segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A força de uma mulher


Muitos dizem que ela foi eleita no rastro da administração do seu marido, Nestor Kirchner. Esquecem, porém, que Cristina Fernández Kirchner tem uma longa trajetória na política argentina, a começar por sua liderança na política estudantil e posteriormente pela atividade parlamentar. A mulher que assumirá a presidência da Argentina hoje faz história porque é a primeira represente do sexo feminino a ser eleita. Ressalte-se que, de 1974 a 76, o país havia sido governado por Isabelita Perón, que não foi eleita para presidente: assumiu após a morte do marido, Juan Domingo Perón.
Além disso, Cristina assume com apoio maciço nas ruas e no Congresso. Uma pesquisa realizada recentemente que ela tem 66% de apoio dos entrevistados assume como a presidente civil com maior poder institucional de toda a história do país, pois controlará a Câmara de Deputados com uma margem sem precedentes. No Senado, onde seu partido, o Justicialista (peronista) impera desde a volta da democracia em 1983, a nova presidente terá respaldo de mais de dois terços dos senadores. Ao mesmo tempo, os partidos da oposição estão desarticulados.
Cristina (na foto acima, de Daniel Garcia/AFP) também contará com o apoio de 19 dos 24 governadores argentinos - incluindo da principal província, Buenos Aires, que concentra quase 40% do eleitorado e produz um terço do PIB. De quebra, ela terá controle sobre mais da metade dos prefeitos em todo o país. Que poder!

Um comentário:

Anônimo disse...

Na Argentina, as mulheres sempre despontaram na política e em outras área. Temos a Evita, que virou lenda, e a Isabelita, ambas mulheres de Perón. Não podemos esquecer de Mercedes Soza e das madres da Plaza de Mayo, aliás devidamente homenageadas por Cristina. Espero que ela não decepcione.
Isabel