sexta-feira, 7 de março de 2008

Os onze maiores desmatadores da Amazônia

Carta Capital - Publicada na quarta-feira, 5 de março, no Diário Oficial da União, uma instrução normativa do Ministério do Meio Ambiente deflagrou, sem alarde, o mais importante movimento realizado no Brasil para coibir o desmatamento ilegal. A norma formalizou as regras para embargo de áreas desmatadas, especialmente nas regiões de floresta amazônica. Para fazer valer a nova regra, o Ministério do Meio Ambiente preparou uma lista dos 150 maiores desmatadores do País.
A Instrução Normativa do MMA prevê, ainda, a produção de um mapa de todas as áreas embargadas, as chamadas "imagens georeferenciadas", produzidas com o apoio de satélites e colocadas na internet para consulta pública, a partir da segunda quinzena de março. Essa exposição tem como objetivo impedir que as terras detectadas pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes (no caso de unidades de conservação) sejam colocadas à venda. Servirá, ainda, para rastrear criações de gado nas áreas mapeadas e, assim, impedir a venda desta carne – declarada ilegal, por essa razão – para frigoríficos.
Na liderança do ranking está a empresária e pecuarista Rosana Sorge Xavier. Em junho de 2007, ela recebeu três autos de infração do Ibama por conta das irregularidades na fazenda Campo Alegre, em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT), próximo à divisa com a Bolívia.
A família Sorge Xavier é uma das maiores exportadoras de carne do Brasil. É dona do frigorífico Quatro Marcos, com sete unidades no Mato Grosso e Goiás, um enorme centro de distribuição em São Paulo e mais de 6 mil funcionários, conforme anunciado no site oficial da empresa.

Autuados pelo Ibama, eles são acusados de derrubar mais de 50,4 mil hectares de floresta amazônica ilegalmente. A área é superior à da capital gaúcha, Porto Alegre, e corresponde a mais de 61 mil campos de futebol, nas maiores dimensões permitidas pela Fifa.

A lista dos onze maiores desmatadores da Amazônia:

1. Rosana Sorge Xavier
Devastou 9,4 mil hectares no Mato Grosso. É o equivalente a 11,4 mil campos de futebol, quase a área da capital capixaba, Vitória.
2. Margarida Maria Barbosa de Oliveira
Responsável pelo desmate de 6,5 mil hectares no Pará.
3. Mário Quirino da Silveira
Desmatou 5,3 mil hectares no Mato Grosso.
4. João Ismael Vicentini
Derrubou 4,3 mil hectares de floresta em Mato Grosso.
5. Agropecuária Jarinã S/A
A empresa também desmatou uma região com extensão de 4,3 mil hectares no Mato Grosso.
6. Salete Maria Ruaro Aernoudts
Devastou 4 mil hectares de floresta amazônica.
7. Fernando Sampaio Novais
Derrubou 3,5 mil hectares em Mato Grosso.
8. Sebastião Lourenço de Oliveira
Desmatou 3,5 mil hectares no Pará.
9. Jair Roberto Simonato
Responsável pelo desmatamento de 3,4 mil hectares no Mato Grosso.
10. Fernando Conrado da Silva
Devastou 3,3 mil hectares no Pará.
11. Leonidio Benedito das Chagas
Derrubou 2,9 mil hectares de floresta no Mato Grosso.

2 comentários:

Anônimo disse...

Q maior predador na natureza nace e multiplica numa velocidade imensuravel e todos sobrevivem de alimentos ;precisamos sermos mais racionais com a questão meio ambiente .

Anônimo disse...

foi com muito trabalho e sacificio que a maioria destes propietarios rurais adquiriram essas propriedades.No caso do MT tinham direito averbado em cartorio de desmatar 50% da propiedade.Ai veio uma medida provisoria e muda tudo,so pode desmatar 20%.Quem e que vai indenizar essas pessoas que estao sendo obrigadas a deixar uma heran�a de 80% de sua propriedade para que o resto do planeta respire ar puro? Isso e justo?porque o resto do mundo nAo refloresta? VC esta disposto a indenizar esses proprietarios? Criticar e facil, e se fosse com VC?