quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Em setembro, Amazônia teve 587 km² de área desmatada


Segundo o novo relatório do Inpe, devastação da floresta foi maior no estado do Mato Grosso neste período

O desmatamento na floresta amazônica durante o mês de setembro foi de 587 km², revela o sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número representa uma queda de 22,35% na devastação, se comparado ao mês anterior, agosto, que obteve 756 km² de área desmatada.
A queda também foi diagnosticada na comparação com o desflorestamento ocorrido no mesmo período do ano passado, que atingiu 603 quilômetros quadrados.
Desta vez, o estado campeão em desmate foi o Mato Grosso, com 216 km², seguido pelo Pará, com 127 km². Maranhão, Rondônia e Amazonas tiveram, respectivamente, 97 , 91,5 e 46 quilômetros quadrados desmatados. Os demais estados da Amazônia Legal tiveram pouco ou nenhum desmatamento registrado pelo Deter.
Apesar dessa diminuição, o relatório afirma que somente os estados do Mato Grosso e Rondônia puderam ser analisados em sua totalidade, já que nuvens atrapalharam o monitoramento do restante dos estados da Amazônia. Segundo o Inpe, o Pará teve 63% de sua área encoberta por nuvens.
De acordo com o Inpe, de janeiro a setembro deste ano, a Amazônia perdeu 6.268 hectares de floresta, isso equivale a mais de 6 mil campos de futebol perdidos. O mês em que houve maior devastação foi abril, com 1.124 km².
Neste período, o estado líder em desmatamento é o Pará, com 435,4 km² de devastação, seguido pelo Mato Grosso, com 229,2 km². Desde 2004, o Deter considera como desmatamento as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) ou degradação progressiva (floresta em processo de desmatamento).

Fonte:
http://www.amazonia.org.br

Obama à perigo


Em post mais antigo eu tinha alertado que muitos americanos direitistas e racistas não suportariam um presidente negro, como Barak Obama. Ontem, foram presos dois jovens - supostamente ingênuos - que estariam tramando um atentado contra o candidato. Embora tenha um grande aparato de segurança, o candidato deve se cuidar. Sobram americanos menos ingênuos e mais belicosos para tramar contra sua vida antes e depois da eleição. Exemplos não faltam em anos passados e recentes. O boneco acima surgiu no início da campanha e foi recolhido. Mas, nos comícios de McCain, continuam os gritos de "Mate-o. Mate-o" Cuidado, portanto!

Os dois azuis. E os dois vermelhos...

Hoje, saberemos se o tricolor porto-alegrense tem bala na agulha ou não para aspirar ao título de campeão brasileiro. Pela trajetória no segundo turno - não ganhou nenhuma fora de casa - a tendência é que pare diante de outro azul em Belo Horizonte: o Cruzeiro. Como não torço para azuis, fico na expectativa. Antes, porém, o meu Inter tem que ganhar do Náutico para manter um fio de esperança de disputar a Libertadores de 2009. É outro vermelho, que deverá ser batido. Imagino que os gremistas torcerão para nós. Com isso, teoricamente, iremos com tudo para cima do São Paulo, no domingo. Tenho uma posição: meu time não deve entregar o jogo para prejudicar o adversário da Azenha. Ele que se vire!

Prefeito? Até quando?

Como suspeitávamos e até denunciávamos, o prefeito eleito de Porto Alegre, José Fogaça, não ficará os quatro anos no Governo. A mídia que o conhece amiúde já está sugerindo que ele poderá concorrer a senador, governador e até - pasmem - presidente da República. Pergunta: o que pensam os leitores que votaram nele? Concordam que o vice-prefeito, José Fortunatti, ganhe de graça quase três anos de mandato? Eu não votei no atual prefeito e já sabia da artimanha. Como condenei Tarso Genro por abandonar a prefeitura para concorrer a governador, tenho autoridade para fazer o mesmo com quem não é meu partidário.

Peço desculpas

Grandioso o artigo deste grande intelectual, que continua colaborando para abrir mentes no Brasil. Por isso, divido o texto com vocês. Por mais que achem longo, aconselho a lerem até o final. Vale a pena!


Frei Betto

Estou gravemente enfermo. Gostaria de manifestar publicamente minhas escusas a todos que confiaram cegamente em mim. Acreditaram em meu suposto poder de multiplicar fortunas. Depositaram em minhas mãos o fruto de anos de trabalho, de economias familiares, o capital de seus empreendimentos.
Peço desculpas a quem assiste às suas economias evaporarem pelas chaminés virtuais das Bolsas de Valores, bem como àqueles que se encontram asfixiados pela inadimplência, os juros altos, a escassez de crédito, a proximidade da recessão.
Sei que nas últimas décadas extrapolei meus próprios limites. Arvorei-me em rei Midas, criei em torno de mim uma legião de devotos, como se eu tivesse poderes divinos. Meus apóstolos - os economistas neoliberais - saíram pelo mundo a apregoar que a saúde financeira dos países estaria tanto melhor quanto mais eles se ajoelhassem a meus pés.
Fiz governos e opinião pública acreditarem que o meu êxito seria proporcional à minha liberdade. Desatei-me das amarras da produção e do Estado, das leis e da moralidade. Reduzi todos os valores ao cassino global das Bolsas, transformei o crédito em produto de consumo, convenci parcela significativa da humanidade de que eu seria capaz de operar o milagre de fazer brotar dinheiro do próprio dinheiro, sem o lastro de bens e serviços.
Abracei a fé de que, frente às turbulências, eu seria capaz de me auto-regular, como ocorria à natureza antes de ter seu equilíbrio afetado pela ação predatória da chamada civilização. Tornei-me onipotente, supus-me onisciente, impus-me ao planeta como onipresente. Globalizei-me.
Passei a jamais fechar os olhos. Se a Bolsa de Tóquio silenciava à noite, lá estava eu eufórico na de São Paulo; se a de Nova York encerrava em baixa, eu me recompensava com a alta de Londres. Meu pregão em Wall Street fez de sua abertura uma liturgia televisionada para todo o orbe terrestre. Transformei-me na cornucópia de cuja boca muitos acreditavam que haveria sempre de jorrar riqueza fácil, imediata, abundante.
Peço desculpas por ter enganado a tantos em tão pouco tempo; em especial aos economistas que muito se esforçaram para tentar imunizar-me das influências do Estado. Sei que, agora, suas teorias derretem como suas ações, e o estado de depressão em que vivem se compara ao dos bancos e das grandes empresas.
Peço desculpas por induzir multidões a acolher, como santificadas, as palavras de meu sumo pontífice Alan Greenspan, que ocupou a sé financeira durante dezenove anos. Admito ter ele incorrido no pecado mortal de manter os juros baixos, inferiores ao índice da inflação, por longo período. Assim, estimulou milhões de usamericanos à busca de realizarem o sonho da casa própria. Obtiveram créditos, compraram imóveis e, devido ao aumento da demanda, elevei os preços e pressionei a inflação. Para contê-la, o governo subiu os juros... e a inadimplência se multiplicou como uma peste, minando a suposta solidez do sistema bancário.
Sofri um colapso. Os paradigmas que me sustentavam foram engolidos pela imprevisibilidade do buraco negro da falta de crédito. A fonte secou. Com as sandálias da humildade nos pés, rogo ao Estado que me proteja de uma morte vergonhosa. Não posso suportar a idéia de que eu, e não uma revolução de esquerda, sou o único responsável pela progressiva estatização do sistema financeiro. Não posso imaginar-me tutelado pelos governos, como nos países socialistas. Logo agora que os Bancos Centrais, uma instituição pública, ganhavam autonomia em relação aos governos que os criaram e tomavam assento na ceia de meus cardeais, o que vejo? Desmorona toda a cantilena de que fora de mim não há salvação.
Peço desculpas antecipadas pela quebradeira que se desencadeará neste mundo globalizado. Adeus ao crédito consignado! Os juros subirão na proporção da insegurança generalizada. Fechadas as torneiras do crédito, o consumidor se armará de cautelas e as empresas padecerão a sede de capital; obrigadas a reduzir a produção, farão o mesmo com o número de trabalhadores. Países exportadores, como o Brasil, verão menos clientes do outro lado do balcão; portanto, trarão menos dinheiro para dentro de seu caixa e precisarão repensar suas políticas econômicas.
Peço desculpas aos contribuintes dos países ricos que vêem seus impostos servirem de bóia de salvamento de bancos e financeiras, fortuna que deveria ser aplicada em direitos sociais, preservação ambiental e cultura.
Eu, o mercado, peço desculpas por haver cometido tantos pecados e, agora, transferir a vocês o ônus da penitência. Sei que sou cínico, perverso, ganancioso. Só me resta suplicar para que o Estado tenha piedade de mim.
Não ouso pedir perdão a Deus, cujo lugar almejei ocupar. Suponho que, a esta hora, Ele me olha lá de cima com aquele mesmo sorriso irônico com que presenciou a derrocada da torre de Babel.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Nova pesquisa confirma amplo apoio à exigência do diploma de Jornalismo


