprendam...

Professor, curta o teu dia

Os professores são vitais na vida profissional de qualquer cidadão, inclusive para aqueles que alcançam sucesso absoluto em suas profissões. Mal pagos, trabalhadores mesmo fora da sala de aula, pacienciosos na hora em que são desrespeitados e psicólogos nos momentos necessários, merecem comemorar dia 15 de outubro como ninguém.
Pena que ainda tenhamos que ouvir ironias de alguns pais, sugerindo que os mestres estão de folga hoje. Ninguém reclama quando os professores saem da aula e vão para casa corrigir provas e preparar a aula do dia seguinte. Fora do seu expediente e, muitas vezes, tendo que atender simultaneamente aos filhos pequenos.
Muitos são obrigados a trabalhar três turnos, em escolas diferentes, atendendo dezenas de alunos em um único dia. O baixo salário não oferece outra alternativa para estes profissionais.
Parabéns, professores. Eu e muitos de seus ex-alunos os reconhecemos muito.

domingo, 14 de outubro de 2007

A qualidade de vida é essencial

Retornei hoje à tardinha de um período de reclusão no conjunto Vô Arthur, que reúne cabanas, pousada e camping em um único lugar. Fica em Barra do Ribeiro, a terra em que nasci e onde ainda moram a minha mãe e outros familiares. Mesmo enfrentando o "choro" da dona Suely, vou para lá compartilhar com a natureza e desfrutar de lazer. Volto a meia, dou um pulo na casa da minha velhinha. O bacana é que acordo de manhã cedo ouvindo o canto dos galos e dos pássaros, o barulho dos gansos e de outras aves e ainda tenho a oportunidade de vislumbar a natureza junto à janela do quarto (vejam a foto que tirei numa das manhãs em que fiquei lá). É impagável e sugiro a mesma rotina para quem tiver oportunidade. Fica a 55 quilômetros de Porto Alegre. Logo ali....

Mais uma vez, Inter deixa adversário empatar no final

Parece sina, mas o Internacional tem feito a alegria de times medíocres. Ontem, no Pacaembu, a torcida do Corinthians vibrou com o gol de empate aos 42 minutos da segunda etapa. Como já ocorrera nas partidas contra o Náutico e o Atlético Mineiro, o colorado perdeu gols e, no final do jogo, teve que buscar a bola no fundo de sua rede.
Desatenção? Cansaço? Não sei qual é a razão, mas o fato é que estão se tornando corriqueiras manchetes como "Inter deixa a vitória escapar", "Atlético empata no final depois de estar perdendo por 2 a 0" e "Corinthians arranca empate". Pergunta: Estes times que rondam a zona do rebaixamento conseguiram o empate por suas virtudes? Ou foi o Inter que cedeu por seus defeitos? Talvez ao final do campeonato tenhamos a resposta. E tomara que estejamos longe da zona do rebaixamento. Na foto de Alexandre Lops, do site do Inter, o meia Magrão acaba de marcar o gol do Inter.

O gênio Chaplin...


sábado, 13 de outubro de 2007

Ele (FHC) não cansa de mentir

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso continua viajando mundo à fora, sempre exibindo sua imensa cara de pau. Mente, mente, mente.... Acha, certamente, que o povo já não o conhece suficientemente para se deixar enganar. Desta vez, FHC disse que "nunca interferiu" para que a Procuradoria Geral da República arquivasse processos contra membros de seu governo e que – durante seu período na Presidência – o procurador era "totalmente independente" do poder Executivo. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa de TV Hard Talk, que foi ao ar no canal de notícias internacional BBC World na quinta-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes do PT têm argumentado com freqüência que acusações de corrupção envolvendo membros do governo e do partido seriam resultado de uma postura mais independente do procurador-geral e da Polícia Federal. Durante a campanha eleitoral de 2006, Lula disse que, no seu governo, "procurador-geral da República indicia. Em outros governos, ele engavetava".

A primeira parte da entrevista, em que o repórter da BBC World "aperta" FHC, pode ser conferida no link abaixo:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/10/071004_fhchardtalk1.shtml

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Feliz Dia das Crianças


Aos amigos que conservam alguma coisa do espírito infantil e deixam a vida rolar entre momentos de trabalho e lampejos de brincadeiras, desejo um feliz Dia das Crianças.

