sábado, 19 de março de 2011

Sindicato dos Jornalistas mostra a importância do diploma a estudantes

 Sob o título 'Para que serve o teu diploma?', o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul promoveu um debate sobre a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. O encontro ocorreu nesta sexta-feira, dia 18, às 10h, no auditório da Famecos na PUCRS, em Porto Alegre. A mesa foi composta por José Nunes, presidente do Sindicato, Valci Zuculoto, diretora da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Alan Camargo, membro da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) e Guilherme de Oliveira, representante do Núcleo dos Estudantes do Sindicato. 
Nunes falou da importância da formação do jornalista para que a sociedade tenha bons profissionais, e afirmou que o Sindicato não quer apenas uma categoria forte, mas qualifica da. "Devemos reforçar o sentimento de categoria entre os jornalistas e acrescentar mais cadeiras teóricas nos cursos para que não tenhamos somente operadores, mas verdadeiros jornalistas", apontou.

Nunes e Valci destacaram a luta das entidades em defesa da formação


Valci mostrou a necessidade do estudo e da formação específica para o exercício da profissão de jornalista. "Assim como outros cursos, como História, foram recentemente reconhecidos, devemos lutar para que se mantenham os cursos já reconhecidos, como o Jornalismo", defendeu. O evento contou com a presença de cerca de 50 estudantes de Jornalismo, que participaram com perguntas e intervenções. O coordenador do curso de Jornalismo da PUCRS, Vitor Necchi, que ajudou na realização do evento, defendeu o curso e deixou o espaço à disposição dos alunos para próximos eventos, que se mostraram interessados no Núcleo de Estudantes.
O estudante de Jornalismo e membro do NES, Guilherme de Oliveira, afirmou que não se pode descredenciar cursos já instituídos, mas sim ampliá-los e qualificá-los. "Os jornalistas têm a função de libertar o povo, trazendo a verdade e a informação que geram a capacidade popular de exercer a cidadania", ponderou o jovem, convidando os demais acadêmicos para os próximos atos do movimento estudantil do Sindicato. Para Alan Camargo, o problema está no monopólio das comunicações pelo capital privado. "No Brasil, as informações são propagadas pelas grandes empresas privadas, e onde não chegam é que o Estado entra - o contrário do que deveria ser", alertou o membro da Abraço. "Devemos combater o ensino para o mercado e defender a luta pelo acesso aos veículos de com unicação para todos", declarou.


* Matéria publicada originalmente no site do Sindicato
* Foto de Beliza Boniatti

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