Pesquisa divulgada pelo site Comunique-se nesta terça-feira (28/10) confirmou a aprovação da esmagadora maioria de seus usuários à obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. Os dados assemelham-se aos da pesquisa FENAJ/Sensus, realizada em setembro. Lançamentos do livro “Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade” e a constituição de Comissões Estaduais da Campanha em Defesa do Diploma são as prioridades do movimento neste momento.

A pesquisa do site Comunique-se foi enviada por e-mail a seus usuários no dia 23 de outubro. Destes, 2.232 responderam às perguntas sobre a exigência do diploma para o exercício do Jornalismo, a criação de um órgão como a OAB para regular a atividade profissional e sobre a criação do Grupo de Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego para atualizar a regulamentação da profissão. Na pesquisa havia espaço para que, caso quisessem, os participantes justificassem suas opções.

Quanto à exigência do diploma, 73,9% dos participantes foram favoráveis. E 68,4% defenderam a criação de um órgão que fiscalize o exercício regular da profissão. E 70% aprovaram a criação do Grupo de Estudos do MTE.

Valci Zuculoto, diretora de Educação da FENAJ e membro da Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma mostrou satisfação com o resultado da pesquisa do Comunique-se. “A maioria dos usuários do site são jornalistas, estudantes ou da área de comunicação e os resultados mostram uma sintonia dos participantes com os anseios da sociedade”, disse, elogiando a iniciativa do Comunique-se

Ela lembra que a pesquisa FENAJ/Sensus, que apresentou números semelhantes à do Comunique-se, foi feita em todo o país e consultando toda a sociedade. Nela, dos dois mil entrevistados, 74,3% mostraram-se favoráveis ao diploma e 74,8% favoráveis a criação de um órgão que fiscalize o exercício da profissão. Segundo Valci, todas as consultas que têm ocorrido mostram amplo apoio social à exigência do diploma. E para reforçar seu argumento, lembra, também, da enquete promovida pelo Correio de Uberlândia, no seu site, onde 79% dos internautas foram favoráveis à exigência do diploma.

Mobilização prossegue
Realizado em Brasília, no dia 18 de outubro, o II Encontro de Professores de Jornalismo do Distrito Federal, Goiás e Tocantins contou com mais de 100 participantes e 60 trabalhos inscritos. O evento aconteceu na Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília e teve como tema "A formação do jornalista multimídia". Nele, a campanha em defesa do diploma foi um dos destaques nos debates.

Na semana passada, a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná e vice-presidente da FENAJ para a Região Sul, Aniela Almeida, realizou uma série de atividades no Norte do estado. Em Maringá juntamente com Rogério Fischer, diretor do Sindicato dos Jornalistas de Londrina, percorreu as redações divulgando o Prêmio Sangue Bom do Jornalismo Paranaense, a campanha de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho e a campanha em defesa do diploma. Em Londrina, Aniela participou da I Semana de Jornalismo da UEL, onde houve debate sobre o diploma e lançamento do livro “Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade”.

O Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul já iniciou o cadastramento de profissionais e estudantes que estejam dispostos a ir a Brasília acompanhar a votação, no Supremo Tribunal Federal, do recurso extraordinário que regulamenta a profissão de jornalista. A entidade pretende disponibilizar um ônibus para deslocamento dos interessados. Também vem debatendo com as escolas de Jornalismo, a possibilidade de paralisação na ocasião da votação.

O próximo lançamento do segundo livro em defesa do diploma – editado pela FENAJ em parceria com a Cátedra FENAJ-UFSC de Jornalismo para a Cidadania - está agendado para a Universidade Católica de Pernambuco, em Recife, no dia 30 de outubro. No dia 31, o lançamento será em Ponta Grossa (PR) e em Belém do Pará o evento será no dia 5 de novembro, às 19n, na Federação da Agricultura do Estado. Em Fortaleza, haverá venda do livro e afixação do banner da campanha no II Fórum de Comunicação do Governo Federal no Nordeste, que será realizado nos dias 10 e 11 de novembro. Também no dia 11, o livro será lançado no Encontro de Comunicação da Universidade Potiguar (UNP), em Maceió (RN).

As direções dos Sindicatos dos Jornalistas também discutem a constituição de Comissões Estaduais ou Locais para ampliarem a Campanha em Defesa do Diploma em suas bases. O Sindicato do Ceará já indicou seu diretor Claylson Martins para coordenar as atividades e em Pernambuco o indicado foi Ricardo Melo. Um dos encaminhamentos das Comissões Estaduais ou locais é a preparação de um novo Dia Nacional de Mobilização, que ocorrerá na data do julgamento do recurso sobre o diploma no STF.