Conheça o Manual de Redação da Folha de São Paulo

Este é o Manual de Redação da Folha de São Paulo, mas pode valer para qualquer outro jornalão do país. Sem falar na Veja.

Capítulo 1

1. O Serra tem razão.
2. O Serra tem sempre razão.
3. O Serra não erra, se engana.
4. Ante a improvável hipótese de que ele não tenha razão, entra em vigência os artigos 1 e 2.
5. O Serra não dorme, repousa.
6. O Serra não come, se nutre.
7 O Serra não bebe, degusta.
8 . O Serra nunca chega tarde, algo o atrasou.
9. O Serra nunca abandona o trabalho, é requerida sua presença em outro lugar.
10. O Serra nunca lê jornal no gabinete, se informa.
11. O Serra não se familiariza com a secretária... apenas a educa.
12. Quem entrar no gabinete do Serra com idéias próprias, deve ajustá-las às dele.
13. O Serra pensa por todos.
14. Quanto mais se pensa como Serra, mais se sobe na Folha.
15. Qualquer dúvida, vale o artigo 2.

Capítulo 2

1. O PT não tem razão.
2. O PT nunca tem razão.
3. O PT sempre erra.
4. Na hipótese absurda do PT acertar, valem os itens 1 e 2.
5. Se alguém do PT erra, Lula é o culpado.
6. Se a direção do PT erra, Lula é o culpado.
7 O Lula não degusta, bebe.
8 . O Lula não governa, viaja.
9. O Serra viaja e governa.
10. Escândalo no PT é mensalão.
11. Escândalo no PSDB é caixa 2.
12. Não se fala mais em juros altos.
13. Agora vamos pegar o Renan.
14. Jornalista precisa criticar o Lula.
15. Qualquer dúvida, vale o artigo 2.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Jornalismo, caminhões e tragédias

Por questões profissionais, já atravessei o Rio Grande do Sul de ponta a ponta. E sempre digo que a perícia dos motoristas que me acompanhavam nas pautas jornalísticas nos livrou de sérios acidentes. Dezenas de vezes nos deparamos, frente-a-frente, com caminhões em alta velocidade e só escapamos de uma batida porque havia um encostamento para o providencial desvio. "Temos que dar passagem para os grandões" é a frase repetida, à exaustão, pelos colegas do volante. Por isso, entendo a tragédia que matou pelo menos 27 pessoas na BR-282, no Oeste catarinense. Tendo um prazo para entregar determinada mercadoria, eles tomam o "rebite", objetivando dirigir à noite e não pegar no sono, ficando "acesos" e "presos" ao volante. Pois estas anfetaminas - misturadas com álcool - podem dar efeito contrário.
Nos acidentes simultâneos em Santa Catarina, os envolvidos diretos foram caminhões e seus motoristas. Lamento a morte de todos e, especialmente, dos colegas jornalistas Evandro Troian, da RBS TV, e Elisandra Lucotti, do jornal Folha do Oeste, além do radialista Valdik Rupolo. Morreram trabalhando num momento em que poderiam estar desfrutando da folga (aliás, saíram de casa para cobrir o primeiro acidente). Sempre digo que o Jornalismo é uma vocação e está nas veias de quem o escolhe. Não tem hora para o cumprimento da pauta. Por isso, na hora da negociação, os donos das empresas não deveriam sonegar a discussão sobre o pagamento de horas extras. O propalado banco de horas é uma farsa porque não cobre todo o período a mais trabalhado pelos profissionais.

Britto é o pedágio, Olívio é o caminho

Lembro do slogan acima para mostrar a saia justa em que se meteu o Governo Lula na questão dos pedágios federais. Dizem que concessão não é privatização e que o preço acertado com as consórcios vencedores do leilão é bem inferior aos atuais. Os usuários não pensam assim e vão cobrar, especialmente a questão dos preços. Além disso, se algum motorista saudosista mantiver o o decalco com o slogan "Britto é o pedágio, Olívio é o caminho" em seu carro, deve providenciar a retirada. Questão de coerência...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Scala, zagueiro de classe e garra

