domingo, 20 de março de 2011

Nobel da Paz autoriza a guerra


Ironia do destino. Nobel da Paz em 2009, Barak Obama transformou-se ontem no novo Senhor da Guerra, seguindo os passos de seus antecessores norte-americanos, democratas como ele ou republicanos. O presidente da maior potência mundial decidiu abrir mão do diálogo para atender aos anseios dos fabricantes de armas e autorizar o bombardeio na Líbia, que atinge especialmente inocentes. Tenho autoridade para dizer isso porque apoiei e vibrei com sua eleição, mas achei precipitado o presidente dos EUA ter sido escolhido por trabalhos "'extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional'". Um absurdo, pois Obama recém assumira. Agora, vemos o exagero do Comitê Norueguês do Nobel. E reconheço o erro de tê-lo apoiado ostensivamente.
Não apoio ditaduras. Apenas contesto o uso da força contra determinado país. Por que os EUA, aliado com a França em uma colisão de guerra, não agem para derrubar a ditadura da Arábia Saudita, uma das mais fechadas e sanguinárias do mundo? Porque lá estão alguns dos melhores amigos dos norte-americanos. E lá tem muito petróleo, do qual os EUA são dependentes. Esta é a lógica norte-americana.

Nenhum comentário: