quinta-feira, 6 de maio de 2010

Nova noite de tensão e sofrimento no Beira-Rio

Hoje, o Beira-Rio viverá um novo clima de decisão, tão comum nas últimas semanas. Desta vez, porém, o momento é de tensão e promete fazer a grande torcida colorada sofrer até o último minuto. O Internacional terá que ganhar do Banfield, da Argentina, por no mínimo 2 a 0 para passar adiante na Libertadores da América. Fosse um time confiável, não haveria motivo de preocupação. Mas o colorado tem oscilado muito este ano, com tendência maior para partida ruins, sem inspiração e garra. Mas o Inter precisará destes predicados hoje porque enfrentará um time fechado e disposto a fazer valer a vantagem obtida na semana passada em terras hermanas (3 a 1 sobre os vermelhos). É noite de sofrimento. Mas, como todo colorado que se preze, vou lá acreditando na superação. Vamos, Inter!

Evento no Senado discute direitos autorais no Jornalismo em tempos de internet

Com informações da Agência Senado e comentário de Fred Ghedini

O Senado Federal realizará, no dia 11 de maio, o seminário “Cultura Sustentável – Brasil. Um imenso caleidoscópio cultural” com o tema “Jornalismo e Direito Autoral na internet”. O evento será realizado no auditório da Interlegis a partir das 14h30. “Em cada reportagem, música, filme, espetáculo: o esforço da criação. A pirataria poderia acabar com a nossa cultura? Em tempos de internet como fica o direito dos autores? Assegurar o direito de criar é garantir a liberdade de expressão”. Esse será o mote do evento.
Além do presidente do Senado, José  Sarney e do senador Marco Maciel (DEM-PE), participarão o senador Hélio Costa (PMDB-MG) e o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O assunto será analisado por sete especialistas em direito autoral. O seminário é uma realização do Senado Federal, da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional de Jornais (ANJ), com apoio do Interlegis. 
É de estranhar, no entanto, que em havendo um debate dessa natureza, a Apijor, que dedende os direitos autorais dos jornalistas brasileiros, não tenha sido convidada a participar. Intencional ou não, a exclusão tem relação com o que afirma o presidente da Apijor, Paulo Cannabrava Filho, na entrevista publicada simultaneamente com esta nota, sob o título esclarecedor de  "Os proprietários das grandes empresas de comunicação querem direitos absolutos sobre a obra autoral”. Assim como guarda relação, também, com a matéria publicada na Folha de S. Paulo de hoje (5/5/2010 -pág. A11) dando notícia de que os "principais grupos de comunicação do Brasil analisam possiblidade de adotar código de conduta para a atividade jornalística". Não se dão sequer ao trabalho de citar a existência do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros (de 1987, atualizado em 2007) e, evidentemente, muito menos ainda entrar em contato com a Federação Nacional dos Jornalistas e os seus Sindicatos, que mantém uma estrutura de Comissões de ética nos níveis locais/estaduais e nacional.
Os empresários dos meios e diretores das empresas continuam alimentando o clima de idade da pedra existente nos meios de comunicação brasileiros que faz o possível para alijar jornalistas e demais trabalhadores de qualquer tratativa que tenha a ver com o estabelecimento de políticas gerais para o setor. Aliás, a política deles é sempre a mesma: desde que desorganizados e utilizando os espaços por eles decididos, como o de cartas dos leitores ou das respostas aos estímulos lançados pela TV nos seus telejornais e programas do tipo BBB, que prevêem uma participação individual, desorganização e obedecendo roteiro previamente estabelecido, pode. O que não pode é haver conversa civilizada com grupos organizados da sociedade, seja as entidades dos próprios jornalistas, seja as organizações dos movimentos populares. O que só contribui para manter um estado de coisas que, afinal das contas, não contribui justamente para aquilo que dizem querer, que é firmar a credibilidade dos meios junto à sociedade. O que se afirma, sempre com maior ênfase, é a existência do muro que separa os que decidem o que vai pelos meios de comunicação, do resto da sociedade Brasileira. Até quando?
É um bom questionamento a ser feito durante o programa, que prevê participação nas salas do Interlegis em todas as Assembléias Legislativas do país. Para isso é preciso se inscrever, o que pode ser feito aqui. As vagas são limitadas.
Assista aqui o vídeo da TV Senado sobre o tema aqui.