A
Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lança nesta quinta-feira, 4
de abril, em entrevista coletiva à Imprensa, o relatório final da
pesquisa "Perfil profissional do jornalista brasileiro". A atividade
será às 14h30, no Hotel Aracoara, em Brasília. O lançamento do relatório
da pesquisa marca as atividades do Dia do Jornalista - 7 de abril.
A pesquisa é um projeto do Núcleo de Estudos sobre Transformações no
Mundo do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (TMT/UFSC)
em parceria com a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e com apoio
do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e da Associação
Brasileira de Pesquisadores do Jornalismo (SBPJor). Foi a primeira vez
que se realizou uma pesquisa com jornalistas baseada num estudo prévio
das dimensões da categoria - aproximadamente 145 mil profissionais - e
com amostragem de todas as regiões do país.
Os resultados se baseiam em respostas de 2.731 jornalistas, de todas as
unidades da federação e também dos exterior, a um questionário online.
Com margem de erro inferior a 2%, foi desenvolvida com a participação
voluntária dos profissionais.
Entre as características demográficas da categoria, o relatório aponta
significativa expansão na presença feminina no fazer jornalístico.
Segundo os dados da pesquisa, hoje há mais mulheres (64%) do que homens
atuando no mercado de trabalho. Apesar disso, os homens ocupam
predominante os cargos de chefia.
Quase a íntegra dos jornalistas que atuam no Brasil têm formação
superior (98%), segundo os dados. Desses 91,7% têm graduação em
Jornalismo. Dos graduados, 61,2% são formados no ensino privado e 40,4%
deles têm curso de pós-graduação. Foram identificados 317 cursos de
Jornalismo no país.
De acordo com o levantamento, 59,9% dos jornalistas recebem até cinco
salários mínimos. O índice de desemprego observado na categoria coincide
com a taxa no país, que fechou o ano de 2012 com 5,5%. A cada 4
jornalistas, 1 está filiado a sindicato, ou seja 24,2% são associados a
entidades sindicais. Dos jornalistas, 55% atuam em mídia (veículos de
comunicação, produtoras de conteúdo etc.), 40% atuam fora da mídia, em
atividades de assessoria de imprensa ou comunicação ou outras ações que
utilizam conhecimento jornalístico, e 5% trabalham predominantemente
como professores.
Estes e muitos outros dados serão apresentados aos participantes da
Entrevista Coletiva, que contará com a presença de diretores da FENAJ,
do FNPJ, da SBPJOR e de um dos coordenadores da pesquisa, o professor
Samuel Pantoja Lima (da Universidade de Brasília, cedido ao Departamento
de Jornalismo da UFSC). O relatório será publicado no livro "Perfil do
jornalista brasileiro - Características demográficas, políticas e do
trabalho jornalístico em 2012", em impressão pela Insular
(Florianópolis).
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