Eu era adolescente, morava em Barra do Ribeiro (distante 55 quilômetros de Porto Alegre) e escutava aos jogos do meu Internacional pelas ondas do rádio. Não havia aparelho de televisão em nossa casa e, mesmo que tivéssemos, os jogos não eram transmitidos. Por isso, minha paixão pelo Inter foi crescendo a partir de vozes de narradores como Pedro Carneiro Pereira, da Rádio Guaíba. Foi dessa forma que aprendi a admirar um zagueiro chamado Scala, que aliava técnica e força que causavam admiração em todo o Brasil. Tanto que o defensor colorado jogou na seleção e foi relacionado para o Copa do Mundo no México. Só não foi tricampeão por conta da política que privilegiava os jogadores do Centro do País e de uma lesão surgida na época da convocação. Um exemplo: Piazza, um meio-campista, foi nosso zagueiro. Um lugar que seria de Scala.
Pois o nosso atleta morreu hoje, aos 67 anos, vítima do mal de Alzheimer. Meu respeito a ele, integrante de um time que consegui decorar durante anos e foi responsável pela retomada da hegemonia do Inter no Rio Grande do Sul e, quem sabe, foi o embrião do esquadrão que mais tarde foi tricampeão do Brasil na década de 70. Eu diria, saudoso, romântico e meio exagerado, que era um timaço: Gainete, Laurício, Scala, Luiz Carlos e Sadi, Elton e Dorinho, Carlitos (Valdomiro), Bráulio (Sérgio), Claudiomiro e Canhoto. É uma feliz lembrança no dia da partida do grande Scala (na foto, do site do Milton Neves).

Vamos à luta contra a receita de Yeda

Companheiros, sem luta jamais alcançaremos a vitória. Che Guevara nos ensinou isso.
Neste momento, o Rio Grande do Sul precisa de briga para impedir a expansão dos ímpetos estatizantes da governadora Yeda Crusius. Aliás, quem não votou nela já sabia que sua trajetória seguiria este caminho. Entre 1995 e 1997, o nosso Estado foi governado por Antônio Britto, que deu o tom da idéia neoliberal utilizada hoje pelo PSDB (aliás, aliado naquela ocasião). O homem que quebrou o Estado e a empresa Azaléia, além de ser recentemente ser impedido - graças ao apelo popular - de ser presidente do Grêmio, promoveu a renúncia fiscal e vendeu estatais, empobrecendo nosso patrimônio público, sem obter qualquer resultado. Pois agora a governadora tucana repete a receita amarga, não ingerida pelos gaúchos há mais de dez anos. Aumentando impostos e privatizando estatais - mesmo que sob outros nomes - não conseguirá recuperar o equilíbrio fiscal do Estado. Britto já mostrou isso. Por que insistem nesta opção? A elite que a elegeu pressiona por este caminho...

ACM não agradece

Prédio 100% amigo da Amazônia

Foi inaugurado em setembro, em São Leopoldo (RS), na Grande Porto Alegre, o prédio do Centro Turístico Municipal. Ele traz uma inovação: é a primeira obra pública do Brasil 100% amiga da Amazônia. Foi usada apenas madeira amazônica certificada pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC, na sigla em inglês), reduzindo o impacto ambiental e também os custos do projeto.
A iniciativa é fruto de um compromisso assumido pela prefeitura local com a União Protetora do Ambiente Natural (Upan) e o Greenpeace, que criou em 2003 o programa Cidade Amiga da Amazônia, destinado a ajudar municípios e estados de todo o país a eliminarem o consumo de madeira extraída de forma ilegal ou predatória na Amazônia.
O prédio inaugurado pelo prefeito Ary Vanazzi (PT) abriga o Centro de Informações Turísticas da Rota Romântica da Serra Gaúcha, que tem seu marco zero em São Leopoldo e abrange outros 11 municípios. “A concretização dessa obra pioneira demonstra que tanto o poder público quanto a iniciativa privada podem contribuir com a preservação de nossas florestas, consumindo seus recursos de forma responsável”, diz Márcio Astrini, do programa Cidade Amiga da Amazônia.
A redução do impacto ambiental do centro turístico de São Leopoldo foi pensada desde a concepção do projeto. Captação da água da chuva, aproveitamento da iluminação natural, ventilação e aquecimento espacialmente planejados também contribuíram para baratear os custos. “Preservar nossas florestas, suas comunidades e a biodiversidade é dever de todo cidadão e obrigação do poder público”, diz Astrini.
Segundo a empresa responsável pela obra, Sawaya Construções e Incorporações, a obra custou menos da metade de um projeto que usassem matéria-prima convencional, não certificada. “Os orçamentos oferecidos pelos fornecedores locais eram mais que o dobro que o da madeira certificada que compramos diretamente de uma empresa certificada no Pará”, conta Júlio César Sawaya, diretor da empresa.
Mesmo com o pagamento do transporte da madeira certificada do Pará até Rio Grande do Sul, além da compra de ferramentas adequadas para tratar o material, a obra ficou bem mais em conta. A certificação florestal FSC é independente e adota critérios aceitos internacionalmente. O selo oferece ao consumidor a melhor garantia de que a atividade madeireira ocorre de maneira legal e não acarreta a destruição das florestas, além de ter origem em uma operação socialmente justa e economicamente viável.