Base de apoio no Lula no Brasil

BM e os movimentos sociais

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Base de apoio a Lula vai governar 72% do eleitorado brasileiro

A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai governar 93,5 milhões de eleitores nos municípios em todo o país. A fatia representa 72,5% do eleitorado brasileiro. A oposição ficou com 35,4 milhões de pessoas. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 128,9 milhões estavam aptos a votar no pleito deste ano.
A base de apoio a Lula no Congresso Nacional reúne uma legião de 16 partidos. Os grandes vencedores são: PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B, PRB, PR, PP, PTB, PV, PSC, PMN, PHS, PT do B, PTC e PRTB.
A oposição, formada por PSDB, DEM, PPS e PSOL, sai enfraquecida destas eleições.

Sindicato repudia agressão a jornalista

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul lamenta e repudia as agressões sofridas pelo jornalista Graciliano Rocha, do jornal Folha de S.Paulo, no comitê do candidato José Fogaça, ao final da apuração das eleições municipais, no domingo à noite. Segundo o profissional de 31 anos, ele foi intimado por um estranho dentro do comitê, assim que o candidato reeleito se preparava para conceder uma entrevista coletiva. “Olha, tu não és bem quisto aqui. Só escreve matéria f.d.p.”, teria dito o homem. Ao final da coletiva e depois que Fogaça se dirigiu à rua para falar para a militância, Rocha foi abordado pelo mesmo homem na porta de saída. “Levei um soco no supercílio esquerdo e, a seguir, vários outros pelo corpo. Surgiu outro homem, que também começou a me soquear”, relata.
Diante das agressões, o jornalista caiu no chão e começou a levar pontapés das duas pessoas, que só pararam depois da chegada de outros jornalistas e de integrantes da cúpula do partido. “Fiz o Boletim de Ocorrência (BO) e exame de corpo de delito. Pessoalmente, apesar de estar com o corpo todo dolorido, este é um capítulo encerrado. Mas o jurídico do jornal é que decidirá o que fazer daqui para frente”, diz Rocha, lembrando que recebeu solidariedade e pedido de desculpas do jornalista Marcelo Villa Bôas, assessor de imprensa de Fogaça ainda no domingo.
O profissional está em Porto Alegre desde maio e fez basicamente matérias de cunho político. A que mais chamou a atenção foi a que denunciou o suposto enriquecimento ilícito do deputado estadual Luiz Fernando Záchia, coordenador da campanha de Fogaça. A reportagem provocou a saída do parlamentar do posto. A última foi publicada no último domingo e tratava da distribuição de bônus moradia pelo governo municipal.
O Sindicato entende que este tipo de ocorrência fere a todos os profissionais em exercício no Rio Grande do Sul pois tem o objetivo de cercear a liberdade de informar. Para a entidade, a discordância deve ser resolvida por meio do diálogo e não por agressão física como a que sofreu o jornalista Graciliano Rocha. A direção do Sindicato cobra ainda apuração imediata do caso, a identificação e a punição dos envolvidos nas agressões.

Mais informações no site do sindicato:
http://www.jornalistas-rs.org.br/

Democracia e dessacerto

O povo de Porto Alegre escolheu democraticamente o seu prefeito. Faz parte do regime ganhar e perder. Mas também tenho o direito de dizer que a população errou na escolha porque conviveu com um Governo que nada fez e até seis meses antes da eleição tinha alta rejeição entre a população. Não cumpriu nada do que prometera, fez um governo sem ação, quase parando. Mas tapa-buracos e enganações na véspera das eleições mudaram tudo. Quem votou no reeleito vai continuar a aplaudi-lo? Eu e boa parcela da população que não o elegemos vamos fiscalizá-lo, com certeza. O meu partido tinha proposta claras e objetivas para Porto Alegre voltar a ser o que era nas áreas da educação, da saúde, do transporte, da infraestrutura, da cultura de de outras áreas. Não fomos bem sucedidos. Até daqui há quatro anos, quando estaremos mais fortes.

Vencedor e perdedor

Um vencedor é sempre parte da resposta
Um perdedor é sempre parte do problema
Um vencedor tem sempre uma proposta
Um perdedor tem sempre uma desculpa
Um vencedor sempre diz: "Posso ajudar?"
Um perdedor sempre diz: "Não é minha obrigação"
Um vencedor enxerga uma resposta para cada problema
Um perdedor enxerga um problema para cada resposta
Um vencedor sempre diz: "Pode ser difícil, mas é possível"
Um perdedor sempre diz: "Pode ser possível, mas é difícil"

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Viva o diploma

Muniz Sodré *

Em fevereiro de 2007, a Newspaper Association of America anunciou, durante sua convenção anual em Las Vegas, o lançamento de uma campanha nacional para incutir no público leitor a idéia de que o jornal do futuro será uma “multiplataforma de informação”, o que implica na prática a junção empresarial e cultural do papel com a Web. Daí, slogans do tipo “a Internet é a melhor coisa que poderia acontecer aos jornais”.

Mas será essa também a melhor coisa que poderia acontecer aos jornalistas?

Esta questão tem alguma pertinência para o atual debate sobre a exigência de diploma universitário.

Em princípio, é preciso debater a hipótese de que essa nova face da informação pública possa pôr em crise a própria identidade do jornalismo clássico como mediação discursiva e como funcionalidade específica de um grupo profissional. Disto um claro sintoma é a questão levantada por um arauto da chamada cibercultura: “Seria ainda necessário, para se manter atualizado, recorrer a esses especialistas da redução ao menor denominador comum que são os jornalistas clássicos?”

A resposta, de certo modo, começa a ser dada pelos grandes conglomerados do jornalismo impresso, por meio da progressiva conversão empresarial do papel à eletrônica. Nada impede que o jornalismo troque de suporte preferencial, uma vez que os conteúdos informativos, na medida da independência de sua forma técnica, podem passar de um suporte para outro, sem alterar substancialmente a sua natureza. A despeito do potencial midiático da Internet, a digitalização em si mesma não é um medium, e sim um processo técnico (informático).

Veja-se o livro: mesmo digitalizado continua a ser “livro”, isto é, a organizar seqüencialmente os conteúdos de acordo com a milenar forma códice (codex), embora ainda sejam grandes as dificuldades de leitura de textos extensos na tela do computador. Daí, as hibridizações formais, já praticadas por alguns jornais, entre a escrita tradicional e a escrita para a tela do computador, oferecendo ao público a opção de leitura jornal entre resumos e textos maiores.

Ainda o livro: também não se pode passar por cima da evidência de que, em nossa modernidade, a forma códice (escrita unidirecional, páginas organizadas em cadernos e costuradas), depois chamada livro, impôs-se aos usos e aos espíritos como locus do conhecimento centrado, da leitura que constitui pastoralmente a cidadania, da produção do sentido e do real medidos pela escala do humanismo.

O mesmo se dá com o jornal. Pode trocar de suporte técnico, pode mesmo existir na complementação dos suportes (papel e eletrônica), mas continua impelido, como forma moderna e democrática da comunicação, pela ideologia humanista que garante a cidadania. Eventuais descaminhos não podem elidir a evidência de que a imprensa brasileira, por exemplo, jamais deixou, em seus 200 anos de existência de estar presente, como parte essencial, nas causas que ajudaram a dar à Nação a sua face atual – a abolição da escravatura (de cuja campanha participou a maioria dos jornais provinciais) e a criação da república. O jornalismo, no Brasil e no resto do mundo, reflete as questões públicas decisivas para os rumos da Nação.

