segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Jornalismo não é produto

Vou insistir num assunto batido, mas não recuarei na minha posição em defesa do verdadeiro Jornalismo. Uma das principais fontes das notícias é o futebol, transformado em grande negócio aqui nos pampas e pelo mundo afora. Não vou discutir esta opção comercial de clubes, federações e veículos de comunicação porque não é de minha alçada. 
Mas sou crítico intransigente dos jornalistas que se transformam em papagaios deste negócio chamado futebol, interferindo diretamente na informação que chega aos leitores, aos telespectadores e aos ouvintes de rádio. Ao ver os jogos do campeonato gaúcho - que agregou inclusive o nome de uma marca de refrigerante -, noto o esforço que locutores, repórteres e comentaristas (muitos não são jornalistas) em dizer que o Gauchão é um campeonato espetacular, que leva grande público aos estádios, tem excelente nível técnico, etc... 
Não é preciso ser bem informado para notar que as imagens das emissoras de televisão no qual estas pessoas trabalham mostram exatamente o contrário. É fato que estes comunicadores pertencem a um grupo empresarial que banca o campeonato e não podem falar mau do negócio. Esquecem, porém, que o Jornalismo não é produto e como tal deve ser tratado. Verdade, isenção e impacialidade valem mais do que a venda de um campeonato. Ou não?

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