Texto e foto do Greenpeace.

A mensagem atual de velhos heróis


Vale a pena ler o artigo abaixo, escrito pelo monge beneditino Marcelo Barros. Teólogo, escritor e autor de 30 livros publicados, faz uma homenagem ao revolucionário Ernesto Che Guevara, a partir da nojenta matéria publicada pela revista Veja.


Neste outubro, quando faz 40 anos da morte de Ernesto Che Guevara, a revista Veja (edição 2028, de 03/10/2007) publica um artigo rancoroso que tenta denegrir a imagem de um dos homens mais admirados pela juventude. Mas, do mundo inteiro, homens e mulheres ligados aos movimentos sociais e à busca de uma sociedade nova se reúnem no lugar em que o Che foi assassinado (Valle Grande, Bolívia) para avaliar honestamente sua trajetória e atualizar sua proposta para um mundo mais justo.
A maioria dos estudiosos e pesquisadores, como os diversos biógrafos do Che, confirma a motivação ética que o movia e a generosidade com a qual quis conquistar para todos os seres humanos um mundo mais igualitário. Um mínimo de honestidade histórica e de lucidez política exige que não julguemos ações da década de 60 como se a conjuntura internacional e latino-americana fossem as mesmas de hoje. Uma encíclica do papa Paulo VI, em 1967, retomava a antiga convicção teológica cristã de que " em casos de tirania prolongada e evidente que ofenda gravemente os direitos fundamentais da pessoa humana e prejudique o bem comum do país, as pessoas têm o direito moral da insurreição revolucionária para derrubá-la" (Populorum Progressio 31). Foi o que, na década de 60, muitos jovens fizeram. Na América Latina, muitas pessoas de profunda vida espiritual, e mesmo pastores evangélicos e padres católicos como Camilo Torres, na Colômbia, se engajaram em grupos que lutavam contra as ditaduras políticas e o modelo econômico assassino de tantos pobres. Ernesto Guevara renunciou ao conforto de sua vida ambientada na classe média argentina e a promissora profissão de médico para se consagrar de corpo e alma à libertação social e política dos povos do mundo. Atualmente, a maioria dos que trabalham para transformar o mundo não aceita mais a luta armada como método justo nem válido para alcançar a libertação. Entretanto, quase ninguém põe em dúvida a grande humanidade do Che e a mensagem moral que ele nos deixa para prosseguirmos o caminho da transformação.
Há poucos anos, no filme "Diários de motocicleta", Walter Salles emocionava as platéias com o relato cinematográfico da viagem que, aos 23 anos, Ernesto Guevara fez de moto, com Alberto Gramado, por grande parte da América do Sul. Naquele tempo, já aparecia clara a sua sensibilidade de justiça e sua opção por estar do lado dos mais fracos e marginalizados. Na época, ele ainda não tinha recebido o apelido carinhoso de "Che". Até hoje, na Argentina e em regiões do Rio Grande do Sul, os homens intercalam no diálogo a expressão "che", como forma de envolver o outro na conversa. "O dia hoje está bonito, che!" ou "Ninguém ganha do meu time, che!". Como em outras regiões se diz "cara", "rapaz", "homem" ou "meu" como conotação de amizade e confidência. No México, quando se engajou na luta contra a ditadura cubana, ao falar com os companheiros, Ernesto Guevara usava muito esta expressão. Por isso, os mexicanos e cubanos o apelidaram "Che". É um nome que lhe cabe muito porque é como se alguém tivesse como apelido "o companheiro".
