quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Acesso à internet reflete as desigualdades sociais



É nas residências de moradores do Distrito Federal que está a maioria (31,1%) dos computadores conectados à internet no país. O Distrito Federal também é a unidade da Federação onde a população mais utiliza a rede mundial: 41,1%.
No estado do Maranhão, cerca de 2% dos lares estão conectados e é de 7,7% a parcela de moradores que usam a rede, seja dentro de casa, em centros públicos ou escolas.
Os dados são do Mapa das Desigualdades Digitais do Brasil, divulgado ontem (7), pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla). O trabalho, com apoio do Ministério da Educação, relacionou às desigualdades fatores socioeconômicos como renda, raça e oferta de postos de acesso público. Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2005, o estudo aponta que no grupo de menor renda da população uma parcela de 0,8% possui internet em casa.

Ricos conectados

Entre a população mais rica sobe para 56,3% o percentual de casas com acesso à rede – “uma diferença de 7.600%”, segundo a pesquisa. Ainda de acordo com o estudo, cerca de 28% da população brasileira autodeclarada branca na Pnad utilizam a internet, de maneira geral – mais que o dobro dos 13,3% da população negra. Em relação à população branca (27,8%), na região Sul a população negra tem menos acesso à internet (15,3%). Nos estados, praticamente não há diferenças nesse item.
“Tais brechas nada mais são que uma nova forma de manifestação das tradicionais diferenças e divisões existentes em nossas sociedades e no mundo, novas formas de exclusão, que reproduzem e reforçam diferenças pré-existentes”, afirma a pesquisa, ao reiterar que o acesso às tecnologias da informação estimula o enriquecimento cultural e a melhoria da educação.

Desigualdade no mundo

O site do jornal Financial Times também publicou ontem (07), uma pesquisa apontando que a publicidade online deve superar o investimento em jornal até 2011, nos Estados Unidos. A previsão é de que por lá, a publicidade online ultrapase a casa dos U$ 62 milhões, enquanto os jornais não conseguirão abocanhar mais do que U$ 60 milhões. No Brasil, a publicidade online ainda engatinha - apesar da internet apresentar franca penetração e expansão entre o público de maior poder aquisitivo, conforme detectou a pesquisa Pnad.

Fonte: Agência Brasil e Financial Times

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