Como conceber hoje o funcionamento dessa instituição “quase-pública”, geradora da informação necessária ao cidadão para o pleno funcionamento da democracia, sem uma formação universitária, especializada, de jornalistas? Informação não é mero produto, nem serviço: é o próprio solo da sociedade em que vivemos, é o campo onde joga o cidadão. Se a garantia dessa formação adequada se espelha hoje no diploma, viva o diploma.

* Presidente da Fundação Biblioteca Nacional e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutor em Comunicação pela Sorbonne.

O neoliberalismo dançou

Márcia Denser*

Sei que estou devendo até a alma¹ para os meus leitores, mas não posso deixar de prestar este grande serviço a todos vocês, representado por esta pesquisa das grandes e sábias vozes a interpretar o que realmente está acontecendo por aí, o que fatalmente sinaliza o começo do fim do neoliberalismo, a política cruel que durante trinta anos castiga o planeta. Lá vai, pessoal:

O desmoronamento de Wall Street é comparável, no âmbito financeiro, ao que representou, no geopolítico, a queda do muro de Berlim. Uma mudança de mundo e um giro copernicano. Quem o afirma é o Nobel de Economia, Paul Samuelson: "Esta débâcle é para o capitalismo o que a queda da URSS foi para o comunismo". Termina o período aberto em 1981 com a fórmula de Ronald Reagan: "O Estado não é a solução, é o problema." Durante trinta anos, os fundamentalistas do mercado repetiram que este tinha razão, que a globalização era sinônimo de felicidade, e que o capitalismo financeiro edificava o paraíso terreno para todos. Equivocaram-se.
A "idade de ouro" de Wall Street acabou. E também acabou um período de exuberância e esbanjamento representada por uma aristocracia de banqueiros de investimento, "amos do universo" denunciados por Tom Wolfe em "A Fogueira das Vaidades" (1987). Possuídos pela lógica da rentabilidade de curto prazo. Pela busca dos lucros exorbitantes.
Dispostos a tudo para obter mais lucros: vendas abusivas no curto prazo, manipulações, invenção de instrumentos opacos, titulação de ativos, contratos de cobertura de riscos, fundos Hedge. A febre do proveito fácil contagiou a todo o planeta. Os mercados se sobreaqueceram, alimentados pelo excesso de financeirização que facilitou a alta dos preços.
A globalização conduziu a economia mundial a tomar a forma de uma economia de papel, virtual, imaterial. A esfera financeira chegou a representar mais de 250 trilhões de euros, ou seja, seis vezes o montante de riqueza real mundial. E, de chofre, essa gigantesca "bolha" explodiu. O desastre é de proporções apocalípticas. Mais de 200 bilhões de euros derreteram. A banca de investimento foi varrida do mapa. As cinco maiores entidades desmoronaram: Lehman Brothers na bancarrota; Bear Stears foi comprado com a ajuda do Federal Reserve, por Morgan Chase; Merril Lynch foi adquirido pelo Bank of America; e dois dos últimos, Goldman Sachs e Morgan Stanley (em parte comprado pelo japonês Mitsubishi UFJ), reconvertidos em bancos comerciais.
Toda a cadeia de funcionamento do aparato financeiro colapsou. Não só a banca de investimento, mas os bancos centrais, os sistemas de regulação, os bancos comerciais, as caixas econômicas, as companhias de seguros, as agências de qualificação de risco (Standard&Poors, Moody's, Fitch) e até as auditorias contábeis (Deloitte, Ernst&Young, PwC).
O naufrágio não pode surpreender a ninguém. O escândalo das "hipotecas lixo" era conhecido de todos. Assim como o excesso de liquidez orientado para a especulação, e a explosão delirante dos preços do custo de vida. Tudo isso foi denunciado há tempo. Sem que ninguém se mexesse. Porque o crime beneficiava a muitos. E se seguiu afirmando que a empresa privada e o mercado solucionavam tudo.
A administração do presidente George W. Bush teve de renegar esse princípio e recorrer, maciçamente, à intervenção do Estado. As principais entidades de crédito imobiliário, Fannie Mae y Freddy Mac, foram nacionalizadas. Também o foi o American International Group (AIG), a maior companhia de seguros do mundo. E o secretário do tesouro, Henry Paulson (ex-presidente do banco Goldman Sachs) propôs um plano de resgate de ações "tóxicas" procedentes das "hipotecas lixo" (subprime) por um valor de uns 500 bilhões de euros, que o Estado também adiantará, quer dizer, os contribuintes. Prova do fracasso do sistema, essas intervenções do Estado – as maiores, em volume, da história econômica – demonstram que os mercados não são capazes de se regularem por si mesmos. Se autodestruíram por sua própria voracidade. Ademais, confirma-se uma lei do cinismo neoliberal: privatizaram os lucros mas se socializaram as perdas. Os pobres têm de arcar com as excentricidades irracionais dos banqueiros, e se lhes ameaça, em caso de não quererem pagar, com o seu maior empobrecimento.
As autoridades norte-americanas dedicam-se ao resgate dos "banksters" ("banqueiro gângster"), às expensas dos cidadãos. Há alguns meses o presidente Bush se negou a assinar uma lei que oferecia uma cobertura médica a nove milhões de crianças pobres por um custo de 4 bilhões de euros. Considerou um gasto inútil. Agora, para salvar aos rufiões de Wall Street, nada lhe parece suficiente. Socialismo para os ricos e capitalismo selvagem para os pobres.
Este desastre ocorre num momento de vazio teórico das esquerdas, que não têm um "plano B" para tirar proveito do descalabro. Em particular as da Europa, asfixiadas pelo choque da crise, quando seria tempo de refundação e de audácia.
Quanto durará a crise? "Vinte anos se tivermos sorte, ou menos de dez se as autoridades agirem com mão firme", vaticina o editorialista neoliberal Martin Wolf (1). Se houvesse alguma lógica política, este contexto deveria favorecer a eleição do democrata Barack Obama (em não sendo assassinado) para a presidência dos Estados Unidos no 4 de novembro próximo. É provável que, como D. Roosevelt, em 1930, o jovem presidente lance um novo "New Deal", baseado no neokeynesianismo que confirmará o retorno do Estado à esfera econômica. E que trará, por fim, mais justiça social aos cidadãos. Vai se caminhar para um novo Bretton Woods. A etapa mais selvagem e irracional da globalização terá terminado.

Ignácio Ramonet, jornalista, ex-editor do Le Monde Diplomatique

Entupiu o sistema circulatório do capitalismo. É preciso agir rápido, antes que ocorra a trombose.

É preciso deixar de lado a esperança liberal de que os bancos vão agir em benefício da sociedade e do desenvolvimento. O governo tem que injetar crédito direto na veia do setor produtivo e demais instituições. A palavra que falta dizer é: estatização do crédito.

Lembro que os fatos caminham à frente das idéias também neste caso. Como decorrência da desregulação geral das finanças, desde os anos 70, os bancos sofreram uma mutação em todo mundo. Eles renunciaram à condição original de emprestadores finais, aqueles que geram o crédito e carregam o risco até a liquidação dos contratos: tornaram-se meros corretores das finanças. O banco continua a originar o empréstimo, mas securitiza a operação, revendendo-a no mercado de forma a dividir os riscos.

O problema é que esse mecanismo de defesa degenerou-se.
Assumiu a forma de imensas pirâmides de ativos securitizados, em diferentes versões de derivativos que turbinaram os circuitos especulativos das finanças desreguladas. Sua essência desestabilizadora – são pirâmides invertidas cujo ponto de apoio em valor real se esfumou - só foi reconhecida pelos neoliberais urbi et orbi quando a casa caiu nos EUA, na explosão da bolha imobiliária.

Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, professor-titular do Instituto de Economia da Unicamp e presidente do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento.

As medidas nacionalizantes de ações e bancos anunciadas pelo primeiro ministro Gordon Brown, do mesmo Labour Party de Blair, tiveram um poder eletrizante em relação aos demais governantes dos países diretamente envolvidos com as causas da crise, nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia. As medidas, elogiadas de imediato pelo novo ganhador do Prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, conhecido crítico das políticas econômicas e externas de Bush, foram profundas e cortantes, equivalendo, em alguns aspectos, a aplicação de uma lei marcial nas instituições

Larry Eliot, editor de economia do The Guardian, comentou em vídeo gravado na página do jornal, que chegara "a hora da esquerda". É claro que "esquerda" neste contexto londrino, quer dizer algo diferente do que em Caracas ou mesmo no Rio de Janeiro. Quer dizer a defesa de uma melhor e mais profunda regulamentação dos mercados, coisa com que todos, no momento (na página da CBN vi comentário até do Arnaldo Jabor neste sentido!!) parecem concordar. Parecem? Vejamos.

A reação da The Economist é muito sintomática neste sentido. A revista é uma publicação seriíssima, aberta ao debate político e econômico de uma multiplicidade de correntes, mas com uma posição editorial declarada e assumida em defesa do livre mercado (por isso mesmo, por sua posição ser aberta e declarada, é dos jornais mais confiáveis, daqueles que ainda procuram distinguir fato de opinião).

Em artigo de 9/10 ("Saving the System"), depois de assinalar que, só em setembro, 159 mil trabalhadores norte-americanos perderam o emprego, e que o custo da empreitada já está chegando nos Estados Unidos a 1 trilhão de dólares, duas vezes o custo da guerra no Iraque, diz o jornal: "A direção da globalização vai mudar". Esse processo está sendo revertido de três modos:

1) As finanças do Ocidente voltarão a ser regulamentadas.


2) O equilíbrio entre o Estado e o Mercado está mudando em outras áreas, além da de finanças. Exemplo: o do preço dos alimentos, onde vários governos estão tomando medidas estritas de controle de preços, de limitação de exportações e outras, em escala mundial.

3) Os Estados Unidos estão perdendo a sua posição de vanguarda econômica e a sua autoridade intelectual, em favor de nações que mantém uma posição forte quanto à capacidade de crédito, como a China. Aqui The Economist cita a frase do premiê chinês sobre serem os países do Ocidente os "mestres" e os outros os "discípulos" em matéria de economia: "parece que os mestres estão em dificuldade".
Flávio Aguiar, editor da Carta Maior

A liberalização financeira teve efeitos para muito além da economia. Há muito que se compreendeu que era uma arma poderosa contra a democracia. O movimento livre dos capitais cria o que alguns chamaram um "parlamento virtual" de investidores e credores que controlam de perto os programas governamentais e "votam" contra eles, se os consideram "irracionais", quer dizer, se são em benefício do povo e não do poder privado concentrado. Os investidores e credores podem "votar" com a fuga de capitais, com ataques às divisas e com outros instrumentos que a liberalização financeira lhes serve de bandeja. Essa é uma das razões pelas quais o sistema de Bretton Woods, estabelecido pelos EUA e pela Grã-Bretanha depois da II Guerra Mundial, instituiu controle de capitais e regulou o mercado de divisas.

Pode ser que a paixão pela campanha não seja uma coisa universalmente compartilhada, mas quase todo mundo pode perceber a ansiedade desencadeada pela execução hipotecária de um milhão de residências, assim como a preocupação com os riscos que correm os postos de trabalho, as poupanças e os serviços de saúde. As propostas iniciais de Bush para lidar com a crise fediam a tal ponto a totalitarismo que não tardaram a ser modificadas. Sob intensa pressão dos lobbies, foram reformuladas "para o claro benefício das maiores instituições do sistema... uma forma de desfazer-se dos ativos sem necessidade de fracassar ou quase", segundo descreveu James Rickards, que negociou o resgate federal por parte do fundo de cobertura de derivativos financeiros Long Term Capital Management em 1998, lembrando-nos de que estamos caminhando em terreno conhecido. Como era previsível, as medidas tomadas a esse respeito incrementaram a frequência e a profundidade dos grandes reveses econômicos, e agora estamos diante da ameaça de que se desencadeie a pior crise desde a Grande Depressão. Os EUA têm efetivamente um sistema de um só partido, o partido dos negócios, com duas facções, republicanos e democratas. Há diferenças entre eles. Larry Bartels mostra que durante as últimas seis décadas "a renda real das famílias de classe média cresceu duas vezes mais rápido sob administração democrata que republicana.

Os eleitores deveriam tê-las em conta, mas sem ter ilusões sobre os partidos políticos, e reconhecendo o padrão regular que, nos últimos séculos, vem revelando que a legislação progressista e de bem-estar social sempre foram conquistas das lutas populares, nunca presentes dos de cima.
Noam Chomsky, professor emérito de lingüística no MIT – Massachussets Institute of Technology

O tempo foi passando, passando, a situação do mundo complicando-se cada vez mais, e a esquerda, impávida, continuava a desempenhar os papéis que, no poder ou na oposição, lhes haviam sido distribuídos. Eu que, entretanto, tinha feito outra descoberta, a de que Marx nunca havia tido tanta razão como hoje, imaginei, quando há um ano rebentou a burla cancerosa das hipotecas nos Estados Unidos, que a esquerda, onde quer que estivesse, se ainda era viva, iria abrir enfim a boca para dizer o que pensava do caso.
Já tenho a explicação: a esquerda não pensa, não age, não arrisca um passo. Passou-se o que se passou depois, até hoje, e a esquerda, cobardemente, continua a não pensar, a não agir, a não arriscar um passo. Por isso não se estranhe a insolente pergunta do título: "Onde está a esquerda?" Não dou alvíssaras, já paguei demasiado caras as minhas ilusões.

