quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Já, resistência e agonia da pequena imprensa

“A maior fraude com dinheiro público da história do Rio Grande do Sul carrega nos ombros o sobrenome ilustre de Germano Rigotto. O irmão do ex-governador gaúcho, Lindomar, brilha como o principal implicado entre as 22 pessoas e 11 empresas denunciadas pelo Ministério Público e arroladas na CPI da Assembléia gaúcha que investigou há 14 anos uma milionária falcatrua na construção de 11 subestações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).”
Assim começa a matéria assinada por Luis cláudio Cunha em 24/11/2009, que a seguir continua com…
“Foi uma tungada, em valores corrigidos, de aproximadamente 800 milhões de reais – quase 15 vezes o valor do mensalão do governo Lula, três vezes o valor dos desvios atribuídos ao clã Maluf em São Paulo, cerca de 20 vezes o valor apurado no escândalo do Detran que expôs a governadora gaúcha Yeda Crusius a um pedido de impeachment.
Esta história foi contada em detalhes, em 2001, por um pequeno jornal de Porto Alegre, com tiragem de apenas cinco mil exemplares numa capital com quase 1,5 milhão de habitantes – e está recontada, a partir desta semana, numa edição extra do JÁ que chega às bancas.
Afundada em dívidas de quase 1,8 bilhão de dólares, a estatal gaúcha de energia encontrava dificuldades para conseguir os 142 milhões de dólares necessários para as subestações que iriam gerar 500 mil quilowatts para 51 pequenas e médias cidades do Rio Grande. O então governador Pedro Simon, preocupado com a situação pré-falimentar da empresa, tinha ordenado austeridade total. Até que, em março de 1987, criou-se o cargo de “assistente da diretoria financeira” para acomodar Lindomar Rigotto. “Era um pleito político da base do PMDB em Caxias do Sul”, confessou na CPI o secretário de Minas e Energia da época, Alcides Saldanha. O líder do governo Simon na Assembléia e chefe da base serrana era o deputado caxiense Germano Rigotto.”
Leia na íntegra no link http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=565IMQ001 ou clicando AQUI.

Um comentário:

Jorge Correa disse...

Jornal JÁ recebe solidariedade da Associação Riograndense de Imprensa

ASSOCIAÇÃO RIOGRANDENSE DE IMPRENSA

Nota Oficial

O Conselho Deliberativo e a Diretoria Executiva da Associação Riograndense de Imprensa manifestam sua preocupação com a recente decisão judicial, impondo ao jornal “JÁ” indenização que ultrapassa em muito a capacidade financeira da empresa que o edita.

Ao mesmo tempo, expressam desconformidade com o que julgam extravazar os limites da reparação por supostos danos morais para se tornar a punição que a própria Justiça Criminal negou em processo paralelo.

À Associação Riograndense de Imprensa não cabe discutir o mérito da decisão, mas ressalvar sua estranheza por incidir sobre fatos e feitos tornados públicos pelos registros policiais. Se desgosto causam aos seus protagonistas diretos ou indiretos, ocorreram antes de serem noticiados. Melhor dito, quando foram praticados.

Ao impor ao jornal uma indenização que ultrapassa sua capacidade de quitá-la, afora definí-lo como alvo para alimentar vinganças, a Justiça provoca a sua morte, ressuscitando penas civis que se julgavam extintas com a revogação das Ordenações do Reino.