sexta-feira, 11 de março de 2011

Meu sonho, minha vida

                               Sempre desejei conhecê-la de fato. Meu coração pulsava mais forte só de ouvir o seu nome. Meus olhos ganhavam mais brilho toda a vez que lia alguma coisa dela. Ou sobre ela. Mas, na verdade, não a conhecia. Nosso primeiro encontro foi rápido, sem muitas insinuações. Ela recém brotava para a vida, não conhecia os caminhos que poderia trilhar. Imagino que não tivesse sonhos ainda. Eu, ao contrário, colecionava metas, e me afastei sabendo que aquela batalha estava perdida. A guerra era outra coisa.
                               Agora, porém, ela está madura, ganhou experiência, sofreu, caiu e se ergueu. Sei de seus sorrisos e de suas lágrimas. Meus caminhos não foram diferentes. Penso que podemos experimentar a mágica aproximação, fazendo de nossos sonhos uma bela realidade. Não é fácil, porém. Deixamos que um abismo fosse aberto entre nós. Ela tinha seguido um rumo e se perdera numa curva da vida. Eu rumara para outro destino, cuja esquina era distante da dela.
                              Pensei: “Vou tentar assim mesmo, pois o meu coração indica este caminho. Sou paciente, sei esperar e, talvez, no final da jornada, nossas esquinas não estejam tão distantes quanto imaginávamos”. E se eu perguntar a ela se a batida do seu coração segue o mesmo ritmo do palpitar que sinto no lado esquerdo do meu peito? Poderíamos, enfim, trilhar caminhos que sonhamos lá atrás. Silêncio!
                            Enquanto espero, não baixo a cabeça. Mantenho-a erguida, com o olhar firme no horizonte. É meu sonho, é minha vida.

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