José Saramago, escritor.

Bom, a notinha mais fraca é, para variar, por conta do Saramago, que se queixa tolamente da "esquerda", tal qual alguém "sem nenhum poder" a culpar "alguma instância superior", porquanto, mais acima, Chomsky esclarece: "a legislação progressista e de bem-estar social sempre foi conquista das lutas populares, nunca presente dos de cima".

Não só das lutas populares, meu amigo, mas do próprio capitalismo selvagem que nos fez o favor de se suicidar. De forma que aqui, agora, esta noite, a liberdade!


domingo, 19 de outubro de 2008

Sobre pesquisas eleitorais...

Quem lê o que escrevo, sabe o que penso das pesquisas eleitorais. Elas servem para induzir e promover o voto útil. Alguns dizem que muitas vezes elas erram. Eu afirmo que algumas delas apontam um resultado de acordo com o que quer quem solicitou e vão ajustando com a proximidade da eleição. Algumas nem isso Fazem. No caso de Porto Alegre, a candidada petista, Maria do Rosário, não estaria no segundo turno das eleições se dependesse de alguns levantamentos. Por isso, o eleitor não deve se orientar por pesquisas. Eleição é ganha pelo voto nas urnas. Me cobrem depois, mas garanto que a diferença entre Fogaça e Maria do Rosário é muito menor do que mostram as sondagens deste final de semana.
O Datafolha, que não fez a pesquisa para interessados locais, está mais próxima da realidade. O atual prefeito tem 50% das preferências, enquanto a deputada federal está com 37%. No primeiro turno também foi assim. Ou seja, Maria nunca esteve atrás de Manuela, como apostaram o Ibope - a pedido da RBS - e o Methodus, cujo trabalho é publicado pelo Correio do Povo.

Um centroavante, por favor


Qualquer time do Brasil tem um centroavante alto, rompedor, que incomoda a defesa. O Internacional não tem este jogador, ou o técnico não quer escalar quem dispõe no plantel. Com isso, fico dependente dos belos gols de Nilmar (oportunista) e Alex (tiro potente). O time toca bem a bola, ronda a área, mas tem poucas conclusões. Não seria o caso de escalar o Guto e deixá-lo, mesmo que perca gols ou não tenha uma boa atuação? Pelo menos vai incomodar os adversários. O jogo deste sábado contra o Atlético Paranaense foi um retrato do que afirmo. Contra um adversário que está na zona do rebaixamento e teve um jogador expulso, sofremos um gol depois de estarmos ganhando por 2 a 0. E sofremos até o final da partida. Um centroavante, portanto. Enquanto isso, os nossos goleadores, Alex e Nilmar (na foto acima, do site do Inter), comemoram seus feitos com justiça.

Provocador, mas pelo seu futebol

Observem o título abaixo, publicado no Terra:

D'Alessando é provocador, diz presidente do Inter

E leiam a matéria:

"Um dos principais nomes do Internacional na vitória sobre o Atlético-PR por 2 a 1 neste sábado, o argentino D'Alessandro irritou os adversários com sua habilidade e acabou "caçado em campo". Mas o presidente do clube gaúcho, Vitório Píffero, não vê problema no futebol praticado pelo meia. Questionado, se D'Alessandro havia provocado os adversários, Píffero foi taxativo. "Diria que provocou sim. O futebol dele, as jogadas dele provocam", apontou o presidente do Inter, que acha que o meia deve continuar a jogar desta maneira "provocativa", principalmente no duelo contra o Boca Juniors, pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana."


Como jornalista, sou observador atento ao que publicam na mídia. O descompasso entre o que diz o título e o texto é notório. O presidente do Inter afirma que D´Alessandro (na foto acima, do site do Inter) provoca pelo futebol e pela sua jogadas. Em momento algum diz que que ele provoca no sentido literal da palavra. Mas a pessoa que fez o título aproveitou para oferecer ao leitor do Terra algo mais "provocativo". O jornalismo tem estes desvios eventualmente. E certamente muitos cronistas e adversários se pautarão pelo título nos próximos dias. Observem!


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Em defesa da orla do Guaíba

Agradecemos os apoios recebidos pelo Movimento em Defesa da Orla do Guaíba contra a privatização de seu uso e descaracterização da paisagem da cidade. Enfatizamos a necessidade de que todos os porto-alegrenses entrem nesta luta de corpo presente, com pessoas, faixas e muita disposição para vencer.

Nesta quarta-feira, dia 15, será votada a emenda que pretende alterar a legislação municipal sobre a Ponta do Melo, a fim de permitir a construção da muralha de concreto que é chamada de Pontal do Estaleiro – seis edifícios - cada um tem volumetria similar ao Hospital de Clínicas!

Essa votação pode ocorrer a qualquer momento, a partir das 14 horas.

Decidimos, portanto, montar uma vigília ao prédio da Câmara, com acampamento, material expositivo e cidadãos de Porto Alegre, para aumentar nossa visibilidade, nossa capacidade de pressão e exercer o direito do cidadão comum ser ouvido

A vigília começa às 8 horas da manhã e se estende todo o dia. Às 14 horas, precisamos de um bom contingente para lotar o plenário da Câmara. Podem trazer a família inteira e os vizinhos, e desfrutar de alguns momentos de descontração e camaradagem no acampamento, antes do horário de votação, acertando e articulando novos passos – porque a luta ambiental e do direito do cidadão ser ouvido vai longe, esta é apenas a primeira grande batalha.

As novas gerações, especialmente as futuras, esperam isso de nós para termos uma cidade melhor, mais justa e com melhor qualidade de vida!


NÃO ESQUEÇAM: QUEM CALA, CONSENTE.

Fórum Municipal de Entidades

Porto Alegre - RS


Ainda não temos página na internet. Por enquanto acesse os Blogs:

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Especulação, essência do capitalismo

Zillah Branco*

A linguagem que hoje desperta a confiança popular é a de Lula quando diz que “esta crise é do Bush” e se deve ao fato “das grandes instituições financeiras viverem da especulação e da agiotagem”, ou a de Evo Morales que explica porque “expulsou o embaixador norte americano que promoveu os disturbio na Bolívia”.

