quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vacas invadem as cidades. É o protesto contra o desmatamento da Amazônia


Ativistas do Greenpeace fantasiados de vacas estão percorrendo desde ontem oito capitais brasileiras para alertar a população sobre os impactos da pecuária, o principal responsável pelo desmatamento da Amazônia no clima. A destruição da floresta é a maior fonte brasileira de gases do efeito estufa, que provocam o aquecimento global. Ontem, foi na Avenida Paulista, em São Paulo.
Nos últimos 40 anos, quase 20% da Amazônia foi desmatada, o que levou à emissão de cerca de 20 bilhões de toneladas de CO2, o principal gás do efeito estufa, na atmosfera. Esse volume equivale à emissão de todo o setor de transportes no mundo, no período de quatro anos. A grande maioria da área desmatada, 80%, é ocupada pela pecuária, com um modelo pouco eficiente de criação de gado.
A invasão das “vacas” ativistas às capitais faz parte da semana de mobilização pelo clima, série de ações que o Greenpeace organiza até o dia 22 para chamar a atenção da população em torno das mudanças climáticas e cobrar compromissos reais do governo brasileiro na 15ª Conferência do Clima, em Copenhague (Dinamarca). Na reunião, que acontece em dezembro, representantes de 192 nações precisam definir uma política contra as mudanças climáticas.
O papel do governo brasileiro é zerar o desmatamento na Amazônia. O do cidadão é pressionar o presidente para que o país se comprometa com essa meta, além de ajudar, com ações do dia-a-dia, a manter o planeta saudável.
“Buscamos com essa atividade alertar e engajar a população contra o aquecimento global. Ninguém mais aceita que a Amazônia seja destruída. O presidente Lula precisa ir a Copenhague e garantir o fim do desmatamento, assumindo papel de vanguarda para enfrentar as mudanças climáticas”, diz Raquel Carvalho, do Greenpeace.

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