quinta-feira, 30 de julho de 2009

Grite NÃO em favor de Porto Alegre

Recebi do companheiro Carlos Gerbase e repasso o apelo.
"No próximo sábado, 1º de agosto, a partir das 15h, a Casa de Cinema de Porto Alegre estará gravando depoimentos para a campanha pelo NÃO na Consulta Popular que acontece no dia 23 de agosto. Para quem chegou agora de Marte: os porto-alegrenses vão decidir, pelo voto espontâneo, se será permitido construir residências no Pontal do Estaleiro Só. Mas o resultado dessa votação transcende aquela área. Simbolicamente está em jogo um modelo de cidade. Queremos viver entre um monte de arranha-céus, alguns deles tapando o pôr do sol no Guaíba, ou numa cidade razoavelmente horizontal, como determina o atual Plano Diretor?
Muitas ONGs e associações de moradores da nossa cidade já estão engajadas. A Casa de Cinema de Porto Alegre resolveu entrar nessa também. Sábado eu vou estar na Usina, acompanhado de algumas câmaras e microfones, pra gravar depoimentos pelo NÃO. Quem quiser argumentar que argumente (desde que consiga sintetizar tudo em quinze segundos). Quem quiser simplesmente gritar "NÃO!" também vai ganhar seus dois segundos de fama no Youtube e onde mais a gente conseguir colocar o vídeo editado. Algumas celebridades da cidade já confirmaram sua presença".

8 comentários:

Aprendendo sempre! disse...

Olá, meu caro Jorge!
Por estar longe de POA, não poderei estar aí sábado... mas desde o longínquo Moçambique, pela net, dou meu grito entusiasta pelo NÃO aos espigões no Pontal do Estaleiro Só!!! Em qualquer parte de POA e do mundo, sou a favor de cidades que construam infra-estruturas (casas, edifícios, estradas...) respeitando a natureza, que nos proporciona tão belos espetáculos como o nascer ou pôr do sol ou uma noite enluarada!
Abração!

Anônimo disse...

Coisa maluca essa. Podem construir aranha-céus comerciais, mas residenciais não. Se a votação fosse séria eu até ia brincar um pouco de democracia... O fato é que jogo jogado, a Câmara Municipal (do mandato anterior) já decidiu q vão ter prédios no Pontal. Não adianta. Se serão comerciais e/ou residenciais vale a velha ‘a ordem dos fatores não altera o produto’. Na real, essa consulta só serve pra promover o Poeta, além de funcionar de palanque pra petezada e pra turma da alface...
Afinal, quanto a Prefeitura vai gastar pra fazer essa consulta de faz-de-conta?

Jorge Correa disse...

Anônimo, tu pareces os velhos esquedistas, que eram contra tudo que surgisse. Ou o novos neoliberais, que fazem o mesmo. Descobriste o meu blog e resolveste segui-lo, desconstituindo todas as postagens. A crítica é um direito, mas a tua postura está parecendo neurose. Aliás, pelo conteúdo de alguns comentários já sei quem és. Mas, para manter a fantasia do Batman, não arrancarei a máscara.
Abraço!

Anônimo disse...

Caro Jorge:
É claro que vou votar "não", mas com o coração pesado, porque no bairro em que moro - Petrópolis, um tradicional bairro residencial - são permitidos edifícios de 12 andares, sejam comerciais ou residenciais, pouco importa, que roubam o sol de um quarteirão inteiro. O que têm as margens do Guaíba de melhor do que Petrópolis, ou qualquer outro bairro de Porto Alegre?

Anônimo disse...

Infelizmente, só será possível colocar um meio "não" na urna, pois a pergunta a ser respondida é se a gente concorda com a construção de edifícios RESIDENCIAIS NO PONTAL DO ESTALEIRO, ou seja: a) comerciais já pode e não adianta chorar; b) é só para a área do pontal e o resto da orla do Guaíba é outra conversa. De fato, a situação é irreversível, desde que o Prefeito sancionou a lei, com algumas modificações ao projeto que os especuladores imobiliários venderam à Câmara Municipal, botando goela abaixo da população o Projeto Pontal do Estaleiro tal como vai ser implantado, seja com edifícios residenciais ou não.
O único consolo que resta é a inviabilidade mercadológica de os incorporadores imobiliários cercarem a orla do Guaíba de prédios de escritórios, shoppings e serviços numa densidade parecida com o que seria se fossem liberados prédios residenciais. Infelizmente, na nossa sociedade de consumo, nada é possível se não se acender uma vela a Deus e outra ao Diabo.

Anônimo disse...

Cidadão de Porto Alegre!
Quer um motivo para votar "sim"? Aí vai: PRESERVAÇÃO! Você prefere a orla do Guaíba juncada de espigões ou o seu bairro?
Se a orla não puder ser entregue à sanha das incorporadoras imobiliárias, sê-lo-ão os bairros interiores, pois os nossos nobres vereadores já hipotecaram sua perceria à idéia de que o nível de atividade, de emprego e faturamento da construção civil são as coisas mais importantes com que a cidade tem que se preocupar, ainda que à custa da sua desfiguração.

Anônimo disse...

Meu caro Corrêa, veja só, surgiu um outro Anônimo. Na qualidade de anônimo autêntico, eu protesto! De qualquer forma, me divirto que você pense ter descoberto a identidade secreta do Batman. Mas uma coisa você acertou: sim, sou um ex-comunista que tomou juízo e virou liberal (e sem essa besteira de ‘neoliberal’ usada pela esquerdalha).

De resto, acho é um absurdo a Prefeitura gastar 700 mil reais pra fazer uma consulta inócua. A própria empresa que vai construir no Pontal entregou documento pro Poeta dizendo que só vai construir prédios comerciais na área.

Então pra quê fazer essa consulta popular?

Como eu disse antes, a tal consulta só serve pra jogar fora o preciso dinheiro público. Mas o lado perverso disso é que serve também pra promover o Poeta Fogaça como um grande democrata, pra dar palanque pro PT (e afins) e pros ecochatos.

Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho disse...

Por que votar NÃO?
Porque todo mundo sabe que os grandes lucros estão nos edifícios residenciais. Se isso passar será uma verdadeira privatização da orla para espigões residenciais que para justificar os "investimentos" levarão de "contrabando a linda paisagem. Estão privatizando o por-do-sol...
Vilas populares foram retiradas de lá por... "não serem permitidas moradias no local". Mas espigões de luxo, podem?
Não ao PONTAL!
Não aos espigões nas orlas, sejam residenciais ou comerciais!
Orlas são Áreas de Preservação Permanente, segundo o código Florestal brasileiro, por que os ricos sempre podem burlar as leis?