A midia no Brasil tenta ridicularizar os conceitos populares do nosso Presidente citando as frases confusas em economês que Meireles usa para justificar a posição do Banco Central autônoma face ao governo brasileiro e omite as palavras de Evo. A técnica é antiga, de falar difícil e desprestigiar quem não é (e não quer ser) da elite reinante e, simplesmente, ignorar e apagar da comunicação social o que não aprecia. Assim entendem a “liberdade de expressão”. Mas os tempos são outros, graças a Deus, talvez.Há muitos anos bons economistas têm demonstrado que as finanças têm-se tornado o cerne das políticas economicas globalizadas. Mesmo um leigo pode verificar que enquanto cresce o desemprego e aumenta o custo de vida em todo o mundo, mesmo no Brasil onde o governo Lula se esforça por tirar a população da miséria, os bancos e empresas imobiliárias e de seguro multiplicam anualmente os seus lucros milionários. Só a midia tenta tapar o sol com a peneira para que não se compreenda porquê a renda está cada vez mais mal distribuida.
Agora, ficou claro para toda a gente. Até os deputados mais reacionários dos Estados Unidos foram contra a proposta inicial de Bush para salvar os seus parceiros das finanças com o dinheiro público! E no dia 8 de Outubro, até a Globo referiu a “herança maldita de Bush”. Quando a dor chega ao bolso, desperta a lucidez dos mais renitentes defensores do sistema capitalista.
Fica claro também que há uma linguagem utilizada pela elite mundial destinada a parecer democrática mesmo quando efetivamente é reacionária, isto é, defensora dos privilégios da elite às custas do sacrifício popular.
Vivemos uma época em que os velhos preconceitos – de raça, de classe, de religião, de ideologia – estão em extinção graças ao surgimento de uma linguagem transparente que desnuda os conceitos antes escondidos nas suas diferentes estruturas acadêmicas. Por isso a linguagem popular, mesmo com erros gramaticais ou outros formais, traduz melhor a realidade da vida em sociedade. Lula pergunta: “Cadê o FMI agora para explicar a crise? (...) Antes dava palpite para denunciar erros nas politicas nacionais, recomendando isto e aquilo ..”
Quem leu anteriormente o livro “Chutando a escada”, do economista Ha-Joon Chang, já pode perceber que os conselhos do FMI aos paises em desenvolvimento eram para cairem da escada que levava os mais ricos ao poder mundial. E a escada, sustentada pelo sistema financeiro, afinal despencou levando os Estados Unidos e todos os que se atrelam ao poder capitalista, para uma crise tremenda. “Cadê o FMI com os seus conselhos errados”? Está agora como um velho sismógrafo apenas indicando o gráu do desastre para cada país: os Estados Unidos terão um crescimento de 0,1%, o Brasil de 3 ou 3,5% no próximo ano.
Porquê o Brasil recebe as “marolas” do “tsunami” que arrebentou com a economia da super-potência? (como bem disse Lula na sua linguagem clara com figuras que o povo entende). Porquê, apesar do país estar se equilibrando no sistema capitalista global, sacrificado financeiramente pelos esforços do Banco Central autonomo que sobe os juros, como convém ao mercado internacional, e agora empresta dolares (de alto valor em real) aos bancos estrangeiros que investem no Brasil para depois recebe-los com valor menor (como fazem os bons irmãos na hora do aperto geral), a orientação de Lula assegurou ao país que a produção fosse estimulada e os investimentos nos Programs de Aceleração para o Crescimento (PAC) continuassem assim como a distribuição dos socorros das bolsas de alimentação e de escola para as crianças que asseguram as condições mínimas de sobrevivência à população empobrecida pelos anteriores conselhos do FMI que exauriram a economia do Terceiro Mundo. O povo brasileiro permaneceu com os pés na terra, realisticamente enfrentando a vida dura como deve.
Quando a história é contada sem disfarces empolados do economês, fica clara a possibilidade de manter o caminho de desenvolvimento e da dignidade nacional dentro do charco do sistema capitalista para os que “não chutam a escada” como recomendou sempre o FMI. O Brasil manteve o nariz fora da lama e tudo tem feito para dar o exemplo ao Terceiro Mundo através das iniciativas no Mercosul e nos vários encontros internacionais como na última sessão da ONU em Nova York. Assim é o equilíbrio, que pode ser explicado em linguagem popular que é a mais própria.
A Bolívia tem usado uma linguagem clara para mostrar o esforça que desenvolve para equilibrar uma das economias mais empobrecidas do mundo neste sitema sugador capitalista, mas a mídia não divulga nem lá e muito menos cá e para o resto da humanidade. Evo Morales e seus companheiros traduzem para o castelhano em forma popular o que aprenderam em aymara e quetchua há mais de mil anos: como produzir em elevadíssimas altitudes com muito frio à noite e muito calor durante o dia para alimentar os seus nove milhões de habitantes mantendo a independência do país e uma cultura humanizada que conduz a sociedade pelo caminho democrático. Assim será o equilíbrio para que o país onde foram criadas mais de uma centena de variedades de milho e batata que mataram a fome dos demais paises, principalmente da Europa em períodos de crise alimentar, volte a ser auto-sustentável e a poder explorar as suas riquezas minerais que nos últimos 500 enriqueceu os colonizadores, antigos e modernos.
Vivemos um rico período histórico que favorece as mudanças na medida em que os que lutam pela independencia e pela dignidade nacionais se apoiem mutuamente. Os grandes senhores da guerra estão ocupados contando os tostões que lhes escapam das bolsas e tentando demonstrar aos seus próprios eleitores que são democráticos e humanizados. Felizmente não estão em condições de interferir na corrida para o desenvolvimento que os paises mais pobres são capazes de conduzir com palavras claras e conceitos transparentes. É uma belíssima maratona mundial de todo o Terceiro Mundo que a elite tenta dizer que não existe.

*Zillah Branco, formada em Ciências Sociais (USP), experiência de vida e trabalho no Chile,Portugal e Cabo Verde,colaboradora do jornal O Avante (PCP).

Ibope continua errando?

O Ibope, que errou feito nas projeções do primeiro turno em Porto Alegre, divulgou a primeira pesquisa do segundo turno em Porto Alegre. Pelo dados do instituto que mais erra nos pleitos gaúchos, José Fogaça estaria com 51% das preferências e Maria do Rosário com 40%. O atual prefeito ganhou pouco mais de 12 pontos percentuais em relação à votação do primeiro turno, enquanto a deputada federal teria amealhou quase o dobro. Para refrescar a memória do leitores: a uma semana do pleito de 5 de outubro, o Ibope dava uma vantagem de sete pontos percentuais de Manuela sobre Maria. As urnas mostraram o inverso: a petista foi para o segundo turno com uma margem superior a sete pontos percentuais. Detalhe que não pode ser esquecido é que, agora, cada voto ganho por Maria, significa um perdido por Fogaça. Ou seja, seriam seis pontos percentuais de vantagem para o peemebista. Faltando 15 dias para o pleito, tudo pode acontecer. Como diz hoje o colunista de Zero Hora Paulo Sant´Anna, "tisnou o olho da gateada". Acredito na vitória da petista.

Livro marca nova etapa da luta pelo diploma de Jornalismo

As repercussões da pesquisa Fenaj/Sensus e o lançamento do segundo livro em defesa do diploma marcam a nova fase do movimento dos jornalistas e da sociedade por um Jornalismo qualificado. A coordenação da Campanha prepara novas peças para fortalecer a luta pela rejeição do Recurso Extraordinário que questiona o diploma como requisito para o exercício da profissão.
Depois da pesquisa do Instituto Sensus que mostrou que 74,3% da população brasileira é a favor do diploma para o exercício da profissão de jornalista, um novo número revela o crescente interesse da categoria e da sociedade no tema. A matéria, feita pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) sobre a pesquisa, foi um dos 20 releases mais acessados no mês de setembro no site Maxpress Net. O site, que obteve 4.192.042 page views em setembro, publicou 5.015 matérias no período.

