segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O mistérios das privatizações

Atenção para uma leitura imperdível. No Livro A Farsa do Neoliberalismo , de Nelson Werneck Sodré, da Editora Graphia Editoria, é dissecado o processo de privatização , principalmente do setor siderúrgico, envolvendo a Vale, a Usiminas e a CSN.
Na obra, é destacado que as empresas estatais desempenhavam papel de singular destaque. Como sabem todos, e particularmente os que se empenhavam na privatização das empresas, a siderugia é a base dos processos industriais. Daí a importância da siderurgia estatal para o desenvolvimento do Brasil. Por isso mesmo, contra ela foi montada uma demolidora seriação de operações.
A siderurgia comanda a mineração, o transporte, o parque automobilístico - das autopeças às montadoras -, a indústria de eletrodoméstico, a da construção naval, a militar. Destruir a siderurgia estatal, pois, era meta perseguida desde o primeiro momento da insânia privatista ditada do exterior e aqui acompanhada pelos que dela se beneficiariam e pelo coro de espertos e ingênuos. Destruí-la era debilitar sem remédio a intervenção do Estado na propulsão da indústria em nosso País. Ou seja, privá-lo de uma das mais poderosas alavancas para o desenvolvimento.

Tu sabias que:
1) A Vale do Rio Doce foi vendida (doada) em 1997 por menos de US$ 4 bilhões, mas estava avaliada em US$ 92 bilhões na época. Hoje, vale quase US$ 200 Bilhões. Mais: conforme afirmou seu diretor de Finanças, em 2005 possuía um patrimônio de US$ 40 bilhões, ou 12 vezes o valor pago pelos compradores no leilão-doação.
2) Em 1995, a Vale declarou a SEC da Bolsa de Nova York ter reservas de minério de ferro de 7,9 bilhões de toneladas no Sistema Sul (MG) e de 4,9 bilhão de toneladas no Sistema Norte (Carajás). No dia do leilão, foi informado que cada uma tinha apenas de US$ 1,4 bilhão de toneladas.
Detalhe: A SEC equivale a nossa CVM ( Comissão de Valores Mobiliários), órgão que regula o mercado acionário e deve ser informado da realidade de cada empresa.

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