sábado, 1 de novembro de 2008

Na Redenção, a beleza da Primavera







Uma caminhada pela Redenção - parque a 200 metros de minha residência em Porto Alegre - é um convite para o relaxamento num dia quente como o deste sábado, 1º de novembro de 2008. Olhei para os lados, observei a minha frente e cliquei tudo que vi. Divido com vocês a maravilha que é minha Porto Alegre, especialmente quando as belezas estão ao lado.

Com Obama


Na minha concepção, os EUA continuarão sendo o império que se apropria de tudo e de todos. Mas, entre o candidato belicista John McCain (continuação de Bush) e o democrata Barack Obama, sou este último. Tomara que esta boa sensação - de um país tradicionalmente racista eleger um negro - não acabe pelas mãos de fanáticos. E isso não falta por lá.

E agora? O que fazer com tantos eucaliptos plantados?

Paulo Mendes Filho

A pressão pelas papeleras mobilizou o governo Yeda desde o início do mandato. Por conta dessa pressão foi atropelado o Zoneamento Ambiental da Silvicultura, produto bem acabado, de vários cientistas, professores, trabalhadores da Fepam e da Fundação Zoobotânica.
Estivemos presentes em todas as audiências públicas organizadas pela FEPAM, Força Sindical e papeleras. Assistimos, em minoria, a força organizada do monopólio dos eucaliptos, defensores das empresas que repudiavam o zoneamento ambiental e prometiam milhares de empregos a partir da liberação do plantio.
Com fortes argumentações pró-desenvolvimento estes setores organizados defensores manifestavam-se a favor do crescimento do estado. Em seus discursos inflamados de certeza lembravam a perda da Ford, dos empregos e, de maneira taxativa, contabilizavam ao PT e ao Governo Olívio esta derrota. Pois bem, passado quase um ano daquele fervoroso debate assistimos perplexos a desistência destas multinacionais, em especial da Aracruz que prometeu uma super ampliação da Fábrica de Guaíba.
E agora? Depois de terem mudado o zoneamento, depois de plantarem as mudas, depois de incentivar milhares de agricultores dos benefícios de plantar eucaliptos em detrimento da pecuária e da agricultura, depois de prometer milhares de novos empregos, estas poderosas empresas decidem abandonar o barco, não querem mais brincar porque perderam fortunas no cassino financeiro. Ou seja, NÃO vão investir MAIS no Rio Grande do Sul.
Quantas pessoas de bem acreditaram no projeto e se lançaram na expectativa do ouro verde? Quantos empregos sonhados? Quantos prefeitos mobilizados e motivados com a expectativa da geração de empregos? Quanta desgraça ambiental já concedida por conta do argumento destes empregos de papel? Quanta área de plantio de alimento trocada por estes paus de eucaliptos? E aí, vão embora e dizem que NÃO FICAM.
Aonde estão os defensores dos empregos, aqueles que acusavam os ambientalistas de mandar embora as papeleras? Como justificar que a Aracruz não vai investir na metade sul. E o povo de Guaíba que chorou a perda da Ford e culpou inocentemente o Governo Olívio, está culpando a Yeda e a sua base política pela perda da Aracruz?
E agora, o que fazer com tantos eucaliptos plantados? Quem sabe algum dos deuses da natureza escreveu certo por linhas tortas. Quem sabe não é a hora de rever a política de silvicultura, voltar no tempo, informar os riscos para que outros não entrem nessa fria. Socorrer os que foram passados para trás pelas multinacionais, disponibilizar uma linha de crédito para arrancar estes tocos da terra e por fim incentivar através da EMATER para que os agricultores voltem para a sua vocação original, produtores de alimentos e não de celulose.

Piso: professores protestam (com razão) contra Adin de governadores

Um absurdo o que estão fazendo governadores capitaneados pela tucana Yeda Crusius (RS), ao recorrerem ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não pagarem o piso de R$ 950 pela lei aprovada em julho. Finalmente, um governo federal - Lula, obviamente - reconheceu o trabalho de uma categoria responsável pela educação de todos os brasileiros. Mas os responsáveis pelo retrocesso estão sempre de plantão.
O negócio é protestar. É isso que fizeram ao longo da semana sindicatos ligados à área da educação e parlamentares em todo o Brasil. O ingresso no STF de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin), assinada pelos governadores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, do Mato Grosso do Sul e do Ceará, contra a implementação da lei do Piso Salarial Nacional para o magistério tem que ser bombardeado.
“Ao ingressar no STF contra a lei a governadora Yeda Crusius (PSDB) deixa claro que o seu governo não tem nenhuma preocupação com a qualidade do ensino prestado aos gaúchos”, critica em nota o Cepers-Sindicato (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul). A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), em resposta a Adin dos governadores, também ingressou com uma outra ação no STF para garantir a implementação do piso.
A Lei 11.738, de julho deste ano, fixou o piso salarial nacional de R$ 950,00 para os professores da rede pública. A mesma lei diminuiu o número de horas que a categoria passa dentro da sala de aula e aumentou o tempo para atividades extraclasse - como qualificação profissional, correção de provas e preparação de material.
Quem tomou a iniciativa do movimento judicial contra o piso foi a governadora tucana. Yeda se encontrou com o vice-presidente do STF, Carlos Ayres Brito para debater o assunto. Ela alega que o estado não tem como contratar mais 27 mil professores para substituir aqueles que estiverem em atividades extraclasse. Mentira: é só concede menos benefícios fiscais para grandes multinacionais e cobrar impostos dos poderosos que o dinheiro aparecerá.