De fato, Ernesto Guevara se tornou companheiro dos lavradores e indígenas de toda a América Latina. O que o levou a estudar o socialismo e a unir-se a grupos engajados na revolução social e política do continente foi o sonho de uma ordem mais justa com os empobrecidos do mundo. Che trabalhou muito para educar lavradores e índios. Por onde andava, parava nas aldeias e compartilhava noções de saneamento básico e saúde preventiva. Foi através deste trabalho humanitário com os mais pobres que ele acabou conhecendo e se inserindo na guerrilha dos jovens cubanos para derrubar o regime sanguinário que dominava a ilha. Quando os revolucionários tomaram o poder em Cuba, ele se tornou a segunda autoridade do país, logo a seguir de Fidel Castro. Tornou-se comandante da fortaleza de Havana, onde eram julgados e condenados os criminosos de guerra. Muitos testemunhos desmentem as lendas criadas pela imprensa ligada ao governo dos Estados Unidos, dando conta que Che chegou a desagradar a companheiros por nunca permitir vingança e por protelar, enquanto podia, sentenças de morte. Em todos os casos, exigiu novas averiguações e deu mais prazo à defesa dos prisioneiros que os próprios organismos internacionais consideraram criminosos de guerra e não apenas opositores políticos.
Poucos anos depois (1965), Che novamente renuncia ao poder conquistado e decide se juntar a grupos de libertação, primeiro no ex- Congo Belga, na África e depois na Bolívia. Ali no dia 08 de outubro de 1967, ele foi traído e preso por um comando antiguerrilha do exército boliviano e norte-americano. É levado a uma escola do lugar - La Higuera, na província de Valle Grande, estado de Santa Cruz. Ali é assassinado e seu cadáver, depois de exposto ao público, é enterrado em local secreto, só descoberto após trinta anos.
Neste aniversário de 40 anos de martírio (testemunho), homens e mulheres de todo o mundo, representando diversas raças e credos, se reúnem em Valle Grande, o local onde o Che assinou com o seu sangue a convicção de que a solidariedade e a justiça são valores dos quais não podemos abrir mão. Este encontro tem como objetivo compartilhar preocupações, refletir sobre os destinos da humanidade e proclamar as esperanças que, neste começo de milênio podemos ainda nutrir. Ele nos atesta que grande parte dos seres humanos continua a busca por uma sociedade nova. Também nos estimula a assumir a capacidade de ir à raiz das questões- a radicalidade- do Che em um caminho espiritual novo: percurso não-violento e solidário em comunhão com todos os seres vivos. O Che reavivou as brasas da esperança de uma pátria grande latino-americana que um século e meio antes Simon Bolívar tinha lançado. Neste início do século XXI, o processo democrático e não-violento da chamada revolução bolivariana está ainda no início, mas é uma realidade na Venezuela, Bolívia, Equador e em outros lugares da América Latina. É um convite paro o esforço de tornar real o sonho e a esperança da justiça.

Fonte:Adital http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=29947


terça-feira, 9 de outubro de 2007

TVE: a voz dos funcionários

A questão da TVE e da FM Cultura merece ser tratada com muita profundidade. Quem tem espaço na mídia - mesmo num blog, como eu - deve defender de forma enfática essas emissoras públicas, ameaçadas pela intenção governamental de privatizá-las. Sim, esse é o objetivo, mesmo que venha por meio de um projeto-de-lei travestido de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Nesta cruzada, reproduzo e apóio o manifesto dos funcionários das duas emissoras:

"Nós, servidores da Fundação Cultural Piratini Rádio e Televisão, vimos através deste enfatizar nossa defesa da instituição como uma Fundação Pública de Direito Privado, rechaçando qualquer proposta de conversão em Organização Social (OS) ou Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Demonstramos preocupação com o atual processo de inviabilização das rotinas de trabalho nas emissoras. Também entendemos a necessidade de fortalecer a atuação do Conselho Deliberativo para que exerça suas responsabilidades estabelecidas em lei. A TVE e a FM Cultura são emissoras públicas a serviço da comunidade gaúcha. Nosso objetivo é garantir que continuem sendo janelas da multiplicidade cultural do Rio Grande do Sul. Isso só é possível se resguardadas as condições técnicas e humanas de trabalho."

