segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

As Veias Abertas da América Latina, de Galeano, é relançado

Recebi da colega e amiga Lu Vilella, da Livraria Bamboletras, a informação de que o livro As Veias Abertas da América Latina, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, acaba de ser relançado pela L&PM Editores. A fabulosa obra, lançada pela primeira vez em 1978,  vem com muitas novidades. A nova tradução, feita por Sergio Faraco, um dos mais importantes contistas do Brasil, fez com que Galeano dissesse que sua obra "soa melhor em português do que em espanhol". Além disso, o livro ostenta uma nova capa e um completo índice analítico. É lançado em formato pocket e em edição tradicional. 
No prefácio, escrito em agosto de 2010, especialmente para esta edição,  Galeano lamenta "que o livro não tenha perdido a atualidade". Remontando a 1970, quando a maioria dos países do continente padecia facinorosas ditaduras, este livro tornou-se um autêntico "clássico libertário", um inventário da dependência e da vassalagem de que a América Latina tem sido vítima, desde que aqui aportaram os europeus, no final do século XV. No começo, espanhóis e portugueses. Depois vieram ingleses, holandeses, franceses e, modernamente, os norte-americanos. Desde então o ancestral cenário permanece: a mesma submissão, a mesma miséria, a mesma espoliação.
As Veias Abertas da América Latina vendeu milhões de exemplares em todo o mundo. Com seu texto lírico e amargo a um só tempo, Galeano sabe ser suave e duro, e invariavelmente transmite, com sua consagrada maestria, uma mensagem que transborda humanismo, solidariedade e amor pela liberdade e pelos desvalidos. 

Eduardo Galeano nasceu em Montevidéu, Uruguai, em 1940. Em sua cidade natal, foi chefe de redação do semanário Marcha e diretor do jornal Época. Fundou e dirigiu a revista Crisis, em Buenos Aires. A partir de 1973, esteve exilado na Argentina e na Espanha; no início de 1985, voltou ao Uruguai, residindo desde então em Montevidéu.A trilogia Memória do fogo foi premiada pelo Ministério da Cultura do Uruguai e recebeu o American Book Award (Washington University, EUA) em 1989. Em 1999, Galeano foi o primeiro autor homenageado com o prêmio à Liberdade Cultural, da Lannan Foundation (Novo México). É autor de De pernas pro ar, Dias e noites de amor e de guerra, Futebol ao sol e à sombra, O livro dos abraços, Memória do fogo (que engloba Os nascimentos, As caras e as máscaras e O século do vento), Mulheres, As palavras andantes, Vagamundo e As Veias Abertas da América Latina (todos pela L&PM Editores).

2 comentários:

Caminheiros de Pitanga disse...

Então quer dizer que teremos mais uma leva de exemplares dessa obra defasada circulando por ai! Bom, há quem goste. Eu, particularmente, não compactuo em nada com o autor e não encontro bases sustentáveis em seus argumentos. Enfim, é mais uma leva de livros que vai encher os olhos da esquerda brasileira!

Abraços!

Caminheiros de Pitanga disse...
Este comentário foi removido pelo autor.