segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mirando as estrelas

Abri a janela na noite escura.
Vi a estrela brilhando forte
para mim olhando.
Estiquei os olhos e outras estrelas,
ciumentas,
também me espiando.

Meu pensamento,
voltado para a lua,
perto do oceano,
voltou no tempo distante
e não tão radiante.

Com o olho voltado para o céu,
esqueci de mirar o chão.
Pendi a cabeça e,
com coração em frangalhos,
vi um homem deitado no solo,
Papelões cobriam-lhe o corpo.

Franzino e sujo, parecia acordado.
Não se mexia, tampouco respirava.
Pelos olhos, semi-abertos,
notei que o céu olhava.
Observava as estrelas brilhantes,
pontos num oceano imaginário.

Elas, as estrelas lá longe,
não escolhem classe ou face.
Me espiam e ao homem.
Não são azuis para um e verde para outro.
São estrelas que, na noite escura,
Iluminam mentes, dementes ou não.

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