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Fidel faz homenagem a Che Guevara


Fidel Castro homenageou Ernesto Che Guevara, "o predestinado e semeador de consciências que combatia conosco e por nós" em uma nota publicada nesta segunda-feira (8), na qual expressou seu respeito e gratidão ao combatente excepcional, na celebração dos 40 anos da captura e morte de Che na Bolívia (na foto, ambos em Havava).


Cuba comemora nesta segunda-feira, em Santa Clara – onde o guerrilheiro participou de sua principal batalha em 1958 e onde está seu corpo desde 1997 – o 40º aniversário da queda em combate do "Guerrilheiro Heróico".
O concerto "Homem e Amigo" de trovadores latino-americanos na Universidade de Santa Clara, dirigido pelo cubano Silvio Rodríguez, abriu formalmente à noite o tributo a Che e marcou o início também do "Ano Guevariano" que terminará na Argentina em 2008, quando o guerrilheiro iria completar 80 anos.

Confira abaixo o texto escrito por Fidel:

El Che

Faço uma pausa no combate diário para inclinar minha cabeça, com respeito e gratidão, ante o combatente excepcional que caiu em um 8 de outubro, há 40 anos. Pelo exemplo que nos deu com sua Coluna Invasora, que atravessou os terrenos pantanosos ao sul das antigas províncias do Oriente e Camagüey perseguido por forças inimigas, libertador da cidade de Santa Clara, criador do trabalho voluntário, cumpridor de honrosas missões políticas no exterior, mensageiro do internacionalismo militantes aqui e na Bolívia, semeador de consciências em nossa América e no mundo. Dou-lhe graças pelo que tratou de fazer e não pôde em seu país natal, porque foi como uma flor arrancada prematuramente de seu caule. Deixou-nos seu estilo inconfundível de escrever, com elegância, concisão e veracidade, cada detalhe do que se passava por sua mente. Era um predestinado, mas ele não sabia disso. Combateu conosco e por nós.

Fidel Castro Ruz


Fonte: Granma

Nossa força é infinita, camarada Che

"Os poderosos podem matar uma, duas até três rosas, mas nunca deterão a primavera."

A frase é de um comandante - Ernesto Che Guevara -, pintado como sanguinário por dois repórteres da direitosa revista Veja. Deveriam lavar suas mãos....
São servis aos seus donos, mas nada os impedia de serem imparciais, tributos dos verdadeiros jornalistas.

SOS TVE e Rádio FM Cultura

Amigos, vamos defender as nossas emissoras públicas da sanha privativista do Governo estadual. O tão temido projeto que entrega a TVE e a Rádio FM Cultura, de Porto Alegre (RS), para serem gerenciadas por uma ONG - Organização Social de Interesse Público (OSCIP) - deve ser enviado essa semana para a Assembléia Legislativa. Funcionários e sindicatos já estudaram o assunto, fizeram seminários e ouviram especialistas. A conclusão é uma só: a OSCIP significa, na prática, a privatização das duas emissoras.
Foi criado um abaixo-assinado para ser entregue aos deputados. Já foram conseguidas 700 assinaturas, e a idéia é chegar a 10 mil!
A foto de Arfio Mazzei mostra os funcionários da TVE mobilizados e colhendo assinaturas.

Basta acessar o link abaixo:


http://www.petitiononline.com/TVE_FM/petition.html

Tem também uma versão em papel do abaixo assinado, caso seja necessário passar para quem não tem acesso à Internet.