Já o jornal Correio de Uberlândia realizou uma enquete no seu site, no período de 23 a 30 de setembro, sobre a questão do diploma para os jornalistas. A maioria dos 335 internautas - 79% - foi a favor da obrigatoriedade do diploma, enquanto 14% são contra e 5% responderam não saber.
A Coordenação Nacional da campanha orienta os integrantes do movimento a realizarem lançamentos do livro 'Formação Superior em Jornalismo -Uma exigência que interessa à sociedade', editado pela Fenaj com contribuições de acadêmicos, juristas e profissionais, como instrumento de mobilização e divulgação da campanha. Com o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, já foram impressos mais 2 mil exemplares. Pedidos de remessa dos livros devem feitos pelo fone 61-3244-0650 ou fenaj@fenaj.org.br

Abaixo-Assinado em Defesa da Orla do Guaíba

A orla do Guaíba é um espaço que faz parte da identidade paisagística, de lazer e de cultura de Porto Alegre. Sua preservação ainda não está garantida para as futuras gerações.

NÃO ao projeto Pontal do Estaleiro!

O projeto prevê a construção de um complexo arquitetônico (seis prédios) de 60 mil metros quadrados na área do antigo Estaleiro Só. Cada prédio terá volume igual ao nosso Hospital das Clínicas.

1 - Questão ambiental -Se aprovado, causará grande impacto ao ambiente natural da região: formarão uma barreira artificial impedindo a passagem dos ventos para a cidade e da luz do sol para a vizinhança, aumento da produção de esgoto cloacal que na região é ligado ao pluvial.

2 - Questão urbanística - problemas de trânsito pela Av. Padre Cacique, que já terá aumento de fluxo de automóveis pela inauguração do Barra Shopping Sul.

3 - Vocação da orla - Lazer e recreação é a vocação de qualquer orla no mundo. A construção do empreendimento inviabilizaria a implantação de um grande Parque, que é um anseio da população, independente de classe social.
A Orla do Guaíba pertence a toda população da cidade.

4 - Questão ética e legal - O empreendedor quando adquiriu o terreno em leilão, pagou um valor mais baixo por estar impedida por lei municipal a construção de prédios residenciais na área. Agora quer que se mude a lei para auferir maiores lucros. Caso a lei seja alterada, o município estará sendo irresponsável com as pessoas que morarão ali!

Depois de 20 anos de luta, a orla do Guaíba, o mais nobre, valioso e cobiçado patrimônio público de Porto Alegre, continua ameaçada pelos poderes Executivo e Legislativo municipais, a serviço dos interesses dos setores imobiliário e da construção civil.

Precisamos coletar 5 mil assinaturas para que nosso voto tenha força de lei e esta área seja definitivamente reservada aos Parques Públicos de Porto Alegre e área de preservação ambiental.

Diante dessa realidade, nós abaixo-assinados subscrevemos esta campanha de assinaturas:

Clique aqui:

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Pesquisas manipuladoras: Manuela nunca esteve à frente de Rosário

Mais uma vez, as pesquisas eleitorais em Porto Alegre foram usadas para manipular os eleitores. Useiro e viseiro nesta "arte", o Ibope manteve a performance no pleito de domingo, que conduziu Maria do Rosário (PT) e José Fogaça (PMDB) ao segundo turno. Os petistas mais próximos do núcleo da campanha já sabiam que a candidata do PC do B/PPS, Manuela D´Ávila, nunca esteve à frente da concorrente. Maria sempre apareceu em segundo lugar nas pesquisas encomendadas pelo partido, com o objetivo de acompanhar o ritmo da campanha. No entanto, o IBOPE chegou a colocar a candidata comunista/privatista com sete pontos de vantagem em meados de setembro. Com a proximidade da eleição, foram ajustando ao gosto do freguês (os veículos que publicam as pesquisas). Outros levantamentos já apontavam Maria à frente uma semana antes. Mas o IBOPE se manteve firme até a véspera da eleição, quando cravou 20% a 20%. Somente na boca de urna, divulgada após o encerramento da votação, não poderia errar, como já fizera em outras ocasiões.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu muita coisa nesta eleição, mas encontrou a resistência da grande mídia para terminar com pesquisas manipuladoras, que visam a indução do voto. O quarto poder venceu, perderam os leitores. Será que alguém acredita no falatório dos colunistas e repórteres de que a a virada aconteceu em função da militância - que ressurgiu -, do bom desempenho no último debate ou da mudança no estilo do programa? Vamos ficar mais atentos no segundo turno.

Ser pobre e morar na rua agora é ilegal, segundo o comando da Brigada Militar

A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal, através do seu presidente vereador Guilherme Barbosa (PT), manifesta sua indignação por mais uma ação ilegal da Brigada Militar que efetuou prisões irregulares de moradores de rua, na tarde da última quinta-feira, 2/10, em Porto Alegre. "A truculência dos policiais do 9º BPM, com a detenção, sem estar baseada em qualquer acusação, de pessoas pobres da Capital, sob a orientação de seu comandante Paulo Roberto Mendes e com o respaldo político da governadora do Estado, Yeda Crusius, feriu um dos mais importantes direitos do ser humano: o direito de ir e vir", destacou Guilherme Barbosa.
O vereador está convocando uma reunião para tratar desta ilegalidade, na próxima semana, em data a ser confirmada.
O temor de Barbosa é que esses atos que estão se repetindo de forma sucessiva, sob as ordens do Coronel Mendes - que agora decidiu que ser pobre é ilegal – acabará revertendo na prisão de qualquer pessoa que se enquadre nessa categoria.
Guilherme lembra que essas prisões ferem a Constituição Federal, que este ano completa 20 anos, e o Declaração Universal dos Direitos Humanos, que completa 60 anos no próximo dia 10 de dezembro.
No dia 2/10, a Comissão recebeu diversas denúncias, entre elas do Conselho Municipal da Assistência Social informado que moradores de rua haviam sido presos por PMs e mantidos no quartel, sem qualquer formalização de culpa por mais de quatro horas. Ao se dirigir ao local, a assessoria do Conselho foi impedida de comunicar com as pessoas detidas. As denúncias também foram encaminhadas ao Ministério Público Eleitoral e à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.
Na semana passada, policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar, também usando da truculência, invadiram residências e estabelecimentos na Vila Maria da Conceição, sob a justificativa de desmantelar a quadrilha que opera o tráfico de drogas na região.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Em seu artigo XV (14º) diz que "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoas, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;"
O artigo LIV (54º), destaca que "ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal".
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Artigo 1
"Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade."
Artigo 2
" Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição."
Artigo 6
"Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei."
Artigo 9
"Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado."

Fonte: CUT-RS e www.sintrajufe.org.br