segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um time para consumo doméstico não ganha campeonatos em lugar algum

Lembro que, em passado recente, eu e todos os colorados reclamávamos que o Inter era um clube mandante. Ou seja, usava o poder de sua torcida para ganhar os jogos no Beira-Rio. Isso é importante, demonstra a fortaleza de um clube. Entretanto, lamentávamos que o mesmo time se apequenava quando jogava fora, conseguindo ocasionais e minguados triunfos. Na maior parte das partidas fora de Porto Alegre, perdia. E feio. Empates eram festejados.
Por isso, fazem 30 anos que não ganhamos um título do Brasileirão. Resolvemos esta pendenga isso triunfando em competição internacionais. A maioria delas fora do Beira-Rio. Lembro o título da Libertadores, conquistado com a vitória sobre o São Paulo no Morumbi, seguida de um empate suado no Beira-Rio em 2006. No mesmo ano, vencemos o poderoso Barcelona no Japão e conquistamos o Mundial de clubes FIFA. Em 2008, fomos vitoriosos na final da Copa Sul-Americana jogando a primeira na casa do Estudiantes. Depois, tivemos a prorrogração dolorida no Beira-Rio. Sem falar na Dubai Cup, em 2007, ante a também festejada Internazionale de Milão. Lembro igualmente das vitórias fora de casa que garantiram o tricampeonato nos anos 1970 no Beira-Rio.
Escrevo 15 linhas sobre o meu time para discorrer sobre o adversário colorado, o Porto-Alegrense, no atual Brasileirão. O time da Azenha (por enquanto???) saiu do primeiro turno do Brasileirão com uma contabilidade nada agradável fora de casa: das nove partidas disputadas, perdeu sete e empatou duas. Nem uma minguada vitória. Mesmo que tenha um desempenho excepcional em casa - puxado pela sua torcida, o que também lhe confere a condição de grande clube -, não conseguiu alcançar os ponteiros do campeonato. Só uma guinada no segundo turno modificará esta fotografia, que é real e não está sujeita a maquiagens.
Convém ressaltar que o alerta serve para o adversário e para o próprio Inter, que precisa ganhar mais fora de casa no segundo turno para chegar ao sonhado tetracampeonato (o sentimento é de penta, diante do roubo de 2005).

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