Abaixo, os argumentos no documento com as assinaturas que será entregue aos deputados:

A TVE (canal 7) e a Rádio FM Cultura (107.7), emissoras da Fundação Piratini, vêm sofrendo um período de desgastes que pode culminar na sua extinção. O orçamento vem sendo reduzido a cada ano e os equipamentos não têm manutenção. Por causa disso, a programação foi afetada e o sinal da TV já não chega a boa parte do interior do Estado do RS. Para piorar, há falta de pessoal: não foram chamados todos os aprovados no último concurso, que sequer foi renovado. Devido às más condições de trabalho, muitos profissionais de alta qualificação se demitiram. Preocupados com essa situação, os funcionários lançaram um Manifesto denunciando a precarização do serviço e, principalmente, sugerindo alternativas para viabilizá-las economicamente, propondo uma mudança radical no modelo de gestão em maio de 2007 (vide em http://docs.google.com/View?docID=ddt9tm2b_22d47jrr&revision=_latest).
A governadora Yeda Crusius tem demonstrado desinteresse em manter a TVE e a FM Cultura. Pelo contrário, elaborou um projeto de lei para ceder os serviços públicos para OSCIPs – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - o que, na verdade, é uma forma de PRIVATIZAÇÃO. Trata-se de entregar a TVE e a FM Cultura para uma entidade privada: uma espécie de ONG ou associação. Qual será o compromisso dessa entidade com o conteúdo que deve ser veiculado em uma TV e uma rádio públicas? Quais os interesses comerciais que estarão por trás dela?
A TVE e a FM Cultura são dos gaúchos! Têm história, têm cultura, fazem cultura, e, mesmo com poucos recursos, produzem e veiculam uma programação qualificada e alternativa às emissoras comerciais.
Nós, funcionários, queremos construir uma verdadeira TV e uma rádio públicas, que atendam aos interesses de todas as parcelas da sociedade com autonomia perante os governos. Mas para isso, o primeiro passo é EVITAR A PRIVATIZAÇÃO da TVE e da FM Cultura. Por isso, encaminhamos o abaixo-assinado pedindo o seu apoio contra a entrega da TVE/FM Cultura para uma OSCIP.

PROGRAMAÇÃO QUE PRIMA PELA QUALIDADE

A TVE produz: o "Pandorga", único programa infantil do Estado. O "Hip Hop Sul", dedicado à comunidade hip hop, vencedor do Prêmio Lança de Ouro. O "TVE Repórter", o único programa de grandes reportagens produzido no Estado, e que só em 2006 ganhou 6 prêmios jornalísticos. O "TV Cine", que toda semana apresenta um curta-metragem. O "Radar", espaço mais democrático da cultura jovem gaúcha. O "Estação Cultura", revista diária aberta às mais diversas manifestações artísticas. O "Paralelo Sul", que retrata a cultura do povo gaúcho em seu sentido amplo, costumes, história, economia. O "Palcos da Vida", com shows de artistas da musica popular gaúcha e brasileira. O "Concertos TVE", dando acesso à música clássica na TV aberta. O "Galpão Nativo", expressão sensível da genuína cultura rio-grandense. "Primeira Pessoa", entrevista aprofundada com personalidades do RS. Viva Bem, programa de saúde e qualidade de vida. "Cidadania", refletindo os direitos do cidadão. "Consumidor em Pauta", com direitos do consumidor. Dois telejornais diários. Somos a segunda emissora em rede instalada no estado. Transmitimos eventos como o Fórum Social Mundial, Fórum da Liberdade, Festival de Gramado, os desfiles da Semana da Pátria e da Semana Farroupilha. Coberturas especiais da Expointer e Feira do Livro, entre outras.

Dentro do mesmo espírito, a rádio FM Cultura oferece uma programação de alta qualidade e valorização da produção cultural gaúcha e brasileira:

AS MÚSICAS QUE FIZERAM A SUA CABEÇA
AVENIDA CULTURA
BRASILIANA
CLÁSSICOS DA MANHÃ
CONCERTOS FM CULTURA
CONTEMPORÂNEA
CONTRACULTURA
CONVERSA DE BOTEQUIM
CULTURA DA INFÂNCIA
CULTURA DOCUMENTA
CULTURA HIP HOP
CULTURA NA MESA
ENSAIO ABERTO
ESTAÇÃO CULTURA
ESTÚDIO B
FILARMONIA
FM CULTURA INFORMA
MANHÃ POPULAR BRASILEIRA
NA TRILHA DA TELA
ÓPERA DA SEMANA
RADIOTEATRO
SESSÃO JAZZ
TARDE POPULAR BRASILEIRA
TONS E NOTAS
UM BOM DIA MEU RIO GRANDE
UNIRÁDIO


domingo, 7 de outubro de 2007

Hasta siempre, comandante!

Vida, nas palavras do gênio Chaplin

Já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis, e
esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei
com pessoas quando nunca pensei decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos
eternos, amei e fui amado mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei.
Quebrei a cara muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já
liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que
fosse morrer de tanta saudade, tive medo de perder alguém especial (e acabei
perdendo). Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida. Bom mesmo é ir à
luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe
e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve, a vida é
muito para ser insignificante!

Charles Chaplin

sábado, 6 de outubro de 2007

Caminhada, chuva e abrigo da natureza





























Sábado, 15h, tarde cinzenta e quente em Porto Alegre. Para me livrar do abafamento, resolvi caminhar pelo Parque Farroupilha - a tradicional Redenção. Andei cerca de meia hora em meio a belas e frondosas árvores até que notei a mudança do tempo. A chuva caiu miúda e logo se transformou em chuvarada. De pronto, sentei à mesa do tradicional Zé do Passaporte, encravado no mercadinho do Bom Fim, um dos mais belos bairros da capital gaúcha. Para minha sorte, o pequeno bar fica em meio a floriculturas, onde centenas de folhagens e flores servem de deleite para nossos olhos. Enquanto tomava uma cerveja gelada e papeava com colorados e gremistas que convivem de forma civilizada no local, aproveitei para tirar algumas fotos, três das quais exibo para vocês.
De tudo, restou uma licão: muitas vezes saímos de casa com um objetivo, mas nos deparamos com uma situação que, a princípio, não nos agrada. Em seguida, desfrutamos de algo tão bom como aquilo que planejamos. O resultado de minha experiência foram estes flagrantes fotográficos. Espero que gostem.

SOS Amazônia


Uma reportagem do jornal britânico The Independent afirma nesta sexta-feira que "várias áreas do Brasil e do Paraguai, e a maior parte da Bolívia estão sufocando sob espessas camadas de fumaça", por causa de incêndios que se multiplicam pela Amazônia.

Segundo o jornal, imagens de satélite mostraram "grandes nuvens de fumaça" causadas pela disseminação das queimadas. "A cada ano, no fim da estação seca, em antecipação às primeiras chuvas do inverno, fazendeiros e pecuaristas em toda a América do Sul fazem queimadas para 'renovar' as áreas de pasto", escreve o repórter do diário. "Mas esse ciclo histórico saiu do controle, porque o desflorestamento e a mudança climática criaram um barril de pólvora."
Uma ONG ouvida pelo Independent estima que há mais de 10 mil focos de incêndio em uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados nos lados brasileiro e boliviano da Amazônia, e que "90% deles" resultam da expansão da criação de gado. Além disso, afirma o jornal, a atividade pecuária tem se expandido para dentro de áreas de floresta, levando consigo a técnica de "limpar" a terra com as queimadas.
O diário nota que a atividade econômica na Amazônia se expande com o apoio e os benefícios do governo brasileiro, e que o país não tem metas de redução de emissões de gases que causam o efeito estufa, embora esteja entre os primeiros em emissões de gás carbônico por causa do desflorestamento.

O ranking da corrupção, segundo o TSE


Não li esta notícia nos grandes jornais e nas revistas semanais. Aliás, não tenho esperança de vê-la publicada na grande mídia, por motivos óbvios. O MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)) lançou o dossiê Políticos Cassados por Corrupção Eleitoral, relacionando 623 pessoas cassadas em 339 processos julgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre 2000 e 2006. O blog Vermelho publicou com exclusividade o ranking dos partidos que mais se envolveram. O primeiro colocado é o DEM (ex-PFL), com 69 casos, mais de um quinto do total. DEM, PMDB e PSDB somam 193 casos, 57% do total. O PT tem 10 casos (2,9%) e o PCdoB nenhum.
As cassações ocorreram em todas as unidades da Federação, com destque para Minas Gerais (11,4% do total), Rio Grande do Norte (9,6%) e São Paulo (8,8%). Foram cassados quatro governadores e vices, seis senadores e suplentes, oito deputados federais, 13 estaduais e 58 vereadores, mas o grosso dos cassados foram prefeitos e vices, que somaram 508 casos.