sábado, 16 de abril de 2011

Em menos de quatro meses, 240 jornalistas são demitidos nas redações brasileiras

Notícia lamentável para o jornalismo. Desde o começo do ano, as redações brasileiras vêm demitindo jornalistas. Em menos de quatro meses, foram 240 demissões, em São Paulo, Brasília e Sergipe. No entanto, a capital paulista registrou um número maior de dispensas, 218, em veículos como UOL, Estadão, TV Cultura, Abril, Meia Hora SP, AgoraSP e Folha de S.Paulo. Matéria da colega Izabela Vasconcelos do site Comunique-se revela a extensão do problema:
Em muitos casos, os profissionais não serão substituídos, já que as demissões ocorreram por cortes orçamentários, como é o caso da TV Cultura (150), Estadão (22) Meia Hora SP (10) e TV Sergipe (6).No começo de fevereiro foram 150 dispensas na TV Cultura, seguidas por 22 no jornal O Estado de S.Paulo, duas no UOL, 32 no Grupo Abril e dez no Meia Hora. Recentemente o Correio Braziliense demitiu sete jornalistas e foi seguido pelo conterrâneo Jornal de Brasília, com oito cortes. A TV Sergipe dispensou seis profissionais e o jornal A Tarde cortou um de seus jornalistas.
O episódio mais recente foi o do Grupo Folha, que demitiu uma repórter do Agora SP e um editor da Folha, ambos por comentários no Twitter. Estes são apenas os casos conhecidos, divulgados no Comunique-se, em blogs e nas redes sociais. Além desses, é provável que outros cortes tenham ocorrido em redações espalhadas pelo País.
 

5 comentários:

Susana disse...

Olha amigo.. tenho visto muito esse perfil e infelizmente não só relacionado aos olhos do Estado, mas olhos, ideologia e filosofia da empresa. Enquanto a informação e notícia estiverem entregues e submissa ao perfil do empregador, haja jogo de cintura para viver com a informação recebida. Abçs

Cris disse...

Lamentável mesmo.

Irene Lopes disse...

Tenho muito orgulho da profissão que exerci por mais de 40 anos. Quando acadêmica, aprendi com meus MESTRES que para ser um bom jornalista deveríamos buscar o "doutorado" de todas as ciências. À época diziam-nos, com orgulho, que o "bom jornalista era doutor de todas as ciências". Precisamos continuar a ser. por "excelência", reponsáveis pelo poder crítico dos cidadãos de bem.

Ana disse...

Li agora a reportagem...
Sinto por vcs,profissionais que tanto precisamos!

Paulo disse...

Pode ter certeza, Jorge, que a maioria dos demitidos é composta por profissionais diplomados, experientes, bons. Como hoje- pelo menos até que passe a PEC do Diploma- qualquer um pode ser jornalista, as empresas estão preferindo os diletantes. Quem perde isso é o País; é a Democracia, é o cidadão.